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AULA 26

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Professor Anselmo Domingos da Paz Junior
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Jornada de Trabalho: Conceito e Classificação (AULA 26 – complementar) 
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Conceito de Jornada de Trabalho
Possuímos três teorias que buscam conceituar a jornada de trabalho:
1ª) Teoria do Tempo efetivamente trabalhado – Nela a jornada corresponde ao período de prestação de serviços em favor do empregador – Crítica – Não considera os intervalos de jornada.
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continuação
2ª) Teoria do tempo à disposição do empregador – Nela a jornada corresponde ao período que o empregado chega ao centro de trabalho (primeiro local onde chega) a partir de então se estiver ou não prestando serviços, a jornada corresponde à totalidade do tempo em que aguarda ordens. Ex Motorista de caminhão que aguarda o carregamento do veículo.
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Há que se distinguir CENTRO DE SERVIÇO e LOCAL DE SERVIÇO, o primeiro corresponde ao primeiro espaço físico da empresa em que chega o trabalhador, o segundo corresponde ao setor em que efetivamente trabalha.(recepcionada pela Súmula 429 TST).
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continuação
3ª) Teoria do tempo in itinere – A jornada leva em conta os período de deslocamento do empregado até o serviço e o seu retorno para casa.
A Lei aplica a segunda teoria no artigo 4º da CLT e a jurisprudência aceita a terceira teoria quando interpretado o artigo 58, § 2º da CLT com a Súmula 90 do TST para locais de difícil acesso não servidos por transporte público. 
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Natureza Jurídica da jornada de trabalho 
São normas AUTÔNOMAS-HETERÔNOMAS – ou seja, elas advém das partes (por meio das normas coletivas, contratos de trabalho, regulamentos de empresa) e do Estado (normas constitucionais, leis ordinárias, etc.).
Sempre na interpretação irá prevalecer a mais benéfica salvo se violar interesse público. (art. 8º CLT).
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Característica das normas sobre jornada de trabalho.
As normas sobre jornada são transacionáveis, mas não podem ser renunciadas pelo empregado.
Ex. Empregado pode negociar a compensação de horas trabalhadas por folgas extras.
Jamais o empregado pode renunciar à proteção das normas trabalhistas.
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ônus de prova 
Toda empresa com mais de dez empregados tem que controlar a jornada por meio de um sistema de ponto (que pode ser manual, mecânico ou eletrônico) (art. 74, § 2º da CLT). 
Na recusa em apresentar os controles de ponto ou na falta deles ou ainda se apontados de maneira britânica (horas exatas de entrada e saída) haverá a inversão de ônus de prova com presunção favorável ao horário mencionado pelo empregado (Súmula 338 do T.S.T.)
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A questão do Comissionista 
Entende-se por comissionista o empregado que recebe seu salário em percentual sobre as vendas de produtos da empresa. 
Neste caso, as horas extras do empregado serão pagas na própria hora de venda por ele realizada em favor da empresa cabendo apenas o pagamento do adicional de hora extra (Súmula 340 do TST).
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Classificação da Jornada de trabalho 
Quanto a duração temos:
A) Jornada ordinária ou normal – para o trabalhador comum corresponde a oito horas diárias e 44 horas semanais (art. 7º, XIII, CF).
B) Horas extraordinárias ou suplementares – aquela que ultrapassar o limite constitucional e que será remunerada com pelo menos o adicional de 50% (art. 59 da CLT + artigo 7º, XVI da CF).
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C) Jornadas Limitadas – a lei limita a jornada por características das atividades exercidas.
D) Jornadas Ilimitadas – a lei permite o trabalho além da jornada legal em razão de força maior ou outra situação socialmente relevante.
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E) Jornadas contínuas – realizadas de forma corrida – Ex. Das 8:00 às 12:00 – neste caso não há intervalo.
F) Jornadas descontínuas – existem intervalos entre um período e outro da prestação de serviços.
G) Jornadas intermitentes – com paradas na prestação de serviços. Ex. Motorista de ônibus intermunicipais
H) Jornada em tempo parcial – prestação de serviços por poucas horas.Ex. Art. 58-A CLT.
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Quanto ao período:
A) Jornadas Diurnas – realizadas no âmbito urbano das 5:00 às 22:00 horas.
B) Jornadas noturnas – realizadas no âmbito urbano das 22:00 às 5:00 horas conforme artigo 73 da CLT.
C) Jornadas mistas – realizadas parcialmente em horários diurnos/noturnos. Ex. Das 15:00 às 23:00
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continuação
Para o trabalhador urbano haverá o pagamento do adicional de 20% sobre a hora diurna e cada hora noturna corresponde a 52 minutos e 30 segundos, ou seja será reduzida em 7 minutos e 30 por ficção jurídica (em razão do maior desgaste do trabalhador.).
O rural não tem redução noturna mas recebe adicional de 25% (art. 7º da Lei 5889/73) – Lavoura (21hrs às 5 hrs) –Pecuária (20 hrs às 4 hrs).
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Ainda quanto ao período temos:
D) Jornada em revezamento semanal – onde o trabalhador alterna o horário de serviço a cada semana.
E) jornada em revezamento quinzenal – alternância a cada 15 dias. 
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continuação
Existem os turnos ininterruptos de revezamento que consistem em alternância do horário semanalmente em empresas que trabalham 24 horas. Nestes casos a jornada legal será de seis horas (art. 7º, XIV) mesmo se houver intervalo (Súmula 360 TST).
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Quanto a profissão temos:
A) jornadas gerais – para todo trabalhador e profissão – Ex. 8 horas por dia.
B) Jornadas especiais – para certo tipo de trabalhador – Ex. Bancários – 6 horas por dia.
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Quanto a remuneração:
A) Jornadas com acréscimo : Onde se paga o adicional de 50% no mínimo para cada hora extra trabalhada.
B) Jornadas sem acréscimo: A hora extra será compensada por folga.
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Quanto a rigidez:
A) Jornada inflexível – é a jornada com início e fim ajustados previamente pelas partes. Ex. Das 8:00 às 17:00 com uma hora para refeição e descanso.
B) Jornada flexível – não é adotada no Brasil, já que o trabalhador iria prestar serviços em horário que melhor fosse de seus interesses.
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Regime de sobreaviso x Regime de prontidão
Regime de sobreaviso – o empregado permanece à disposição do Empregador FORA DO LOCAL E DA HORA DE SERVIÇO. Ex. Eletricitário (Súmula 229 TST).
Regime de prontidão – o empregado permanece à disposição do empregador no local de serviços. Ex. Ferroviário 
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continuação
No regime de sobreaviso o empregado recebe 1/3 do seu salário para quitar a disponibilidade de cumprir ordens.
No regime de prontidão não haverá tal pagamento.
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A SÚMULA 428 DO TST
SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART. 244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012)  - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012  
Tal súmula cancelou a OJ 49 da SDI 1 do TST.
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Súmula 428, inciso I 
I - O uso de instrumentos telemáticos ou informatizados fornecidos pela empresa ao empregado, por si só, não caracteriza o regime de sobreaviso. 
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Súmula 428, II 
II - Considera-se em sobreaviso o empregado que, à distância e submetido a controle patronal por instrumentos telemáticos ou informatizados, permanecer em regime de plantão ou equivalente, aguardando a qualquer momento o chamado para o serviço durante o período de descanso.
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Jornada em tempo parcial 
Base legal – Art. 58- A da CLT
Finalidade – ampliar possibilidades de emprego 
Jornada máxima trabalhada pelo empregado – 25 horas semanais
Características principais:
O salário pago é proporcional à jornada realizada (art. 58-A, § 1º da CLT)
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continuação
Empregados que queiram optar pelo regime parcial somente o podem fazer mediante intervenção do sindicato por negociação com o empregador (art. 58-A, § 2º CLT).
O REGIME DE TEMPO PARCIAL VEDA A REALIZAÇÃO DE HORAS EXTRAS (ART. 59, § 4º da CLT).
As férias serão proporcionais em dias conforme art. 130-A da CLT.
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