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Nervos Cranianos relacionados a Neuroanatomia

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NERVOS CRANIANOS
(I) Olfatório: Enxergamos ele na lâmina crivosa do osso etmoide. Passa pela lâmina crivosa e tem uma projeção periférica que chega até a mucosa do nariz e uma projeção central que faz sinapse com um segundo neurônio que está no bulbo olfatório, dai esse segundo neurônio tem um axônio longo que vai em direção posterior e forma o trato olfatório. Essa é a via olfatória e o ponto final dessa via é o cortéx da região do uncus, chamado de rinencéfalo. Alguns neurônios mandam as fibras até a comissura anterior e vão para o lado oposto porque as vezes a informação que é captada do lado direito consegue chegar ao lado esquerdo, então essa passagem da informação de um córtex para o outro se dá a partir da comissura anterior. O nervo propriamente dito só encontramos na mucosa olfatória, o que vem depois é a via olfatória, que é formada pelo bulbo olfatório e trato olfatório. Do trato olfatório existe a estria olfatória lateral e medial e seu ponto final é o uncus ou rinencéfalo. As informações olfatórias vão se distribuir pelo córtex cerebral da região orbitofrontal, região do uncus para o tálamo e para o giro do cíngulo e hipocampo, sendo que essas estruturas fazem parte do sistema límbico. As informações olfativas são muito importantes para esse sistema e estão diretamente relacionados, sendo mais importante para os animais do que para os homens. Diferente de todos os outros nervos cranianos, as informações sensitivas do nervo olfatório não passam primeiro para o tálamo, sendo essa uma característica única do olfato. 
(II) Óptico: começa através de projeções centrais de células da retina. Essa células emitem axônios que vão se agrupar na parte posterior do globo ocular formando um nervo óptico de um lado e de outro lado também. Nervo óptico -> quiasma -> trato óptico que vai em direção posterior até o corpo geniculado lateral -> fitas de axônios chamado de radiação óptica que vai até o córtex occiptal. Na radiação óptica parte das fibras chegam anteriores mais pra frente da reigão temporal, para depois se voltarem posteriormente em direção ao occiptal. Isso é importante para cirurgia de retirada do lobo temporal, porque na parte mais interna passa a radiação óptica (traz a informação do corpo geniculado lateral até o córtex occiptal), podendo comprometer parte da visão do paciente. A informação visual bate no fundo do olho, passa por várias camadas e chega nas células mais profundas em cones e bastões que fazem sinapse com neurônios mais a frente e esses neurônios que vão começar a dar as projeções centrais, células granulares, que vão confluir todos na papila óptica, que é um ponto cego do nosso olho, onde se tem o início do nervo óptico. A partir dele chegam no quiasma e parte das fibras cruzam e parte continuam no mesmo lado. Isso é importante porque dependendo da onde ocorre a lesão os sintomas são diferentes. Se pegarmos um único olho, dividimos a retina em metade, uma é a temporal e a outra é nasal. As informações que chegam de um lado da retina estão do outro lado (prancha 121 do Netter), porque a retina está daquele lado, só pensar que a retina é como um espelho. A retina nasal é responsável pela captação dos estímulos visuais da área temporal, o contrário é verdadeiro. Isso quer dizer que a retira temporal do olho direito e a retina nasal do olho esquerdo captam toda a visão do campo esquerdo. Enquanto que a retina temporal do olho esquerdo e a retina nasal do olho direito captam a visão do campo direito. Informações que foram pegas pela retina nasal ao chegarem no quiasma óptico cruzam para o lado oposto, isso quer dizer que todas as informações do campo temporal estão cruzando no quiasma óptico. Se tiver uma lesão no nervo óptico mais para cima, antes do quiasma óptico em um nervo, vai ter um compromentimento de campo nasal e temporal do olho afetado, mas ainda terá estimulo visual chegando tanto do campo da direita e esquerda em decorrência do outro olho. Se a lesão for no quiasma óptico, as informações do campo temporal/lateral dos dois olhos ficam perdidas (informações da retina nasal se perdem) e isso é chamado de hemianopsia (perda da metade do campo visual) bitemporal (heteronima)– perda da visão periférica (sintomas = paciente esbarra nas paredes, móveis, mesas porque não enxerga se ta longe ou perto). Se a lesão for do trato óptico ou da radiação optica a lesão é igual, porque se perde as informações, fica com uma hemianopsia homônima (porque o estímulo dos dois olhos está comprometido, mas é o mesmo campo visual) direita ou esquerda. Lesão das fibras mais periféricas ou apenas nas mais centrais compromete apenas um pedaço da via óptica, chamada de quadrantopsia, pegando só metade superior ou inferior do campo visual daquele lado. O ponto final da via visual é a parte mais posterior do sulco calcarino que está no polo occiptal. Onde existem mais células responsáveis pela captação visual é chamada de mácula, sendo mais escuro no olho. Artéria oftálmica e a veia oftálmica saindo da retina e entrando no nervo óptico. O nervo sai pelo canal óptico, juntamente com a artéria oftálmica, indo em direção ao quiasma. 
(III) Oculomotor, (IV) Troclear e (VI) Abducente: são estudados juntos porque estão relacionados aos movimentos oculares. O oculomotor emerge do tronco encefálico através da fossa interpeduncular, o troclear que sai da face posterior do tronco encefálico e o abducente que emerge do sulco bulbopotino, acima das pirâmides bulbares. Da face posterior o troclear é o único que sai, emergindo abaixo dos colículos inferiores do véu medular superior. Todos eles emergem do tronco encefálico e passam pela fissura orbital superior para ter acesso à órbita e ali se distribuírem aos músculo que são responsáveis. Fazendo um corte na altura superior do mesencéfalo na parte do colículo superior é possível ver um grupo de núcleos, mas que em conjunto formam um só núcleo, o do oculomotor. Cada um desses núcleos dão fibras cada um para um músculo extraocular. Há um segundo núcleo de movimentação parassimpática sendo chamado de Edinger-Westphal que inerva os músculos esfíncter da pupila e o ciliar. As fibras parassimpáticas entram no nervo oculomotor e quando chega na órbita se separam do nervo e fazem sinapse com o gânglio ciliar e a partir dele as fibras pós-sinápticas entram no olho para inervar os músculo que são responsáveis pela acomodação visual e a quantidade de luz que entra no olho. A função motora voluntária do nervo oculomotor pega vários músculos, sendo eles o reto medial, superior, inferior, músculo levantador da pálpebra superior e oblíquo inferior. O nervo que sai da região posterior do tronco, abaixo do colículo inferior, tem o início das suas fibras no núcleo que está na altura do colículo inferior, o núcleo do troclear que são dois, um de cada lado. As fibras do troclear quando saem do núcleo se dirigem para trás e dentro do mesencéfalo cruzam o plano mediano e o núcleo do lado esquerdo manda fibras para formar o nervo do lado direito e o núcleo do lado direito manda fibras para formar o nervo do lado esquerdo. As fibras do nervo troclear são cruzadas antes de emergir do tronco, dando uma volta no limite entre o mesencéfalo e a ponte, passando pela fissura orbital superior para inervar o músculo preso em uma troclea, por isso o nome do nervo ser troclear, o músculo oblíquo superior. O outro nervo está vindo do sulco bulbopontino e tem início de suas fibras na parte mais posterior e inferior da ponte tem o núcleo do nervo abducente. As fibras vem em direção anterior e inferior e saem pelo sulco bulbopontino, que a partir dali vão em direção superior e anterior para passar na fissura orbital superior para inervar o músculo reto lateral. A função do nervo é fazer a abdução do olho. O troclear faz a função de olhar para baixo e para dentro (olhada inferior e medial). Todos os outros movimentos são de função do oculomotor. O comando central do movimentos oculares chega primeiro ao núcleo do abducente que recebe a informação e manda (através do fascículo longitudinalmedial) ela de volta para os núcleos do troclear e do oculomotor para que os movimentos saiam conjugados. Essa informação passa através do fascículo longitudinal medial (núcleos vestibulares também estão relacionados porque eles corrigem a posição dos olhos em relação à posição da cabeça). Lesão do oculomotor= olho com a pálpebra caída, ao levantar ela o olho percebe-se que está abduzido, o olho lesionado não olha pra cima, nem para baixo, há dilatação da pupila também, o único movimento preservado é o de abdução. Lesão comum em diabéticos, paralisa o nervo espontaneamente porque ocorre infarto do nervo em decorrência da hiperglicemia, mas é comum recuperar. Ocorre também em aneurisma da artéria comunicante posterior, uma vez que seu trajeto é muito próximo do nervo oculomotor. Lesão do nervo abducente = não consegue fazer movimento do olho para a parte de fora. Os três nervos antes de entrarem na fissura orbital superior (o ramo oftálmico do trigêmeo também passa nela) passam pelo seio cavernoso, que é uma estrutura venosa, par de veias na parte interna nos dois lados da sela túrcica. Na parede, na parte superior do seio há o oculomotor, mais abaixo há o troclear, ramo oftálmico e ramo maxilar do trigêmeo. Fora da parede, passando dentro do seio também há o nervo abducente. Acima do abducente tem a parte cavernosa da artéria carótida interna (prancha 105 do Netter), isso é importante porque uma inflamação ou trombose pode causar uma dificuldade venosa no olho porque o sangue não circula direito, causando uma exoftalmia (protusão do olho), as veias conjuntivais que também drenam pra veia oftálmica ficam engogitadas, causando paralisia do nervo craniano.
(V) Trigêmio: sua emergência é do tronco encefálico a partir da face anterolateral da ponte, ele é o limite entre a base e o braço ou pedunculo cerebelar médio da ponte. Tem uma raiz grande e uma menor que é a raiz motora do nervo. Isso porque a maior função dele é a parte sensitiva da face. Gânglio trigeminal ou de Gasser se forma ao lado do seio cavernoso, na fossa média temporalmedial. O neurônios fazem sinapse nesse ponto (gânglio) e a partir dali se divide em três ramos distintos oftálmico, maxilar e mandibular. A raiz motora continua com o ramo mandibular. Dentro do tronco encefálico os núcleos, que são o ponto final das informações sensitivas, são dois, um grande sensitivo e um motor localizados na ponte. O sensitivo é chamado núcleo principal e na frente tem um bem menor responsável pela motricidade. O núcleo principal não é único, ele se continua com uma porção que vai para cima que é o núcleo do trato mesencefálico do trigêmio (chega até o mesencéfalo), e uma porção que vai para baixo que é o núcleo do trato espinhal do trigêmio (chega até C2). As informações táteis e pressão do rosto, chegam principalmente no núcleo sensitivo principal do trigêmio, as de dor e temperatura vão ao núcleo trato espinhal e as de propriocepção vão ao núcleo do trato mesencefálico. Esses núcleos podem receber informações sensitivas de outros nervos cranianos, como o facial, glossofaríngeo e o vago trazem informações do pavilhão, ouvido médio, do conduto auditivo, da orelha, trazem sensibilidade geral dessa região do ouvido, sendo o ponto final esses mesmos núcleos do trigêmio. O ramo oftálmico passa pela fissura orbital superior e da sensação sensitiva para a parte superior do olho, dorso do nariz e região frontal até quase metade da cabeça. A dura-máter da fossa anterior e metade da média é também inervada por ele. O ramo maxilar passa pelo forame redondo e se distribui na região maxilar e da inervação sensitiva para a parte inferior da orbita, do seio maxilar, dos dentes e alvéolos superiores, lábio superior e parte da base do nariz. O ramo mandibular passa pelo forame oval e inerva sensivelmente a mandíbula, a língua, dentes inferiores e alvéolos, lábio e queixo, da um ramo posterior, chamado aurículo temporal que vai para a região lateral e temporal e parte do conduto auditivo também. O ramo motor inerva os músculos da mastigação: temporal, masseter e os pterigóideos (lateral e medial). Lesão nervo trigêmio é a nevralgia/neuragia, que provoca muita dor que vem de uma hora para outra, súbita, e que pode passar rapidamente. Uma das formas de tratar é uma punção por dentro da bochecha até chegar no forame oval e fazer uma lesão (pressão por meio da inflação do balão, injeção de alguma substância, geralmente glicerina ou por choques elétricos) do glânglio de gasser, ou apenas no ramo que está doendo, geralmente o maxilar.
(VII) Facial: responsável pela motricidade da mímica facial, emerge do tronco encefálico do sulco bulbopontino, lateral ao nervo abducente e medial ao nervo vestibulococlear. Há um segundo ramo, o ramo intermédio do facial, que carrega fibras que não são motoras, e logo após a emergência se junta com o facial formando um só nervo. Fibras do facial saem de núcleos diferentes. Principal função é motora sai do núcleo motor principal do nervo facial. Funções relacionadas à inervação parassimpática saem do núcleo lacrimal (ponte) (inerva glândula lacrimal), núcleo salivatório superior (glândula salivar) e informações de sensibilidades gustatória dos dois terços anteriores da língua passam pelo nervo mandibular primeiro e depois chegam ao nervo facial e chegam no núcleo do trato solitário, que é o ponto final das informações gustatórias carregadas pelo nervo facial. Sua origem real é de vários núcleos diferentes. Do núcleo motor principal as fibras vão em direção posterior, dão a volta no núcleo do nervo abducente no assoalho do quarto ventrículo formando o colículo do nervo facial e depois se voltam anteriormente até o sulco bulbopontino para sua saída. No crânio ele entra no forame meato acústico interno, após passar por ele se transforma em um nervo só, logo após passa no osso temporal formando o canal do facial e sai do crânio pelo forame estilomastóide. A volta no núcleo do abducente é chamada de joelho interno do nervo facial e depois, dentro do osso temporal, faz uma volta em direção anterior sendo chamado de joelho externo e nesse ponto forma-se o gânglio geniculado que saem fibras para formar o nervo petroso superior que vai em direção à glândula lacrimal (fibras parassimpáticas). Antes de sair pelo forame estilomastóide da um ramo nervo corda do tímpano que se junta com um ramo do nervo mandibular que é o nervo lingual que carrega as informações parassimpáticas até as glândulas sublingual e submandibular e através desse mesmo corda do tímpano é que as informações gustatórias dos dois terços anteriores da língua sobem primeiro pelo lingual, corda do tímpano entram no facial para dai chegar ao núcleo trato solitário. A partir do forame estilomastoide o nervo facial se distribui pelos ramos faciais para inervar os músculos da mímica facial que é sua principal função, por isso seu nome. Passa profundamente na parótida, mas não a inerva. Inerva as glândulas submandibular e sublingual parassimpaticamente. (falando sobre uma imagem e repetindo informações) O parassimpático leva informações pelo nervo petroso maior até o glânglio pterigopalatino e desse até a glândula lacrimal. E pelo corda do tímpano chegam informações parassimpáticas para as glândulas sublingual e submandibular. O gânglio submandibular manda neurônios pós-sinápticos para as duas glândulas). E a porção motora para todos os músculos da mímica facial. 
A paralisia facial periférica ou de Bel tem o comprometimento de toda a metade do rosto, enquanto que a central ou supranuclear tem o comprometimento só da metade inferior do rosto. Então o cara que tem paralisia facial não consegue levantar a sombrancelha nem enrrugar a testa, o músculo orbicular do olho fica hipotônico e ocorre uma queda da palpebra inferior e uma exposição do lábio lacrimal em decorrencia da queda palpebral. Na boca existe um desvio da rima labial pra o lado normal, uma vez que no lado normal existe um tônus básico, então o desvio da boca ocorre para o lado normal. A paralisia facial central o orbicular doolho está normal, o cara consegue levantar a sombrancelha, enrrugar a testa, fechar e abrir o olho normalmente, só na metade inferior da fácia está paralisada. Isso acontece porque no tronco encefálico no núcleo do facial o lado superior da ramos para a metade superior da face, e o lado inferior da ramos para a metade inferior da face. A inferior só recebe informações do lado contralateral, então quando se fala da metade superior da face deve-se pensar que recebe informações do córtex contralateral mas também recebe do mesmo lado e quando acontece uma paralisia do núcleo para cima quer dizer que houve uma lesão no trajeto entre o córtex e o núcleo, só que esse trajeto ocorre dos dois lados cerebrais, se um hemisfério é afetado, o outro continua mandando informações para metade de cima da cabeça. A metade inferior recebe apenas informações do córtex contralateral, então se ocorre uma lesão do trajeto entre o córtex e o núcleo ainda tem informações pra metade superior da face. Então uma paralisia periférica que ocorre depois do núcleo do facial com certeza pega todas as fibras porque o trajeto é um só, já uma paralisia central que é antes do núcleo do facial pega fibras só de uma parte do trajeto, preservando a parte superior da face porque tem a outra parte do trajeto.
(VIII) Vestibulococlear: uma porçãoo vestibular que leva informações da cabeça, equilíbrio e uma porção coclear que leva informações auditivas da área coclear do ouvido interno. Emerge bem lateralmente do sulco bulbopontino, perto do flóculo do cerebelo, se dirige ao forame meato acústico interno e não sai do crânio, terminando no osso temporal. Os nervos cocleares tem pequenos gânglios no orgão espiral sendo chamado de gânglio espinhal e através dele as informações se juntam em um único nervo que é o ramo coclear. Na porção labiríntica, chegam dos canais semicirculares, sacúlo e trículo informações da posição da cabeça, do posição do corpo, do equilíbrio que vão até o gânglio vestibular e dele essas informações vão até o sulco bulbopontino. As informações vestibulares fazem sinapse em quatro núcleos vestibulares pocionados na porção posterior entre a ponte e o bulbo, essa área é chamada de região vestibular do assoalho do 4 ventriculo. Essas informações podem ser levadas ao cerebelo, ao córtex cerebral, ao trato vestibuloespinhal, podem controlar diretamente o tônus muscular do pescoço para ajudar no controle da posição da cabeça e postura. Na porção coclear são dois núcleos cocleares que também estão na ponte, o anterior e posterior as informações vão para o outro lado em sua maioria por meio de um feixe de fibras, o corpo trapezóide, fazendo sinapse no núcleo olivar superior e sobe pelo lemnisco lateral até o colículo inferior pelo braço do colículo vai para o corpo geniculado medial, vai ao tálamo e chega ao giro temporal transverso. Parte das informações não cruzam para o outro lado, mas parte cruzam. A audição que chega na cóclea esquerda tende em sua maioria a cruzar para chegar do córtex cerebral direito, mas parte dessa audição não cruza, pegando o lemnisco lateral do mesmo lado e chega no córtex cerebral esquerdo. O nervo coclear, assim como o facial, também leva suas informações para os dois lados do córtex cerebral. 
(IX) Glossofaríngeo: é o primeiro nervo de emergência do bulbo, sai pelo sulco pós olivar. Nervo essencialmente sensitivo, para a língua e faringe, sendo que seu nome descreve suas principais funções. Está ligado com vários núcleos, o principal que ele leva as informações sensitivas da faringe é o núcleo do trato espinhal do trigêmio e as informações gustatórias do terço posterior da língua chegam no núcleo do trato solitário. Possui uma única fibra motora que inerva um único músculo que é o estilofaríngeo. Na tuba auditiva, região posterior da faringe, no palato mole, nas tonsilas palatinas do pilar posterior até a parte inferior da faringe é essencialmente sensitivo. Leva também fibras parassimpáticas do núcleo salivar inferior para inervar a glândula parótida, estimulando-a a produzir saliva. Através do nervo petroso menor chegam as informações ao gânglio ótico e faz sinapse com o segundo neurônio do parassimpático para a glândula parótida. Outra função importante que sobe pelo glossofaríngeo são as informações captadas pelo corpo e seio carotídeo. Na bifurcação da carótida tem o corpo carotídeo que avalia as informações do CO2 e do pH e essas informações vão subir pela porção parassimpática do nervo glossofaríngeo. Na bifurcação da carótida interna tem os baroreceptores que mandam informação da pressão sanguínea que assumem o mesmo trajeto pela porção parassimpática até o núcleo do trato solitário. Esse trato é divido em uma porção superior relacionada à gustação, e uma inferior que está recebendo as informações de pressão e pH que estimula a formação reticular onde estão o centro vasomotor, o centro respiratório, o cardiotônico que estimula os batimentos cardíacos, para corrigir eventuais alterações, seja na pressão sanguínea ou na concentração de CO2 e pH. 
(X) Vago: está saindo do sulco pós olivar do bulbo e vai em direção ao forame jugular, junto com o glossofaríngeo e acessório. Seu nome deixa claro que ele é bem vago. Tem fibras motoras, sensitivas e parassimpáticas. Tem relação com o núcleo ambíguo, com o núcleo do trato espinhal do trigêmio, do trato solitário e o dorsal do vago que é o principal ponto de saída das informações parassimpáticas. Ele se distribui para a motricidade voluntária da laringe e da faringe, então nossa capacidade de engolir é voluntária, a partir do esôfago não conseguimos porque já é involuntário e vai dar inervação motora autonômica parassimpática para todos os órgãos dentro do tórax e para a maior parte da visceras abdominais, sendo elas o esôfago, o estômago, o fígado, a vesícula, intestino delgado, o cólon ascendente e metade do cólon transverso, ou seja todas as vísceras supramesocólicas tem a inervação parassimpática do vago. Essas mesmas fibras que levam a informação parassimpáticas desses órgãos também levam as informações sensitivas desse órgão até o SNC, por isso que durante um infarto a dor pode aparecer no pescoço, porque é o vago que leva as informações sensitivas e lá é seu trajeto. As dores viscerais do vago são difusas porque o vago não tem uma capacidade somatotopica para identificar o local da dor. (sensibilidade das vísceras sobe pelo vago). Dá ramos para o plexo cardíaco que se concentra principalmente no nodo sinoatrial e depois disso vai em direção ao esôfago. A partir da pelve ocorre uma mistura das inervações parassimpáticas e simpáticas para chegar as visceras intrabdominais. Da metade distal do colón transverso (cólon descendente, reto e vísceras pélvicas) a inervação parassimpática é feita pelos nervos que saem dos níveis de s2, s3 e s4 da medula sacral. Enquanto todos os órgãos é parassimpático do vago. Na epiglote tem algumas papilas gustativas que levam suas informações gustatórias ao núcleo do trato solitário através do nervo vago
(XI) Acessório: é o último a sair do sulco pós-olivar e tem uma raiz cranial e outra espinhal, que se unem lateral ao bulbo para formar o nervo acessório. Do núcleo ambíguo (motor) saem axônios para formar a raiz craniana do nervo acessório. Até a altura de c6 saem algumas raízes do sulco lateral anterior que se colocam em direção ascendente para formar a raiz espinhal, antes do forame jugular essas duas raízes se unem para formar o nervo acessório. Após passar no forame jugular ele se divide em uma raiz interna que se junta com o nervo vago, e uma raiz externa que leva motricidade aos músculos esternocleidomastóide e o trapézio, sendo essa a função essencial do nervo acessório. A raiz interna que se junta ao vago é por onde chega as informações até as cordas vocais, ficando responsável pelos músculos da fonação. 
(XII) Hipoglosso: sai do sulco pré olivar, passa pelo canal do hipoglosso. Leva informações puramente motoras, do núcleo do hipoglosso, ao músculos intrinsecos e extrinsecos da língua. Separamos alíngua em dois terços anteriores e um posterior. Na sensibilidade geral, os dois terços anteriores da língua é de inervação do nervo trigêmio, e de inervação gustatória do nervo facial. No terço posterior, a sensibilidade geral é do nervo glossofaríngeo, e a sensibilidade gustatória é também do glossofaríngeo.

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