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TÍTULOS EMITIDOS PELAS SOCIEDADES ANÔNIMAS

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���Disciplina: Direito Empresarial III – Direito Cambiário e Bancário�Turma: 7ª Fase ��Professor: Dr. Gerson José do Nascimento�Data:03/06/2015��
Aluno (a): Ionara da Rosa Martins��
TÍTULOS EMITIDOS PELAS SOCIEDADES ANÔNIMAS
Blumenau (SC), 03 de junho de 2015
1.VALORES MOBILIÁRIOS
As Sociedades Anônimas emitem “valores mobiliários”, que são títulos de investimento.
Valores Mobiliários são instrumentos de captação de recursos para o financiamento da companhia, representando, para aqueles que os subscrevem ou adquirem, uma alternativa de investimento.
A Lei n.º 6385 de 1976, que dispõe sobre o mercado de valores mobiliários estabelece quais são os valores mobiliários assim considerados pela legislação brasileira, conforme segue: 
Art. 2º: são valores mobiliários sujeitos ao regime desta Lei 
I - as ações, debêntures e bônus de subscrição; 
II - os cupons, direitos, recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários referidos no inciso II; 
III - os certificados de depósito de valores mobiliários 
IV - as cédulas de debêntures; 
V - as cotas de fundos de investimento em valores mobiliários ou de clubes de investimento em quaisquer ativos; 19 
VI - as notas comerciais; 
VII - os contratos futuros, de opções e outros derivativos, cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários; 
VIII - outros contratos derivativos, independentemente dos ativos subjacentes; e 
IX - quando ofertados publicamente, quaisquer outros títulos ou contratos de investimento coletivo, que gerem direito de participação, de parceria ou de remuneração, inclusive resultante de prestação de serviços, cujos rendimentos advêm do esforço do empreendedor ou de terceiros. 
As sociedades anônimas emitem títulos para obtenção dos recursos de que necessita. A seguir vamos tratar sobre o Inciso I do artigo citado, no que se refere as ações, debêntures e bônus de subscrição.
2. AÇÕES
As ações representam uma fração do capital de uma sociedade, que, distribuídas entre os acionistas, caracterizam sua participação nas sociedades, ganhando o status de sócio, adquirindo, então, um conjunto de direitos e obrigações. Para DINIZ (2013. p. 478):
Ações são valores mobiliários representativos das parcelas ou frações do capital social da sociedade emissora; títulos de credito (bens móveis) que conferem aos seus titulares (acionistas) um conjunto de direitos e deveres, visto que lhe dão o status de sócios, permitindo-lhes a participação na vida da sociedade por ações. Constituem portanto, parcelas ou frações ideais negociáveis do capital social, por serem suscetíveis de avaliação pecuniária, facilitando o ingresso de novos acionistas nos quadros societários. Os acionistas terão responsabilidade até o limite da integralização das frações de que têm a titularidade, no valor da emissão. 
Nas palavras de DINIZ temos uma boa noção de que significam as ações nas sociedades anônimas.
2.1. CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES
2.1.1. Quanto à espécie de direitos conferidos aos titulares poderão ser:
Ordinárias ou comuns ( têm direito a voto em assembléia (participação nos resultados da empresa). Para melhor entendimento, REQUIÃO (2007. p. 89) explica:
Ações ordinárias são as ações em que normalmente se divide o capital social. Não possuem preferências ou condições. Por isso são também chamadas de ações “comuns”, nomenclatura que a atual lei não usou, ao contrario da lei anterior: esta se referia às ações “ordinárias ou comuns”.
Preferenciais ( têm preferência no recebimento de certos direitos (dividendos ou reembolso de capital, em caso de dissolução da empresa). “Como a própria expressão as define, as ações preferenciais conferem, aos seus titulares, vantagens e preferências especiais, que escapam à natureza das ações ordinárias.” (REQUIÃO. 2007. P. 90).
De fruição ( Também chamadas de ações de gozo, são aquelas atribuídas ao acionista, que amortizou suas ações ordinárias ou preferenciais. São mantidos todos os direitos da ação amortizada. Amortização significa a distribuição ao acionista, sem redução do capital social e a título de antecipação, o valor a que teria direito em caso de liquidação da sociedade. A amortização pode ser integral ou parcial e abranger todas as classes de ações ou só uma delas.
2.1.2. À forma de circulação, apresentar-se-ão como:
Nominativas ( São aquele as em que se declara o nome de seu proprietário. São transferidas por termo lavrado no Livro de Registros de ações nominativas, recebendo o cessionário, novas ações, também com a indicação de seu nome.
Escriturais ( São aquelas em que não há emissão de certificado. São mantidas em contas de depósito, em nome de seus titulares numa intuição financeira autorizada pela CVM. E sua transferência se opera na escrituração na conta de Ações, nos moldes de uma simples conta.
2.1.3. Ao conteúdo serão (Lei nº 6.404/76, artigos 13 e 14):
Com valor nominal ( descrita pelo artigo 13 da Lei nº 6.404/76:
 Art. 13. É vedada a emissão de ações por preço inferior ao seu valor nominal.
§ 1º A infração do disposto neste artigo importará nulidade do ato ou operação e responsabilidade dos infratores, sem prejuízo da ação penal que no caso couber.
§ 2º A contribuição do subscritor que ultrapassar o valor nominal constituirá reserva de capital (artigo 182, § 1º).
Sem valor nominal ( consta no artigo 14 da Lei nº 6.404/76:
Art. 14. O preço de emissão das ações sem valor nominal será fixado, na constituição da companhia, pelos fundadores, e no aumento de capital, pela assembléia-geral ou pelo conselho de administração (artigos 166 e 170, § 2º).
Parágrafo único. O preço de emissão pode ser fixado com parte destinada à formação de reserva de capital; na emissão de ações preferenciais com prioridade no reembolso do capital, somente a parcela que ultrapassar o valor de reembolso poderá ter essa destinação.
3. DEBÊNTURES
As debêntures são definidas, pela doutrina do direito comercial, como títulos representativos de um contrato de mútuo, sendo a sociedade anônima a mutuaria e o debenturista o mutuante.
Fran Martins conceitua as debêntures como:
Valores mobiliários representativos de um empréstimo público lançado pela sociedade, tendo a natureza de títulos de renda, com juros fixos ou variáveis, considerando-se a sociedade sempre devedora dos debenturistas pelas importâncias por eles conferidas à companhia, ao subscreverem ou adquirirem tais títulos (1989, p. 322).
Modesto Carvalhosa, de forma objetiva conceitua as debêntures como “mútuo contraído pela companhia nos termos obrigacionais pré-estabelecidos na escritura de emissão” (2002, p. 564).
3.1. Classificação das debêntures 
3.1.1. Quanto a garantia
Com garantia real ( um bem, pertencente ou não à companhia, é onerado (hipoteca de um imóvel, por exemplo);
Com garantia flutuante ( confere aos debenturistas um privilégio geral sobre o ativo da companhia, pelo qual terão preferência sobre os credores quirografários, em caso de falência da companhia emissora;
Sem garantia ou quirografárias ( cujo titular concorre com os demais credores sem garantia, na massa falida;
Subordinada ou subquirografária ( o titular tem preferência apenas sobre os acionistas, em caso de falência da sociedade devedora.
Com garantia fidejussória ( se a sociedade anônima devedora oferecer aos debenturistas fiança ou aval de seus acionistas, de instituição financeira ou de terceiros, como garantia de emissão das debêntures ou de pagamento dos encargos estabelecidos nos títulos emitidos.
3.1.2. Quanto à conversibilidade
Conversíveis ou permutáveis ( se puderem por força da escritura da emissão, ser transformadas em ações da mesma companhia que as emitiu ou de outra, se as sociedades participarem do mesmo grupo societário.
Não conversíveis ( a regra é a não conversibilidade havendo omissão, a respeito da escritura da emissão.
3.1.3. Quanto à forma de transferênciaNominativas ( se a translatividade de sua titularidade se der com o seu registro na companhia emissora, que poderá ter livro próprio para isso, controlando assim, a identidade dos debenturistas.
Escriturais ( se a transferência de sua titularidade efetivar-se por meio de assentamento em registro da instituição financeira depositaria, a debito da conta de debêntures do alienante e a credito do adquirente.
4. BÔNUS DE SUBSCRIÇÃO
Os bônus de subscrição conferem aos seus titulares o direito de subscreverem ações da companhia emissora, quando de futuro aumento de capital social desta. O titular de um bônus não estará dispensado do pagamento do respectivo preço de emissão. São títulos criados pela sociedade anônima para alienação onerosa ou atribuição como vantagem adicional aos subscritores de suas ações ou debêntures.
Para DINIZ (2013. P. 488-489):
Bônus de subscrição, título de crédito nominativo ou valor mobiliário (Lei nº 4.728/65, art. 44, § 8º, e Lei nº 6.404/76, arts. 75 a 79) emitido pela sociedade de capital autorizado, que confere a seu titular o direito de preferência na subscrição de ações, havendo aumento do capital social, que será exercido mediante apresentação do titulo à companhia e pagamento do preço das ações (Lei nº 6.404/76, art. 75, parágrafo único). E pelo art. 77 da Lei nº 6.404/76, os acionistas da companhia terão direito de preferência para adquirir os bônus de subscrição, emitidos para alienação onerosa, mas não o terão na conversão dos bônus em ações e no exercício de opção de compra de ações. Ao emitir novas ações, a companhia deverá, se tiver bônus de subscrição em circulação, ofertá-las, primeiramente, aos detentores daqueles títulos e depois aos seus acionistas (Lei nº 6.404/76, art. 171, § 3º). Se assim é, os acionistas que quiserem ter preferência no aumento do capital social deverão, para tanto, subscrever os bônus (Lei nº 6.404/76, art. 109, IV).
E assim é finalizado o estudo a cerca do inciso I do artigo 2º da Lei n.º 6385 de 1976.
REFERÊNCIAS
CARVALHOSA, Modesto; EIZIRIK, Nelson. A nova lei das S/A. São Paulo: Saraiva, 2002.
COELHO, Fábio Ulhoa. Resumo de Direito Empresarial. Disponivel em < http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAtVwAC/resumo-direito-empresarial > Acesso em: 31 mai. 2015.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro, volume 8: direito de empresa / Maria Helena Diniz. 5.ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
MARTINS, Fran. Comentários à lei das sociedades anônimas. 3. ed. Rio de Janeiro:
REPUBLICA, Presidente da. LEI No 6.385, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1976. Disponivel em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6385.htm > Acesso em: 30 mai. 2015.
REPUBLICA, Presidente da. LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976. Disponivel em < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6404consol.htm > Acesso em: 30 mai. 2015.
REQUIAO, Rubens. Curso de direito comercial, 2º volume / Rubens Requião. 25.ed.rev.e.atual. por Rubens Edmundo Requião. São Paulo: Saraiva, 2007.
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