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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE RONDONIA Vitor Thiago Camargo, brasileiro, Advogado OAB 0301, com escritório na Avenida Marechal Rondon nº 869, Sala 107, Centro, Ji-Paraná -RO, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 5º, LXVIII, CF/88, tal como no art. 647, 648 e em conformidade com o art. 654, do Código de Processo Penal, impetrar ordem de HABEAS CORPUS em favor de João, brasileiro, casado, funcionário público, portador de CPF 699.699.699.69 e RG 699.699 SSP/RO, residente na Rua Dos Zorós, 965 , Ji-Paraná - RO, contra ato do Ilustríssimo Meritíssimo Juiz de Direito da 3º Vara Criminal da Comarca de Ji-Paraná - RO, pelos fatos a seguir aduzidos: I - Fatos Na referida data a Policial Civil ingressou, sem mandado judicial, na residência de João, e nela apreendeu documentos e bens, onde também continha documento público que, submetido à perícia, constatou-se ser falso, vindo por isso João a ser denunciado como incurso no artigo 297, caput, do Código Penal. A denúncia foi recebida pelo Excelentíssimo Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal. II – Do Direito As arbitrariedades perpetradas contra João, constitui ação ilegal que poderá atentar contra a sua liberdade, uma vez que a apreensão do referido documento foi realizada sem o devido mandado judicial, conforme artigo 5º, XI, CF/88, caracterizando quaisquer documentos apreendidos como provas ilícitas, logo, em conformidade com o CPP, artigo 157, essas são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação às normas constitucionais ou legais. Desta forma é inexplicável, inadmissível e inconstitucional o recebimento desta denúncia pelo Pronto Juiz de Direito da 3º Vara Criminal da Comarca de Ji-Paraná – RO, denúncia essa embasada em prova comprovadamente ilícita, portanto, não há provas veementes válidas contra o acusado tornando ilegal e abusivo esse inquérito que poderá levar a sua restrição de liberdade. III –Pedido Isto posto vem o impetrante requerer o trancamento da referida Ação Penal, tendo invista a falta de provas do que se alega, sem o menor resquício de prova indiciária, consequente apenas do arbítrio ou abuso de poder da autoridade policial e consequentemente do Excelentíssimo Juiz de Direito da 3ª Vara Criminal. Pede-se espera-se que esta ordem seja concedida, requisitadas as informações da autoridade coatora, seguindo-se o trancamento da Ação Penal e cumpridas as necessárias formalidades legais. Termos em que, pede deferimento. Ji-Paraná, 12 de Abril de 2016. Vitor Thiago Camargo OAB 0301
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