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No processo de modernização econômica

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No processo de modernização econômica, alguns fenômenos são desencadeados na formação da sociedade e que, em alguns casos, perduram até os dias de hoje. Para que seja possível abordar esses fenômenos é preciso compreender na história do dinheiro, seu desenvolvimento e seus impactos na sociedade e nos meios de produção.
Segundo Weatherford a "era medieval" rompeu com a "cultura clássica mediterrânea", ou seja, a economia durante o Feudalismo era voltada ao trabalho rural e não ao comércio. A "cultura medieval" localizava-se na autossuficiência. 
De acordo com Weatherford, a primeira instituição bancária importante foi a Ordem dos Cavaleiros do Templo de Salomão (Templários), que surge durante "as cruzadas" através da necessidade de segurança para o transporte das pilhagens. Weatherford diz que, "naquela época, eles criaram as bases para as operações bancárias modernas", entretanto, foram perseguidos pelo rei Filipe o Belo, e os Templários foram extintos quase dois séculos depois de surgir. Com a queda dos cavaleiros Templários abriu-se uma lacuna no sistema econômico, afinal, a Igreja já não tinha o mesmo poder financeiro e o poder do Estado era insuficiente. Então famílias italianas começaram a oferecer os mesmos serviços que os templários, obviamente, em "uma escala bem mais modesta". Os italianos "reinventam" a letra de câmbio, e com ela, superaram os obstáculos que a moeda trazia consigo. Esse novo "sistema de pagamento bancário italiano" impulsionou o comércio, a expansão foi muito mais rápida. Weatherford afirma: as letras de câmbio fizeram o sistema nos mercados europeus funcionar com muito mais rapidez e eficiência, aumentou a quantia de dinheiro em circulação. Logo depois em Florença surge o cheque, o que impulsiona ainda mais o comércio.
Essas influências da emergência do dinheiro no comércio e no sistema econômico começam a interferir nos modos de produção da sociedade. Karl Marx destaca, a divisão do trabalho e a manufatura como características desse novo modo de produção, no termo marxista, "modo de produção capitalista". Visando uma produção mais dinâmica e mais lucrativa, os comerciantes viram a necessidade de otimizar o processo de produção, para Marx, essa transição tem como principal sintoma a divisão técnica do trabalho ou divisão manufatureira do trabalho. Devemos nos atentar ao fato de a divisão manufatureira do trabalho ser diferente da divisão social do trabalho, mesmo estas sendo correlatas.
A divisão manufatureira do trabalho divide o processo de produção em várias etapas. O artesão que antes criava um produto agora cria apenas parte de um todo, isto é, um "subproduto". A consequência desta divisão é, segundo Marx, o monopólio dos meios de produção, o trabalhador já não detém os meios de produção e fica condicionado a uma única tarefa. A divisão manufatureira do trabalho revolucionou os modos de produção da sociedade e consequentemente a circulação e a acumulação de dinheiro e com isso se caracteriza o "caráter capitalista" da manufatura e já nos expõe um conceito "moderno": o capitalismo.

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