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LENIO STRECK ORIGEM PRINCIPAIS OBRAS VISAO DAS ATUALIDADES

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CENTRO UNIVERSITÁRIO LUTERANO DE JI-PARANÁ – CEULJI
CARLOS LEANDRO OLIVEIRA PEREIRA
ELINALDO FRANCA DE OLIVEIRA 
JOHN LENNON ORTOLONE ETIENI 
NEIR ANTONIO DE CARVALHO 
VALDIR FERREIRA FILHO
VITOR THIAGO CAMARGO
LENIO LUIZ STRECK – SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DIREITO E PARA A HERMENÊUTICA JURÍDICA
Ji-Paraná
2016
CARLOS LEANDRO OLIVEIRA PEREIRA
ELINALDO FRANCA DE OLIVEIRA 
JOHN LENNON ORTOLONE ETIENI 
NEIR ANTONIO DE CARVALHO 
VALDIR FERREIRA FILHO
VITOR THIAGO CAMARGO
LENIO LUIZ STRECK – SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O DIREITO E PARA A HERMENÊUTICA JURÍDICA
Trabalho acadêmico apresentado ao Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná- CEULJI, para obtenção de nota em Teoria do Direito II no curso de Bacharel em Direito, sob orientação do Professor Emerson Faria. 
Ji-Paraná
2016
SUMÁRIO
	
INTRODUÇÃO	4
1 – ORIGEM E FORMAÇÃO	5
1.1 – Formação.	5
2 – PRINCIPAIS OBRAS.	7
2.1 - Livros	7
2.2 - Artigos	7
2.3 - Hermenêutica Jurídica e(m) Crise.	8
2.4 - Constituição ou Barbárie? – A lei como possibilidade emancipatória a partir do estado democrático de direito.	9
3 – CONTRIBUIÇÕES.	11
3.1 - Contribuição de Streck para o mundo Hermenêutico.	11
3.2 - Contribuição de Streck para o Direito.	11
3.3 - Contribuição de Streck para os atuais acontecimentos.	13
CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	16
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem por finalidade o estudo da Hermenêutica Jurídica, especificamente sob a ótica do autor LENIO LUIZ STRECK e suas obras, onde, é abordada a origem, a formação, principais obras e sua contribuição para a hermenêutica jurídica tanto quanto sua contribuição para o Ordenamento Jurídico Brasileiro. 
1 – ORIGEM E FORMAÇÃO
Sonhador de origem humilde, amante de futebol, atuou como goleiro e colecionou vários títulos durante sua carreira por vários times em que atuou, “Jogava sonhando. E sonhava que jogava ” (STRECK, Lenio). 
Relata toda sua paixão em seu texto onde transborda emoções na célebre vitória sobre o time do Cachoeira sobre o placar de 3x1, onde descreve a sequência matemática recheada de paixão ao qual o resultado os proporciona o título de Campeões do Mundo, ao menos foi o que significou para eles. 
Conhecido principalmente por seus trabalhos voltados à filosofia do direito e à hermenêutica jurídica, em 2014 recebeu o Prêmio Jabuti pela obra Comentários à Constituição do Brasil, em parceria com grandes nomes como, Gilmar Ferreira Mendes, Ingo Wolfgang Sarlet, Léo Ferreira Leoncy e J. J. Gomes Canotilho. 
1.1 – Formação. 
Jurista e professor, coleciona títulos com sua formação impecável conforme descrito: 
Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 1980.
Mestre e Doutor em Direito do Estado pela Universidade Federal de Santa Catarina em 1988 e 1996 respectivamente.
Pós-doutorado em Direito Constitucional pela Universidade de Lisboa (Portugal) em 2001.
Procurador de Justiça aposentado do Ministério Público do Rio Grande do Sul atuante de 1986 a 2014.
Professor titular do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS/RS), onde coordena o DASEIN – Núcleo de Estudos Hermenêuticos.
Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Estácio de Sá (UNESA/RJ).
Professor Visitante da Universidade de Lisboa e da Universidade de Coimbra.
Membro Catedrático da Academia Brasileira de Direito Constitucional. Membro da Comissão Permanente de Direito Constitucional do Instituto dos Advogados Brasileiros.
Membro do Observatório de Jurisdição Constitucional do Instituto Brasiliense de Direito Público.
Apresentador do Programa “Direito & Literatura”, exibido semanalmente pela TV UNISINOS e, em rede nacional, pela TV JUSTIÇA.
2 – PRINCIPAIS OBRAS. 
Autor de mais de uma centena de artigos científicos e dezenas de obras sobre Direito Constitucional, Hermenêutica Jurídica, Teoria do Direito, e atualmente também escritor da Coluna Periódica (quintas-feiras) Senso Incomum no Portal Consultor Jurídico- conjur.com.br onde aborda diversos tempos ligados ao Ordenamento Jurídico Brasileiro, Lenio Streck possui uma das maiores e mais respeitadas produções acadêmicas no direito.
2.1 - Livros
Tribunal do Júri - Símbolos & Rituais. 4ª ed. Porto Alegre/RS: Livraria do Advogado, 2001.
Jurisdição Constitucional e Hermenêutica. 2.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2004.
O que é isto - decido conforme minha consciência? 2.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 10.ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.
Verdade e Consenso. 4 ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
Ciência Política e Teoria do Estado. 8ª ed. Porto Alegre/RS: Livraria do Advogado, 2013.
Jurisdição Constitucional e Decisão Jurídica. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2014.
Lições de Crítica Hermenêutica do Direito. 1. ed. Porto Alegre/RS: Livraria do Advogado, 2014.
Compreender Direito nas brechas da lei. 1. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015. v. 3.
2.2 - Artigos
O dever de proteção do estado (schutzpflicht): o lado esquecido dos direitos fundamentais ou “qual a semelhança entre os crimes de furto privilegiado e o tráfico de entorpecentes”?
A dupla face do princípio da proporcionalidade e o cabimento de mandado de segurança em matéria criminal: superando o ideário liberal-individualista-clássico.
Constituição ou Barbárie? – A lei como possibilidade emancipatória a partir do estado democrático de direito.
O direito penal e os influxos legislativos pós-constituição de 1988: um modelo normativo eclético consolidado ou em fase de transição?
O Fahrenheit sumular do brasil: o controle panóptico da justiça.
Os juizados especiais criminais à luz da jurisdição constitucional: a filtragem hermenêutica a partir da aplicação da técnica da nulidade parcial sem redução de texto.
Revisão é golpe! Porque ser contra a proposta de revisão constitucional.
Crise dogmática. Manuais de direito apresentam profundo déficit de realidade.
Crise de paradigmas. Devemos nos importar, sim, com o que a doutrina diz.
Assembleia constituinte é golpe!
A concepção cênica da sala de audiências e o problema dos paradoxos
“(mais) um passo atrás no direito brasileiro. quem vai cuidar do guarda da esquina?” 
La jurisdicción constitucional y las posibilidades de concretización de los derechos fundamentales-sociales.
Diferencia (ontológica) entre texto y norma: alejando el fantasma del relativismo.
A nova perspectiva do supremo tribunal federal sobre o controle difuso: mutação constitucional e limites da legitimidade da jurisdição constitucional.
Bem jurídico e constituição: da proibição de excesso (übermassverbot) à proibição de proteção deficiente (untermassverbot) ou de como não há blindagem contra normas penais inconstitucionais.
O princípio da proibição de proteção deficiente (untermassverbot) e o cabimento de mandado de segurança em matéria criminal: superando o ideário liberal-individualista-clássico.
2.3 - Hermenêutica Jurídica e(m) Crise.
Obra que permite um estudo dos progressos da linguística e hermenêutica filosófica neste século, sempre sob a perspectiva do direito, preenchendo lacuna notória no meio jurídico brasileiro ao abordar assuntos polêmicos como: A modernidade tardia no Brasil: o papel do Direito e as promessas da modernidade. O Estado Democrático de Direito e a (des) funcionalidade do Direito, a não-recepção da viragem linguística pelo modelo interpretativo (ainda) dominante em nosso ordenamento. 
Lenio relata em sua obra, vários assuntos inerentes a Hermenêutica, inclusive a complexidade do caso, das quais se confunde com a própria teoria do direito. Lenio diz que sua obra Hermenêutica jurídica em crise, pretende em primeiro momento fazer uma desconstrução da arte do que a dogmática jurídica brasileira precisa para fortalecer o ordenamento jurídico, onde o autor situa se, portantona contramão do senso comum teórico dos juristas na medida em que o jus filósofo detecta uma crise de paradigma jurídico, nos países de modernidade tardia e impede o “acontecer do novo” o novo não consegue nascer, e nem se impor talvez o grande problema resida no fato de que o novo não consegue se mostrar. O velho é tão forte que vela as mínimas possibilidades de o novo aparecer através de algumas frestas ideológicas. Diante disso, o autor criou-se critica Hermenêutica do direito, com o pensamento de melhorar a Hermenêutica jurídica através de uma crítica construtiva então o que denominou de “Hermenêutica jurídica em crise”, que na opinião de Lenio Luiz Streck ainda há muito que melhorar no campo da Hermenêutica jurídica, apesar das divergências interpretativas, mais entendo a subjetividade do direito, e ao mesmo tempo sabemos que sem a Hermenêutica jurídica seria impossível interpretar nosso ordenamento jurídico, e dar condições aos operadores do direito buscar junto aos tribunais soluções jurídicas para quem dela necessitar, onde poderá o juiz ser convencido das argumentações pleiteadas em que o caso requer, tudo isto só é possível através da Hermenêutica jurídica onde permite fazer um amplo estudo do caso e apelando em defesa de quem dela precisar.
2.4 - Constituição ou Barbárie? – A lei como possibilidade emancipatória a partir do estado democrático de direito.
Trata de uma crise de legalidade uma vez que nem se quer a própria Constituição traz efetividade em seus dispositivos, pois os seus princípios, com frequência, são sorrateados, para observar isso, basta olhar as amplas interpretações subjetivas dos juristas.
O Estado Democrático de Direito deve ser visto como instrumento de transformação social. Deve haver uma mudança na visão dos operadores do direito tendo em vista uma Constituição rica em direitos individuais, coletivos e sociais em detrimento de uma prática jurídica que repetitivamente (só)nega. 
O que, em tese, pode explicar tal problemática é essa mudança de um regime autoritário para um Estado Democrático de Direito sem passar por um estado social, por isso, reiteradas vezes o Governo tende a (só)negar direitos Constitucionais.
Para Lenio Luiz Streck,
[...] é uma Constituição dirigente, contendo no seu ideário a expectativa de realização dos direitos humanos e sociais até hoje (só)negados à Sociedade brasileira[...]. 
Julgamentos a sua maneira não condiz com o Estado democrático e interpretações particulares, deve ter uma coerência e integridade do direito para que a pessoa não seja submetida à subjetividade do magistrado, assim, o fato de que as palavras da são plurívocas não significa que os casos possam ter várias interpretações.
É preciso elucidar que a execução do texto constitucional é condição primordial para a possibilidade de implantação das promessas garantistas de um país que a modernidade jurídica ainda é arcaica. Para que se cumpra a Constituição necessariamente deve haver o respeito aos seus princípios, em epígrafe, o Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, haja vista que a constituição brasileira é um contrato social, que constitui, no âmbito jurídico, político e social.
Nesse passo, enquanto o Estado não solucionar o problema da segurança, da desigualdade política, da pobreza, e assim por diante, essa constituição garantista ainda deve ser cumprida.
Como topos hermenêutico, o texto constitucional deve ser visto em sua substancialidade, com toda a principiologia que assegura o Estado Social e o plus normativo que é o Estado Democrático de Direito que aparece já no art. 1º do seu texto. Nesse sentido, as lições de Paulo Bonavides, para quem princípios valem, regras vigem, e Celso Antonio Bandeira Melo, que sustenta ser mais grave violar um princípio do que uma norma [...]. (STRECK)
Nesse sentido, seus princípios devem ser critérios para normas infraconstitucionais, violar um princípio representa uma violação muito mais grave do que a de uma simples norma, por isso, vale ressaltar e dizer o ululante; se deve constitucionalizar o direito, não é a Constituição que deve se amoldar ao Governo, mas, sim, ele a ela. 
3 – CONTRIBUIÇÕES. 
Lenio relata em suas obras vários assuntos inerentes a Hermenêutica, inclusive a complexidade do caso, das quais se confunde com a própria teoria do direito. 
3.1 - Contribuição de Streck para o mundo Hermenêutico.
 A contribuição de Streck é extremamente importante para a seara do direito, pois ele nos ensina que a hermenêutica não estritamente ligada ao texto da lei, mas conectada a uma grande dimensão num contexto social, ainda pouco explorada. Segundo Lenio Luis Streck, muitos professores de direito preferem o comodismo baseado no dogmatismo da norma ante a um profundo debate contextualizado pelo mundo real. 
O estudioso ainda ressalta que os ensinadores se prendem de conhecimentos dogmáticos, mas com uma visão estreita da dimensão do fenômeno jurídico consequentemente com grande dificuldade em lidar com fenômenos sociais. Streck ainda cita que fazer hermenêutica é desconfiar do mundo e de suas certezas, pois a hermenêutica instiga o senso crítico, a reflexão, a criatividade.
Baseado em Gadamer, Streck afirma que a interpretação contemporânea é filosófica e não mais metódica, atribuindo assim muitas vezes ao legislador as injustiças que decorrem das sentenças dos magistrados.
Portanto uma grande contribuição de Lenio Streck para o ramo da hermenêutica foi justamente o estudo aprofundado que exige a cada caso, pois os operadores do direito devem analisar sobre um prisma amplo, social, e não somente sobre o aspecto positivo da norma.
3.2 - Contribuição de Streck para o Direito.
O Jurista relata em sua obra um conteúdo profundo e revolucionário constituindo o principal alicerce de nossa reflexão. O autor critica o ensino jurídico no Brasil, traz fortes e irrefutáveis argumentos sobre o distanciamento entre o magistério e a realidade social brasileira. Sob forte influência do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, refuta a hermenêutica reprodutiva, afirmando que objetificar o direito significa desconectar-se da realidade. Alerta ainda sobre a perda da Fé do operador do direito no processo de construção do discurso jurídico, e analisa a auto-aplicabilidade das denominadas normas programáticas e a possibilidade de utilização do poder judiciário para o desenvolvimento de políticas públicas. 
Essa possibilidade deve ser ao fato de deslocamento do centro de decisões dos poderes executivo e legislativo para o judiciário. Quando explorada, sua obra permite ao leitor a composição de novos horizontes para projetar o conhecimento sobre o direito, ela não se trata apenas de um texto que agrega novos conteúdos ao campo teórico por ele trabalhado, trata-se acima de tudo de um texto que, bem a moda da ideia platônica da educação com reviravolta, consegue produzir um espaço que permite uma orientação no modo tradicional.
Os problemas da hermenêutica jurídica são retratados. Mais do que produzir no leitor a capacidade de ver os conteúdos da hermenêutica jurídicas, a obra possibilita uma forma adequada de se direcionar o olhar para a direção das questões capitais da teoria jurídica contemporânea, é que a hermenêutica jurídica permaneceu por muito tempo apegada a velhos dogmas interpretativos que reduzia a sua função a um papel instrumental na lida com o direito, competia a hermenêutica jurídica a tarefa de subsidiar o jurista na atividade de interpretação dos textos jurídicos na perspectiva de atingir o significado correto segundo uma determinada finalidade que poderia ser a vontade da lei e a vontade do legislador, ainda hoje há quem faça eco a esse tipo de discurso sobre o papel da hermenêutica no direito. O autor fala também sobre a crise paradigmática que é o lugar do qual olhamos o mundo e o compreendemos. Ora se vivemos em um novo paradigma e (estado democrático de direito). A crise do direito se insere em um contexto histórico particular em que, por um lado, a interpretação se reduz a uma superfinalidadeformalista ou por outro lado para tentar supera-la, se aposta em um protagonismo judicial discricionário. Nenhuma das duas versões ´´formalismo e voluntário`` são saudáveis a democracia e a teoria do direito. E isso agrava ainda mais com a indústria dos concursos e dos cursinhos preparatórios, um ensino jurídico estandardizado sem a menor preocupação com os problemas jurídicos ou sociais. Deste modo a obra que se apresenta é um primor dentre outras coisas porque propõe uma verdadeira ruptura paradigmática e além disso reafirma a autonomia do direito como princípio. Tal rompimento contudo não se fez e não se faz ranhuras, de fato o conforto metafísico da verdade fundante passível de ser alcançada, descoberta faz construir prédios inteiros, e a filosofia da consciência está ai viva para demonstrar esses prédios, todavia após esta obra balançam e são definitiva desabitados dizendo com outras palavras na verdade as do autor nesse novo paradigma não se tem mais o assujeitamento do sujeito é dizer, a linguagem passa a ser entendida não mais como terceira coisa que se coloca entre o sujeito e o objeto e sim como condição de possibilidade. O autor situa-se, portanto, na contramão do senso comum teórico dos juristas na medida em que as desvelar as obviedades que obnubilam o imaginário gnosiológico dos juristas colocou a lume a miséria do direito e o direito da miséria. O jusfilosofo detecta uma crise paradigmas de dupla face que acomete o direito e a dogmática jurídica nos países de modernidade tardia e impede o acontecer de novo. O novo não consegue nascer e nem se impor, talvez o grande problema resida no fato de que o novo não consegue se mostrar. O velho é tão forte que vela as mínimas possibilidades de o novo aparecer através de algumas frestas de sentido, deste modo a hermenêutica para o jusfilosofo passa a ser esse modelo de conhecimento que tem a tarefa de tornar visível o habitus que domina a interpretação, aplicação do direito.
3.3 - Contribuição de Streck para os atuais acontecimentos.
Se referindo aos acontecimentos e a atual conduta dos Juízes diante dos acontecimentos políticos e jurídicos, Streck se refere a atualidade como tempos “Tempos Sombrios de descumprimento das leis e da Constituição” (Streck), tece fortes críticas ao STJ em relação as teses definidas usadas com modelo e aplicadas nos demais tribunais. 
Demostra-se espantado ao ver o STF, como assim o jurista compreende, decidir contra o determinado na Lei e na Constituição Federal, no que tange a possibilidade de execução provisória de uma determinada sentença condenatória, sem que para tal o artigo 238 do CPP tenha sido considerado inconstitucional. 
Demonstra sua perplexidade diante do apoio dos juristas ao Juiz federal quando o mesmo, em sua concepção, descumpriu a Lei e a Constituição Federal escandalosamente, ao determinar as escutas a Presidente mesmo declaradamente considerando-as irregulares, mas que tal detalhe foi considerado irrelevante, Lenio continua com sua opinião em que a conduta do juiz foi ilegal e inconstitucional e, nesta atitude, o mesmo teria cometido vários crimes. 
Iguala os magistrados e todos coniventes com as atitudes do Juiz ou como explica (uma parcela considerável), a economistas, engenheiros, filósofos, jornalistas, jornaleiros, donas de casa, frequentadores de facebook, twiteiros e leitores de livros simplificados, mastigados e facilitados, pois todos acham que “os fins justificam os meios” e seguem comparando os favoráveis a torcedores que esperam que seu time de futebol vença, mesmo que o gol seja ilegal. 
Diz-se entristecido ao ver constitucionalistas e processualistas ou advogados criminalistas dizerem que a formalidade, ou seja, a ilicitude constitucional de uma prova é irrelevante. Lembra que ser jurista é ter compromisso com a Constituição e que para tal deve saber que por mais que se tenha certeza da culpa do réu, diante de ilicitude das provas, tem que absolver, e assim por diante, vê que se, assim não for, o direito torna-se filosofia moral ou apenas opinião sociológica, em outras palavras, mera disputa política. 
CONCLUSÃO
Com o presente trabalho podemos observar que a hermenêutica jurídica permaneceu, por muito tempo, apegada a velhos dogmas interpretativos que reduzia a sua função a um papel instrumental na lida com o Direito: competia à hermenêutica jurídica a tarefa de subsidiar o jurista na atividade de interpretação dos textos jurídicos na perspectiva de atingir o significado correto segundo uma determinada finalidade que poderia ser ora a vontade da lei (voluntas legis) ora a vontade do legislador (voluntas legislatoris). Ainda hoje há quem faça eco a esse tipo de discurso sobre o papel da hermenêutica no Direito.
Sendo assim, como os habitantes da caverna de Platão, os juristas permaneceram por muito tempo presos à aparente tranquilidade que surge das sombras projetadas pelo teatro de fantoches diante do fogo. A reviravolta operada pelo aparecimento de Hermenêutica Jurídica e(m) Crise tornou possível uma saída desse jogo de sombras.
Desta forma o intérprete que se desprende do texto impondo-lhe a sua pré-concepção — ou a sua consciência, como é moda dizer — realiza um assassinato do texto e da pretensão de toda hermenêutica que é a correta interpretação.
Ha aproximação da universalidade a hermenêutica, no modo como é posto por Gadamer, dá ao texto de Lenio a possibilidade de se apresentar como um aporte crítico para teses tradicionais — verdadeiros fósseis jurídicos — e que se apresentam, na contemporaneidade, com ar de novas. Um exemplo pode ser anotado nas posturas que tendem a retratar a hermenêutica de forma setorizada apontando e defendendo a existência de uma hermenêutica constitucional, uma hermenêutica dos direitos fundamentais, uma hermenêutica do direito privado e assim por diante.
Concluímos que com todas essas questões juntas possibilitam um novo olhar sobre a questão da hermenêutica jurídica. Representam uma reviravolta porque permite orientar corretamente a visão para os problemas contemporâneos da hermenêutica jurídica, longe das sombras projetadas pelas concepções tradicionais.
Fica muito claro o quanto Lenio critica o ensino jurídico no Brasil. Traz fortes e irrefutáveis argumentos sobre o distanciamento entre o magistério e a realidade social brasileira. Sob forte influência do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer, refuta a hermenêutica reprodutiva, afirmando que objetificar o Direito significa desconectar-se da realidade. Alerta ainda sobre a perda da fé do operador do Direito no processo de construção do discurso jurídico, denominando tal fenômeno de Síndrome de Abdula. Analisa a auto-aplicabilidade das denominadas normas programáticas e a possibilidade de utilização do Poder Judiciário para o desenvolvimento de políticas públicas. Essa possibilidade deve-se ao fato do deslocamento do centro de decisões dos Poderes Executivo e Legislativo para o Poder Judiciário.
Portanto quando Streck critica, veementemente, os civilistas que insistem nos personagens fictícios “Caio, Tício e Mévio”, ainda comuns em provas e manuais jurídicos. Se no Brasil proliferam “Joãos, Pedros, Antônios, Josés, Marias e Terezas”, por que a insistência naquele trio de personagens fictícios? A resposta é simples: a ficcionalização do mundo jurídico visa afastar o Direito da realidade social. Separar as leis da vida, o verbo da carne.
REFERÊNCIAS
MORAES, Rodrigo. Hermenêutica jurídica sob o olhar crítico de Lenio Streck. Rodrigo Moraes, 8 de janeiro 2007. Disponível em <http://www.rodrigomoraes.adv.br/ > Acesso em 25. 03. 2016.
STRECK, Lenio Luiz. Constituição ou Barbárie? – A lei como possibilidade emancipatória a partir do estado democrático de direito. Disponível em <http://www.leniostreck.com.br/lenio/artigos> Acesso em 20.03.16.
STRECK, Lenio Luiz. O dia que fomos campeões do mundo. Disponível em <www.leniostreck.com.br > Acesso em 20.03.16.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica Jurídica e(m) Crise. 11 ed.Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.

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