Legislação Tributária - COMPETENCIA TRIBUTARIA

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Legislação Tributária
Prof. Alexandre Furtado
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Competência Tributária
Conceito: Poder Constitucionalmente atribuído de editar leis que instituam tributos.
Características:
	- Irrenunciabilidade: A competência impositiva é irrenunciável, ou seja, o Ente competente para tributar não pode abrir mão de tal atributo.
	- Facultatividade: O Ente exerce esse poder caso seja viável;
	- Indelegável: Não é possível que um Ente entregue a sua competência para instituir tributos ao outro Ente;
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Repartição da Competência Tributária
Competência Privativa:
	- União:
	1 - Imposto de Produtos Estrangeiros (II);
	2 – Imposto de Exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados (IE);
	3 – Imposto de Renda e Proventos de qualquer natureza (IR);
	4 – Imposto sobre operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários (IOF);
	5 – Imposto sobre a propriedade territorial rual (ITR);
	6 – Imposto sobre grandes fortunas, nos termos de Lei Complementar (IGF);
7 – Impostos Residuais
8 – Imposto Extraordinário de Guerra
9 – Empréstimos Compulsórios
10 – Contribuições Especiais
	
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Repartição da Competência Tributária
Competência Privativa
	- Estados
	1 – Imposto de Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos (ITDCM);
	2 – Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior (ICMS);
	3 – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores (IPVA);
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Repartição da Competência Tributária
Competência Privativa
	- Municípios
	1 – Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana (IPTU);
	2 – Imposto de transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
	3 – Imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar;
4 – Contribuição de Iluminação Pública (COSIP);
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Capacidade Tributária
Conceito: Capacidade tributária ativa é a possibilidade de arrecadação e fiscalização em matéria tributária, atribuída aos Entes Políticos.
Característica:
	- Delegabilidade: É possível transferir para outro Ente a capacidade tributária ativa. Exemplo: ITR
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Crédito Tributário
Conceito: É a obrigação tributária tornada líquida (com valores definidos) e certa (com indicação precisa do sujeito passível) pela Administração Tributária mediante o Lançamento, como forma de conferir exigibilidade à obrigação (torna-la exigível).
Lançamento: É o procedimento Administrativo tendente a verificar a ocorrência do fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo o caso, propor a aplicação da penalidade cabível.
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Lançamento
Competência para Lançar: Cada Ente Político irá determinar, dento de sua esfera, qual agente público será o responsável por essa atividade (Auditores Fiscais, Fiscais de Renda, entre outros).
Atividade Vinculada: O lançamento é obrigatório, sob pena de responsabilidade funcional do agente, não podendo este optar entre lançar ou não. O tributo é uma receita e, consequentemente, bem público, não podendo o Agente dispor desse bem por vontade própria.
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Lançamento
Legislação Aplicável ao Lançamento:
	- Aplica-se a lei vigente no momento da ocorrência do fato gerador quando se tratar de tributo;
	- Aplica-se a lei mais favorável ao infrator, dentre aquelas existentes entre a ocorrência do fato gerador e o lançamento quando se tratar de penalidade (multa);
- Aplica-se, para o lançamento, a lei que trouxer maiores condições de fiscalização, mesmo que isso se relacione com fato gerador passado;
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Modalidades de Lançamento
Lançamento de Ofício ou Direto: A autoridade administrativa, sem qualquer colaboração do devedor, procede o lançamento do tributo, se utilizando dos dados que dispõe a respeito do sujeito passivo.
	Exemplo: IPVA, IPTU
Casos de Lançamento de Ofício:
	- Quando a lei determinar;
	- Quando o sujeito passivo não prestar declaração que deveria ter feito;
	- Quando o sujeito passivo preste a declaração, porém, não atenda pedido de esclarecimento;
	- Quando houver falsidade, erro ou omissão na declaração;
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Modalidades de Lançamento
Lançamento por Declaração ou Misto: É realizado com base na declaração do sujeito passivo ou terceiro, prestada à Autoridade Administrativa, sobre matéria indispensável à sua efetivação.
	Exemplo: ITBI
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Modalidades de Lançamento
Lançamento por Homologação ou “autolançamento”: Trata-se de modalidade de lançamento no qual há uma antecipação do pagamento, pelo sujeito passivo, sem prévio exame da Autoridade Administrativa que, após a análise do que foi pago e o que foi declarado, homologa ou não aquele valor.
	Exemplo: IR, ICMS
	- Homologação: 
Expressa: com manifestação da Administração Pública.
Tácita: Ultrapassado o prazo de 5 anos para se manifestar.
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Modalidades de Lançamento
Lançamento por Arbitramento: Não é uma modalidade autônoma, e sim uma técnica para se definir a base de cálculo, para que se proceda a um lançamento de ofício, quando a declaração prestada pelo sujeito passivo não mereça fé.
	- Administração Pública determinará o valor do tributo com base numa prudente e razoável suposição, seja mediante pautas fiscais, valor de mercado, últimos balanços, entre outros.
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Prazo para o Lançamento
Regra Geral: A Autoridade terá 5 anos para lançar/notificar o sujeito passivo, contados:
	- 1º dia do Exercício seguinte à ocorrência do Fato Gerador
Exceção: Lançamento por homologação:
	- Se Declara e não paga: Já se considera lançado pela declaração (confissão de débito);
	- Se Declara e paga a menor: Data do fato gerador;
	- Se Não Paga e Não Declara: Segue a regra geral;