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Legislação Eleitoral e Partidos Políticos

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Atualizada até maio de 2016
 
Legislação eleitoral e partidária
Eleições
Eleições
LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA
SENADO FEDERAL 
Mesa 
Biênio 2015 – 2016
Senador Renan Calheiros
PRESIDENTE
Senador Jorge Viana
PRIMEIRO-VICE-PRESIDENTE
Senador Romero Jucá
SEGUNDO-VICE-PRESIDENTE
Senador Vicentinho Alves
PRIMEIRO-SECRETÁRIO
Senador Zeze Perrella
SEGUNDO-SECRETÁRIO
Senador Gladson Cameli
TERCEIRO-SECRETÁRIO
Senadora Ângela Portela
QUARTA-SECRETÁRIA
SUPLENTES DE SECRETÁRIO
Senador Sérgio Petecão
Senador João Alberto Souza
Senador Elmano Férrer
Senador Douglas Cintra
Brasília – 2016
Eleições
LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA
Secretaria de Editoração e Publicações
Coordenação de Edições Técnicas
Eleições : legislação eleitoral e partidária. – Brasília : Senado Federal, 
Coordenação de Edições Técnicas, 2016.
202 p.
Conteúdo: Dispositivos constitucionais pertinentes – Código eleitoral – 
Normas correlatas.
ISBN: 978-85-7018-737-6
1. Código eleitoral, Brasil. 2. Direito eleitoral, Brasil.
CDDir 341.28
Coordenação de Edições Técnicas
Via N2, Secretaria de Editoração e Publicações, Bloco 2, 1o Pavimento
CEP: 70165-900 – Brasília, DF
E-mail: livros@senado.leg.br
Alô Senado: 0800 61 2211
Edição do Senado Federal
Diretora-Geral: Ilana Trombka
Secretário-Geral da Mesa: Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho
Impressa na Secretaria de Editoração e Publicações
Diretor: Florian Augusto Coutinho Madruga
Produzida na Coordenação de Edições Técnicas
Coordenadora: Denise Zaiden Santos
Organização: Nerione Cardoso Júnior
Revisão de provas: Letícia de Castro e Vilma de Sousa
Editoração eletrônica: Rejane Campos
Ficha catalográfica: Guilherme Dias
Capa e ilustrações: Daniel Marques
Projeto gráfico: Raphael Melleiro e Rejane Campos
Atualizada até maio de 2016.
Sumário
9 Apresentação
Dispositivos constitucionais pertinentes
12 Constituição da República Federativa do Brasil
22 Emenda Constitucional no 91, de 2016
Código Eleitoral
Lei no 4.737/1965
24 Parte Primeira – Introdução
25 Parte Segunda – Dos Órgãos da Justiça Eleitoral
26 Título I – Do Tribunal Superior
28 Título II – Dos Tribunais Regionais
31 Título III – Dos Juízes Eleitorais
32 Título IV – Das Juntas Eleitorais
Parte Terceira – Do Alistamento
33 Título I – Da Qualificação e Inscrição
35 Capítulo I – Da Segunda Via
36 Capítulo II – Da Transferência
37 Capítulo III – Dos Preparadores
37 Capítulo IV – Dos Delegados de Partido perante o Alistamento
38 Capítulo V – Do Encerramento do Alistamento
38 Título II – Do Cancelamento e da Exclusão
Parte Quarta – Das Eleições
39 Título I – Do Sistema Eleitoral
40 Capítulo I – Do Registro dos Candidatos
43 Capítulo II – Do Voto Secreto
43 Capítulo III – Da Cédula Oficial
43 Capítulo IV – Da Representação Proporcional
45 Título II – Dos Atos Preparatórios da Votação
45 Capítulo I – Das Seções Eleitorais
45 Capítulo II – Das Mesas Receptoras
47 Capítulo III – Da Fiscalização perante as Mesas Receptoras
48 Título III – Do Material para a Votação
Título IV – Da Votação
49 Capítulo I – Dos Lugares da Votação
50 Capítulo II – Da Polícia dos Trabalhos Eleitorais
50 Capítulo III – Do Início da Votação
51 Capítulo IV – Do Ato de Votar
53 Capítulo V – Do Encerramento da Votação
Título V – Da Apuração
54 Capítulo I – Dos Órgãos Apuradores
Capítulo II – Da Apuração nas Juntas
54 Seção I – Disposições Preliminares
55 Seção II – Da Abertura da Urna
56 Seção III – Das Impugnações e dos Recursos
56 Seção IV – Da Contagem dos Votos
60 Seção V – Da Contagem dos Votos pela Mesa Receptora
61 Capítulo III – Da Apuração nos Tribunais Regionais
64 Capítulo IV – Da Apuração no Tribunal Superior
65 Capítulo V – Dos Diplomas
66 Capítulo VI – Das Nulidades da Votação
67 Capítulo VII – Do Voto no Exterior
Parte Quinta – Disposições Várias
68 Título I – Das Garantias Eleitorais
69 Título II – Da Propaganda Partidária
Título III – Dos Recursos
71 Capítulo I – Disposições Preliminares
72 Capítulo II – Dos Recursos perante as Juntas e Juízos Eleitorais
73 Capítulo III – Dos Recursos nos Tribunais Regionais
75 Capítulo IV – Dos Recursos no Tribunal Superior
Título IV – Disposições Penais
75 Capítulo I – Disposições Preliminares
76 Capítulo II – Dos Crimes Eleitorais
81 Capítulo III – Do Processo das Infrações
82 Título V – Disposições Gerais e Transitórias
Normas correlatas
88 Lei Complementar no 135/2010
89 Lei Complementar no 78/1993
90 Lei Complementar no 64/1990
99 Lei no 13.165/2015
101 Lei no 12.034/2009
102 Lei no 9.709/1998
104 Lei no 9.504/1997
154 Lei no 9.259/1996
155 Lei no 9.096/1995
169 Lei no 7.444/1985
171 Lei no 6.996/1982
174 Lei no 6.236/1975
175 Lei no 6.091/1974
178 Lei no 5.782/1972
179 Lei no 4.410/1964
180 Lei no 1.207/1950
181 Decreto-Lei no 201/1967
186 Decreto no 7.791/2012
188 Decreto no 4.199/2002
189 Resolução do TSE no 23.465/2015
201 Resolução do TSE no 23.459/2015
As notas de rodapé indicadas ao fim do caput dos artigos apresentam as normas modificadoras 
de seus dispositivos. Consta ainda nas notas referência às normas que regulamentam ou 
complementam a legislação compilada.
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Apresentação
As obras de legislação do Senado Federal visam a permitir o acesso do cidadão 
à legislação em vigor relativa a temas específicos de interesse público.
Tais coletâneas incluem dispositivos constitucionais, códigos ou leis principais 
sobre o tema, além de normas correlatas e acordos internacionais relevantes, 
a depender do assunto. Por meio de compilação atualizada e fidedigna, 
apresenta-se ao leitor um painel consistente para estudo e consulta.
Notas de rodapé trazem a referência das normas que alteram ou regulamentam 
leis e decretos, permitindo ao leitor aprofundar seus conhecimentos. O termo 
“Ver” remete a normas conexas.
O índice temático, quando apresentado, oferece verbetes com tópicos de relevo, 
tornando fácil e rápida a consulta a dispositivos de interesse mais pontual.
Na Livraria Virtual do Senado (www.senado.leg.br/livraria), além das obras 
impressas disponíveis para compra direta, o leitor encontra e-books para 
download imediato e gratuito.
Sugestões e críticas podem ser registradas na página da Livraria e certamente 
contribuirão para o aprimoramento de nossos livros e periódicos.
Dispositivos constitucionais 
pertinentes
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Constituição 
da República Federativa do Brasil
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TÍTULO I – Dos Princípios Fundamentais
Art. 1o A República Federativa do Brasil, 
formada pela união indissolúvel dos Estados e 
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se 
em Estado Democrático de Direito e tem como 
fundamentos:
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V – o pluralismo político�
Parágrafo único� Todo o poder emana do 
povo, que o exerce por meio de representan-
tes eleitos ou diretamente, nos termos desta 
Constituição�
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TÍTULO II – Dos Direitos e Garantias 
Fundamentais
CAPÍTULO I – Dos Direitos e Deveres 
Individuais e Coletivos
Art. 5o Todos são iguais perante a lei, sem dis-
tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos 
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País 
a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, 
à igualdade, à segurança e à propriedade, nos 
termos seguintes:
I – homens e mulheres são iguais em direitos 
e obrigações, nos termos desta Constituição
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VIII – ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção 
filosófica ou política, salvo se as invocar para 
eximir-sede obrigação legal a todos imposta 
e recusar-se a cumprir prestação alternativa, 
fixada em lei;
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XVI – todos podem reunir-se pacificamen-
te, sem armas, em locais abertos ao público, 
independentemente de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente;
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XLIV – constitui crime inafiançável e im-
prescritível a ação de grupos armados, civis 
ou militares, contra a ordem constitucional e 
o Estado Democrático;
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CAPÍTULO III – Da Nacionalidade
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
a) os nascidos na República Federativa do 
Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que 
estes não estejam a serviço de seu país;
b) os nascidos no estrangeiro, de pai bra-
sileiro ou mãe brasileira, desde que qualquer 
deles esteja a serviço da República Federativa 
do Brasil;
c) os nascidos no estrangeiro de pai bra-
sileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente 
ou venham a residir na República Federativa 
do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois 
de atingida a maioridade, pela nacionalidade 
brasileira;
II – naturalizados:
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacio-
nalidade brasileira, exigidas aos originários de 
países de língua portuguesa apenas residência 
por um ano ininterrupto e idoneidade moral;
b) os estrangeiros de qualquer nacionali-
dade, residentes na República Federativa do 
Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e 
sem condenação penal, desde que requeiram a 
nacionalidade brasileira�
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§ 3o São privativos de brasileiro nato os 
cargos:
I – de Presidente e Vice-Presidente da Re-
pública;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
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CAPÍTULO IV – Dos Direitos Políticos
Art. 14. A soberania popular será exercida 
pelo sufrágio universal e pelo voto direto e se-
creto, com valor igual para todos, e, nos termos 
da lei, mediante:
I – plebiscito;
II – referendo;
III – iniciativa popular�
§ 1o O alistamento eleitoral e o voto são:
I – obrigatórios para os maiores de dezoito 
anos;
II – facultativos para:
a) os analfabetos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os maiores de dezesseis e menores de 
dezoito anos�
§ 2o Não podem alistar-se como eleitores 
os estrangeiros e, durante o período do serviço 
militar obrigatório, os conscritos�
§ 3o São condições de elegibilidade, na 
forma da lei:
I – a nacionalidade brasileira;
II – o pleno exercício dos direitos políticos;
III – o alistamento eleitoral;
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;
V – a filiação partidária;
VI – a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-
-Presidente da República e Senador;
b) trinta anos para Governador e Vice-
-Governador de Estado e do Distrito Federal;
c) vinte e um anos para Deputado Federal, 
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-
-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador�
§ 4o São inelegíveis os inalistáveis e os 
analfabetos�
§ 5o O Presidente da República, os Governa-
dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefei-
tos e quem os houver sucedido ou substituído 
no curso dos mandatos poderão ser reeleitos 
para um único período subsequente�
§ 6o Para concorrerem a outros cargos, o 
Presidente da República, os Governadores 
de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos 
devem renunciar aos respectivos mandatos até 
seis meses antes do pleito�
§ 7o São inelegíveis, no território de jurisdi-
ção do titular, o cônjuge e os parentes consanguí-
neos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, 
do Presidente da República, de Governador de 
Estado ou Território, do Distrito Federal, de 
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro 
dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já ti-
tular de mandato eletivo e candidato à reeleição�
§ 8o O militar alistável é elegível, atendidas 
as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, 
deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, 
será agregado pela autoridade superior e, se 
eleito, passará automaticamente, no ato da 
diplomação, para a inatividade�
§ 9o Lei complementar estabelecerá outros 
casos de inelegibilidade e os prazos de sua ces-
sação, a fim de proteger a probidade administra-
tiva, a moralidade para o exercício do mandato, 
considerada a vida pregressa do candidato, e a 
normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso 
do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta�
§ 10� O mandato eletivo poderá ser impug-
nado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze 
dias contados da diplomação, instruída a ação 
com provas de abuso do poder econômico, 
corrupção ou fraude�
§ 11� A ação de impugnação de mandato 
tramitará em segredo de justiça, respondendo 
o autor, na forma da lei, se temerária ou de 
manifesta má-fé�
Art. 15. É vedada a cassação de direitos polí-
ticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos 
casos de:
I – cancelamento da naturalização por sen-
tença transitada em julgado;
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II – incapacidade civil absoluta;
III – condenação criminal transitada em 
julgado, enquanto durarem seus efeitos;
IV – recusa de cumprir obrigação a todos 
imposta ou prestação alternativa, nos termos 
do art� 5o, VIII;
V – improbidade administrativa, nos termos 
do art� 37, § 4o�
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral 
entrará em vigor na data de sua publicação, não 
se aplicando à eleição que ocorra até um ano 
da data de sua vigência�
CAPÍTULO V – Dos Partidos Políticos
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação 
e extinção de partidos políticos, resguardados 
a soberania nacional, o regime democrático, 
o pluripartidarismo, os direitos fundamentais 
da pessoa humana e observados os seguintes 
preceitos:
I – caráter nacional;
II – proibição de recebimento de recursos 
financeiros de entidade ou governo estrangei-
ros ou de subordinação a estes;
III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV – funcionamento parlamentar de acordo 
com a lei�
§ 1o É assegurada aos partidos políticos 
autonomia para definir sua estrutura interna, 
organização e funcionamento e para adotar 
os critérios de escolha e o regime de suas 
coligações eleitorais, sem obrigatoriedade de 
vinculação entre as candidaturas em âmbito 
nacional, estadual, distrital ou municipal, 
devendo seus estatutos estabelecer normas de 
disciplina e fidelidade partidária�
§ 2o Os partidos políticos, após adquirirem 
personalidade jurídica, na forma da lei civil, 
registrarão seus estatutos no Tribunal Superior 
Eleitoral�
§ 3o Os partidos políticos têm direito a 
recursos do Fundo Partidário e acesso gratuito 
ao rádio e à televisão, na forma da lei�
§ 4o É vedada a utilização pelos partidos 
políticos de organização paramilitar�
TÍTULO III – Da Organização do Estado
CAPÍTULO I – Da Organização Político-
Administrativa
Art. 18. A organização político-administrati-
va da República Federativa do Brasil compre-
ende a União, os Estados, o Distrito Federal e 
os Municípios, todos autônomos, nos termos 
desta Constituição�
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CAPÍTULO II – Da União�������������������������������������������������������������������������������
Art. 22. Compete privativamente à União 
legislar sobre:
I – direito civil, comercial, penal, processual, 
eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espa-
cial e do trabalho;
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CAPÍTULO III – Dos Estados Federados
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Art. 27. O número de Deputados à As-
sembléia Legislativa corresponderá ao triplo 
da representação do Estado na Câmara dos 
Deputados e, atingido o número de trinta e 
seis, será acrescido de tantos quantos forem os 
Deputados Federais acima de doze�
§ 1o Será de quatro anos o mandato dos 
Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as re-
gras desta Constituição sobre sistema eleitoral, 
inviolabilidade, imunidades, remuneração, 
perda de mandato, licença, impedimentos e 
incorporação às Forças Armadas�
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Art. 28. A eleição do Governador e do 
Vice-Governador de Estado, para mandato 
de quatro anos, realizar-se-á no primeiro 
domingo de outubro, em primeiro turno, e 
no último domingo de outubro, em segun-
do turno, se houver, do ano anterior ao do 
término do mandato de seus antecessores, 
e a posse ocorrerá em 1o de janeiro do ano 
subsequente, observado, quanto ao mais, o 
disposto no art� 77�
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§ 1o Perderá o mandato o Governador que 
assumir outro cargo ou função na administra-
ção pública direta ou indireta, ressalvada a posse 
em virtude de concurso público e observado o 
disposto no art� 38, I, IV e V�
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CAPÍTULO IV – Dos Municípios
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgâ-
nica, votada em dois turnos, com o interstício 
mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços 
dos membros da Câmara Municipal, que a pro-
mulgará, atendidos os princípios estabelecidos 
nesta Constituição, na Constituição do respec-
tivo Estado e os seguintes preceitos:
I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e 
dos Vereadores, para mandato de quatro anos, 
mediante pleito direto e simultâneo realizado 
em todo o país;
II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito 
realizada no primeiro domingo de outubro do 
ano anterior ao término do mandato dos que 
devam suceder, aplicadas as regras do art� 77 
no caso de Municípios com mais de duzentos 
mil eleitores;
III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito 
no dia 1o de janeiro do ano subsequente ao da 
eleição;
IV – para a composição das Câmaras Mu-
nicipais, será observado o limite máximo de:
a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de 
até 15�000 (quinze mil) habitantes;
b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de 
mais de 15�000 (quinze mil) habitantes e de até 
30�000 (trinta mil) habitantes;
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios 
com mais de 30�000 (trinta mil) habitantes e de 
até 50�000 (cinquenta mil) habitantes;
d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 50�000 (cinquenta mil) habitantes e 
de até 80�000 (oitenta mil) habitantes;
e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 80�000 (oitenta mil) habitantes 
e de até 120�000 (cento e vinte mil) habitantes;
f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios 
de mais de 120�000 (cento e vinte mil) habitantes 
e de até 160�000 (cento e sessenta mil) habitantes;
g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Muni-
cípios de mais de 160�000 (cento e sessenta 
mil) habitantes e de até 300�000 (trezentos mil) 
habitantes;
h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 300�000 (trezentos mil) habitan-
tes e de até 450�000 (quatrocentos e cinquenta 
mil) habitantes;
i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 450�000 (quatrocentos e 
cinquenta mil) habitantes e de até 600�000 
(seiscentos mil) habitantes;
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 600�000 (seiscentos mil) habi-
tantes e de até 750�000 (setecentos e cinquenta 
mil) habitantes;
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municí-
pios de mais de 750�000 (setecentos e cinquenta 
mil) habitantes e de até 900�000 (novecentos 
mil) habitantes;
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Muni-
cípios de mais de 900�000 (novecentos mil) 
habitantes e de até 1�050�000 (um milhão e 
cinquenta mil) habitantes;
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�050�000 (um milhão e 
cinquenta mil) habitantes e de até 1�200�000 (um 
milhão e duzentos mil) habitantes;
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�200�000 (um milhão e 
duzentos mil) habitantes e de até 1�350�000 (um 
milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Muni-
cípios de 1�350�000 (um milhão e trezentos e 
cinquenta mil) habitantes e de até 1�500�000 (um 
milhão e quinhentos mil) habitantes;
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 1�500�000 (um milhão e 
quinhentos mil) habitantes e de até 1�800�000 
(um milhão e oitocentos mil) habitantes;
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 1�800�000 (um milhão 
e oitocentos mil) habitantes e de até 2�400�000 
(dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 2�400�000 (dois milhões e 
quatrocentos mil) habitantes e de até 3�000�000 
(três milhões) de habitantes;
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s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 3�000�000 (três milhões) 
de habitantes e de até 4�000�000 (quatro mi-
lhões) de habitantes;
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Mu-
nicípios de mais de 4�000�000 (quatro milhões) 
de habitantes e de até 5�000�000 (cinco milhões) 
de habitantes;
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 5�000�000 (cinco mi-
lhões) de habitantes e de até 6�000�000 (seis 
milhões) de habitantes;
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 6�000�000 (seis milhões) 
de habitantes e de até 7�000�000 (sete milhões) 
de habitantes;
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 7�000�000 (sete milhões) 
de habitantes e de até 8�000�000 (oito milhões) 
de habitantes; e
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos 
Municípios de mais de 8�000�000 (oito milhões) 
de habitantes;
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CAPÍTULO V – Do Distrito Federal e dos 
Territórios
SEÇÃO I – Do Distrito Federal
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão 
em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, 
votada em dois turnos com interstício mínimo 
de dez dias, e aprovada por dois terços da Câ-
mara Legislativa, que a promulgará, atendidos 
os princípios estabelecidos nesta Constituição�
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§ 2o A eleição do Governador e do Vice-
-Governador, observadas as regras do art� 77, 
e dos Deputados Distritais coincidirá com a 
dos Governadores e Deputados Estaduais, para 
mandato de igual duração�
§ 3o Aos Deputados Distritais e à Câmara 
Legislativa aplica-se o disposto no art� 27�
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SEÇÃO II – Dos Territórios
Art. 33. ���������������������������������������������������������������
§ 1o Os Territórios poderão ser divididos 
em Municípios, aos quais se aplicará, no que 
couber, o disposto no Capítulo IV deste título�
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§ 3o Nos Territórios Federais com mais 
de cem mil habitantes, além do Governador, 
nomeado na forma desta Constituição, have-
ráórgãos judiciários de primeira e segunda 
instâncias, membros do Ministério Público e 
defensores públicos federais; a lei disporá so-
bre as eleições para a Câmara Territorial e sua 
competência deliberativa�
CAPÍTULO VI – Da Intervenção
Art. 34. A União não intervirá nos Estados 
nem no Distrito Federal, exceto para:
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VII – assegurar a observância dos seguintes 
princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representati-
vo e regime democrático;
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CAPÍTULO VII – Da Administração Pública
SEÇÃO I – Disposições Gerais
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Art. 38. Ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício 
de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes 
disposições:
I – tratando-se de mandato eletivo federal, 
estadual ou distrital, ficará afastado de seu 
cargo, emprego ou função;
II – investido no mandato de Prefeito, será 
afastado do cargo, emprego ou função, sendo-
-lhe facultado optar pela sua remuneração;
III – investido no mandato de Vereador, ha-
vendo compatibilidade de horários, perceberá 
as vantagens de seu cargo, emprego ou função, 
sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, 
e, não havendo compatibilidade, será aplicada 
a norma do inciso anterior;
IV – em qualquer caso que exija o afasta-
mento para o exercício de mandato eletivo, 
seu tempo de serviço será contado para todos 
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os efeitos legais, exceto para promoção por 
merecimento;
V – para efeito de benefício previdenciário, 
no caso de afastamento, os valores serão deter-
minados como se no exercício estivesse�
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TÍTULO IV – Da Organização dos Poderes
CAPÍTULO I – Do Poder Legislativo
SEÇÃO I – Do Congresso Nacional
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo 
Congresso Nacional, que se compõe da Câmara 
dos Deputados e do Senado Federal�
Parágrafo único� Cada legislatura terá a 
duração de quatro anos�
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se 
de representantes do povo, eleitos, pelo sistema 
proporcional, em cada Estado, em cada Terri-
tório e no Distrito Federal�
§ 1o O número total de Deputados, bem 
como a representação por Estado e pelo Distrito 
Federal, será estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo-
-se aos ajustes necessários, no ano anterior às 
eleições, para que nenhuma daquelas unidades 
da Federação tenha menos de oito ou mais de 
setenta Deputados�
§ 2o Cada Território elegerá quatro Depu-
tados�
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de re-
presentantes dos Estados e do Distrito Federal, 
eleitos segundo o princípio majoritário�
§ 1o Cada Estado e o Distrito Federal elege-
rão três Senadores, com mandato de oito anos�
§ 2o A representação de cada Estado e do 
Distrito Federal será renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e dois 
terços�
§ 3o Cada Senador será eleito com dois 
suplentes�
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SEÇÃO II – Das Atribuições do Congresso 
Nacional
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Art. 49. É da competência exclusiva do Con-
gresso Nacional:
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XV – autorizar referendo e convocar ple-
biscito;
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SEÇÃO V – Dos Deputados e dos Senadores
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio-
láveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas 
opiniões, palavras e votos�
§ 1o Os Deputados e Senadores, desde a 
expedição do diploma, serão submetidos a jul-
gamento perante o Supremo Tribunal Federal�
§ 2o Desde a expedição do diploma, os 
membros do Congresso Nacional não poderão 
ser presos, salvo em flagrante de crime ina-
fiançável� Nesse caso, os autos serão remetidos 
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, 
para que, pelo voto da maioria de seus mem-
bros, resolva sobre a prisão�
§ 3o Recebida a denúncia contra Senador 
ou Deputado, por crime ocorrido após a di-
plomação, o Supremo Tribunal Federal dará 
ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa 
de partido político nela representado e pelo 
voto da maioria de seus membros, poderá, até 
a decisão final, sustar o andamento da ação�
§ 4o O pedido de sustação será apreciado 
pela Casa respectiva no prazo improrrogável 
de quarenta e cinco dias do seu recebimento 
pela Mesa Diretora�
§ 5o A sustação do processo suspende a 
prescrição, enquanto durar o mandato�
§ 6o Os Deputados e Senadores não serão 
obrigados a testemunhar sobre informações 
recebidas ou prestadas em razão do exercício 
do mandato, nem sobre as pessoas que lhes 
confiaram ou deles receberam informações�
§ 7o A incorporação às Forças Armadas de 
Deputados e Senadores, embora militares e 
ainda que em tempo de guerra, dependerá de 
prévia licença da Casa respectiva�
§ 8o As imunidades de Deputados ou Se-
nadores subsistirão durante o estado de sítio, 
só podendo ser suspensas mediante o voto de 
dois terços dos membros da Casa respectiva, 
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nos casos de atos praticados fora do recinto do 
Congresso Nacional, que sejam incompatíveis 
com a execução da medida�
Art. 54. Os Deputados e Senadores não po-
derão:
I – desde a expedição do diploma:
a) firmar ou manter contrato com pessoa ju-
rídica de direito público, autarquia, empresa pú-
blica, sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando 
o contrato obedecer a cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou em-
prego remunerado, inclusive os de que sejam 
demissíveis ad nutum, nas entidades constantes 
da alínea anterior;
II – desde a posse:
a) ser proprietários, controladores ou dire-
tores de empresa que goze de favor decorrente 
de contrato com pessoa jurídica de direito 
público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que sejam 
demissíveis ad nutum, nas entidades referidas 
no inciso I, “a”;
c) patrocinar causa em que seja interessada 
qualquer das entidades a que se refere o inciso 
I, “a”;
d) ser titulares de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo�
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou 
Senador:
I – que infringir qualquer das proibições 
estabelecidas no artigo anterior;
II – cujo procedimento for declarado incom-
patível com o decoro parlamentar;
III – que deixar de comparecer, em cada 
sessão legislativa, à terça parte das sessões or-
dinárias da Casa a que pertencer, salvo licença 
ou missão por esta autorizada;
IV – que perder ou tiver suspensos os direitos 
políticos;
V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos 
casos previstos nesta Constituição;
VI – que sofrer condenação criminal em 
sentença transitada em julgado�
§ 1o É incompatível com o decoro parla-
mentar, além dos casos definidos no regimento 
interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a 
membro do Congresso Nacional ou a percepção 
de vantagens indevidas�
§ 2o Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda 
do mandato será decidida pela Câmara dos 
Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria 
absoluta, mediante provocação da respectiva 
Mesa ou de partido político representado no 
Congresso Nacional, assegurada ampla defesa�
§ 3o Nos casos previstos nos incisos III a 
V, a perda será declarada pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou mediante provocação 
de qualquer de seus membros ou de partido 
políticorepresentado no Congresso Nacional, 
assegurada ampla defesa�
§ 4o A renúncia de parlamentar submetido 
a processo que vise ou possa levar à perda do 
mandato, nos termos deste artigo, terá seus 
efeitos suspensos até as deliberações finais de 
que tratam os §§ 2o e 3o�
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado 
ou Senador:
I – investido no cargo de Ministro de Estado, 
Governador de Território, Secretário de Estado, 
do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura 
de Capital ou chefe de missão diplomática 
temporária;
II – licenciado pela respectiva Casa por moti-
vo de doença, ou para tratar, sem remuneração, 
de interesse particular, desde que, neste caso, o 
afastamento não ultrapasse cento e vinte dias 
por sessão legislativa�
§ 1o O suplente será convocado nos casos de 
vaga, de investidura em funções previstas neste 
artigo ou de licença superior a cento e vinte dias�
§ 2o Ocorrendo vaga e não havendo suplente, 
far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais 
de quinze meses para o término do mandato�
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SEÇÃO VIII – Do Processo Legislativo
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SUBSEÇÃO II – Da Emenda à Constituição
Art. 60. ��������������������������������������������������������������
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§ 4o Não será objeto de deliberação a pro-
posta de emenda tendente a abolir:
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II – o voto direto, secreto, universal e peri-
ódico;
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SUBSEÇÃO III – Das Leis
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e 
ordinárias cabe a qualquer membro ou Comis-
são da Câmara dos Deputados, do Senado Fe-
deral ou do Congresso Nacional, ao Presidente 
da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos 
Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da 
República e aos cidadãos, na forma e nos casos 
previstos nesta Constituição�
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§ 2o A iniciativa popular pode ser exercida 
pela apresentação à Câmara dos Deputados de 
projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por 
cento do eleitorado nacional, distribuído pelo 
menos por cinco Estados, com não menos de 
três décimos por cento dos eleitores de cada 
um deles�
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Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo 
Presidente da República, que deverá solicitar a 
delegação ao Congresso Nacional�
§ 1o Não serão objeto de delegação os atos de 
competência exclusiva do Congresso Nacional, 
os de competência privativa da Câmara dos De-
putados ou do Senado Federal, a matéria reser-
vada à lei complementar, nem a legislação sobre:
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II – nacionalidade, cidadania, direitos indi-
viduais, políticos e eleitorais;
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CAPÍTULO II – Do Poder Executivo
SEÇÃO I – Do Presidente e do Vice-
Presidente da República
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Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-
-Presidente da República realizar-se-á, simul-
taneamente, no primeiro domingo de outubro, 
em primeiro turno, e no último domingo de 
outubro, em segundo turno, se houver, do ano 
anterior ao do término do mandato presidencial 
vigente�
§ 1o A eleição do Presidente da República 
importará a do Vice-Presidente com ele re-
gistrado�
§ 2o Será considerado eleito Presidente o 
candidato que, registrado por partido político, 
obtiver a maioria absoluta de votos, não com-
putados os em branco e os nulos�
§ 3o Se nenhum candidato alcançar maioria 
absoluta na primeira votação, far-se-á nova 
eleição em até vinte dias após a proclamação 
do resultado, concorrendo os dois candidatos 
mais votados e considerando-se eleito aquele 
que obtiver a maioria dos votos válidos�
§ 4o Se, antes de realizado o segundo turno, 
ocorrer morte, desistência ou impedimento 
legal de candidato, convocar-se-á, dentre os 
remanescentes, o de maior votação�
§ 5o Se, na hipótese dos parágrafos anterio-
res, remanescer, em segundo lugar, mais de um 
candidato com a mesma votação, qualificar-se-á 
o mais idoso�
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Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e 
Vice-Presidente da República, far-se-á eleição 
noventa dias depois de aberta a última vaga�
§ 1o Ocorrendo a vacância nos últimos dois 
anos do período presidencial, a eleição para 
ambos os cargos será feita trinta dias depois 
da última vaga, pelo Congresso Nacional, na 
forma da lei�
§ 2o Em qualquer dos casos, os eleitos deve-
rão completar o período de seus antecessores�
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CAPÍTULO III – Do Poder Judiciário
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SEÇÃO VI – Dos Tribunais e Juízes Eleitorais
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I – o Tribunal Superior Eleitoral;
II – os Tribunais Regionais Eleitorais;
III – os Juízes Eleitorais;
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IV – as Juntas Eleitorais�
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral 
compor-se-á, no mínimo, de sete membros, 
escolhidos:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supre-
mo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Supe-
rior Tribunal de Justiça;
II – por nomeação do Presidente da Repúbli-
ca, dois juízes dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Supremo Tribunal Federal�
Parágrafo único� O Tribunal Superior Elei-
toral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente 
dentre os Ministros do Supremo Tribunal Fede-
ral, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros 
do Superior Tribunal de Justiça�
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Elei-
toral na Capital de cada Estado e no Distrito 
Federal�
§ 1o Os Tribunais Regionais Eleitorais 
compor-se-ão:
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes dentre os desembargadores 
do Tribunal de Justiça;
b) de dois juízes, dentre juízes de direito, 
escolhidos pelo Tribunal de Justiça;
II – de um juiz do Tribunal Regional Federal 
com sede na Capital do Estado ou no Distrito 
Federal, ou, não havendo, de juiz federal, esco-
lhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional 
Federal respectivo;
III – por nomeação, pelo Presidente da Re-
pública, de dois juízes dentre seis advogados 
de notável saber jurídico e idoneidade moral, 
indicados pelo Tribunal de Justiça�
§ 2o O Tribunal Regional Eleitoral elegerá 
seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os 
desembargadores�
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a 
organização e competência dos tribunais, dos 
juízes de direito e das juntas eleitorais�
§ 1o Os membros dos tribunais, os juízes 
de direito e os integrantes das juntas eleitorais, 
no exercício de suas funções, e no que lhes for 
aplicável, gozarão de plenas garantias e serão 
inamovíveis�
§ 2o Os juízes dos tribunais eleitorais, salvo 
motivo justificado, servirão por dois anos, no 
mínimo, e nunca por mais de dois biênios 
consecutivos, sendo os substitutos escolhidos 
na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria�
§ 3o São irrecorríveis as decisões do Tribu-
nal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem 
esta Constituição e as denegatórias de habeascorpus ou mandado de segurança�
§ 4o Das decisões dos Tribunais Regionais 
Eleitorais somente caberá recurso quando:
I – forem proferidas contra disposição ex-
pressa desta Constituição ou de lei;
II – ocorrer divergência na interpretação de 
lei entre dois ou mais tribunais eleitorais;
III – versarem sobre inelegibilidade ou 
expedição de diplomas nas eleições federais 
ou estaduais;
IV – anularem diplomas ou decretarem a 
perda de mandatos eletivos federais ou esta-
duais;
V – denegarem habeas corpus, mandado 
de segurança, habeas data ou mandado de 
injunção�
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CAPÍTULO IV – Das Funções Essenciais à 
Justiça
SEÇÃO I – Do Ministério Público
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Art. 128. O Ministério Público abrange:
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§ 5o Leis complementares da União e dos 
Estados, cuja iniciativa é facultada aos res-
pectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a 
organização, as atribuições e o estatuto de cada 
Ministério Público, observadas, relativamente 
a seus membros:
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II – as seguintes vedações:
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e) exercer atividade político-partidária;
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TÍTULO V – Da Defesa do Estado e das 
Instituições Democráticas
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CAPÍTULO II – Das Forças Armadas
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas 
pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáu-
tica, são instituições nacionais permanentes e 
regulares, organizadas com base na hierarquia 
e na disciplina, sob a autoridade suprema do 
Presidente da República, e destinam-se à defesa 
da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais 
e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da 
ordem�
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§ 3o Os membros das Forças Armadas são 
denominados militares, aplicando-se-lhes, 
além das que vierem a ser fixadas em lei, as 
seguintes disposições:
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V – o militar, enquanto em serviço ativo, não 
pode estar filiado a partidos políticos;
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TÍTULO IX – Das Disposições 
Constitucionais Gerais
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Art. 235. Nos dez primeiros anos da criação 
de Estado, serão observadas as seguintes nor-
mas básicas:
I – a Assembléia Legislativa será composta 
de dezessete Deputados se a população do 
Estado for inferior a seiscentos mil habitantes, 
e de vinte e quatro se igual ou superior a esse 
número, até um milhão e quinhentos mil;
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Emenda Constitucional no 91, de 2016
Altera a Constituição Federal para estabelecer a possibilidade, excepcional e em período determinado, 
de desfiliação partidária, sem prejuízo do mandato.
As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-
nado Federal, nos termos do § 3o do art� 60 da 
Constituição Federal, promulgam a seguinte 
Emenda ao texto constitucional:
Art. 1o É facultado ao detentor de mandato 
eletivo desligar-se do partido pelo qual foi 
eleito nos trinta dias seguintes à promulgação 
desta Emenda Constitucional, sem prejuízo do 
mandato, não sendo essa desfiliação conside-
rada para fins de distribuição dos recursos do 
Fundo Partidário e de acesso gratuito ao tempo 
de rádio e televisão�
Art. 2o Esta Emenda Constitucional entra em 
vigor na data de sua publicação�
Brasília, 18 de fevereiro de 2016�
MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS – 
Deputado Eduardo Cunha, Presidente – Deputado 
Waldir Maranhão, 1o Vice-Presidente – Deputado 
Giacobo, 2o Vice-Presidente – Deputado Beto 
Mansur, 1o Secretário – Deputado Felipe Bornier, 2o 
Secretário – Deputada Mara Gabrilli, 3a Secretária 
– Deputado Alex Canziani, 4o Secretário�
MESA DO SENADO FEDERAL – Senador 
Renan Calheiros, Presidente − Senador Jorge 
Viana, 1o Vice-Presidente – Senador Romero Jucá, 
2o Vice-Presidente – Senador Vicentinho Alves, 1o 
Secretário − Senador Zeze Perrella, 2o Secretário 
− Senador Gladson Cameli, 3o Secretário − 
Senadora Ângela Portela, 4a Secretária�
Promulgada em 18/2/2016 e publicada no DOU de 
19/2/2016.
Código Eleitoral
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Lei no 4.737/1965
Institui o Código Eleitoral.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que sanciono a seguinte Lei, apro-
vada pelo Congresso Nacional, nos termos 
do art. 4o, caput, do Ato Institucional, de 9 de 
abril de 1964.
PARTE PRIMEIRA – Introdução
Art. 1o Este Código contém normas destina-
das a assegurar a organização e o exercício de 
direitos políticos precipuamente os de votar e 
ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Elei-
toral expedirá Instruções para sua fiel execução.
Art. 2o Todo poder emana do povo e será 
exercido, em seu nome, por mandatários esco-
lhidos, direta e secretamente, dentre candidatos 
indicados por partidos políticos nacionais, 
ressalvada a eleição indireta nos casos previstos 
na Constituição e leis específicas.1
Art. 3o Qualquer cidadão pode pretender 
investidura em cargo eletivo, respeitadas as 
condições constitucionais e legais de elegibili-
dade e incompatibilidade.
Art. 4o São eleitores os brasileiros maiores de 
18 (dezoito) anos que se alistarem na forma 
da lei.2
Art. 5o Não podem alistar-se eleitores:3
I – os analfabetos;
II – os que não saibam exprimir-se na língua 
nacional;
III – os que estejam privados, temporária ou 
definitivamente, dos direitos políticos.
1 Ver Constituição Federal (CF), arts. 1o e 14, caput.
2 Ver CF, art. 14, § 1o, II, “c”.
3 Ver CF, art. 14.
Parágrafo único. Os militares são alistá-
veis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, 
guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, 
sargentos ou alunos das escolas militares de 
ensino superior para formação de oficiais.
Art. 6o O alistamento e o voto são obrigatórios 
para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I – quanto ao alistamento:
a) os inválidos;
b) os maiores de setenta anos;
c) os que se encontrem fora do País;
II – quanto ao voto:
a) os enfermos;
b) os que se encontrem fora do seu domi-
cílio;
c) os funcionários civis e os militares, em 
serviço que os impossibilite de votar.
Art. 7o O eleitor que deixar de votar e não se 
justificar perante o juiz eleitoral até trinta dias 
após a realização da eleição incorrerá na multa 
de três a dez por cento sobre o salário mínimo 
da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada 
na forma prevista no art. 367.4
§ 1o Sem a prova de que votou na última 
eleição, pagou a respectiva multa ou de que se 
justificou devidamente, não poderá o eleitor:
I – inscrever-se em concurso ou prova 
para cargo ou função pública, investir-se ou 
empossar-se neles;
II – receber vencimentos, remuneração, 
salário ou proventos de função ou empre-
go público, autárquico ou paraestatal, bem 
como fundações governamentais, empresas, 
institutos e sociedades de qualquer natureza, 
mantidas ou subvencionadas pelo governo 
ou que exerçam serviço público delegado, 
correspondentes ao segundo mês subsequente 
ao da eleição;
4 Leis nos 13.165/2015, 7.663/1988 e 4.961/1966. 
Ver Resolução do TSE no 21.538/2003, arts. 80 e 85.
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III – participar de concorrência pública ou 
administrativa da União, dos Estados, dos Ter-
ritórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, 
ou das respectivas autarquias;
IV – obter empréstimos nas autarquias, 
sociedades de economia mista, caixas econô-
micas federais ou estaduais, nos institutos e 
caixas de previdência social, bem como em 
qualquer estabelecimento de crédito manti-
do pelo governo, ou de cuja administração 
este participe, e com essas entidades celebrar 
contratos;
V – obter passaporte ou carteira de iden-
tidade;
VI – renovar matrícula em estabelecimento 
de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
VII – praticar qualquer ato para o qual se 
exija quitação do serviço militar ou imposto 
de renda.
§ 2o Os brasileiros natos ou naturalizados, 
maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos 
artigos 5o e 6o, no 1, sem prova de estarem alis-
tados não poderão praticar os atos relacionados 
no parágrafo anterior.
§ 3o Realizado o alistamento eleitoral pelo 
processo eletrônico de dados, será cancelada a 
inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) 
eleições consecutivas, não pagar a multa ou 
não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a 
contar da data da última eleição a que deveria 
ter comparecido.
§ 4o O disposto no inciso V do §  1o não 
se aplica ao eleitor no exterior que requeira 
novo passaporte para identificação e retorno 
ao Brasil.
Art. 8o O brasileiro nato que não se alistar até 
os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar 
até um ano depois de adquirida a nacionalida-
de brasileira incorrerá na multa de três a dez 
por cento sobre o valor do salário mínimo da 
região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da 
inscrição eleitoral através de selo federal inu-
tilizado no próprio requerimento.5
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao 
não alistado que requerer sua inscrição elei-
5 Leis nos 9.041/1995 e 4.961/1966. Ver Lei 
no 7.373/1985 e Lei no 5.143/1966, art. 15, que abo-
liu o imposto do selo (selos federais).
toral até o centésimo primeiro dia anterior à 
eleição subsequente à data em que completar 
dezenove anos.
Art. 9o Os responsáveis pela inobservância do 
disposto nos artigos 7o e 8o incorrerão na multa 
de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes 
na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar 
até 30 (trinta) dias.
Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que 
não votarem por motivo justificado e aos não 
alistados nos termos dos artigos 5o e 6o, no 1, 
documento que os isente das sanções legais.
Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar 
a multa, se se encontrar fora de sua zona e ne-
cessitar documento de quitação com a Justiça 
Eleitoral, poderá efetuar o pagamento perante 
o Juízo da zona em que estiver.6
§ 1o A multa será cobrada no máximo 
previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que 
o Juiz da zona em que se encontrar solicite 
informações sobre o arbitramento ao Juízo da 
inscrição.
§ 2o Em qualquer das hipóteses, efetuado 
o pagamento através de selos federais inuti-
lizados no próprio requerimento, o juiz que 
recolheu a multa comunicará o fato ao da 
zona de inscrição e fornecerá ao requerente 
comprovante do pagamento.
PARTE SEGUNDA – Dos Órgãos da Justiça 
Eleitoral
Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:7
I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede 
na Capital da República e jurisdição em todo 
o país;
II – um Tribunal Regional, na Capital de 
cada Estado, no Distrito Federal e, mediante 
proposta do Tribunal Superior, na Capital de 
Território;
III – juntas eleitorais;
IV – juízes eleitorais.
6 Ver Lei no 5.143/1966, art. 15, que aboliu o im-
posto do selo.
7 Ver CF, arts. 118 a 121.
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Art. 13. O número de juízes dos Tribunais 
Regionais não será reduzido, mas poderá ser 
elevado até nove, mediante proposta do Tri-
bunal Superior, e na forma por ele sugerida.
Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, 
salvo motivo justificado, servirão obrigatoria-
mente por dois anos, e nunca por mais de dois 
biênios consecutivos.8
§ 1o Os biênios serão contados, ininterrup-
tamente, sem o desconto de qualquer afasta-
mento, nem mesmo o decorrente de licença, 
férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3o.
§ 2o Os juízes afastados por motivo de li-
cença, férias e licença especial, de suas funções 
na Justiça comum, ficarão automaticamente 
afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo cor-
respondente, exceto quando, com períodos de 
férias coletivas, coincidir a realização de eleição, 
apuração ou encerramento de alistamento.
§ 3o Da homologação da respectiva con-
venção partidária até a diplomação e nos feitos 
decorrentes do processo eleitoral, não poderão 
servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, 
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente 
consanguíneo ou afim, até o segundo grau, 
de candidato a cargo eletivo registrado na 
circunscrição.
§ 4o No caso de recondução para o segundo 
biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades 
indispensáveis à primeira investidura.
Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos 
dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na 
mesma ocasião e pelo mesmo processo, em 
número igual para cada categoria.
TÍTULO I – Do Tribunal Superior
Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior 
Eleitoral:9
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de três juízes, dentre os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal; e
b) de dois juízes, dentre os membros do 
Tribunal Federal de Recursos;
8 Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966.
9 Lei no 7.191/1984. Ver CF, art. 119.
II – por nomeação do Presidente da Repú-
blica de dois dentre seis advogados de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Supremo Tribunal Federal.
§ 1o Não podem fazer parte do Tribunal 
Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre 
si parentesco, ainda que por afinidade, até o 
quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegí-
timo, excluindo-se neste caso o que tiver sido 
escolhido por último.
§ 2o A nomeação de que trata o inciso II 
deste artigo não poderá recair em cidadão que 
ocupe cargo público de que seja demissível ad 
nutum; que seja diretor, proprietário ou sócio 
de empresa beneficiada com subvenção, privi-
légio, isenção ou favor em virtude de contrato 
com a administração pública; ou que exerça 
mandato de caráter político, federal, estadual 
ou municipal.
Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá 
para seu presidente um dos ministros do Su-
premo Tribunal Federal, cabendo ao outro a 
vice-presidência, e para Corregedor Geral da 
Justiça Eleitoral um dos seus membros.
§ 1o As atribuições do Corregedor Geral 
serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.
§ 2o No desempenho de suas atribuições o 
Corregedor Geral se locomoverá para os Esta-
dos e Territórios nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior 
Eleitoral;
II – a pedido dos Tribunais Regionais Elei-
torais;
III – a requerimento de Partido deferido pelo 
Tribunal Superior Eleitoral;
IV – sempre que entender necessário.
§ 3o Os provimentos emanados da Corre-
gedoria Geral vinculam os Corregedores Re-
gionais, que lhes devem dar imediato e preciso 
cumprimento.
Art. 18. Exercerá as funções de Procurador 
Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o 
Procurador Geral da República, funcionando, 
em suas faltas e impedimentos, seu substituto 
legal.
Parágrafo único. O Procurador Geral po-
derá designar outros membros do Ministério 
Público da União, com exercício no Distrito 
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Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, 
para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Elei-
toral, onde não poderão ter assento.
Art. 19. O Tribunal Superior delibera por 
maioria de votos, em sessão pública, com a 
presença da maioria de seus membros.
Parágrafo único. As decisões do TribunalSuperior, assim na interpretação do Código 
Eleitoral em face da Constituição e cassação 
de registro de partidos políticos, como sobre 
quaisquer recursos que importem anulação 
geral de eleições ou perda de diplomas, só 
poderão ser tomadas com a presença de todos 
os seus membros. Se ocorrer impedimento de 
algum juiz, será convocado o substituto ou o 
respectivo suplente.
Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer 
interessado poderá arguir a suspeição ou im-
pedimento dos seus membros, do Procurador 
Geral ou de funcionários de sua Secretaria, 
nos casos previstos na lei processual civil ou 
penal e por motivo de parcialidade partidária, 
mediante o processo previsto em regimento.
Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição 
quando o excipiente a provocar ou, depois de 
manifestada a causa, praticar ato que importe 
aceitação do arguido.
Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores de-
vem dar imediato cumprimento às decisões, 
mandados, instruções e outros atos emanados 
do Tribunal Superior Eleitoral.
Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:10
I – Processar e julgar originariamente:
a) o registro e a cassação de registro de par-
tidos políticos, dos seus diretórios nacionais e 
de candidatos à Presidência e Vice-Presidência 
da República;
b) os conflitos de jurisdição entre Tribu-
nais Regionais e juízes eleitorais de Estados 
diferentes;
10 Lei Complementar no 86/1996; e Lei no 4.961/1966. 
Ver CF/1988, art. 102, I, “c”, e Resolução do Sena-
do Federal no 132, de 7 de dezembro de 1984, que 
suspende a execução da locução “mandado de 
segurança” dessa alínea.
c) a suspeição ou impedimento aos seus 
membros, ao Procurador Geral e aos funcio-
nários da sua secretaria;
d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes 
forem conexos cometidos pelos seus próprios 
juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
e) o habeas corpus ou mandado de seguran-
ça, em matéria eleitoral, relativos a atos do Pre-
sidente da República, dos Ministros de Estado 
e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas 
corpus, quando houver perigo de se consumar 
a violência antes que o juiz competente possa 
prover sobre a impetração;
f ) as reclamações relativas a obrigações 
impostas por lei aos partidos políticos, quanto 
à sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
g) as impugnações à apuração do resultado 
geral, proclamação dos eleitos e expedição 
de diploma na eleição de Presidente e Vice-
-Presidente da República;
h) os pedidos de desaforamento dos feitos 
não decididos nos Tribunais Regionais dentro 
de trinta dias da conclusão ao relator, formula-
dos por partido, candidato, Ministério Público 
ou parte legitimamente interessada;
i) as reclamações contra os seus próprios 
juízes que, no prazo de trinta dias a contar da 
conclusão, não houverem julgado os feitos a 
eles distribuídos.
j) a ação rescisória, nos casos de inelegibi-
lidade, desde que intentada dentro do prazo 
de cento e vinte dias de decisão irrecorrível, 
possibilitando-se o exercício do mandato ele-
tivo até o seu trânsito em julgado.
II – julgar os recursos interpostos das de-
cisões dos Tribunais Regionais nos termos do 
art.  276, inclusive os que versarem matéria 
administrativa.
Parágrafo único. As decisões do Tribunal 
Superior são irrecorríveis, salvo nos casos do 
art. 281.
Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao 
Tribunal Superior:11
11 Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 28, caput, art. 29, 
I e II, art.  32, §  2o, art.  77, caput, e art.  96; Lei 
no 9.504/1997, arts. 1o e 2o, e Lei no 6.999/1982; e 
Resoluções do TSE nos 21.843/2004 e 19.994/1997.
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I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua Secretaria e a Correge-
doria Geral, propondo ao Congresso Nacional 
a criação ou extinção dos cargos administra-
tivos e a fixação dos respectivos vencimentos, 
provendo-os na forma da lei;
III – conceder aos seus membros licença e 
férias, assim como afastamento do exercício 
dos cargos efetivos;
IV – aprovar o afastamento do exercício 
dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais 
Regionais Eleitorais;
V – propor a criação de Tribunal Regional 
na sede de qualquer dos Territórios;
VI – propor ao Poder Legislativo o aumento 
do número dos juízes de qualquer Tribunal 
Eleitoral, indicando a forma desse aumento;
VII – fixar as datas para as eleições de 
Presidente e Vice-Presidente da República, 
senadores e deputados federais, quando não o 
tiverem sido por lei;
VIII – aprovar a divisão dos Estados em 
zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;
IX – expedir as instruções que julgar conve-
nientes à execução deste Código;
X – fixar a diária do Corregedor Geral, dos 
Corregedores Regionais e auxiliares em dili-
gência fora da sede;
XI – enviar ao Presidente da República a lista 
tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça 
nos termos do art. 25;
XII – responder, sobre matéria eleitoral, 
às consultas que lhe forem feitas em tese por 
autoridade com jurisdição federal ou órgão 
nacional de partido político;
XIII – autorizar a contagem dos votos pelas 
mesas receptoras nos Estados em que essa pro-
vidência for solicitada pelo Tribunal Regional 
respectivo;
XIV – requisitar força federal necessária ao 
cumprimento da lei, de suas próprias decisões 
ou das decisões dos Tribunais Regionais que 
o solicitarem, e para garantir a votação e a 
apuração;
XV – organizar e divulgar a Súmula de sua 
jurisprudência;
XVI – requisitar funcionário da União e do 
Distrito Federal quando o exigir o acúmulo 
ocasional do serviço de sua Secretaria;
XVII – publicar um boletim eleitoral;
XVIII – tomar quaisquer outras providências 
que julgar convenientes à execução da legisla-
ção eleitoral.
Art. 24. Compete ao Procurador Geral, como 
Chefe do Ministério Público Eleitoral:
I – assistir às sessões do Tribunal Superior e 
tomar parte nas discussões;
II – exercer a ação pública e promovê-la até 
final, em todos os feitos de competência origi-
nária do Tribunal;
III – oficiar em todos os recursos encami-
nhados ao Tribunal;
IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, 
em todos os assuntos submetidos à deliberação 
do Tribunal, quando solicitada sua audiência 
por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, 
se entender necessário;
V – defender a jurisdição do Tribunal;
VI – representar ao Tribunal sobre a fiel 
observância das leis eleitorais, especialmente 
quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;
VII – requisitar diligências, certidões e es-
clarecimentos necessários ao desempenho de 
suas atribuições;
VIII – expedir instruções aos órgãos do Mi-
nistério Público junto aos Tribunais Regionais;
IX – acompanhar, quando solicitado, o Cor-
regedor Geral, pessoalmente ou por intermédio 
de Procurador que designe, nas diligências a 
serem realizadas.
TÍTULO II – Dos Tribunais Regionais
Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais 
compor-se-ão:12
I – mediante eleição, pelo voto secreto:
a) de dois juízes, dentre os desembargadores 
do Tribunal de Justiça; e
b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo 
Tribunal de Justiça;
II – do juiz federal e, havendo mais de um, 
do que for escolhido pelo Tribunal Federal de 
Recursos; e
12 Leis nos 7.191/1984 e 4.961/1966; e Decreto-Lei 
no 441/1969. Ver CF, art. 120. 
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III – por nomeação do Presidente da Repú-
blica de dois dentre seis cidadãos de notável 
saber jurídico e idoneidade moral, indicados 
pelo Tribunal de Justiça.
Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do 
Tribunal Regional serão eleitos por este, dentre 
os três desembargadores do Tribunal de Justiça; 
o terceiro desembargador será o Corregedor 
Regional da Justiça Eleitoral.13
§ 1o As atribuições do Corregedor Regional 
serão fixadas pelo TribunalSuperior Eleitoral 
e, em caráter supletivo ou complementar, pelo 
Tribunal Regional Eleitoral perante o qual 
servir.
§ 2o No desempenho de suas atribuições 
o Corregedor Regional se locomoverá para as 
zonas eleitorais nos seguintes casos:
I – por determinação do Tribunal Superior 
Eleitoral ou do Tribunal Regional Eleitoral;
II – a pedido dos juízes eleitorais;
III – a requerimento de Partido, deferido 
pelo Tribunal Regional;
IV – sempre que entender necessário.
Art. 27. Servirá como Procurador Regional 
junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o 
Procurador da República no respectivo Estado 
e, onde houver mais de um, aquele que for de-
signado pelo Procurador Geral da República.14
§ 1o No Distrito Federal, serão as funções 
de Procurador Regional Eleitoral exercidas 
pelo Procurador Geral da Justiça do Distrito 
Federal.
§ 2o Substituirá o Procurador Regional, em 
suas faltas ou impedimentos, o seu substituto 
legal.
§ 3o Compete aos Procuradores Regionais 
exercer, perante os Tribunais junto aos quais 
servirem, as atribuições do Procurador Geral.
§ 4o Mediante prévia autorização do 
Procurador Geral, podendo os Procuradores 
Regionais requisitar, para auxiliá-los nas suas 
funções, membros do Ministério Público local, 
não tendo estes, porém, assento nas sessões do 
Tribunal.
13 Ver CF, art. 120.
14 Ver Lei Complementar no 75/1993, arts. 72 a 80.
Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam 
por maioria de votos, em sessão pública, com 
a presença da maioria de seus membros.15
§ 1o No caso de impedimento e não exis-
tindo quorum, será o membro do Tribunal 
substituído por outro da mesma categoria, 
designado na forma prevista na Constituição.
§ 2o Perante o Tribunal Regional, e com 
recurso voluntário para o Tribunal Superior 
qualquer interessado poderá arguir a suspeição 
dos seus membros, do Procurador Regional, 
ou de funcionários da sua Secretaria, assim 
como dos juízes e escrivães eleitorais, nos casos 
previstos na lei processual civil e por motivo 
de parcialidade partidária, mediante o processo 
previsto em regimento.
§ 3o No caso previsto no parágrafo anterior 
será observado o disposto no parágrafo único 
do art. 20.
§ 4o As decisões dos Tribunais Regionais 
sobre quaisquer ações que importem cassa-
ção de registro, anulação geral de eleições 
ou perda de diplomas somente poderão ser 
tomadas com a presença de todos os seus 
membros.
§ 5o No caso do § 4o, se ocorrer impedimento 
de algum juiz, será convocado o suplente da 
mesma classe.
Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:16
I – processar e julgar originariamente:
a) o registro e o cancelamento do regis-
tro dos diretórios estaduais e municipais de 
partidos políticos, bem como de candidatos a 
Governador, Vice-Governadores, e membro 
do Congresso Nacional e das Assembleias 
Legislativas;
b) os conflitos de jurisdição entre juízes 
eleitorais do respectivo Estado;
c) a suspeição ou impedimentos aos seus 
membros, ao Procurador Regional e aos fun-
cionários da sua Secretaria, assim como aos 
juízes e escrivães eleitorais;
d) os crimes eleitorais cometidos pelos 
juízes eleitorais;
15 Leis nos 13.165/2015 e 4.961/1966.
16 Lei no 4.961/1966. Ver CF, art. 96, I; e Lei Com-
plementar no 64/1990, art. 2o, parágrafo único, II.
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e) o habeas corpus ou mandado de segu-
rança, em matéria eleitoral, contra ato de au-
toridades que respondam perante os Tribunais 
de Justiça por crime de responsabilidade e, em 
grau de recurso, os denegados ou concedidos 
pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas 
corpus, quando houver perigo de se consumar 
a violência antes que o juiz competente possa 
prover sobre a impetração;
f ) as reclamações relativas a obrigações 
impostas por lei aos partidos políticos, quanto 
à sua contabilidade e à apuração da origem dos 
seus recursos;
g) os pedidos de desaforamento dos feitos 
não decididos pelos juízes eleitorais em trinta 
dias da sua conclusão para julgamento, formu-
lados por partido, candidato, Ministério Público 
ou parte legitimamente interessada, sem prejuí-
zo das sanções decorrentes do excesso de prazo.
II – julgar os recursos interpostos:
a) dos atos e das decisões proferidas pelos 
juízes e juntas eleitorais;
b) das decisões dos juízes eleitorais que 
concederem ou denegarem habeas corpus ou 
mandado de segurança.
Parágrafo único. As decisões dos Tribunais 
Regionais são irrecorríveis, salvo nos casos do 
art. 276.
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos 
Tribunais Regionais:17
I – elaborar o seu regimento interno;
II – organizar a sua Secretaria e a Corregedo-
ria Regional, provendo-lhes os cargos na forma 
da lei, e propor ao Congresso Nacional, por 
intermédio do Tribunal Superior, a criação ou 
supressão de cargos e a fixação dos respectivos 
vencimentos;
III – conceder aos seus membros e aos 
juízes eleitorais licença e férias, assim como 
afastamento do exercício dos cargos efetivos, 
submetendo, quanto àqueles, a decisão à apro-
vação do Tribunal Superior Eleitoral;
IV – fixar a data das eleições de Governa-
dor e Vice-Governador, deputados estaduais, 
prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e juízes de 
17 Leis nos 8.868/1994 e 4.961/1966. Ver CF, arts. 28, 
29, 32 e 96, I.
paz, quando não determinada por disposição 
constitucional ou legal;
V – constituir as juntas eleitorais e designar 
a respectiva sede e jurisdição;
VI – indicar ao Tribunal Superior as zonas 
eleitorais ou seções em que a contagem dos 
votos deva ser feita pela mesa receptora;
VII – apurar, com os resultados parciais en-
viados pelas juntas eleitorais, os resultados finais 
das eleições de Governador e Vice-Governador, 
de membros do Congresso Nacional e expedir 
os respectivos diplomas, remetendo, dentro do 
prazo de 10 (dez) dias após a diplomação, ao Tri-
bunal Superior, cópia das atas de seus trabalhos;
VIII – responder, sobre matéria eleitoral, 
às consultas que lhe forem feitas, em tese, por 
autoridade pública ou partido político;
IX – dividir a respectiva circunscrição em 
zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim 
como a criação de novas zonas, à aprovação do 
Tribunal Superior;
X – aprovar a designação do Ofício de Justiça 
que deva responder pela escrivania eleitoral 
durante o biênio;
XI – (Revogado);
XII – requisitar a força necessária ao cumpri-
mento de suas decisões e solicitar ao Tribunal 
Superior a requisição de força federal;
XIII – autorizar, no Distrito Federal e nas 
capitais dos Estados, ao seu presidente e, no 
interior, aos juízes eleitorais, a requisição de 
funcionários federais, estaduais ou municipais 
para auxiliarem os escrivães eleitorais, quando 
o exigir o acúmulo ocasional do serviço;
XIV – requisitar funcionários da União e, 
ainda, no Distrito Federal e em cada Estado ou 
Território, funcionários dos respectivos quadros 
administrativos, no caso de acúmulo ocasional 
de serviço de suas Secretarias;
XV – aplicar as penas disciplinares de ad-
vertência e de suspensão até 30 (trinta) dias aos 
juízes eleitorais;
XVI – cumprir e fazer cumprir as decisões e 
instruções do Tribunal Superior;
XVII – determinar, em caso de urgência, 
providências para a execução da lei na respec-
tiva circunscrição;
XVIII – organizar o fichário dos eleitores 
do Estado;
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XIX – suprimir os mapas parciais de apura-
ção, mandando utilizar apenas os boletins e os 
mapas totalizadores, desde que o menor número 
de candidatos às eleições proporcionais justifi-
que a supressão, observadas as seguintes normas:
a) qualquer candidato ou partido poderá 
requerer ao Tribunal Regional que suprima a 
exigência dos mapas parciais de apuração;
b) da decisão do Tribunal Regional qualquer 
candidato ou partido poderá, no prazo de trêsdias, recorrer para o Tribunal Superior, que 
decidirá em cinco dias;
c) a supressão dos mapas parciais de apu-
ração só será admitida até seis meses antes da 
data da eleição;
d) os boletins e mapas de apuração serão 
impressos pelos Tribunais Regionais, depois de 
aprovados pelo Tribunal Superior;
e) o Tribunal Regional ouvirá os partidos na 
elaboração dos modelos dos boletins e mapas 
de apuração a fim de que estes atendam às pe-
culiaridades locais, encaminhando os modelos 
que aprovar, acompanhados das sugestões ou 
impugnações formuladas pelos partidos, à 
decisão do Tribunal Superior.
Art. 31. Faltando num Território o Tribunal 
Regional, ficará a respectiva circunscrição 
eleitoral sob a jurisdição do Tribunal Regional 
que o Tribunal Superior designar.
TÍTULO III – Dos Juízes Eleitorais
Art. 32. Cabe a jurisdição de cada uma das 
zonas eleitorais a um juiz de direito em efetivo 
exercício e, na falta deste, ao seu substituto 
legal que goze das prerrogativas do art. 95 da 
Constituição.
Parágrafo único. Onde houver mais de uma 
vara o Tribunal Regional designará aquela ou 
aquelas, a que incumbe o serviço eleitoral.
Art. 33. Nas zonas eleitorais onde houver mais 
de uma serventia de justiça, o juiz indicará ao 
Tribunal Regional a que deve ter o anexo da 
escrivania eleitoral pelo prazo de 2 (dois) anos.18
18 Ver Lei no 10.842/2004, art. 4o.
§ 1o Não poderá servir como escrivão 
eleitoral, sob pena de demissão, o membro de 
diretório de partido político, nem o candidato 
a cargo eletivo, seu cônjuge e parente consan-
guíneo ou afim até o segundo grau.
§ 2o O escrivão eleitoral, em suas faltas e im-
pedimentos, será substituído na forma prevista 
pela lei de organização judiciária local.
Art. 34. Os juízes despacharão todos os dias 
na sede da sua zona eleitoral.
Art. 35. Compete aos juízes:19
I – cumprir e fazer cumprir as decisões e de-
terminações do Tribunal Superior e do Regional;
II – processar e julgar os crimes eleitorais e 
os comuns que lhe forem conexos, ressalvada a 
competência originária do Tribunal Superior e 
dos Tribunais Regionais;
III – decidir habeas corpus e mandado de 
segurança, em matéria eleitoral, desde que essa 
competência não esteja atribuída privativamen-
te à instância superior;
IV – fazer as diligências que julgar neces-
sárias à ordem e presteza do serviço eleitoral;
V – tomar conhecimento das reclamações 
que lhe forem feitas verbalmente ou por escri-
to, reduzindo-as a termo, e determinando as 
providências que cada caso exigir;
VI – indicar, para aprovação do Tribunal 
Regional, a serventia de justiça que deve ter o 
anexo da escrivania eleitoral;
VII – (Revogado);
VIII – dirigir os processos eleitorais e de-
terminar a inscrição e a exclusão de eleitores;
IX – expedir títulos eleitorais e conceder 
transferência de eleitor;
X – dividir a zona em seções eleitorais;
XI – mandar organizar, em ordem alfabética, 
relação dos eleitores de cada seção, para remessa 
à mesa receptora, juntamente com a pasta das 
folhas individuais de votação;
XII – ordenar o registro e cassação do re-
gistro dos candidatos aos cargos eletivos mu-
nicipais e comunicá-los ao Tribunal Regional;
XIII – designar, até 60 (sessenta) dias antes 
das eleições, os locais das seções;
19 Lei no 8.868/1994.
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XIV – nomear, 60 (sessenta) dias antes da 
eleição, em audiência pública anunciada com 
pelo menos 5 (cinco) dias de antecedência, os 
membros das mesas receptoras;
XV – instruir os membros das mesas recep-
toras sobre as suas funções;
XVI – providenciar para a solução das ocor-
rências que se verificarem nas mesas receptoras;
XVII – tomar todas as providências ao seu 
alcance para evitar os atos viciosos das eleições;
XVIII – fornecer aos que não votaram por 
motivo justificado e aos não alistados, por dis-
pensados do alistamento, um certificado que os 
isente das sanções legais;
XIX – comunicar, até às 12 horas do dia 
seguinte à realização da eleição, ao Tribunal 
Regional e aos delegados de partidos creden-
ciados, o número de eleitores que votaram em 
cada uma das seções da zona sob sua jurisdição, 
bem como o total de votantes da zona.
TÍTULO IV – Das Juntas Eleitorais
Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um 
juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) 
ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
§ 1o Os membros das juntas eleitorais serão 
nomeados 60 (sessenta) dias antes da eleição, 
depois de aprovação do Tribunal Regional, 
pelo presidente deste, a quem cumpre também 
designar-lhes a sede.
§ 2o Até 10 (dez) dias antes da nomeação 
os nomes das pessoas indicadas para compor 
as Juntas serão publicados no órgão oficial do 
Estado, podendo qualquer partido, no prazo 
de 3 (três) dias, em petição fundamentada, 
impugnar as indicações.
§ 3o Não podem ser nomeados membros das 
Juntas, escrutinadores ou auxiliares:
I – os candidatos e seus parentes, ainda que 
por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e 
bem assim o cônjuge;
II – os membros de diretórios de partidos 
políticos devidamente registrados e cujos nomes 
tenham sido oficialmente publicados;
III – as autoridades e agentes policiais, bem 
como os funcionários no desempenho de cargos 
de confiança do Executivo;
IV – os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas 
Juntas quantas permitir o número de juízes 
de direito que gozem das garantias do art. 95 
da Constituição, mesmo que não sejam juízes 
eleitorais.
Parágrafo único. Nas zonas em que houver 
de ser organizada mais de uma Junta, ou quando 
estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver 
este impedido, o presidente do Tribunal Regio-
nal, com a aprovação deste, designará juízes de 
direito da mesma ou de outras comarcas para 
presidirem as juntes eleitorais.
Art. 38. Ao presidente da Junta é facultado 
nomear, dentre cidadãos de notória idoneidade, 
escrutinadores e auxiliares em número capaz de 
atender à boa marcha dos trabalhos.
§ 1o É obrigatória essa nomeação sempre 
que houver mais de dez urnas a apurar.
§ 2o Na hipótese do desdobramento da Junta 
em turmas, o respectivo presidente nomeará 
um escrutinador para servir como secretário 
em cada turma.
§ 3o Além dos secretários a que se refere o 
parágrafo anterior, será designado pelo presi-
dente da Junta um escrutinador para secretário-
-geral competindo-lhe:
I – lavrar as atas;
II – tomar por termo ou protocolar os recur-
sos, neles funcionando como escrivão;
III – totalizar os votos apurados.
Art. 39. Até 30 (trinta) dias antes da eleição o 
presidente da Junta comunicará ao Presidente 
do Tribunal Regional as nomeações que houver 
feito e divulgará a composição do órgão por 
edital publicado ou afixado, podendo qualquer 
partido oferecer impugnação motivada no pra-
zo de 3 (três) dias.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral:
I – apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as 
eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a 
sua jurisdição;
II – resolver as impugnações e demais in-
cidentes verificados durante os trabalhos da 
contagem e da apuração;
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III – expedir os boletins de apuração men-
cionados no art. 179;
IV – expedir diploma aos eleitos para cargos 
municipais.
Parágrafo único. Nos municípios onde 
houver mais de uma junta eleitoral a expedição 
dos diplomas será feita pela que for presidida 
pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais 
enviarão os documentos da eleição.
Art. 41. Nas zonas eleitorais em que for auto-
rizada a contagem prévia dos votos pelas mesas 
receptoras, compete à Junta Eleitoral tomar as 
providências mencionadas no art. 195.20
PARTE TERCEIRA – Do Alistamento
TÍTULO I – Da Qualificação e Inscrição
Art. 42. O alistamento se faz mediante a

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