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Legislação Tributária - GARANTIAS E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO

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Legislação Tributária
Prof. Alexandre Furtado
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Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
Garantias: São as regras que asseguram direitos e facilitam a entrada do Estado no patrimônio do particular.
Privilégios: são regras que põem o crédito numa posição de vantagem em relação aos demais.
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Garantias
Todo Patrimônio e Rendas de determinada pessoa respondem por suas obrigações tributárias.
	Exceção:
Art. 833.  São impenhoráveis:
II - os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns correspondentes a um médio padrão de vida;
III - os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de elevado valor;
IV - os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2o;
V - os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;
VI - o seguro de vida; 
VIII - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família; 
X - a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários-mínimos;
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Garantias
Presunção de Fraude:
Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida inscrita.
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Privilégios
Regra Geral: O crédito tributário prefere (ou seja, tem prevalência) sobre qualquer outro crédito que o sujeito passivo tenha com terceiros.
	Exceção:
	Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou o tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho.
 Parágrafo único. Na falência: (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
 I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importâncias passíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantia real, no limite do valor do bem gravado; (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
 II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditos decorrentes da legislação do trabalho; e (Incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
 III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.
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Privilégios
Preferências entre os Entes Públicos:
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
 I - União;
 II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
 III - Municípios, conjuntamente e pró rata.
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Administração Tributária
Conceito: São as atividades desenvolvidas pelo Fisco, na intenção de garantir o cumprimento das normas tributárias pelos sujeitos passivos.
Divisão: Fiscalização/Dívida Ativa/Certidões
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Administração Tributária
Fiscalização: É a atividade Estatal que tem por finalidade estimular o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias por intermédio da identificação e punição daqueles que não cumprem.
	- A Administração Tributária pode entrar na intimidade econômica dos particulares, mediante identificação dos respectivos patrimônios, rendimentos e atividades econômicas;
	- O Sujeito passivo deve mantes os livros e documentos obrigatórios que comprovem os fatos escriturados durante 5 anos, até que ocorra a prescrição;
	- A fiscalização deve ser limitar ao esclarecimento da matéria que gerou seu desenvolvimento, sendo vedado à autoridade fiscal desviar a finalidade;
	- A autoridade Fiscal pode requisitar de determinadas pessoas todas as informações de que disponham com relação a bens, negócios ou atividades de terceiros, sendo elas:
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Administração Tributária
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros:
 I - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício;
 II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demais instituições financeiras;
 III - as empresas de administração de bens;
 IV - os corretores, leiloeiros e despachantes oficiais;
 V - os inventariantes;
 VI - os síndicos, comissários e liquidatários;
 VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razão de seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
 Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
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Administração Tributária
	- Essa lista pode ser ampliada por lei específica do Ente Público;
	- É possível requisitar a força policial para se obter a informação, caso a autoridade tributária seja vítima de embaraço ou desacato no exercício de sua função;
	- Todo procedimento administrativo deve ter o seu início documentado, lavrando-se o termo já que há prazo para o término do procedimento;
	- Os Entes Públicos podem, mediante convênio, determinar a permuta de informações sobre os contribuintes;
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Administração Tributária
Dívida Ativa: É a atividade do Fisco que gera a executividade do crédito tributário, uma vez que o devedor é inscrito num cadastro onde estão todos aqueles que não pagam suas obrigações no prazo.
	Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessa natureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente, depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou por decisão final proferida em processo regular.
 
	Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridade competente, indicará obrigatoriamente:
 I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsáveis, bem como, sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros;
 II - a quantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos;
 III - a origem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da lei em que seja fundado;
 IV - a data em que foi inscrita;
 V - sendo caso, o número do processo administrativo de que se originar o crédito.
 Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, a indicação do livro e da folha da inscrição.
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Administração Tributária
Certidões Negativas
	Conceito: São elas o documento apto à comprovação de inexistência de débito tributário de determinado contribuinte, de determinado tributo ou relativo a determinado período.
Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quando exigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado, que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenha sido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada do requerimento na repartição.
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Administração Tributária
Certidões Positivas com Efeitos de Negativas
	Conceito: Elas documentam a regularidade do sujeito passivo
perante o fisco, apesar da existência de débitos ainda em aberto.
	- Gera os mesmos efeitos da certidão negativa;
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que conste a existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
	
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Administração Tributária
Certidões Positivas (Continuação)
	Situações que ensejam a emissão:
	- Créditos ainda não vencidos;
	- Os créditos estão em curso de cobrança executiva em que tenha sido efetuada a penhora;
- Os créditos estão com exigibilidade suspensa;
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Administração Tributária
Responsabilidade pela Emissão da Certidão: Haverá responsabilização funcional para o servidor que expedir certidão negativa com má fé.
	- Responsabilidade pessoal do agente;
	- Arcará com o crédito tributário e os juros de mora;
	- Além da falta funcional, poderá responder por crime;

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