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Unidade VII – Telhados

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COBERTURAS 
DEFINIÇÃO:
Cobertura:
Cobertura é a parte superior da edificação, que a protege das intempéries; promove
vedação, podendo apresentar forro e isolamento térmico. É constituída algumas
vezes por partes resistentes como lajes, estruturas de madeira, estruturas metálicas,
etc.
Telhado:
O telhado é composto por um ou mais planos inclinados, pode 
assumir diversas formas, em função da planta da edificação a 
ser coberta. O telhado compõe-se da estrutura, cobertura e dos
 condutores de águas pluviais.
 A estrutura: é o elemento de apoio da cobertura, que pode ser: de madeira,
metálica, etc...
 A cobertura: é o elemento de proteção, que pode ser: cerâmico, de fibrocimento, alumínio, de chapa galvanizada, etc...
 Os condutores: são para o escoamento conveniente das águas de chuva e
constituem-se de: calhas, coletores, rufos e rincões, são de chapas galvanizadas
e de p.v.c
NOMENCLATURA:
Elementos do telhado
1 ÁGUA: são planos que definem o sentido do escoamento das águas pluviais
de um telhado. Os planos que são 'trapezoidais recebem o nome de
“águas mestras” e os triangulares de “tacaniça”.
2 BEIRAL: proteção do telhado para fora do alinhamento da parede.
3 CUMEEIRA: aresta horizontal saliente delimitada pelo encontro entre duas
águas. É a parte mais alta do telhado. Pode também ser apenas um
ponto.
4 ESPIGÃO: é um divisor de águas. Aresta inclinada delimitada pelo encontro
de duas águas que formam um ângulo saliente.
5 RINCÃO: captador de águas. Aresta inclinada delimitada pelo encontro de
duas águas formando um ângulo reentrante, também chamado de ÁGUA
FURTADA.
6 PLATIBANDA: prolongamento da parede externa acima da laje de forro, serve de proteção ao telhado ou para esconder o mesmo.
7 OITÃO: prolongamento da parede externa até acima da laje de forro, geralmente de forma triangular, podendo ou não servir de apoio para a telha.
8 RUFO ou ALGEROZ: peça complementar de arremate entre o telhado e uma parede ou entre uma calha e uma platibanda.
9 FIADA: sequência de telhas na direção de uma largura.
10 PINGADEIRA: proteção do topo da parede.
Elementos da estrutura do telhado
1 RIPA: peça de madeira pregada sobre os caibros, serve de apoio para as telhas.
2 CAIBRO: Peça apoiada sobre as terças e serve de suporte para as ripas.
3 TERÇA DE CUMEEIRA: Terça mais alta do telhado.
4 TERÇA: Peça apoiada sobre a tesoura, sobre pontaletes ou sobre paredes que sustenta os caibros.
5 FRECHAL: Peça colocada sobre a parede e sob a tesoura, para distribuirá carga do telhado
6 PONTALETE OU MONTANTE PRINCIPAL: Peças que ligam a linha à perna e se encontram em posição perpendicular ao plano da linha.
 7 MÃO FRANCESA: Peça disposta de forma inclinada e que serve de travamento da estrutura do telhado.
8 CHAPUZ: Calço de madeira, geralmente de forma triangular que apoia lateralmente a estrutura.
9 PERNA, ASNA OU BANZO SUPERIOR: Peças de sustentação da terça, indo do ponto de apoio da tesoura do telhado ao cume, geralmente trabalham à compressão.
10 LINHA, TIRANTE OU BANZO INFERIOR: Peça que corre ao longo da parte inferior de tesoura e vai de apoio a apoio, geralmente trabalham à tração.
11 ESCORA: São peças de ligação entre a linha e a perna, encontram-se, geralmente, em posição oblíqua ao plano da linha, denomina-se asna a que sai do pé do pendural, as demais de escoras. Geralmente trabalham à compressão
12 MONTANTE OU SUSPENSORIO: São peças de ligação entre a linha e a perna.
13 PEÇAS DE FIXAÇÃO: São ferragens que garantem a união entre as peças das tesouras. Podem trabalhar à tração ou cisalhamento.
TIPOS DE TELHADOS
O telhado pode terminar em oitão ou em água. E pode ser definido pela quantidade de águas.
Telhado de ½ água:
Este telhado é composto de uma água e três oitões
Telhado de 2 águas
Este telhado é composto de duas águas e dois oitões
Telhado de 3 águas
Este telhado é composto de três águas e um oitão.
Telhado de 4 águas
Este telhado é composto de quatro águas e não possui oitões.
REGRA PARA O TRAÇADO DO TELHADO
Divisão da área da cobertura em retângulos:
Tendo a forma do telhado, divide-se toda a superfície em retângulos, começando sempre pelos maiores, depois os menores
Traçado da bissetriz dos ângulos:
Após a divisão dos retângulos, traça-se a bissetriz dos ângulos nos vértices dos retângulos.
União dos pontos formados:
Nesse passo, faz-se a união dos pontos formados pelo encontro das bissetrizes, começando sempre pelos pontos mais altos, determinados pelos retângulos maiores.
Exclusão das linhas excessivas:
Excluir linhas que ultrapassam a cumeeira.
Observações:
 As cumeeiras só serão horizontais se os lados do telhado formarem ângulos retos entre si.
Uma cumeeira pode terminar no encontro de dois rincões.
 Sempre que houver ângulos reentrantes, traçar uma linha de rincão.
 Normalmente o encontro de um espigão com uma cumeeira é o ponto de inicio de um rincão.
 Jamais um rincão pode interromper uma linha externa do telhado (ângulo saliente auxiliar).
 A representação dos rincões deve ser feita com duas linhas paralelas.
DETERMINAÇÃO DA ALTURA DO TELHADO:
A altura da cumeeira de um telhado é determinada em função da declividade, que depende da telha escolhida, e da largura do retângulo que define a cumeeira
ESTRUTURAS DE MADEIRA
Elementos que dão sustentação ao telhado.
Partes que compõem a estrutura
Para facilitar, podemos dividir a estrutura em armação e trama.
ARMAÇÃO: é a parte estrutural, constituída pelas tesouras, cantoneiras, escoras, etc...
 TRAMA: é o quadriculado constituído de terças, caibros e ripas, que se apoiam sobre a 
armação e por sua
 vez servem de apoio
 às telhas.
Distribuição das tesouras
Em um telhado de 4 águas, pode-se utilizar tesoura padrão, com espaçamento entre 1,80 e 2,20 m, e a meia tesoura ou tesoura mocha.
Peças utilizadas nas estruturas de telhado
A figura abaixo mostra as principais peças que compõem a estrutura de um telhado.
Tesoura dos telhados
As tesouras são muito eficientes para vencer vãos sem apoio intermediários.
São estruturas planas verticais que recebem cargas paralelamente ao seu plano, transmitindo-as aos seus apoios. Geralmente são compostas por:
 Frechal
 Perna (asna ou banzo superior)
 Linha (tirante ou banzo inferior)
 Estribo
 Pontalete e montante (pendural e tirante)
 Escoras (asna)
Espaçamento:
Vãos até 3,00 m não precisam de escoras.
Vãos acima de 8,00 m deve-se colocar tirantes.
O espaçamento ideal para as tesouras deve ficar entre 1,80 e 2,20 m.
O ângulo entre a perna e a linha é chamado de inclinação;
O ponto é a relação entre a altura da cumeeira e o vão da tesoura.
A distância máxima entre o local de intersecção dos eixos da perna e da linha é a face de apoio da tesoura deverá ser ≤ 5,0cm.
As tesouras devem ser contraventadas, com mãos francesas e diagonais na linha da cumeeira.
Terças
As terças apoiam-se sobre as tesouras ou pontaletes, e suas bitolas dependem do espaço entre elas (vão livre entre tesouras), do tipo de madeira e da telha empregada. 
O espaçamento depende do vão livre.
Espaçamento:
O espaçamento aproximado entre as terças deve ser de aproximadamente 1,50 m entre si.
Bitolas:
 Pinho e madeira de lei: 8x8 cm
 Eucalipto: Ø8 ou Ø10 cm
As terças são peças horizontais colocadas em direção perpendicular às tesouras e recebem o nome de cumeeiras quando são colocadas na parte mais alta do telhado (cume), e contra frechal na parte baixa.
As terças devem ser apoiadas nos nós das tesouras.
Caibros
Os caibros são colocados em direção perpendicular às terças, portanto paralela às tesouras. São inclinados, sendo que seu declive determina o caimento do telhado.
A bitola do caibro varia com o espaçamento das terças, com o tipo de madeira e da telha.
Espaçamento:
O espaçamento aproximado entre os caibros deve ser de aproximadamente 0,70 m entre si.
Bitola:
A seção transversal dos caibros deverá
ser de 5x7 cm.
Ripas
As ripas são a última parte da trama e são pregadas perpendicularmente aos caibros.
Espaçamento:
O espaçamento entre ripas depende da telha utilizada. Para a colocação das ripas é necessário que se tenha na obra algumas telhas para medir a sua galga. Elas são colocadas do beiral para a cumeeira, iniciando-se com duas ripas ou sobre testeira.
Portanto, para garantir esse espaçamento constante, o carpinteiro prepara uma guia (galga).
Bitola:
A seção transversal das ripas deverá ser de 2,5x2,5 cm.
Tipos de tesouras (treliças)
Existem vários tipos de tesouras que podem ser utilizadas em um telhado:
Treliça Warren (treliça perfeita)
Treliça em leque – vão livre até 7,00 m
Treliça howe – vão livre até 12,00 m
Treliça de uma água – vão livre até 10,00 m
Tesouras – vão livre até 12,00 m
Treliça howe de 6 painéis – vão livre até 18,00 m
Treliça pratt plana – vão livre até 18,00 m
Treliça fink dupla (W) – vão livre até 18,00 m
Treliça banzo superior em arco
Tesoura tipo lanternim
Tesoura tipo shed
Treliça para arquibancada
Materiais utilizados nas estruturas
Madeira:
Podemos utilizar todas as madeiras de lei para a estrutura de telhado, no entanto o eucalipto e o pinho tem sido a madeira mais utilizada.
As madeiras devem possuir as seguintes características físicas e mecânicas a seguir:
Resistência à compressão (fc), a 15% de umidade, igual ou superior a 55,5 MPa.
 Módulo de ruptura à tração igual ou superior a 13,5 MPa.
Telhado pontaletado
Podemos construir o telhado sem o uso de tesouras. Para isso, devemos apoiar as terças em estruturas de concreto ou em pontaletes.
Em construções residenciais, as paredes internas e as lajes oferecem apoios intermediários.
Nesses casos, portanto, o custo da estrutura é menor.
O pontalete trabalha à compressão e é fixado em um berço de madeira apoiado na laje. Sendo assim, a laje recebe uma carga distribuída.
Nas lajes maciças, onde tudo é calculado, podemos apoiar em qualquer ponto.
Entretanto na lajes pré-moldada não devemos apoiar sobre as mesmas e sim na direção das paredes
Havendo necessidade de se colocar um pontalete fora das paredes, é necessário que se faça uma viga de concreto invertida para vão grandes ou vigas de madeira nos vãos pequenos.
Devemos ainda, ter algumas precauções como:
a distância dos pontaletes deve ser igual a das tesouras.
a distância entre as terças deve ser igual à distância das mesmas
quando apoiadas nas tesoura.
deverá ser acrescido aos pontaletes, berço (de no mínimo 40 cm)
 para distribuir melhor os esforços, mãos francesas (nas duas direções do
pontalete) ou tirantes chumbados nas lajes para dar estabilidade ao conjunto.
Recomendações construtivas:
Um bom trabalho de carpinteiro, quando os alinhamentos das peças são perfeitos, formando cada painel do telhado um plano uniforme. Um madeiramento defeituoso nos dará um telhado ondulado e de péssimo aspecto.
Não devemos esquecer a colocação da caixa d'água, antes do término, pelo carpinteiro, do madeiramento. 
Quando o prego for menor do que a peça que ele tem que penetrar, deve ser colocado em ângulo.
Coloque-o numa posição próxima e inclinada suficiente para que penetre metade de sua dimensão em uma peça e metade em outra. O ideal seria o prego penetrar 2/3.
Quando tiver que pregar a ponta de uma peça em outra, incline os pregos para que estes não penetrem paralelamente às fibras e sim o mais perpendicular possível a elas.
Para evitar fissuras na madeira, devemos pregar da seguinte maneira:
 no final de uma ripa, no caibro, não alinhar os pregos
 achatar um pouco a extremidade do prego
 furar a madeira e depois introduzir o prego
 pregar a madeira mais fina à mais grossa.
COBERTURA
As telhas cerâmicas são as mais utilizadas em obras residenciais. As demais telhas
(fibrocimento, alumínio, galvanizada) são mais utilizadas em obras comerciais e
industriais. Para a sua utilização, é conveniente solicitar a orientação de um técnico do fabricante ou mesmo o uso de catálogos técnicos.
As telhas cerâmicas têm início com a preparação da argila, e consiste na mistura
de várias argilas. Na próxima etapa, a argila já misturada passa por uma moagem e por uma refinação chegando até a estrutura, onde o pó de argila se transforma em massa homogênea e sem impurezas. Essa massa passa pelas prensas de moldagem, indo diretamente para a secagem. Só então é feita a primeira seleção e a primeira queima em forno a uma temperatura de 900°C.
Devem apresentar som metálico, assemelhando ao de um sino quando suspensas
por uma extremidade e percutidas. Não devem apresentar deformações, defeitos
ou manchas.
Assentamento: As telhas são assentadas com o máximo cuidado e alinhadas
perfeitamente. Algumas peças são assentadas com argamassa de cimento, cal e areia no traço 1:2:8. São as cumeeiras e espigões e, quando forem do tipo canal, também as telhas dos beirais e oitões.
É o que se chama de emboçamento das telhas. 
O consumo da argamassa é na
ordem de 0,002 m³/m² de telhado.
Para inclinações de telhados acima de 45°, recomenda-se que as telhas sejam furadas para serem amarradas ao madeiramento, com arame galvanizado ou fio de cobre.
Ao cobrir, usar régua em vez de linha, desde a ponta do beiral até a cumeeira, e deslocar de acordo com a medida da telha, cobrindo sempre do beiral para a cumeeira, colocando duas ripas sobrepostas ou testeiras para regularmos a altura da 1ª telha.
As telhas cerâmicas mais utilizadas são:
 Francesa ou Marselha
 Paulista ou Canal ou Colonial
 Paulistinha
 Plan
 Romana
 Portuguesa
 Termoplan (Vasatex)
Telha francesa
Tem forma retangular, são planas e chatas, possuem numa das bordas laterais dois canais longitudinais.
Para encaixe, nas bordas superiores e inferiores, cutelos em sentido oposto. Os encaixes em seus extremos servem para fixação e para evitar a passagem da água.
 Consumo: 17 un por m²
 Peso seca: 45 kgf/m²
 Peso saturada: 54 kgf/m²
 Dimensões: ± 24 x 40 cm
 Inclinação: 35° a 60°
 Cumeeira: 3 un/ml
Telha paulista (Capa-canal)
Constituem-se de duas peças diferentes, canal, cuja função é de conduzir a água e capa, que faz a cobertura dos espaços entre dois canais.
 Consumo: 22 un por m²
 Peso seca: 69 kgf/m²
 Peso saturada: 83 kgf/m²
 Dimensões:
 o Capa: ± 16 x 46 cm
 o Canal: ± 18 x 46 cm
 Inclinação: 30° a 45°
 Cumeeira: 3 un/ml
Tipo plan
Tem as características da telha paulista, mas melhoradas, tem os cantos arredondados
e a seção retangular.
 Consumo: 27 un por m²
 Peso seca: 72 kgf/m²
 Peso saturada: 86 kgf/m²
 Dimensões:
 o Capa: ± 16 x 46 cm
 o Canal: ± 18 x 46 cm
 Inclinação mínima: 27%
 Cumeeira: 3 un/ml
Telha romana e telha portuguesa
A telha romana tem o mesmo formato que as telhas plan, somente que nesses tipos o canal é junto com a capa. A portuguesa é igual à paulista.
 Consumo: 16 un por m²
 Peso seca: 48 kgf/m²
 Peso saturada: 58 kgf/m²
 Dimensões: ± 22 x 39 cm
 Inclinação: 30%
 Cumeeira: 3 un/ml
Termoplan
Como o próprio nome indica, a termoplan através de dupla camada, consegue um isolamento térmico e um isolamento de umidade.
 Consumo: 15 un por m²
 Peso seca: 45 kgf/m²
 Peso saturada: 65 kgf/m²
 Dimensões: ± 21,5 x 45 cm
 Inclinação: 30%
 Cumeeira: 3 un/ml
Telha germânica
A montagem é feita em escamas de peixe com as seguintes características:
 Consumo: 32 un por m²
 Peso seca: 45 kgf/m²
 Peso saturada: 65 kgf/m²
 Inclinação: 45%
 Cumeeira: 3 un/ml
Telhas de fibrocimento – Chapas onduladas
Definição
são fabricadas com cimento Portland e fibras de amianto, sob pressão;
 incombustíveis, leves, resistentes e de grande durabilidade;
fácil instalação, existindo peças de concordância e acabamento, e exigindo estrutura de apoio de pouco volume;
Determinação do comprimento da faixa (D):
D = comprimento da faixa
A = altura
L = largura
B = beiral
V = vão
A = (L/2) x cos α. V = L + 2 x B D = (V / 2) x (1/ cos α)
Faixas (filas) e fiadas:
 Faixa ou fila - é a sequência de telhas no sentido de seu comprimento. Fiada é a sequência de telhas no sentido de sua largura.
Espessura das chapas:
 4 mm – 12 kg/m²
 5 mm – 15 kg/m²
 6 mm – 18 kg/m²
 8 mm – 24 kg/m²
Largura das chapas:
0,92 m – 5 cavas + 5 cristas
1,10 m – 6 cavas + 6 cristas
Comprimento das chapas:
Quantidade de telhas em função do comprimento:
 Com a utilização de duas folhas:
Quantidade de telhas (N):
N = NT x NFI x NA
N = Quantidade de telhas
NT = Número de Telhas em cada fila
NFI = Número de Filas
NA = Número de águas
Recobrimento lateral:
Recobrimento longitudinal
Balanço livre na largura da telha:
Balanço livre no comprimento da telha:
Vão livre máximo
 Telha 6 mm Telha 8 mm
Cumeeiras:
Largura = 1,10 m
Elementos de fixação
Parafusos:
Ganchos:
Fixadores:
Quantidade de elementos de fixação (G):
G = 2 x NFI x NTE
NFI = Número de Filas
NTE = Número de Terças por fila
Exemplo prático 1.
Dimensionar um telhado com telhas de fibrocimento onduladas com as seguintes características:
Planta da construção: 7,00 x 15,80 m
Espessura da parede: 0,20 m
Tipo de cobertura: 2 águas
Comprimento dos beirais: 50 cm
Inclinação da cobertura: 18º
Recobrimento longitudinal: 14 cm
Recobrimento transversal: ¼ onda = 5 cm
Largura da chapa: 1,10 m
Tipo de telha = ondulada 8 mm
Elemento de fixação = parafuso rosca soberba
Madeiramento terças = pinus
Madeiramento tesouras = Eucalipto
Resolução:
Planta baixa da edificação:
Dimensões com o beiral = 0,50 m
Determinação da largura útil da chapa (LU):
LU = largura da chapa – recobrimento transversal =
LU = 1,10 m – 0,05 m = 1,05 m
 Determinação do numero de faixas (filas) (NFI):
NFI = (((comprimento + 2 x beiral) / LU) x número de águas)
NFI = (((15,80 + 2 x 0,50) / 1,05) x 2)
NFI = ((16,80 / 1,05) x 2)
NFI = 16 x 2
NFI = 32
Determinação da altura do telhado:
Altura = (L/2) x tan α
Altura = (7/2) x tan 18º
Altura = 3,50 x 0,324
Altura = 1,14 m
Vão total:
Vão = L + 2 x B
Vão = 7,00 + 2 x 0,50
Vão = 8,00 m
Comprimento da faixa:
Comprimento da faixa = (V / 2) x (1 / cos α)
Comprimento da faixa = (8,00 / 2) x (1 / cos 18º)
Comprimento da faixa = 4,00 x 1,051
Comprimento da faixa = 4,21 m
Determinação do comprimento das chapas:
2,13 + 1,22 + 1,22 - 0,14 - 0,14 = 4,29 m
Logo: adotaremos 1 telha de 2,13 m + 2 telhas de 1,22 m por faixa
Quantidade de telhas:
N = Número de telhas em cada fila x Numero de filas x Numero de águas
N = NT x NF x NA
N = 3 x 16 x 2
N = 96 telhas, sendo 32 de 2,13 m e 64 de 1,22m.
Determinação do número de terças:
Numero de terças: São necessários 2 apoios por telha, logo necessitamos de 4 terças por água.
Número de cumeeiras:
Número de cumeeiras = número de filas por água Número de cumeeiras = 16 unidades
Quantidade de elementos de fixação (G)
G = 2 x NFI x NTE
G = 2 x 16 x 4
G = 128 elementos de fixação
Numero de tesouras (NT):
NT = 15,80 – 0,20 = 15,60 m
NT = 15,60 / 2,00 = 7,80 – adotaremos 8 vãos entre as tesouras
Numero de tesouras = 9 tesouras
Espaçamento entre as tesouras:
Espaçamento entre as tesouras = 15,60 / 8 = 1,95 m
Escola do tipo de tesoura em função do vão
Tesoura – Treliça leque
Quantitativos
Telhas fibrocimento 2,13 m ......................... 32 un
Telhas fibrocimento 1,22 m ......................... 64 un
Parafusos rosca soberba ........................... 195 un
Terça – pinus 8x8 ...................................... 135 m
Linha – eucalipto Ø 12 cm ........................... 63 m
Perna – eucalipto Ø 8 cm ............................ 76 m
Escoras – eucalipto Ø 8 cm ......................... 34 m
Pontaletes – eucalipto Ø 12 cm ................... 11 m
Exemplo prático 2.
Dimensionar um telhado com telhas de fibrocimento onduladas com as seguintes
características:
Planta da construção: 12,00 x 41,20 m
Espessura da parede: 0,20 m
Tipo de cobertura: 2 águas
Comprimento dos beirais: 40 cm
Inclinação da cobertura: 15º
Recobrimento longitudinal: 14 cm
Recobrimento transversal: ¼ onda = 5 cm
Largura da chapa: 1,10 m
Tipo de telha = ondulada 6 mm
Elemento de fixação = parafuso rosca soberba
Madeiramento terças = pinus
Madeiramento tesouras = pin
CONDUTORES
São os complementos das coberturas, dando-lhes o arremate e evitando com isso as infiltrações de águas de chuvas.
Partes constituintes do sistema de águas pluviais:
Calhas
São captadoras de águas pluviais e são colocadas horizontalmente. São geralmente confeccionadas com chapas galvanizadas nº 26 e 24.
As chapas galvanizadas geralmente medem 1,00 m e 1,20 m de largura por 2,00 m de comprimento mas para a confecção das calhas o que se utiliza é a bobina de chapa galvanizada (pois diminui o número de emendas) e mede 1,00 ou 1,20 m de largura e comprimento variável. Pode-se utilizar diferentes tipos de calhas:
Coxo:
São calhas que captam uma quantidade de água maior devido a sua seção, geralmente são utilizadas para grandes áreas cobertas. Podem Ter a sua seção variável, promovendo assim uma inclinação no fundo da mesma, auxiliando o escoamento das águas (calhas coxo cônica).
Platibanda
Moldura
Água furtada
São captadoras de águas pluviais e são colocadas inclinadas. São confeccionadas,
como as calhas, com chapas galvanizadas nº 26 e 24
Condutores:
São canalizações verticais que transportam as águas coletadas pelas calhas e pelas águas furtadas aos coletoreP odem ser de chapas galvanizadas ou de PVC e devem ter diâmetro mínimo de 75mm.s.
Coletores
São canalizações compreendidas entre os condutores e o sistema público de águas pluviais.
Rufos e Pingadeiras:
Os rufos e as pingadeiras geralmente são confeccionados com chapa nº 28 (mais finas).
DIMENSIONAMENTO
Calhas:
Para o dimensionamento das calhas devemos ter dados dos índices pluviométricos de região etc..., o que dificulta, em certas cidades, devido ao difícil acesso a esses dados.
Entretanto podemos utilizar na prática, uma fórmula empírica que nos fornece a área da calha "A" (área
A = [ n.a (m²)] = cm²
onde:
A = área útil da calha
a = área da cobertura que contribui para o condutor
n = significa o número de áreas “a” que contribui para o condutor
mais desfavorável.
Para esse dimensionamento devemos dividir o telhado conforme a figura abaixo. molhada), a qual tem dado bons resultados.
Para o dimensionamento das calhas pode-se adotar o condutor mais desfavorável (aquele que recebe maior contribuição de água).
Condutores:
Para o caso de condutores podemos considerar a regra prática:
Um cm² de área do condutor para cada m² de área de telhado a ser esgotado.
Ex. 3" = 75 mm = 42 cm²
 4" = 100 mm = 80 cm²
6" = 150 mm
Exemplo de dimensionamento
Dimensionamento as calhas e os condutores do telhado abaixo. = 175 cm²
A = [ n.a (m²)] = cm²
A = [ 2x(5,0x5,0)] =
A = 50,0 cm²
1º) necessitamos de uma calha com área útil de 50,0 cm²
2º) devemos verificar se é uma área grande ou não
3º) Se for grande, podemos aumentar o nº de condutores ou adotar uma calha tipo coxo (a mais indicada para esses casos)
4º) Se for pequena, adotar calha tipo platibanda, mas sempre verificando as condições de adaptações da calha ao telhado.
A = 70,00 cm² A = 105,00 cm²
Podemos, neste caso, adotar a calha tipo platibanda devido a melhor adaptação
ao trabalho e ter uma contribuição de água relativamente pequena. A calha coxo recebe uma contribuição de água maior (105 cm²). A largura da chapa será de 33 cm.
No caso anterior temos três condutores de cada lado do telhado. Os condutores
da extremidade tem uma área
de contribuição de 25,0 cm². Podemos adotar um Ø de 3".
O condutor do centro recebe a contribuição de 50,0 m², adotando-se, portanto, um Ø de 4".
 Obs:
 Neste caso podemos utilizar o de maior dimensão para todos.
 Devemos evitar colocar condutores inferiores a 3".
FORMAS DE TELHADOS
Beirais:
Beiral é a parte do telhado que avança além dos alinhamentos das paredes externas, geralmente tem uma largura variando entre 0,40 a 1,00 m,e o mais comum é 0,60; 0,80 m.
Podem ser em laje.
Ou em telhas vã.
Platibanda:
São peças executadas em alvenaria que escondem os telhados e podem eliminar os beirais ou não. Neste caso, sempre deve-se coloca uma calha, rufos e pingadeiras.

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