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Aula Ensino Fundamental Os processos históricos e econômicos que levaram à unificação européia e a formação de blocos econômicos

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Geografia
Ensino Fundamental, 9º Ano
Os processos históricos e econômicos que levaram a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
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Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
A atual integração dos países europeus é resultado de um esforço que remonta ao pós-guerra; Logo após o término da Segunda Guerra ficou claro que os antigos aliados (Estados Unidos e União Soviética) tinham propostas diferentes para a reconstrução europeia, sobretudo no lado oriental;
A divisão da Alemanha, consolidada entre 1945 e 1949, marcou a grande ruptura entre os aliados; O lado ocidental ainda se defrontava com a antiga rivalidade entre a França e a Alemanha, situação que após a derrota nazista ameaçava a coesão do bloco capitalista em ascensão;
França e Alemanha historicamente disputaram não apenas a hegemonia no cenário europeu, como ainda enfrentaram inúmeras contendas fronteiriças envolvendo particularmente a rica região de ferro e carvão que lhes era relativamente comum.
Formação e Evolução da UE
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Em 1950 o ministro das Relações Exteriores da França, Robert Schumann sugeriu que o carvão e o aço da França e da Alemanha fossem colocados sob alta autoridade comum, estabelecendo a livre circulação dos produtores. A ideia pela primeira vez instituía uma autoridade independente dos governos nacionais envolvidos no acordo.
O objetivo da proposta, entretanto, era mais amplo, o que tornava ainda maior sua importância histórica e geopolítica. Na prática, a proposta viabilizou-se com a criação da Comunidade Europeia de Carvão e Aço (Ceca), em 1951.
O novo organismo foi aberto a todos os países europeus que nele quisessem ingressar. Além da França e da Alemanha, aderiram os três países do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo) encaixados entre as duas potencias rivais e a Itália.
BENELUX
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Formação e Evolução da UE
IMAGEM: CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 149. São Paulo: FTD, 2009;
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Em 1957, os países integrantes da CECA assinaram o TRATADO DE ROMA, que criava a COMUNIDADE ECONÔMICA EUROPEIA (CEE), mercado comum de pessoas, capitais, serviços e mercadorias, e a COMUNIDADE EUROPEIA DE ENERGIA ATÔMICA (CEEA);
O período entre 1957 e 1970 foi marcado pela concretização dos dois principais objetivos do tratado: uma Política Comercial Comum (PCC), que estabelecia uma tarifa aduaneira uniforme entre a CEE e os demais países parceiros; e a Política Agrícola Comum (PAC);
Nesse período, foram estabelecidas também outras políticas comuns:
Política dos Transportes; 
Política da concorrência, impedindo a distorção das regras de mercado; 
Política regional, buscando evitar os desníveis entre as várias regiões europeias;
Política de energia e de telecomunicações;
Formação e Evolução da EU.
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No plano de fortalecimento da união dos países europeus e da própria paz no continente, um fator ainda era desestabilizador: o isolamento do Reino Unido. Até esse momento a Grã-Bretanha não havia proposto a participar de uma associação maior, em que fosse apenas mais um parceiro diante do fortalecimento da integração a partir da criação da CEE, o país respondeu com a criação da ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE LIVRE COMÉRCIO (AELC), em 1959.
Ao contrário da CEE, a AELC pretendia ser apenas uma zona de livre-comércio, ou seja, apenas de livre circulação de mercadorias, sobretudo para facilitar as trocas comerciais com a CEE. Os países integrantes eram: Reino Unido, Irlanda, os países nórdicos (Noruega, Suécia, Finlândia, Islândia e Dinamarca), Áustria, Suíça e Portugal.
Formação e Evolução da UE
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O EEE começou a vigorar em 1994 e previa uma gradual eliminação das barreiras alfandegárias de todas as mercadorias. Na prática, funcionava como um estágio intermediário para um possível ingresso de outros países da AELC na CEE;
Um avanço importante da integração europeia ocorrera em dezembro de 1991, com a assinatura do TRATADO DE UNIÃO EUROPEIA, mais conhecido como TRATADO DE MAASTRICHT, nome da cidade holandesa onde foi firmado;
Formação e Evolução da UE
Apesar de em 1961 o Reino Unido ter formalizado sua intenção de ingressar na CEE, sua proposta foi rebatida pela França em decorrência de suas históricas rivalidades. O processo de integração da CEE e da AELC, porém ampliou-se significativamente em 1992, quando foi criado o ESPAÇO ECONÔMICO EUROPEU (EEE).
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Formação e Evolução da UE
A comprovação do aprofundamento da integração pôde ser verificada pela própria mudança da sigla do bloco. De CEE para CE – COMUNIDADE EUROPEIA, em referência a uma maior integração econômica;
Em 1993, quando o tratado entrou em vigor, a denominação foi substituída por UE – UNIÃO EUROPEIA, com o objetivo de enfatizar também a integração política;
O TRATADO DE MAASTRICHT COMPREENDEU DOIS ACORDOS: 
Estabelecimento da União Monetária e Econômica, com a criação de uma moeda comum para os seus países membros até o fim do século XX;
União Política, com a instituição da Cooperação do Domínio da Justiça e dos Assuntos Internos e da Política Exterior e de Segurança Comum.
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A importância desses acordos não está apenas na ampliação da integração em si, mas na necessidade de fortalecimento do lado ocidental, no contexto de desagregação do bloco socialista europeu: reunificação alemã, fim dos Regimes Socialistas no Leste e desintegração da União Soviética. 
O Tratado de Maastricht representou o acordo do pós-guerra fria na Europa.
Em meados de 1997, a assinatura de um novo acordo – o TRATADO DE AMSTERDÃ – pelos países membros da união Europeia modificou o Tratado de Maastricht.
UE: Países Ex-Socialistas (2008)
Fonte: ADAS, Melhem. p. 83. 2009.
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Os principais pontos firmados no TRATADO DE AMSTERDÃ foram:
Eliminação dos controles de fronteiras entre os países, com o estabelecimento de normas para a cooperação da política numa tentativa de conciliar liberdade e segurança. Ficaram de fora Reino Unido, Irlanda e Dinamarca;
Fim do poder de veto de cada nação, a não ser em assuntos constitucionais ou de impostos; 
Busca conjunta de soluções para o problema do desemprego; 
Ratificação do Pacto de Estabilidade Econômica, a fim de preparar os países para o lançamento de uma moeda única (o euro) a partir de 1º de janeiro de 1999. 
Inicialmente, o euro foi usado como índice de referência; na prática, era utilizado apenas em transações bancárias. As notas e as moedas únicas passaram a circular em 1º de janeiro de 2002. Reino Unido, Suécia e Dinamarca não adotaram a moeda. A adoção de uma moeda única, contudo, não eliminou as desigualdades existentes no interior do bloco.
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IMAGEM: EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
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de blocos econômicos
União Europeia
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Zona do Euro
Bandeira da UE
Fonte: VESENTINI, William & VLACH, Vânia. p. 28. 2007.
A bandeira da União Europeia tem doze estrelas porque tradicionalmente este número constitui um símbolo de perfeição, plenitude e unidade, por isso a bandeira mantém-se inalterada, independentemente dos alargamentos da UE, o círculo de estrelas douradas representa a solidariedade, a unidade e a harmonia entre os povos da Europa. 
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Imagem:- VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 27. São Paulo: Ática, 2007;
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Geografia, 9º Ano, Os processos históricos e econômicos que levaram a unificação europeia e a formação de blocos econômicos
Fonte: MOREIRA, Igor. p. 117. 2006.
EURO: “A Moeda Única”da UE
As moedas nacionais costumam trazer imagens que simbolizam a história e as paisagens dos Estados. A moeda europeia não poderia fazer isso, pois a Europa não é um Estado, mas uma comunidade de nações. O nome escolhido para a nova moeda também devia refletir a ideia da unidade, acima das nações. Euro foi o nome selecionado.
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Pela primeira vez na história , uma dúzia de países – sem guerra nem violência – abandona parte essencial de sua soberania para criar uma moeda única visando ao bem-estar coletivo. (Revista Veja, 16/01/2002, p. 22).
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Com os acordos de livre-comércio, a eliminação das barreiras alfandegárias propiciou a intensificação das trocas entre os países membros; Contudo as desigualdades econômicas existentes entre os membros da União Europeia ainda são expressivas. Ainda são as empresas das economias mais fortes (como a alemã, a francesa, a inglesa) as mais competitivas;
Um dos objetivos da unificação monetária é justamente ampliar a capacidade de competição da Europa no âmbito mundial; Uma das consequências foi o grande número de fusões de empresas europeias do mesmo ramo ou de segmentos afins, com destaque para as áreas farmacêutica, de seguros, bancária, editorial, siderúrgica, de alimentos e de bebidas;
Já nos países menos desenvolvidos, como Portugal, Espanha, Grécia e Irlanda, intensificaram-se os investimentos exteriores, ou seja, a ampliação direta de capital nos setores secundário e terciário, ou na aplicação indireta, como no mercado de ações;
Os Impactos da Integração
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Com o avanço da democratização em vários países do Leste a partir de 1991, o bloco europeu estreitou relações com as economias mais avançadas da Europa centro-oriental, particularmente a Polônia, a Hungria e a República Tcheca;
Os critérios considerados para que esses países fossem aceitos foram antes de tudo econômicos, pois com a integração monetária o bloco não sobreviveria com membros fracos. E alguns pontos em conjunto: balanços econômicos em geral, renda per capita, inflação em queda, elevados níveis de produtividade e baixos índices de desemprego;
Porém, não há como negar que a integração europeia foi pensada como um clube de países com economia industrial avançada. Além de já contar com expressivos desníveis regionais, o ingresso dos países do Leste da Europa nesse bloco tende a aprofundar as desigualdades existentes entre países ricos e pobres; 
Geopolítica Atual
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UE: PIB per capita (2006)
UE: Taxa de Desemprego (2008)
Fonte: ADAS, Melhem. p. 85. 2009.
Desigualdades na UE
Entre os países-membros da UE existem desigualdades socioeconômicas.
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As tabelas abaixo mostram as diferenças entre os indicadores socioeconômicos dos países Ex-socialistas dos países altamente industrializados do bloco. 
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UE: Regionalização segundo critérios históricos e o nível de industrialização (2008)
Fonte: ADAS, Melhem. p. 83. 2009.
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CONSELHO EUROPEU – Encarrega-se de definir as políticas gerais da União. É formado pelos chefes de Estado e de governo dos países-membros, e a presidência é conferida a um país da UE por seis meses. 
COMISSÃO EUROPEIA – Órgão encarregado de colocar em prática as políticas comunitárias. Com sede em Bruxelas, na Bélgica, a Comissão é formada por vinte representantes escolhidos de comum acordo entre os 28 membros da UE. 
PARLAMENTO EUROPEU – Controla a Comissão Europeia e aprova pressupostos comuns. É composto por mais de 600 representantes, eleitos pelos cidadãos da UE a cada quatro anos. Tem sede em Estrasburgo, na França.
TRIBUNAL DE JUSTIÇA – Assegura o respeito às leis comuns e à aplicação dos tratados. Também atua como arbitro dos conflitos dentre os órgãos da UE e entre os Estados-membros. Tem sede em Luxemburgo.
As Instituições da UE 
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Intercâmbio de Mercadorias na Europa
COMITÊ ECONÔMICO E SOCIAL – Responsável por prestar consultoria às propostas da Comissão Europeia. Busca, também, a ampliação das dimensões do mercado consumidor interno (e externo).
Mesmo com a ação das instituições da UE, os antigos países socialistas da Europa centro-oriental permanece com menor fluxo de mercadorias, constituindo a periferia do bloco. 
Já a Alemanha funciona como centro de gravidade do espaço europeu.
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Os países europeus desenvolveram um sistema de proteção social que, apesar de questionado por seu elevado custo, tem garantido aos cidadãos um padrão de vida elevado e diminuído as desigualdades sociais.
O Estado de Bem-Estar-Social
Alguns países europeus desenvolveram um sistema de proteção social, conhecido como Estado de Bem-Estar Social (Welfare State). Outras denominações usadas são Estado-previdência e Estado social de direito. São exemplos de políticas de proteção social típicas desses países: 
Seguro-desemprego, previdência social, sistemas públicos de saúde e educação eficiente, crédito acessível para a compra de imóveis, atendimento a pessoas idosas, políticas de integração de portadores de necessidades especiais
Políticas Sociais da UE 
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Faz mais de uma década que esse modelo social apresenta problemas, em razão do baixíssimo crescimento demográfico no continente. Os europeus vivem cada vez mais anos, e não nascem crianças em número suficiente para equilibrar o crescimento vegetativo. Desse modo, os governos são obrigados a destinar cada vez mais recursos aos gastos sociais, ao mesmo tempo que as receitas da previdência social mínguam. 
As elevadas taxas de desemprego dificultam a adoção de políticas mais favoráveis à imigração. Os imigrantes que entram na UE muitas vezes são forçados a viver na clandestinidade.
Crise do Modelo Social Europeu?
Com as altas taxas de desemprego atuais, os países europeus têm desenvolvido esforços para assegurar maior assistência aos desempregados. Outro tipo de proteção social praticado é o rendimento mínimo garantido aos cidadãos mais desfavorecidos,
que lhes oferece condições de vida minimamente dignas.
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Entre as políticas sociais europeias, há duas principais de grande impacto para a população: a do EMPREGO e a da SEGURANÇA PÚBLICA
Vale ressaltar que as políticas sociais europeias são financiadas por meio de uma série de impostos e taxas cobrados das sociedades. Embora cada país tenha independência na política fiscal, a UE estabelece diretrizes gerais, parte de um imposto comum em toda a Europa, IVA (Imposto sobre Valor Agregado), é destinada ao financiamento das instituições europeias;
Atualmente as empresas europeias, com o objetivo de se tornarem mais competitivas e aumentarem seus lucros, têm pressionado os governos a diminuir a carga de tributos paga por elas. Se essa redução ocorrer, outros segmentos da sociedade terão de pagar mais impostos, o que torna a questão fiscal uma polêmica das políticas sociais no continente.
Prioridades das Políticas Sociais da UE 
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Desde o tratado de Roma, em 1957, as barreiras comerciais entre países-membros da UE haviam sido eliminadas e políticas comuns foram construídas. As principais são:
PAC – POLÍTICA AGRÍCOLA COMUM – É a base da política agrícola dos países-membros. Seus objetivos são: manter os nível de vida dos agricultores por meio da garantia de preços mínimos de venda dos produtos; evitar a competição de produtos agrícolas estrangeiros. Graças à PAC, a UE consegue tirar do mercado interno grandes quantidades de alimentos, e parte desse excedente é destinada à exportação. 
POLÍTICA PESQUEIRA – Compreende acordos com outros países para explorar suas fronteiras marítimas e incentivos à modernização tanto da frota de pesca como da indústria de navegação. Essa política incrementou o volume da pesca, mas agravou o desemprego, por provocar o fechamento de pequenas empresas pesqueiras.
Políticas Comuns da UE 
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POLÍTICA REGIONAL – Voltada a reduzir as diferenças de desenvolvimento econômico entre os países e entre as regiões de alguns deles. Para isso, foram criados fundos de desenvolvimento – o FSE (Fundo Social Europeu) e os Fundos de Coesão – que financiam programas de construção de infraestruturas para instalação de indústrias nas regiões menos desenvolvidas, e outras políticas de fomento à educação, à saúde e à igualdade de oportunidades dos cidadãos.
POLÍTICA INDUSTRIAL – Implica o incentivo à modernização das empresas e dos setores em crise da UE, concedendo subvenções aos setores mais modernos, buscando novos mercados e estimulando a cooperação entre os países membros. Embora seja uma das principais zonas industriais do mundo, a UE ainda enfrenta problemas de falta de modernização e menor desenvolvimento em alguns setores em comparação aos Estados Unidos e ao Japão, seus concorrentes diretos. A política industrial adotada visa assegurar competitividade às suas indústrias. Também existe uma política energética comum, com o objetivo de diversificar as fontes de energia e reduzir as importações de petróleo.
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POLÍTICA DE TRANSPORTES – Por essa política, a UE tem favorecido a ampliação e modernização dos principais eixos de comunicação do continente europeu e, ao mesmo tempo, fomentado a criação de novas infraestruturas para conexão dos centros econômicos mais importantes da Europa com as regiões tradicionalmente isoladas;
POLÍTICA AMBIENTAL – Visa criar uma legislação ambiental única dos países-membros. O princípio do desenvolvimento sustentável constitui um dos principais objetivos da UE, baseando-se na ação preventiva e na correção de danos causados ao ambiente. Exemplos: a proibição da gasolina com chumbo, a reciclagem de resíduos sólidos urbanos e a proibição da fabricação e uso de CFC (cloroflurcarboneto) – uma gás que provoca a diminuição da camada de ozônio);
POLÍTICA COMERCIAL – Por essa política, os produtos comercializados nos países-membros são taxados com um mesmo imposto, o IVA. Principal potência comercial do mundo, a UE vende produtos agrícolas e industriais e compra matérias-primas em geral e manufaturas de alta tecnologia.
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No plano econômico mundial, os últimos anos foi marcado pela crise econômica na União Europeia. Em função da globalização econômica que vivemos na atualidade, a crise se espalhou pelos quatro cantos do mundo, derrubando índices das bolsas de valores e criando um clima de pessimismo na esfera econômica mundial. 
CAUSAS PRINCIPAIS DA CRISE: 
Endividamento público elevado, principalmente de países como a Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha; Esses países são representados pela sigla PIIGS.
Falta de coordenação política da União Europeia para resolver questões de endividamento público das nações do bloco. 
Crise Econômica na UE
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CONSEQUÊNCIAS DA CRISE: 
Fuga de capitais de investidores; 
Escassez de crédito; 
Aumento do desemprego; 
Descontentamento popular com medidas de redução de gastos adotadas pelos países como forma de conter a crise; 
Diminuição dos ratings (notas dadas por agências de risco) das nações e bancos dos países mais envolvidos na crise; 
Queda ou baixo crescimento do PIB dos países da União Europeia em função do desaquecimento da economia dos países do bloco. 
Contaminação da crise para países, fora do bloco, que mantém relações comerciais com a União Europeia, inclusive o Brasil. A crise pode, de acordo com alguns economistas, causar recessão econômica mundial.
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AÇÕES DA UNIÃO EUROPEIA PARA ENFRENTAR A CRISE: 
Implementação de um pacote econômico anticrise (lançado em 27/10/2011); 
Maior participação do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Central Europeu nas ações de enfrentamento da crise;
Ajuda financeira aos países com mais dificuldades econômicas como, por exemplo, a Grécia. 
Definição de um Pacto Fiscal, ratificado em 2012, cujos objetivos são: garantir o equilíbrio das contas públicas das nações da União Europeia e criar sistemas de punição aos países que desrespeitarem o pacto. Vale destacar que o Reino Unido não aceitou o pacto, fato que aumentou a crise política na região. 
As ações de combate à crise são coordenadas, principalmente, por França e Alemanha.
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Sugestões de Atividades
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► CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO EURO
As equipes devem se colocar no lugar da comissão Europeia e organizar uma campanha de divulgação da moeda única do bloco. A campanha destina-se a gerar confiança popular no euro e explicar as vantagens da troca das moedas nacionais pela moeda única. Sugere-se que as equipes elaborem planos de campanha, definindo meios de divulgação e mensagens específicas, levando em conta as características diferenciadas dos principais países envolvidos.
► GEORNAL 
Juntem-se a dois ou três colegas e pesquisem, em jornais e revistas informações atuais sobre a UE, como a situação do euro em relação ao dólar ou a adesão de um novo país ao bloco
e, ainda, se o bloco passa por alguma crise. Incluam no trabalho, por meio de recortes ou fotocópias, imagens (fotografias, gráficos, mapas, etc.) que ilustrem os acontecimentos ou os dados citados.
Apresentem a pesquisa na forma de um jornalzinho.
Para isso, criem um nome para o jornal, ressaltem as manchetes dos artigos escolhidos e colem o texto e a imagens, distribuindo-os de forma que facilite a leitura. Não se esqueça de incluir, em um cabeçalho, as datas das notícias e o dia da finalização do trabalho.
Depois de concluídos os trabalhos em grupo, a classe pode reunir todos os jornaizinhos em um único painel de notícias e expô-los no mural da escola.
Atividade 1
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O processo de unificação da Europa é relativamente antigo. 
Para entender as principais etapas desse processo e verificar a situação desse continente no presente, faça o seguinte:
Trace uma linha horizontal no caderno para reproduzir uma linha do tempo.
 1950 2015
Com base na aula, suas anotações e o livro didático, complete a linha do tempo: anote as principais etapas do processo de unificação da Europa nas respectivas datas.
AO FINAL, COMPARE A SUA COM A DOS COLEGAS E MOSTRE AO PROFESSOR(A).
Atividade 2
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- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.111-112. São Paulo: Ática, 2006;
- CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 149. São Paulo: FTD, 2009;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
- VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 27. São Paulo: Ática, 2007;
- VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 28. São Paulo: Ática, 2007;
- CARVALHO, Marcos & PEREIRA, Diamantino. Geografias do Mundo: Fronteiras. 8º ano. p. 151. São Paulo: FTD, 2009;
- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p. 117. São Paulo: Ática, 2006;
- MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 19. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.113. São Paulo: Ática, 2006;
- MOREIRA, Igor & AURICCHIO, Elizabeth. Geografia: Construindo o espaço mundial. 8ª série. p.115-116. São Paulo: Ática, 2006;
- AD0AS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 85. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 86. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 87. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 107. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 94. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 99. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 95. São Paulo: Moderna, 2006;
- ADAS, Melhem. Geografia: O mundo desenvolvido. 9º ano. p. 83. São Paulo: Moderna, 2006;
- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 85. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
REFERÊNCIAS 
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Referências
(21)- MAGNOLI, Demétrio. Géia: Fundamentos da Geografia. 8ª série. p. 58. São Paulo: Editora Moderna, 2002;
(22)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p.83. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(23)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 84. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(24)- EDITORA MODERNA (org.). Projeto Araribá: Geografia. 9º ano. p. 86-87. São Paulo: Editora Moderna, 2007;
(25)- http://www.suapesquisa.com/uniaoeuropeia/crise.htm. Acesso em: 10/01/2013.
(26-VESENTINI, William & VLACH, Vânia. Geografia Crítica. 8ª série. p. 30. São Paulo: Ática, 2007.
(27)- BOLIGIAN, Levon; MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa & ALVES, Andressa. Geografia: Espaço e vivência. 9º ano. p. 133. São Paulo: Atual Editora, 2009.

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