Buscar

Aula 06

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

ÉTICA NA SAÚDE
Aula 6- ÉTICA E EUTANÁSIA
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
Assunto 1 – Conceitos e definição de eutanásia.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
Assunto 2 – As causas do confronto ético com a distanásia.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
Assunto 3 – Os diferentes motivos, intenções e efeitos da eutanásia. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Conteúdo Programático desta aula
Assunto 4 – A posição do CFM e da Associação Médica Mundial. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 1 – Conceitos e definição de eutanásia 
MORTE
	A consciência de que a morte é um evento natural e indubitável para os seres vivos, não diminui seu impacto sobre nós e sempre representa uma situação de extrema dificuldade para os profissionais de saúde que lidam com pacientes em condição de terminalidade.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Uma série de questões éticas e morais afloram no contexto da terminalidade da vida, associadas a aspectos tão distintos quanto os direitos do paciente em relação à verdade sobre suas reais condições, os objetivos da atuação médica ou aos paradoxos entre a consciência e a legalidade.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Dentre estas questões, talvez a mais angustiante seja a de que se pode, ou deve o médico ajudar um paciente que sofre de modo irreversível, a morrer? Ou, em outras palavras, a eutanásia pode ser considerada uma ação médica ética?
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
 	A palavra “eutanásia” tem origem grega e representa, literalmente, “boa morte”. É comumente entendida como a prática pela qual o médico abrevia a vida de um paciente incurável. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	Esta tem sido uma das questões da bioética e do biodireito mais complexas e discutidas, na medida em que, se a proteção da vida é um princípio básico do Estado, também são direitos básicos da pessoa o respeito à autonomia e à vontade próprias. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assim, o fato de alguém desejar encerrar com sua dor, antecipando sua morte iminente, ou o desejo de um ente querido em por fim ao sofrimento de alguém sem chances de recuperação também não pode ser simplesmente ignorado.
*
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 2 - As causas do confronto ético 
com a distanásia
Para entendermos melhor todas as implicações, éticas, políticas, sociais, morais e religiosas envolvidas, precisamos considerar alguns aspectos básicos. A atuação médica está fundamentada em dois pilares:
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
A preservação da vida
O alívio do sofrimento
De modo geral, em condições normais, esses princípios se completam, no entanto, em determinadas situações específicas podem se tornar antagônicos, um deles precisará prevalecer sobre o outro.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Se, nesses casos, considerarmos que a preservação da vida é o valor maior podemos incorrer na chamada “distanásia”. A manutenção artificial da vida possui implicações que vão desde os aspectos psicológicos conflitivos de familiares até a discussão política da utilização de recursos de saúde em pacientes incuráveis.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
A questão ética a ser considerada é: A distanásia é mais ética do que a eutanásia? É válido estender a vida mesmo que a cura não seja possível e o sofrimento excessivamente penoso?
Naturalmente que, enquanto houver a mais remota possibilidade de reversão do quadro de morte inevitável deve-se sustentar a manutenção da vida, mas, em caso contrário, o que a ética determina é a priorização do segundo pilar: o alívio do sofrimento.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Poderíamos, então, considerar que aliviar o sofrimento, nesses casos compreendido como permitir ou antecipar a morte, no entanto, recai em uma outra grave questão: Quando desistir da vida? 
O americano Terry Wallis, após um acidente de carro, ficou 20 anos em estado de coma e retornou à consciência, voltando a falar e a recuperar movimentos do corpo. Certamente não é o tempo o padrão capaz de determinar esta resposta.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Princípios da Bioética, como a beneficência, a não maleficência, a autonomia e a justiça, seguem uma sequência determinada por condições de saúde e tratamento. Ou seja, em uma condição de tratamento normal e possibilidade de recuperação plena, evidentemente, o princípio prioritário é o beneficência e o tratamento, mesmo que implique em algum sofrimento, objetiva a preservação da vida.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Em condições, no entanto, em que a cura não é mais uma possibilidade, os objetivos precisam estar direcionados para a não maleficência, isto é, não causar dano ou dor desnecessários e sem justificativa.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	Assim, a autonomia em recusar tratamentos, por exemplo, também precisa ser avaliada dentro desta perspectiva hierarquizada das condições de recuperação. Da mesma forma, o princípio da Justiça, na medida em que a utilização de recursos de saúde, como sabemos muitas vezes escassos e caros, em pacientes sem chances de recuperação por um longo período, implica aspectos sociais e econômicos que, apesar de delicados, também precisam ser considerados.
 *
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 3 - Os diferentes motivos, intenções e efeitos da eutanásia
Tipos de eutanásia:
A eutanásia pode ocorrer de algumas formas distintas e, para cada uma destas formas, considera-se uma tipologia com características específicas.
“Eutanásia ativa”, onde é produzida uma ação que objetiva provocar deliberadamente a morte sem sofrimento. Com uma injeção letal, por exemplo.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Apenas três países no mundo (Uruguai, Holanda e Bélgica), atualmente admitem a prática legal da eutanásia ativa. Naturalmente que sem a anuência da Igreja.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
“Eutanásia passiva” ou “ortotanásia”, se caracteriza pela interrupção de uma terapêutica que atuava na sustentação artificial da vida. A principal distinção entre com a eutanásia ativa é que nessa é cometida uma ação (injeção letal, por exemplo), enquanto que na eutanásia passiva há uma omissão como a não instalação de um procedimento terapêutico ou seu encerramento.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	A eutanásia passiva e a de duplo efeito, têm recebido maior condescendência tanto pela maioria das sociedades médicas quanto por correntes religiosas em função do princípio de “morte com dignidade”.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	“Eutanásia de duplo efeito” é quando a morte é promovida indiretamente pelas ações médicas executadas com o objetivo de aliviar o sofrimento de um paciente terminal, como, por exemplo, a morfina que administrada para a dor pode provocar depressão respiratória e morte. 
	Nestes casos, o objetivo da ação médica não é promover o óbito, mas assume-se seu risco em prol da amenização do sofrimento.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	Outro tipo de classificação da eutanásia, diz respeito ao consentimento ou não do paciente ou de seus responsáveis
legais para o ato. Este tipo de classificação está diretamente associado à questão do estabelecimento de responsabilidades sobre o ato. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Chama-se eutanásia voluntária, quando a morte provocada ocorre em atendimento a uma vontade explícita do paciente. A eutanásia voluntária é muito assemelhada ao conceito chamado de “suicídio assistido”. A distinção está no fato de que na eutanásia a ação é sempre realizada por outra pessoa, enquanto que no suicídio assistido a própria pessoa (mesmo que com auxílio de terceiros) executa a ação que a leva ao óbito.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Chama-se eutanásia involuntária, quando é provocada sem o consentimento do paciente quando este se encontra consciente e em condições de escolher e eutanásia não voluntária, quando é provocada sem que o paciente tenha manifestado seu desejo pelo fato de se encontrar sem condições de se expressar, normalmente em condições de coma ou no caso de recém-nascidos.
*
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assunto 4 – A posição do CFM e da Associação 
Médica Mundial. 
Legislação 
Do ponto de vista legal, é importante frisar que no Brasil, o Conselho Federal de Medicina através do Código de Ética Médica (2009) em seu Artigo 41 explicita de modo claro a proibição de:
“Abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal.”
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Parágrafo único. Nos casos de doença incurável e terminal, deve o médico oferecer todos os cuidados paliativos disponíveis sem empreender ações diagnósticas ou terapêuticas inúteis ou obstinadas, levando sempre em consideração a vontade expressa do paciente ou, na sua impossibilidade, a de seu representante legal.
OBS: Entende-se por ações terapêuticas obstinadas a prática da distanásia.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
O CFM já havia, em 2006, aprovado a Resolução 1.805 que regulamentava e autorizava aos médicos a prática da ortotanásia (interrupção de terapêuticas que já não surtem mais efeitos em pacientes terminais) como forma de desestimular a distanásia (sustentação artificial da vida por tratamentos desproporcionais à condição de recuperação). 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
A Justiça Federal, no entanto, entendeu que o Conselho de Medicina não teria autoridade para legislar em relação a esta questão e apenas em 2009 o Senado Federal aprovou o Projeto de Lei 6.715 que exclui a ilicitude da ortotanásia do Código Penal desde que o médico possua o consentimento explícito do paciente ou de seu representante legal. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	No final de 2010, a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou um substitutivo ao Projeto de Lei original incluindo a necessidade de avaliação do caso por junta médica.
Resolução 1.995/2012, do CFM, dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes
“dispõe sobre as diretivas antecipadas de vontade dos pacientes” (ortotanásia). 
 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
De acordo com a Resolução do CFM, o paciente poderá definir diretivas antecipadas de vontade como o conjunto de desejos, prévia e expressamente manifestados, sobre cuidados e tratamentos que quer, ou não, receber no momento em que estiver incapacitado de expressar, livre e autonomamente, sua vontade.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Essas diretivas antecipadas do paciente prevalecerão sobre qualquer outro parecer não médico, inclusive sobre os desejos dos familiares. A diferença entre esse procedimento e a “eutanásia” é que na ortotanásia não há uma “ajuda” para a morte do paciente, apenas não é oferecido um possível recurso ou tratamento expressamente recusado pelo paciente.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Esta postura em relação à eutanásia e à ortotanásia também é a posição assumida pela Associação Médica Mundial. Em uma declaração publicada na 39ª Assembleia Médica Mundial em 1987 na Espanha (Declaração de Madri) e posteriormente reafirmada em 2005, na 107ª Seção do Conselho da Associação Médica Mundial na França, esta afirma que:
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
“Eutanásia, que é o ato de deliberadamente terminar com a vida de um paciente, mesmo com a solicitação do próprio paciente ou de seus familiares próximos, é eticamente inadequada. Isto não impede o médico de respeitar o desejo do paciente em permitir o curso natural do processo de morte na fase terminal de uma doença”.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Assim, sustenta-se a posição de que a eutanásia ativa é um ato que contraria os princípios éticos e deturpa a principal função médica de preservar a vida. 
A aceitação desta como uma postura médica implicaria autorização legal para matar o que dificilmente será aceito pela comunidade médica mundial, dentre outras razões, pelo fato de alterar os objetivos dos profissionais de saúde e comprometer, severamente, as relações de confiança entre os médicos e seus pacientes. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
	No entanto, garante a legitimidade da suspensão de terapêuticas quando estas se mostrarem inúteis e estiverem apenas prolongando o sofrimento (ortotanásia).
*
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
A Revista Veja de 10/09/12 traz uma matéria sobre a Resolução do 1.995/2012 do CRM, intitulada:
	“Eu decido o meu fim”
Veremos agora trechos da matéria.
	 A matéria começa da seguinte forma:
	"Eu, Ana Claudia Arantes, diante de uma situação de doença grave em progressão e fora de possibilidade de reversão, apresento minhas diretrizes antecipadas de cuidados à vida. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Se chegar a padecer de alguma enfermidade manifestamente incurável, que me cause sofrimento ou me torne incapaz para uma vida racional e autônoma, faço constar; com base no princípio da dignidade da pessoa humana e da autonomia da vontade, que aceito a termina/idade da vida e repudio qualquer intervenção extraordinária, inútil ou fútil.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Ou seja, qualquer ação médica pela qual os benefícios sejam nulos ou demasiadamente pequenos e não superem os seus potenciais malefícios. As diretrizes incluem os seguintes cuidados: admito ir para a UTI somente se tiver alguma chance de sair em menos de uma semana; não aceito que me alimentem à força. Se não puder demonstrar vontade de comer, recuso qualquer procedimento de suporte à alimentação; não quero ser reanimada no caso de parada respiratória ou cardíaca".
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Essas palavras, incômodas em sua crueza, constituem um trecho do testamento vital de uma mulher de 44 anos, cheia de entusiasmo e plenamente saudável. Ana Claudia. porém, tem uma convivência íntima e diária com a morte. Médica geriatra. ela se dedica a uma das áreas da medicina que mais se aproximam da hora do último suspiro, a dos cuidados paliativos, prática que pretende aplacar o sofrimento causado pelos sintomas e pelas sequelas de uma doença na iminência do momento final. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
O testamento vital é um documento, evidentemente pessoal e intransferível, cujo objetivo é fazer valer as escolhas individuais relativas aos tratamentos médicos em um quadro terminal. No Brasil, nos últimos anos. alguns raros acordos semelhantes já vinham sendo firmados entre médicos e pacientes - ou então por meio de posturas corajosas e fora
da curva como a da geriatra Ana Claudia. O panorama, no entanto, deverá mudar. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Em uma decisão histórica, o Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de promulgar uma determinação destinada a consagrar a autonomia do paciente sobre seu destino. "A resolução muda drasticamente a conduta do médico brasileiro", diz Roberto Luiz D"Avila, presidente do CFM.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Ao dar ao paciente o poder de escolha sobre como deseja ser tratado no limite da morte, o CFM alterou a determinação publicada na edição mais recente do Código de Ética Médica brasileiro, de 2009 - a de recorrer à opinião da família ou do representante legal ante a impossibilidade de levar em conta a vontade expressa do paciente. Como a resolução tem força de lei entre os médicos, o profissional que não a respeitar pode ser punido até mesmo com a perda do registro.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Idealizado no fim dos anos 60 pelo advogado americano Luis Kutner (1908-1993). influente ativista dos direitos humanos e um dos fundadores da Anistia Internacional, o testamento vital (ou living will, em inglês) virou lei em 1990, motivada pelo caso da americana Nancy Cruzan. Em 1983, aos 25 anos, vítima de um acidente de carro.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Nancy entrou em estado de coma vegetativo. Apenas sete anos depois da tragédia, graças à luta dos pais da jovem para dar à filha uma morte digna, a Suprema Corte autorizou a retirada da sonda de alimentação que mantinha Nancy viva. A ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy recorreu ao testamento vital.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Jacqueline preparou um documento três meses antes do falecimento, em maio de 1994. decidida a morrer em casa. Pouquíssimo tempo depois, a equipe médica avisou que o tumor havia atingido o cérebro e o fígado. Seu desejo foi atendido. Ao anunciar a morte de Jacqueline, seu filho John Kennedy Jr. disse: "Minha mãe morreu rodeada por amigos, familiares, livros e todas as coisas e pessoas que ela amava. Ela fez isso da sua própria maneira, seguindo as próprias vontades, e nós nos sentimos com sorte por isso".
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
O testamento vital só pode ser usado em quadros terminais. O conceito de terminalidade é claro e irrefutável na medicina. É a condição em que a pessoa sofre de um problema grave e incurável e que não responde mais a tratamentos capazes de modificar o curso da doença. É o caso do portador de uma demência e de um câncer em fases avançadas, por exemplo. Não é o caso do jovem de 20 anos que sofre um acidente grave e pede para não ser reanimado.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
O testamento vital nos impele a pensar sobre a finitude, algo que evitamos com avidez. Mas ninguém está preparado para morrer. Para muitos, a noção do fim definitivo é aterradora e um documento como o testamento vital causa natural desconforto. Nos EUA, somente 40% dos americanos optaram por deixar registrado como pretendem ser tratados no fim da vida.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Nos últimos dois anos, a médica Ana Claudia Arantes propôs o testamento a 100 pacientes. Apenas dez concordaram em fazê-lo. A maioria justificou a recusa em elaborar o documento da seguinte forma: "Ainda é cedo para pensar nisso". A idade média dos consultados pela geriatra era de 65 anos.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Fruto das conquistas da medicina ocorridas nas últimas décadas, o testamento vital serve de proteção para as situações, comuns e quase inescapáveis, nas quais os avanços científicos embaralham os limites da vida tomada insuportável pela doença (e mantida por meio de tubos, fios e sondas) com a possibilidade de uma morte digna.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
"Morrer bem significa escapar vivo do risco de morrer doente", escreveu o filósofo Sêneca (4 a.C. - 65), intelectual do Império Romano, cujas ideias ecoaram ao longo dos séculos, e ultrapassaram todas as fronteiras das novas tecnologias em hospitais.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
A possibilidade de adiamento do fim produziu ricos confrontos com posturas que tinham brotado há milênios, embebidas de ética cristã. Na década de 50, o papa Pio XII deixou claro: ninguém é obrigado a receber tratamentos extraordinários para manter a vida em caso de terminalidade.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
De lá para cá, o embate entre morrer e segurar o desfecho numa UTI, pela real capacidade da medicina de manter a vida ganhou novos e delicados contornos. Nada tem a ver, ressalte-se, com a eutanásia, a prática de apressar o fim de quem quer morrer. O testamento vital é o direito de decidir como viver quando chegar a morte.
Leia a matéria na íntegra em: www.veja.com/acervodigital/
*
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
Assunto 1 – Conceitos e definição de eutanásia.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
Assunto 2 – As causas do confronto ético com a distanásia.
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
Assunto 3 – Os diferentes motivos, intenções e efeitos da eutanásia. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
RESUMINDO
Assunto 4 – A posição do CFM e da Associação Médica Mundial. 
Tema da Apresentação
ÉTICA E EUTANÁSIA– AULA 6
ÉTICA NA SAÚDE
Explorando o tema
Para saber mais sobre o assunto, acesso o link:
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/noticias/0,,OI5700268-EI8399,00-Em+algum+pais+a+eutanasia+e+permitida+por+lei+Veja+casos.html
E saiba mais sobre a eutanásia
Até a aula 7! Bons estudos!!!
Tema da Apresentação

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais