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Sistema digestorio urinario e reprodutores

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Brasília-DF. 
SiStema DigeStório Urinário 
e reproDUtoreS
Elaboração
Igor Duarte de Almeida
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
SISTEMA DIGESTÓRIO ........................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO .......................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 2
BOCA .................................................................................................................................... 14
CAPÍTULO 3
SALIVA .................................................................................................................................. 20
CAPÍTULO 4
DENTES E LÍNGUA ................................................................................................................... 23
CAPÍTULO 5
FARINGE, LARINGE E ESÔFAGO ............................................................................................. 30
CAPÍTULO 6
ESTÔMAGO ........................................................................................................................... 35
CAPÍTULO 7
INTESTINO DELGADO ............................................................................................................. 38
CAPÍTULO 8
INTESTINO GROSSO ............................................................................................................... 41
CAPÍTULO 9
GLÂNDULAS ANEXAS .............................................................................................................. 44
UNIDADE II
SISTEMA URINÁRIO ............................................................................................................................... 57
CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO .......................................................................................................................... 57
UNIDADE III
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO ..................................................................................................... 76
CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO .......................................................................................................................... 76
UNIDADE IV
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO ........................................................................................................ 94
CAPÍTULO 1
FORMAÇÃO .......................................................................................................................... 94
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 109
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade dos 
conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos específicos 
da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém ao profissional 
que busca a formação continuada para vencer os desafios que a evolução científico-
tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam a tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta, para 
aprofundar os estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de 
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Praticando
Sugestão de atividades, no decorrer das leituras, com o objetivo didático de fortalecer 
o processo de aprendizagem do aluno.
7
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não 
há registro de menção).
Avaliação Final
Questionário com 10 questões objetivas, baseadas nos objetivos do curso, 
que visam verificar a aprendizagem do curso (há registro de menção). É a única 
atividade do curso que vale nota, ou seja, é a atividade que o aluno fará para saber 
se pode ou não receber a certificação.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
O sistema digestório caracteriza-se como um conjunto de órgãos responsáveis pela 
preensão, mastigação, deglutição, digestão, absorção e eliminação dos resíduos em 
forma de fezes. Esse sistema é fundamental para a manutenção da vida, pois é aqui 
que se retiram os nutrientes dos alimentos que irão promover as diversas reações 
químicas fundamentais para a o crescimento saudável do organismo. Nessa apostila, 
você encontrará informações importantes sobre a formação, funções e localização dos 
diversos órgãos que compõem o aparelho digestório (DUARTE 2009).
O sistema urinário é o conjunto de órgãos responsáveis pela filtragem do sangue e 
pela eliminação dos resíduos sob a forma de urina. Apesar de simples, esse sistema 
exerce importantes funções no equiíbrio dos fluídos do corpo sendo fundamental 
para a harmonia dos demais sistemas (DUARTE 2009). Nesse módulo estudaremos a 
formação macro/microscópica dos rins e a forma de excressão dos restos metabólicos 
sobre a forma de urina.
A reprodução humana começa com a liberação do gameta feminino pelos ovários. 
Esse cruza o aparelho reprodutorfeminino interno para se encontrar com os gametas 
masculinos após cópula entre o homem e a mulher em idade reprotiva. Os órgãos genitais, 
masculino e feminino têm a capacidade de realizar a reprodução humana. Portanto, a 
reprodução caracteriza-se pela capacidade do ser vivo gerar outro ser da mesma espécie 
com as mesmas características. Para a perpetuação da espécie é necessário o contato de 
um macho com uma fêmea por meio de seus órgãos reprodutores, masculino e feminino 
(DUARTE 2009).
As definições de Duarte (2009) referem-se aos sistemas abordados nessa etapa de nosso 
curso e a partir de então, o aluno será capaz de identificar as estruturas que compõem 
esses sistemas, sua localização, suas funções e até mesmo curiosidades que envolvem 
esses importantes sistemas do nosso corpo.
Quero que estudem com determinação e vontade sabendo que haverá dificuldades, mas 
a recompensa do conhecimento adquirido é algo que não se pode pagar. Lembrem-se 
da importante frase de Albert Einstein. 
“O único lugar em que o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário”.
Bom estudo!
Atenciosamente,
Igor Duarte de Almeida.
9
Objetivos
 » Promover a capacitação dos alunos a identificar os diversos órgãos 
que compõem o sistema digestório, urinário e reprodutores com suas 
respectivas formações, localizações e funcionamento.
 » Compreender as divisões, características e peculiaridades de cada órgão 
que compõem os sistemas digestório, urinário e reprodutor.
11
UNIDADE ISISTEMA 
DIGESTÓRIO
CAPÍTULO 1
Formação
Introdução
A palavra ‘digestivo’ foi, por muito tempo, empregada para se referir ao sistema cuja 
função é extrair os nutrientes dos alimentos a partir do fenômeno da digestão. Acontece 
que o significado da palavra digestivo é: o que facilita a digestão.
Na verdade esse sistema não facilita a digestão, e sim realiza a digestão. Por isso o termo 
digestivo foi substituído pelo termo digestório que significa: o que tem o poder de 
digerir.
Não é difícil encontrar uma ou outra pessoa se referindo ao sistema como digestivo, pois 
estudaram há algum tempo e não tiveram a informação da atualização da terminologia 
empregada. Para essas pessoas, devemos explicar com muita calma e serenidade tudo 
o que foi mencionado aqui para que estejam atuais no que diz respeito à terminologia 
anatômica.
O sistema (aparelho) digestório tem a grande função de retirar os nutrientes dos 
alimentos e enviá-los para a corrente sanguínea. Só que para acontecer isso, precisamos 
de algumas etapas que vocês verão em detalhes:
 » Preensão. 
 » Mastigação. 
 » Deglutição. 
 » Digestão. 
 » Absorção. 
 » Eliminação. 
12
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Preensão
A palavra preensão significa: ato de segurar ou agarrar. No sistema digestório refere-se 
ao pedaço do alimento que está na boca depois de uma mordida. Para que isso ocorra é 
fundamental que alguns órgãos estejam muito firmes e saudáveis, os dentes.
Os dentes anteriores (incisivos) são os responsáveis pela preensão.
O termo incisivo empregado a esses dentes significa: o que corta.
Esses dentes são responsáveis por cortar o alimento para que parte dele fique no interior 
da boca no que consiste o fenômeno da preensão. Os dentes incisivos serão estudados 
em conjunto nos próximos capítulos.
Figura 1
Fonte: evenaline.blogspot.com.br
Mastigação
A palavra deriva do verbo mastigar que significa triturar com os dentes. Após o 
alimento estar no interior da boca, inicia-se a trituração mecânica, a qual é feita pelos 
dentes pré-molares e molares como um pilão (Figura 2). A língua tem importante papel 
na mastigação movendo o alimento no interior da boca. Assim o alimento pode ser 
triturado (mastigado) igualmente em todas as partes.
Figura 2
Fonte: gamedesira.com
13
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Deglutição
O verbo deglutir tem o seguinte significado no dicionário de língua portuguesa: ato de 
engolir.
Quando o bolo alimentar passa da boca para o esôfago. Esse fenômeno será discutido 
com mais detalhes nos próximos capítulos.
Digestão
Entende-se por digestão a dissolução do alimento no interior do aparelho digestório 
por meio mecânico (mastigação) ou químico, como ocorre no estômago. Os dois modos 
têm o mesmo fim, transformar uma parte grande em inúmeras partes pequenas. Isso 
facilitará a próxima etapa do processo que é a absorção.
Figura 3
Fonte: próprio autor
Absorção
No aparelho digestório, a absorção refere-se às partículas digeridas do alimento, que foi 
captado pelo intestino, e lançada na corrente sanguínea. 
Eliminação
Após todo o percurso no aparelho digestório, o restante é armazenado no reto para ser 
eliminado no ato da evacuação.
14
CAPÍTULO 2
Boca
Introdução
Ou cavidade oral. O termo boca vem do latim Bucca que por sua vez veio do hebreu 
Bukkah que tinha o sentido de vazio ou oco. A boca é a primeira porção do canal alimentar 
comunicando-se anteriormente com o meio externo por meio da rima bucal (lábios), 
posteriormente com a orofaringe através de uma região estreita denominada istmo das 
fauces, lateralmente pelas bochechas, superiormente pelo palato e inferiormente pelo 
assoalho da boca (DÂNGELO, FATTINI 2000).
A boca é dividida em:
 » Vestíbulo da boca. 
 » Cavidade bucal (oral). 
Vestíbulo da boca
Segundo Dângelo, Fattini (2000), o vestíbulo da boca corresponde à área entre os 
lábios/bochechas e toda a extensão das gengivas.
Figura 4
Fonte: próprio autor
Os números 1 e 2 correspondem ao vestíbulo da boca.
O número 3 corresponde ao frênulo do lábio superior.
A cavidade bucal (oral) corresponde a todo restante.
15
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Lábios
Correspondem ao limite anterior da boca em comunicação com o meio externo. O 
termo lábio deriva do termo latim labrum que provavelmente referia-se à borda larga e 
proeminente dos vasos utilizados em banhos públicos.
O termo rima bucal também refere-se aos lábios. Esse termo aplica-se ao intervalo 
entre margens opostas assim como nos lábios e pálpebras.
É sabido pelos profissionais da saúde que o tecido que reveste o organismo internamente 
é a mucosa. Parte dessa mucosa tem contato com o meio externo, é o caso da mucosa 
externa dos lábios. Se prestar atenção verá que os lábios não apresentam a mesma 
textura ou cor da pele.
Figura 5
Adaptado de: clker.com
1- Lábio superior. 
2- Lábio inferior. 
3- Ângulo da boca. 
Istmo das fauces
O termo istmo vem do grego e significa passagem estreita.
O termo fauces vem do latim e significa passagem estreita. A palavra no singular foi 
atribuída à passagem da boca para a faringe. Trata-se de uma estreita abertura por 
onde a boca se comunica (posteriormente) com a orofaringe. É a transição entre a boca 
e a garganta.
Nessa região destacamos os arcos:
 » Palatoglosso. 
 » Palatofaríngeo. 
16
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
O arco palatoglosso é formado por um estreito músculo recoberto por mucosa.
 » Músculo palatoglosso:
O1 - Aponeurose palatina. 
I2 - Lado da língua. 
A3 - Eleva a parte posterior da língua e abaixa o palato mole. 
N4 - NN. X (vago) e XI (acessório).
O arco palatofaríngeo é formado por um estreito músculo recoberto por mucosa.
 » Músculo palatofaríngeo:
O- Palato duro e aponeurose palatina. 
I- Parte lateral da faringe. 
A- Estende o palato mole e puxa as paredes da faringe durante a deglutição.
N- NN. X (vago) e XI (acessório).
Figura 6
Fonte: próprio autor
1- Úvula palatina. 
2- Arco palatoglosso. 
3- Arco palatofaríngeo. 
4- Istmo das fauces. 
1 O= origem
2 I= inserção
3 A= ação
4 N= nervação
17
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
O termo úvula vem do latim e é o diminutivo da fruta uva (uvinha). A úvula palatina 
possuinomes populares como sininho ou campainha e suas funções estão relacionadas 
com a fonação e serve de sinalizador durante a deglutição. Se tentar engolir um alimento 
grande, esse pode se prender na laringofaringe e obstruir as vias aéreas levando a 
pessoa à morte. Como não se pode correr esse risco, o organismo desenvolveu sensores 
na úvula que enviam sinais ao Sistema Nervoso Autônomo, o qual responde golfando 
(expelindo) o alimento, como mecanismo de defesa.
Entre os arcos palatoglosso e palatofaríngeo, estão as tonsilas palatinas (amígdalas). A 
palavra tonsila provavelmente vem do latim Tondare que significa raspar, referindo 
à deglutição com as tonsilas inflamadas. Fazem parte do sistema imunológico atuando 
como porteiros avisando quando algo suspeito entra.
Bochechas
O termo bochecha deriva do termo italiano boccia que significa bola. Acredita-se que 
pela forma que adquire quando a boca está cheia.
As bochechas correspondem aos limites laterais da boca. Cada bochecha é formada por 
1 músculo bucinador.
Músculo bucinador. 
O- Mandíbula e Maxila. 
I- Ângulo da boca. 
A- Comprime as bochechas (assopra). 
N- N. Facial. 
Figura 7
Fonte: Sayadi (2014)
18
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Palato
Anatomistas gregos o referiam como diaphargma oris (diafragma oral). Sua origem 
etimológica é incerta, mas pode estar relacionada com a palavra latina palatium 
(palácio). É conhecido popularmente por céu da boca. Divide-se em duas partes:
 » Palato duro. 
 » Palato mole. 
Palato duro é formado pelos dois ossos maxilares articulados pela sutura palatina 
mediana, além dos dois ossos palatinos articulados com os maxilares pela sutura 
palatina transversa. Tudo isso está revestido por túnica mucosa.
Figura 8
Adaptado de: Duarte (2009). 
1- Ossos maxilares. 
2- Ossos palatinos. 
3- Sutura palatina mediana. 
4- Sutura palatina transversa. 
O palato mole é o 1/3 posterior do palato sem esqueleto ósseo. Serve de esqueleto para 
o palato mole a aponeurose palatina. O palato mole segue posteroinferiormente com 
margem curva e livre para formar a úvula palatina.
Durante a deglutição, o palato mole se estende para limitar à faringe impedindo o 
contato do bolo alimentar com a parte nasal da faringe (nasofaringe). Assim o bolo 
alimentar não pode ir para o nariz, apenas para o esôfago.
19
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 9
Fonte: próprio autor. 
1- Palato mole abaixado. 
2- Palato mole elevado. 
Assoalho da boca
No dicionário de língua portuguesa, assoalho significa piso, onde se pisa. Na boca 
refere-se à extremidade inferior da boca. O assoalho da boca é formado pelos músculos 
miloioideos unidos medialmente por uma rafe fibrosa denominada rafe miloioidea.
Músculo. Miloioideo. 
O- Face interna da mandíbula. 
I- Corpo do osso hioide. 
A- Elevação do osso hioide. 
N- N. Trigêmio. 
Figura 10
Fonte: <www.ict.unesp.br>
20
CAPÍTULO 3
Saliva 
Composição
A palavra saliva é latina e significa suco da boca.
Guyton (2011) diz que a produção média de saliva é de 1L. É constituída por ptialina 
(enzima digestiva) e mucina (lubrificação e proteção das superfícies). A saliva é 
produzida pelas glândulas salivares que são divididas em:
 » Glândulas salivares Maiores.
 » Glândulas salivares Menores. 
Glândulas salivares maiores
São glândulas exócrinas (liberam seu produto no meio externo) que produzem a saliva 
e a liberam no interior da boca por meio de ductos. Essas glândulas são divididas em 
três pares.
 » Glândula Parótida.
 » Glândula Sublingual.
 » Glândula submandibular.
Glândula parótida
É a maior de todas as glândulas salivares e a que mais produz saliva. Localiza-se entre o 
ramo da mandíbula e o processo estiloide do osso temporal. Libera a saliva no interior 
da boca pelo ducto parotídeo atravessando o músculo Bucinador.
21
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 11
Sobotta (2006)
1- Glândula parótida.
2- Ducto parotídeo (glândula parótida acessória). 
Glândulas sublingual e submandibular
1- Glândula submandibular: Localizada no assoalho da boca. Libera a saliva pelo 
ducto submandibular.
2- Glândula sublingual: Tem um canal (ducto sublingual maior) que se junta com 
o ducto submandibular e vários canais que se abrem no assoalho da boca (ductos 
sublinguais menores).
Figura 12
Fonte: próprio autor. 
22
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Glândulas salivares menores
São realmente pequenas, localizam-se no interior da boca. Não possuem ductos, 
liberando a saliva diretamente na boca.
As glândulas salivares menores são divididas em:
 » Glândulas jugais: Localizadas nas bochechas.
 » Glândulas palatinas: Localizadas no céu da boca.
 » Glândulas linguais: Localizadas na língua.
23
CAPÍTULO 4
Dentes e língua
Dentes
Órgãos rijos, esbranquiçados que são fixados aos alvéolos dentários de maxila e 
mandíbula. São importantes no processo de preensão e mastigação dos alimentos.
Os dentes são compostos por dentina e superficialmente, envolvido por esmalte. 
Apresenta uma raiz (onde articula-se com o osso), colo e a coroa (parte mais externa do 
dente).
Figura 11
Fonte: Sobotta (2006)
No homem há duas dentições:
A primeira é denominada dentição primária ou decídua (de leite). Nessa dentição 
encontramos 20 dentes que começam a aparecer por volta dos 6 meses de vida.
Figura 12
Próprio autor
24
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Dentes permanentes
A segunda dentição denominada dentição permanente apresenta 32 dentes. Esses 
dentes substituem os dentes decíduos e a troca começa a partir dos 6 ou 7 anos de idade.
Considerando apenas a arcada superior encontramos:
 » 4 dentes incisivos. 
 » 2 caninos. 
 » 4 pré-molares. 
 » 6 molares. 
Dentes incisivos
São os dentes anteriores responsáveis pela preensão dos alimentos.
O termo incisivo empregado a esses dentes significa: o que corta.
Esses dentes são responsáveis por cortar o alimento para que parte dele fique no interior 
da boca, o que consiste o fenômeno da preensão. Considerando apenas uma arcada 
dentária encontramos 2 incisivos anteriores e 2 incisivos laterais.
Perceba que a posição dos dentes incisivos da arcada superior encontra-se pouco à 
frente dos dentes da arcada inferior. Essa posição permite que os dentes incisivos das 2 
arcadas atuem como uma tesoura, cortando os alimentos.
Dentes caninos
São os dentes pontiagudos localizados logo atrás dos incisivos. Diz-se da função de 
perfurar a carne tornando-a mais macia e fácil de triturar. Função semelhante dos 
martelos de carnes utilizados nas cozinhas.
Figura 13
Fonte: <www.pepper.com.br>
25
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Pré-molares e molares
O termo molar vem do latim mó, o qual significa pedra de moinho utilizada para moer 
grãos, exatamente como a função dos dentes molares.
Outros dentes também têm a função de triturar alimentos, são os pré-molares.
Esses dentes juntos formam uma sequência de 10 dentes em cada arcada. Somados, 
tem-se 20 dentes especializados em triturar (moer) os alimentos.
Figura 14
Fonte: Próprio autor
No total, somam 16 dentes na arcada superior e 16 dentes na arcada inferior.
OBS: Chamamos a atenção para 4 dentes que normalmente nascem entre os 17 e 25 anos 
e são chamados de dentes do juízo, muito provavelmente pelo momento de transição 
da adolescência para a fase adulta, o que requer mudanças de comportamento. São 
chamados também por dentes do siso palavra que deriva do latim sensos e que tem o 
mesmo sentido de juízo ou bom senso. São os terceiros molares. Esses dentes estão em 
involução e acredita-se que num futuro próximo nasceremos sem eles. Se você não os 
tem, não se assuste.
Os primeiros humanos não tinham habilidades de higienebucal e seus dentes estragavam 
e logo caiam, quando não os perdiam nas lutas. Como meio de sobrevida, desenvolvia-
se 4 dentes no período acima mencionado e o homem conseguia alimentar-se após ter 
perdidos seus dentes permanentes.
Atualmente, vê-se muito problema em torno desses dentes, pois as técnicas de 
higiene bucal associadas aos avanços da odontologia atuais fazem com que os dentes 
permanentes durem por muitos anos. Então os dentes do siso não têm mais espaço para 
26
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
nascer. Quando nascem provocam alterações de alinhamento dos dentes presentes. 
Nesse caso sua extração é indicada.
Figura 15
Fonte: colgateprofissional.com.br
Língua
A língua é um órgão móvel que pode assumir uma variedade de formas e tamanho. 
Parte da língua está contida na boca e parte está contida na faringe.
Moore, Daley (2008) afirmam que a língua é o principal órgão do sentido do paladar e 
tem importância na fonação (fala), além de auxiliar na mastigação, deglutição e limpeza 
da boca (lábios).
A língua é dividida em:
 » Raiz. 
 » Dorso. 
 » Ápice. 
Figura 16
Fonte: en.magyar-fogorvos-londonban.co.uk
27
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
A língua é fixada no osso hioide, mandíbula e aponeurose palatina por 4 músculos 
extrínsecos que se originam fora dela.
 » Músculo estiloglosso. 
 » Músculo hioglosso. 
 » Músculo genioglosso. 
 » Músculo palatoglosso. 
Figura 17
Fonte: studyblue.com
1- Músculo estiloglosso. 
O- Processo estiloide do osso temporal. 
I- Lado e face inferior da língua. 
A- Retrai e puxa a língua para cima. 
N- N. Hipoglosso Xll. 
2- Músculo hioglosso. 
O- Osso hioide. 
I- Lado e face inferior da língua. 
A- Abaixa e retrai a língua. 
N- N. Hipoglosso. 
3- Músculo genioglosso. 
O- Mandíbula. 
I- Dorso da língua e corpo do osso hioide. 
A- Protrusão e abaixamento da língua. 
N- N. Hipoglosso. 
Na língua encontramos as papilas linguais (gustativas) que são os sensores que captam 
a química dos alimentos que serão interpretadas como sabor pelo cérebro.
28
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
São quatro os tipos de papilas:
1. Filiformes: pelinhos no dorso da língua. Não captam sabor, apenas 
temperatura e tato.
2. Valadas: localizam-se na região posterior (raiz), captam o sabor amargo.
3. Foliadas: localizam-se na região posterolateral da língua, captam o sabor 
azedo.
4. Fungiformes: pequenas pintinhas da língua. Região anterior (ápice) capta 
o sabor doce e região anterolateral capta o sabor salgado.
Figura 18
Adaptado de: en.magyar-fogorvos-londonban.co.uk
Todos os sinais gerados a partir das papilas gustativas são enviados ao SNC por meio 
dos nervos Xll (facial) e lX (glossofaríngeo).
Figura 19 - É responsável pela captação do paladar do 1/3 posterior da língua. 
Adaptado de: legacy.owensboro.kctcs.edu
29
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 20 - Capta o paladar da região anterior da língua. 
Adaptado de: legacy.owensboro.kctcs.edu
A sensibilidade captada pelas papilas gustativas produzem potencial de ação 
(eletricidade), que é enviada ao tálamo pelos nervos Xll e lX. O tálamo reenvia o sinal 
para o córtex sensorial do lobo parietal para a interpretação do sabor.
A figura 21 ilustra a mastigação iniciada após a preensão do alimento pelos dentes 
incisivos (de corte). Após parte do alimento estar no interior da boca, inicia-se a 
mastigação, a qual é a trituração do alimento como pilão moedor feito pelos dentes 
pré-molares e molares. À medida que o alimento é triturado, a saliva contendo enzimas 
digestivas de amido (ptialina) é liberada no interior da boca. Com auxílio da língua, 
todo material é comprimido e misturado à saliva formando uma massa homogênea 
denominada bolo alimentar. Concluído, o bolo alimentar está pronto para seguir em 
direção ao estômago pela deglutição.
30
CAPÍTULO 5
Faringe, laringe e esôfago 
Faringe
É um tubo muscular que pertence tanto ao sistema respiratório (passa ar) quanto ao 
sistema digestório (passa o bolo alimentar).
Está posicionada posterior ao nariz e à boca, estendendo-se inferiormente por meio da 
laringe (MOORE, DALEY 2008).
A faringe inicia-se na base do crânio e termina na altura da vértebra C6, posteriormente 
à laringe.
É dividida em três partes de acordo com sua localização:
1. Nasofaringe: Parte da faringe que se comunica com a cavidade nasal 
acima do palato mole. 
2. Orofaringe: Parte da faringe posterior à boca.
3. Laringofaringe: Parte da faringe que se comunica com a laringe e segue 
inferiormente como esôfago.
Figura 21
Fonte: Próprio autor. 
31
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Laringe
Mesmo a laringe não pertencendo ao sistema digestório, achamos apropriado fazer 
algumas considerações, uma vez que, conhecer a laringe e suas características é 
importante para compreender a deglutição que iremos estudar a seguir.
A laringe encontra-se no plano mediano do pescoço ao nível das vértebras C3 a C6. Dentre 
as funções, destaca-se a produção do som (fonação) importante para a comunicação. 
A laringe conecta a faringe com a traqueia, mas impede a entrada de líquidos e sólidos 
durante a deglutição.
A laringe é constituída por nove cartilagens unidas por ligamentos e membranas.
Dentre as cartilagens destacamos:
1. Osso hioide: Localiza-se acima da laringe. Os músculos elevadores da 
laringe se inserem nele.
2. Epiglote (cartilagem epiglótica): Pequena cartilagem revestida por 
mucosa com a função de fechar o ádito da laringe e impedir a entrada de 
líquidos e sólidos durante a deglutição.
3. Cartilagem tireoide é a maior das cartilagens e está localizada 
anteriormente. No homem é mais saliente e abriga a glândula tireoide.
Figura 22
Fonte: Próprio autor. 
32
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Esôfago
Tubo muscular liso revestido por mucosa. Tem seu início na laringofaringe, passa pela 
região torácica e termina no estômago após passar pelo músculo diafragma.
Ocupa a região mediana, anteriormente à coluna vertebral e posteriormente à traqueia. 
Possui leve inclinação para o lado esquerdo.
Conduz o bolo alimentar até o estômago por contrações do músculo liso PERISTALTISMO.
Em sua extremidade distal apresenta uma válvula que impede o refluxo do bolo 
alimentar (m. esfíncter esofágico).
O esôfago é dividido em três partes:
1. Esôfago cervical. 
2. Esôfago torácico (a maior porção do esôfago). 
3. Esôfago abdominal (após passar pelo m. diafragma). 
Figura 23
Fonte: pt.wickpedia.org
O esôfago conduz o bolo alimentar até o estômago por meio de contrações de sua 
musculatura lisa conhecida por peristaltismo (movimentos peristálticos).
Na prática, o peristaltismo se assemelha à compressão feita no tubo de creme dental para 
retirá-lo. Desse modo, o conteúdo do tudo segue apenas num sentido. Praticamente, 
todo o trajeto digestório é comandado por peristaltismo.
33
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 24
Fonte: pinturaquefala.blogspot.com.br
Deglutição
É o mesmo que engolir. A deglutição é importante na passagem do bolo alimentar para o 
esôfago. Embora simples, exige sincronismos mecânicos precisos para não ter produtos 
indesejáveis no interior do aparelho respiratório.
Quando engolimos, a ápice da língua se eleva obrigando o bolo alimentar a ir para o 
istmo das fauces, e à medida que a língua se eleva, diminui o espaço obrigando o bolo 
alimentar ir para a orofaringe. Nesse momento, músculos originados na mandíbula e 
processo mastoide elevam o osso hioide (músculos digástrico e miloioideo). Como o 
osso hioide está intimamente ligado à laringe, essa também se eleva fechando seu ádito 
por meio da epiglote.
Com o ádito da laringe fechado, só há um caminho para o bolo alimentar seguir, o 
esôfago.
Após o bolo alimentarser encaminhado para o esôfago, é preciso abrir o ádito da 
laringe para a respiração ser ativada novamente. Para isso, músculos originados na 
escápula e osso esterno inseridos no osso hioide abaixam a laringe (mm. Omoioideo e 
esternoioideo).
Figura 25
Adaptado de: Garcia (2014). 
34
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Músculo digástrico
O- Processo mastoide.
I- Osso hioide.
A- Eleva a laringe (também deprime a mandíbula).
N- Nervo facial (ventre posterior).
Músculo omoioideo
O- Processo mastoide. 
I- Osso hioide.
A- Abaixa a laringe.
N- Nervo hipoglosso.
Músculo esternoioideo
O- Manúbrio do esterno.
I- Osso hioide.
A- Abaixa a laringe.
N- Nervo hipoglosso.
35
CAPÍTULO 6
Estômago
Definição
É uma dilatação do canal alimentar que se estende para os intestinos. É constituído por 
músculo liso e revestido internamente por mucosa. Localiza-se logo abaixo do músculo 
diafragma no hipocôndrio esquerdo. O estômago tem a forma da letra “J” e possui 
capacidade de armazenar até um litro e meio de alimento (DUARTE 2009). 
Dois óstios (aberturas) estão presentes no estômago, o óstio cárdico na junção com o 
esôfago abdominal e o óstio pilórico na junção com o duodeno.
O estômago apresenta uma face anterior voltada para frente e uma face posterior voltada 
para a parede posterior do abdome. Duas curvaturas estão presentes nesse órgão. A 
curvatura menor fica à direita e a curvatura maior fica à esquerda.
No estômago, encontramos as seguintes estruturas:
1. Cárdia. Região superior que envolve o óstio cárdico. Está muito próxima 
da ápice do coração. Por isso o nome cárdia.
2. Fundo. Parte superior dilatada do estômago. Tem comunicação direta 
com a cúpula esquerda do músculo diafragma.
3. Corpo do estômago. É a parte central do estômago que se estende do 
fundo até o piloro.
4. Piloro. É a região limite entre o estômago e o duodeno. Aqui existe um 
músculo do tipo esfíncter (esfíncter pilórico) que controla a descarga dos 
conteúdos do estômago por meio do óstio pilórico.
36
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Figura 29
Duarte (2009)
Moore, Daley (2008) dizem que devido aos movimentos que realiza, o estômago possui 
posição variada num indivíduo. 
A grande importância do estômago é na digestão enzimática que consiste na conversão 
do bolo alimentar em quimo.
A quimo é a mistura entre o bolo alimentar e o suco gástrico (ácido clorídrico). A quimo 
segue para o duodeno a partir das contrações do estômago.
Figura 30
Fonte: Próprio autor. 
37
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
A figura 30 evidencia o bolo alimentar com partícula grande sem condição de ser 
captada pelos capilares intestinais.
A outra ilustração da figura 30 evidencia o bolo alimentar sendo dissolvido pelo suco 
gástrico e se transformando em quimo. As partículas minúsculas contidas na quimo 
podem facilmente ser captadas pelos capilares intestinais e cair na circulação sanguínea.
O estômago é irrigado pela artéria gástrica que por sua vez se origina no tronco celíaco.
A artéria tronco celíaco é um ramo da artéria aorta abdominal que dá origem à artéria 
gástrica esquerda, artéria esplênica e artéria hepática comum.
1. Artéria aorta abdominal: nutre todos os órgãos abdominais pélvicos e 
membros inferiores.
2. Artéria hepática comum: nutre o fígado, piloro, duodeno e pâncreas.
3. Artéria gástrica: nutre o estômago e parte inferior do esôfago.
4. Artéria esplênica: nutre o baço. Seus ramos nutrem o pâncreas e fundo 
do estômago. 
Figura 31
Fonte: neuro.ki.se
38
CAPÍTULO 7
Intestino delgado 
Definição
O termo delgado refere-se a algo fino ou magro.
O intestino delgado é um tubo constituído por músculo liso e revestido internamente 
por mucosa por onde a quimo transita por peristaltismo. Esse tubo fino tem 
aproximadamente 7m de comprimento e liga o estômago ao intestino grosso. Essa 
parte do aparelho digestório está envolvida com a digestão e a absorção de proteínas e 
gordura. Além disso, ele possui duas porções bem distintas, o duodeno e o jejunoíleo.
O duodeno é a primeira parte do intestino delgado. Mede cerca de 30 cm e tem a 
forma de letra C. É fixado à parede posterior do abdome e isso o mantém imóvel. O 
duodeno recebe a bile vinda do fígado e o suco pancreático vindo do pâncreas para se 
juntar a quimo e concluir o processo de digestão da gordura. Por isso é correto afirmar 
que no duodeno ainda há digestão.
Figura 32- O número 1 corresponde ao duodeno. 
Fonte: Próprio autor
39
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
O jejunoíleo é a segunda parte do intestino delgado. Na verdade são duas partes:
 » Jejuno. 
 » Íleo. 
O jejuno é a parte do intestino delgado abaixo do duodeno e que ocupa a região 
abdominal.
O íleo é a parte do intestino delgado que segue para a região pélvica.
Como não há uma marca limitando as duas estruturas, decidiu-se por tratá-las de 
jejunoíleo. O jejunoíleo é importante na captação de proteínas e gordura.
Cada curvatura do intestino delgado recebe o nome de alças intestinais.
Figura 33- As cores azul e marrom correspondem ao jejuno íleo. 
Fonte: Moore, Daley (2008). 
O intestino delgado é irrigado pela artéria mesentérica superior. Trata-se de um ramo 
anterior da aorta abdominal logo abaixo da artéria tronco celíaco. É responsável 
por nutrir os tecidos do intestino delgado. Bem no início dá origem a duas artérias 
pancreaticoduodenais responsáveis pala nutrição dos tecidos do duodeno.
40
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Figura 34
Fonte: misodor.com
1- Artéria tronco celíaco: dá origem às artérias hepática e gástrica e esplênica.
2- Artéria renal esquerda: nutre o rim esquerdo.
3- Artéria mesentérica superior: nutre todo o intestino delgado e parte do intestino 
grosso.
4- Artérias pancreaticoduodenais: nutrem a cabeça do pâncreas e o duodeno.
41
CAPÍTULO 8
Intestino grosso 
Definição
É um tubo muscular liso revestido internamente por mucosa.
Inicia na válvula ileocecal, onde tem comunicação com o intestino delgado do lado 
direito (ceco).
O intestino grosso é responsável pela captação de sais, mas principalmente água. A 
quimo, que é líquida, passa a perder grande quantidade de água e torna-se viscosa 
recebendo o nome de bolo fecal. O bolo fecal percorre o interior do intestino grosso 
através de peristaltismo.
O intestino grosso tem seu trajeto ascendente no lado direito por uma parte chamada 
de 1-colo ascendente.
O intestino grosso atravessa o abdome abaixo do estômago por uma parte chamada de 
2-colo transverso.
O intestino grosso tem seu trajeto inferior por uma parte chamada de 3-colo 
descendente.
O intestino grosso se projeta para o centro da pelve por uma parte chamada de 4-colo 
sigmoide. Após o colo sigmoide, tem-se o reto.
Com exceção do colo sigmoide e reto, toda a extensão do intestino grosso capta 
nutrientes e água.
Figura 35
Fonte: draednaferraz.site.med.br
42
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
O ceco é a primeira parte do intestino grosso local onde encontra-se um prolongamento 
cilindroide denominado apêndice vermiforme.
Moore, Daley (2008) diz que o apêndice vermiforme é um divertículo cego no intestino 
grosso com funções não bem esclarecidas, porém acredita-se que esteja envolvido na 
recolonização bacteriana do intestino grosso pós-diarreia ou pós-antibioticoterapia. 
Sabe-se que a colônia bacteriana intestinal tem importância na síntese de vitamina K, 
portanto uma importante função do apêndice. 
O colo sigmoide é assim conhecido pela semelhança com a letra ‘S’ e é marcado pelo 
fim da captação de nutrientes. Quando o produto da digestão alcança o colo sigmoide 
pode-se dizer que são fezes. Essas fezes seguem para o reto, onde são armazenadas até 
atingir uma quantidade razoável que ative osbarosensores no óstio do ânus, indicando 
ao SNC que está na hora de eliminá-las.
No final do tubo digestório encontra-se um par de músculos com função de controlar a 
evacuação. Músculos esfíncter anal interno e esfíncter anal externo. O termo esfíncter 
vem do latim e significa amarrado. Refere-se ao músculo que quando contraído 
impossibilita a passagem no interior de um tubo. A seguir as características do músculo 
esfíncter anal externo.
Músculo esfíncter anal externo
O- Fáscia circundante do ânus. 
I- Corpo do períneo. 
A- Fechamento do ânus e sustentação do corpo do períneo. 
N- Nervo anal inferior. 
O intestino grosso é irrigado nos 2/3 proximais pela artéria mesentérica superior e no 
1/3 distal pela artéria mesentérica inferior.
43
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 37
Fonte: lookfordiagnosis.com
1- Artéria mesentérica superior: nutre todo o intestino delgado e parte do intestino 
grosso.
2- Artéria mesentérica inferior: nutre o 1/3 distal do intestino delgado.
44
CAPÍTULO 9
Glândulas anexas
Definição
No capítulo 3 discutimos as glândulas salivares, as quais são conhecidas por liberarem 
a saliva no meio externo e por isso são classificadas por glândulas exócrinas.
As glândulas endócrinas são aquelas que liberam seu produto na corrente sanguínea, 
ou seja, internamente. É o caso das glândulas suprarrenais.
As glândulas anexas que estudaremos a seguir referem-se ao fígado e ao pâncreas. Ambas 
são glândulas endócrinas, produzem substância e liberam na corrente sanguínea.
O fígado produz colesterol, vitamina D e albumina. 
O pâncreas produz Insulina e glucagon.
Também são glândulas exócrinas, produzem substâncias que têm contato com o meio 
externo e são importantes no aparelho digestório.
Fígado
O fígado está localizado no hipocôndrio direito e uma pequena parte do hipocôndrio 
esquerdo.
Apresenta duas faces:
 » Face diafragmática. 
 » Face visceral.
Face diafragmática: é anterossuperior (convexa). Apresenta um lobo direito e um lobo 
esquerdo.
45
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 38
 
Fonte: sobotta (2006)
1 Lobo direito. 
2- Lobo esquerdo. 
3- Ligamento falciforme. 
Face visceral é posteroinferior (convexo).
Apresenta um lobo direito, um lobo esquerdo, um lobo caudado e um lobo quadrado.
Figura 39
 
Fonte: sobotta (2006). 
1- Lobo direito. 
2- Lobo esquerdo. 
3- Lobo caudado. 
4- Lobo quadrado. 
No hilo hepático [ ] emergem a veia porta hepática, artéria hepática, nervos, ducto 
hepático comum e ducto cístico.
46
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Vias biliares.
Uma importante função do fígado é a produção de bile.
Guyton, Edward (2011) dizem que produzimos entre 600 mL a 1 litro de bile por dia.
O baço é um órgão pertencente ao sistema linfático e dentre as suas funções destacamos 
a destruição de células sanguíneas (hemácias) velhas. Após a destruição das células 
tem-se como resultado final a bilirrubina. De um modo geral, a bilirrubina é o resto das 
células sanguíneas que precisa ser eliminado.
Essa bilirrubina é convertida em bile no fígado e vai atuar na emulsificação da gordura 
no duodeno. 
O fígado libera a bile pelo ducto hepático comum. A bile segue em direção ao duodeno, 
porém, parte da bile é armazenada numa bolsa constituída por músculo liso, a vesícula 
biliar.
As contrações da vesícula biliar se iniciam após a liberação do hormônio colecistocinina 
(CCK) no duodeno pela presença de quimo com grande concentração de gordura.
A vesícula biliar se contrai e por meio de peristaltismo, a bile chega até o interior do 
duodeno pelo ducto colédoco.
Figura 40
Fonte: sobotta (2006). 
1- Fígado. 
2- Vesícula biliar. 
47
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
3- Ducto hepático comum. 
4- Ducto cístico. 
5- Ducto colédoco. 
6- Duodeno. 
O fígado é nutrido pela artéria hepática. 
A artéria hepática é o ramo direito da artéria tronco celíaco.
Figura 40
Fonte: web.uni-plovdiv.bg
1- Fígado. 
2- Artéria aorta abdominal. 
3- Artéria tronco celíaco. 
4- Artéria mesentérica superior. 
5- Artéria hepática. 
Pâncreas
O pâncreas é uma glândula endócrina (produz hormônio insulina e glucagon) e exócrina 
(produz suco pancreático) que digere gordura.
Guyton, Edward (2011) dizem que boa parte da estrutura do pâncreas é semelhante às 
glândulas salivares. Esta importante glândula está localizada na cavidade abdominal, 
posterior ao estômago, entre o duodeno e o baço. Diferente dos demais órgãos do 
aparelho digestório por ser retroperitoneal, ou seja, posiciona-se posteriormente à 
membrana que envolve os órgãos abdominais, peritônio.
48
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
O pâncreas é dividido em 3 partes:
1- Cabeça. 
2- Corpo. 
3- Cauda. 
Figura 41
Fonte: web.uni-plovdiv.bg
A liberação de suco pancreático se dá por 3 formas:
1. Acetilcolina: liberada pela porção parassimpática do nervo vago.
2. Colecistocinina: liberada pelo duodeno. 
3. Secretina: também liberada pelo duodeno. 
O ducto pancreático recebe o ducto colédoco e segue para o duodeno onde faz 
comunicação pela papila maior do duodeno. Em alguns casos, o pâncreas se comunica 
com o duodeno por 2 canais. O outro canal corresponde à papila menor do duodeno 
como vem na imagem. 
Figura 42
Fonte: web.uni-plovdiv.bg
A irrigação sanguínea do pâncreas se dá pelos ramos da artéria tronco celíaco e pelos 
ramos da artéria mesentérica.
49
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Figura 43
Fonte: web.uni-plovdiv.bg
1- Artéria aorta abdominal: principal artéria do corpo humano.
2- Artéria tronco celíaco: seus ramos nutrem fígado e baço.
3- Artéria hepática: ramo direito da artéria tronco celíaco que nutre o fígado. 
4- Artéria pancreaticoduodenal superior: ramo da artéria hepática que nutre a parte 
superior da cabeça do pâncreas e duodeno superior.
5- Artéria esplênica: ramo esquerdo da artéria tronco celíaco que nutre o corpo e a cauda 
do pâncreas, além de nutrir o baço.
6- Artéria mesentérica superior: nutre o intestino delgado. 
7- Artéria pancreaticoduodenal inferior: ramo da artéria mesentérica superior que nutre 
a parte inferior da cabeça do pâncreas e duodeno inferior.
Peritônio
O peritônio é uma membrana dupla e serosa (contém soro), brilhante, transparente 
semelhante à pleura que reveste o abdome e a pelve internamente e reveste a maior 
parte das vísceras dessas cavidades. Os órgãos que estão envolvidos pelo peritônio são 
órgãos intraperitoniais (MOORE, DALEY 2008).
Os órgãos que não são revestidos pelo peritônio são órgãos retroperitoneais.
É composto por 2 camadas:
 » Peritônio visceral: abriga as vísceras intraperitoniais.
 » Peritônio parietal: reveste a parede do abdome e pelve.
50
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
As duas membranas são contínuas e existe entre elas um espaço virtual denominado 
cavidade peritoneal por onde circula um fluído.
Os órgãos intraperitoneais são:
 » Fígado. 
 » Estômago. 
 » Intestinos. 
 » Baço. 
Esses órgãos não estão dentro da cavidade peritoneal e sim embrulhados pela membrana 
visceral como se forçasse sua mão a entrar num balão inflado.
Os órgãos retroperitoneais são:
 » Pâncreas. 
 » Rins. 
 » Útero. 
 » Bexiga. 
Figura 44 - Esquema do peritônio em corte sagital
Fonte: hepcentro.com.br
51
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
1- Fígado. 
2- Estômago. 
3- Colo transverso. 
4- Pâncreas. 
5- Rim. 
6- Jejuno. 
7- Íleo. 
8- Útero. 
9- Bexiga. 
10- Reto. 
Figura 45 - Esquema do peritônio em corte sagital
Fonte: web.uni-plovdiv.bg
1- Lobo direito do fígado. 
2- Vesícula biliar. 
3- Estômago. 
4- Duodeno. 
5- Pâncreas. 
6- Intestino delgado. 
7- Intestino grosso colo ascendente. 
8-Intestino grosso colo descendente. 
9- Rim direito. 
10- Rim esquerdo. 
11- Baço. 
52
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Em azul, tem-se as duas membranas do peritônio. A membrana que tem contato com os 
órgãos é a membrana visceral. A membrana que tem contato com a parede do abdome 
é a membrana parietal. Entre as 2 membranas, tem-se a cavidade peritoneal.
Nessa aula, vemos claramente as atividades dos órgãos citados no estudo que 
se seguiu.
<http://www.youtube.com/watch?v=W4SoZqfJXvw>
Os dentes são responsáveis pela preensão e trituração dos alimentos.
O bolo alimentar é formado em conjunto com a saliva.
A saliva possui a enzima digestiva ptialina que atua sobre o amido. 
As glândulas salivares maiores possuem ductos. 
As glândulas salivares menores estão na língua, bochechas e palato. 
A faringe é o tubo muscular pertencente aos sistemas digestório e respiratório. 
O esôfago é dividido em esôfago cervical, esôfago torácico e esôfago abdominal.
O estômago produz o suco gástrico (ácido clorídrico) que transforma o bolo 
alimentar em quimo.
O duodeno é a primeira parte do intestino delgado. Recebe bile e suco 
pancreático para a conclusão do processo de digestão. 
A segunda parte do intestino delgado é conhecida por jejunoíleo e cada 
curvatura recebe o nome de alças intestinais. 
O apêndice vermiforme é responsável pela manutenção da colônia bacteriana 
do intestino grosso. 
No intestino grosso, a quimo perde muito líquido, torna-se viscosa e passa a se 
chamar bolo fecal. 
O colo sigmoide é a parte do intestino grosso que não há captação de nutrientes. 
O músculo esfíncter anal controla a evacuação. 
Fígado, estômago, baço e intestinos são órgãos intraperitoneais.
Pâncreas e rins são retroperitoneais. 
53
SISTEMA DIGESTÓRIO│ UNIDADE I
Abdome axial
Figura 46
Fonte: próprio arquivo
1- Fígado. Lobo E. 
2- Fígado Lobo D. 
3- Fígado. Lobo caudado envolve a veia cava inferior. 
4- Veia porta hepática. Conduz o sangue do aparelho digestório ao fígado. 
5- Veia hepática média. Drena o sangue do fígado até a veia cava inferior. 
6- Veia cava inferior. Retorno venoso dos órgãos abdominais e membros inferiores. 
7- Artéria aorta abdominal. Parte da artéria localizada no abdome. 
8- Vértebra T11. 
9- Músculo eretor da coluna. 
10- Estômago. Fundo. 
11- Baço. Importante órgão linfoide. 
12- Músculo reto abdominal. Importante flexor do tronco. 
13- Flexura E do intestino grosso. Transição entre colo transverso e colo descendente. 
54
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/abdome-axial-1-game>
Figura 47 e 48
Fonte: the visible human project e Durá (2008)
1- Fígado. Lobo E/ 2- Fígado. Lobo D/ 3- Fígado. Lobo Caudado/ 4- Fígado Vesícula 
biliar.
5- Estômago. Piloro/ 6- Estômago. Fundo.
7- Cabeça do pâncreas/ 8- Corpo do pâncreas/ 9- Cauda do pâncreas.
10- Pilar do músculo diafragma. Local de inserção do músculo diafragma.
11- L1.
12- Alça jejunal.
13- Colo descendente/ 14- Flexura E do (Local de transição entre; colo transverso e colo 
descendente).
15- Músculo reto abdominal. Importante flexor do tronco.
55
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
16- Músculo eretor da coluna.
17- Músculo grande dorsal.
18- Músculo transverso abdominal.
19- Baço. Importante órgão linfoide.
* Veia cava inferior.
** Artéria aorta abdominal.
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/abdome-sagital2-game>
Figura 49 e 50
Fonte: the visible human project e próprio arquivo. 
1- Rim D. Importante órgão de diálise sanguínea.
2- Rim E. Importante órgão de diálise sanguínea.
3- L3.
4- Músculo psoas maior. Importante flexor da coxa.
5- Músculo eretor da coluna.
56
UNIDADE I │ SISTEMA DIGESTÓRIO
6- Flexura D. Local de transição entre; colo ascendente e colo transverso.
7- Colo transverso. Parte do intestino grosso que cruza o abdome.
8- Colo descendente. Continuação do colo transverso. Termina no colo sigmoide.
9- Duodeno. 1ª parte do intestino delgado.
10- Intestino delgado. Alças intestinais.
11- Músculo grande dorsal. Importante adutor e rotador medial do braço.
12- Músculo oblíquo externo do abdome. Importante flexor e rotador do tronco.
13- Músculo reto abdominal. Importante flexor do tronco.
* Veia cava inferior. Retorno venoso dos órgãos abdominais e membros inferiores.
** Artéria aorta abdominal. Parte da artéria localizada no abdome.
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/abdome-axial-3-game>
Figura 51 e 52
 
Fonte: próprio arquivo
As imagens acima são de tomografia computadorizada com janela de tecidos moles 
e sequência de corte transversal (axial) de abdome em nível de vértebra T4. Nesse 
momento é possível verificar a divisão da artéria aorta em 2 artérias ilíacas. Afrente do 
corpo da L4 na 2ª imagem é possível ver as 2 artérias ilíacas, uniforme, redondas e a 
veia cava, do lado direito, com maior diâmetro, porém irregular devido à ausência de 
pressão sanguínea. Algumas fatias abaixo é possível ver a bifurcação da veia cava em 2 
veias ilíacas. Nessa mesma sequência é possível visualizar os processos costiformes, os 
músculos psoas maior, o músculo quadrado lombar, os colos do intestino grosso e alças 
intestinais.
57
UNIDADE IISISTEMA URINÁRIO
CAPÍTULO 1
Formação
Introdução
A palavra urina é um termo do latim que se refere ao líquido produzido pelos rins.
Sabe-se que as células necessitam de nutrientes para executarem suas atividades e como 
resultado do trabalho celular surgem substâncias que são tóxicas ao organismo e devem ser 
eliminadas. Essas substâncias são eliminadas da corrente sanguínea por meio do processo 
denominado diálise sanguínea, realizado pelos rins (DÂNGELO, FATINNI 2000). 
É, portanto, uma forma de excreção de resíduos que não é importante para o organismo. 
Trata-se de uma filtragem, em que são eliminadas as substâncias tóxicas e os excessos. 
O líquido urina é o que sobra da filtragem sanguínea, e do seu conteúdo não se aproveita 
nada. Cerca de 95% dela é água e os 5% restantes são uma mistura de substâncias 
(DUARTE 2009).
Os rins fazem a filtragem sanguínea, mas é importante no controle da quantidade de 
líquido e substâncias da corrente sanguínea.
O rins controlam a quantidade de líquido no sangue, sendo importante controlador da 
pressão arterial. 
Nesse capítulo estudaremos os órgãos que formam o sistema urinário, suas características 
e funcionamento.
O sistema urinário é composto por:
1. Rins. 
2. Ureteres. 
3. Bexiga urinária. 
4. Uretra. 
58
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Rim
A palavra rim vem do latim rem e refere-se ao órgão formador de urina.
Órgão par, localizados na região superoposterior da cavidade abdominal, atrás do 
peritônio parietal. Os rins, assim como o pâncreas são órgãos retroperitoneais.
Estão ao lado da coluna vertebral sendo que o rim direito ocupa uma posição mais 
inferior que o rim esquerdo pela presença do fígado à direita.
Estão na altura das costelas flutuantes, tendo elas como protetoras das extremidades 
superiores. 
Figura 53
Fonte: Sobotta (2006)
Possuem a forma de grão de feijão. Medem entre 5 a 7 cm de largura, 10 a 12 cm de 
altura e cerca de 2,5 cm de espessura.
Figura 54
Fonte: Próprio autor
59
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
São envolvidos por uma membrana fibrosa denominada cápsula renal. 
Apresentam 2 margens e 2 polos:
 » Lateral. 
 » Medial. 
 » Polo superior. 
 » Polo inferior. 
Figura 55
Fonte: Próprio autor
Na margem medial encontra-se o HILO RENAL, porta de entrada e saída de artérias, 
veias, nervos, ureter e vasos linfáticos (pedículo renal).
No polo superior dos rins residem asglândulas adrenais ou glândulas suprarrenais 
importantes por produzirem o hormônio adrenalina. As glândulas suprarrenais não 
participam do processo de diálise e formação de urina.
Num corte coronal encontramos 2 porções: uma anterior e outra posterior.
Examinando uma das metades encontramos uma parte à periferia do órgão denominada 
córtex renal. O córtex renal se projeta numa parte central com formas de colunas 
denominada medula renal.
60
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Figura 56 – Corte coronal do rim direito. O número 1 corresponde ao córtex renal e o número 2 corresponde à 
medula renal e o número 3 corresponde à pelve renal.
Fonte: Próprio autor
O córtex renal é o local onde estão os néfrons.
A medula renal compreende as colunas renais cuja forma condiz com o nome, e 
estruturas de forma triangular denominadas pirâmides renais.
As pirâmides renais são estruturas triangulares cujo número varia em torno de 15 
unidades. Elas estão dispostas, na medula renal, entre as colunas renais com a base 
voltada para o córtex e o ápice dirigido para a pelve renal como ilustra a figura 56.
Para cada pirâmide renal existe um túbulo coletor chamado de cálice renal 
menor, que a seguir se junta em tubos coletores maiores que são os cálices renais 
maiores.
Figura 57 – Corte coronal do rim direito. Circulado em verde, a união dos ápices das pirâmides renais com os 
cálices renais menores. A seta aponta para o ápice da pirâmide renal também conhecida por papila renal. 
Fonte: Próprio autor
61
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
Os cálices renais menores têm a forma de taça que serve de encaixe para o ápice da 
pirâmide renal (papila renal).
Os 3 cálices renais menores seguem para se juntar em tubos coletores maiores que são 
os cálices renais maiores. De um modo geral, três cálices renais maiores se encontram 
para formar a pelve renal. Portanto, a pelve renal compreende uma estrutura em forma 
de taça resultante da união dos cálices renais maiores.
Figura 58
Fonte: dicasfree.com
- Setas: cálices renais menores. 
1- Cálice renal maior. 
2- Pelve renal. 
3- Ureter. 
O termo pelve refere-se à bacia ou funil.
Podemos ainda dizer que a pelve renal é a extremidade superior dilatada do ureter com 
função de captação da urina produzida nos tecidos internos dos rins.
O ureter é um tubo muscular liso de aproximadamente 25cm de comprimento que leva 
a urina do rim até a bexiga urinária. Ele possui duas porções:
1. Porção abdominal.
2. Porção pélvica. 
62
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
A porção abdominal desce junto à parede posterior do abdome.
A porção pélvica desce junto à parede lateral da pelve.
A seguir, o ureter se volta medialmente para desembocar na bexiga urinária.
Duarte (2009) mostra que no seu trajeto, o ureter encontra-se estreitado em três locais:
1- Inicialmente: na junção com a pelve renal. 
2- Em seguida: quando ele contorna superiormente os vasos ilíacos. 
3- No final: quando ele atravessa a parede da bexiga. 
Figura 59
Fonte: Duarte (2009). 
Vascularização do rim
Os rins são nutridos pelas artérias renais que são os ramos da artéria aorta abdominal. 
Estão logo abaixo da artéria mesentérica inferior. Nos rins, as artérias desempenham a 
63
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
mesma função nutricional que ocorre em todos os órgãos, mas também são responsáveis 
por manter pressurizados os órgãos responsáveis pela filtragem, os néfrons.
De acordo com o suprimento arterial, temos a seguinte divisão dos rins:
1- Seguimento superior. 
2- Seguimento anterossuperior. 
3- Seguimento anteroinferior. 
4- Seguimento inferior. 
5- Seguimento posterior. 
O número 6 corresponde ao hilo renal.
Figura 60
Fonte: Próprio autor
A artéria renal se divide em cinco artérias segmentares:
1- Artéria segmentar superior. 
2- Artéria segmentar anterossuperior. 
3- Artéria segmentar anteroinferior. 
4- Artéria segmentar inferior. 
5- Artéria segmentar posterior. 
O número 6 corresponde à artéria renal direita.
64
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Figura 61
Fonte: Próprio autor
Cada artéria segmentar fornece uma artéria lobar para cada pirâmide renal.
Cada artéria lobar fornece de 2 a 3 artérias interlobares que correm entre as pirâmides.
Próximo da junção entre a medula e o córtex, artérias arqueadas se originam, porém 
sem função de nutrir os tecidos renais.
Ramos das artérias arqueadas e algumas artérias interlobares passam para o córtex 
renal e dessas artérias saem as arteríolas que irão se enovelar para formar o glomérulo.
Figura 62
Fonte: <www.pflege-kurse.de>
1- Artéria lobar. 
2- Artéria interlobar. 
3- Artéria arqueada. 
4- Arteríola. 
65
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
Formação da urina
Para entendermos a formação da urina, é importante conhecermos bem as unidades de 
cuja função é a produção de urina.
Trata-se dos néfrons. A palavra néfron vem do grego Nephros e significa rim. Hoje o 
significado é limitado a de uma unidade do rim.
Os néfrons estão localizados no córtex renal, porém partes podem se direcionar para a 
medula renal, é o caso da alça de Henle e ducto coletor.
Guyton, Edward (2011) afirmam que cada rim contém cerca de 1 milhão de néfrons e 
cada um deles é capaz de produzir urina. Ainda afirmam que os rins não regeneram 
néfrons, por isso há declínio de atividade renal com o envelhecimento.
Cada néfron é formado por um capilar ao qual se dá o nome de glomérulo.
A palavra glomérulo vem do latim Glomerulus que é o diminutivo de Glomus que 
significa novelo ou bola de lã.
O glomérulo nada mais é do que uma arteríola, proveniente da artéria arqueada ou 
artéria interlobar, que se enovela (enrola).
Figura 63
Fonte: <www.pflege-kurse.de>
O glomérulo é a parte arterial do néfron. Na verdade, o glomérulo é um capilar sanguíneo 
e permite a saída do líquido arterial pela pressão exercida pelo coração.
Guyton, Edward (2011) afirmam que a pressão glomerular é de 60mmHg. Por essa 
pressão, o líquido do sangue é eliminado da circulação arterial e segue para uma parte 
do néfron denominada cápsula de Bowman.
O glomérulo está envolvido pela cápsula de Bowman, a qual recebe o líquido proveniente 
do primeiro processo da filtragem que recebe o nome de filtrado sanguíneo.
66
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
É importante ressaltar que o filtrado sanguíneo contém restos celulares e toxinas, mas 
também têm nutrientes importantes para o organismo.
Figura 64
Fonte: <www.pflege-kurse.de>
Link para um vídeo de função do néfrons. 
<http://www.youtube.com/watch?v=9rEhLRAzvKw>
O filtrado sanguíneo passa do glomérulo para a cápsula de bowman por pressão arterial. 
Da cápsula de Bowman, o filtrado sanguíneo segue para o túbulo contorcido proximal 
antes de entrar na alça de Henle.
Figura 65
Fonte: <www.infokid.org.uk>
67
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
1- Arteríola. 
2- Glomérulo. 
3- Cápsula de bowman. 
4- Túbulo contorcido proximal. 
5- Alça de Henle. 
6- Túbulo contorcido distal. 
7- Ducto coletor. 
A parte mais escura da alça de Henle está situada na pirâmide renal juntamente com 
o ducto coletor. O glomérulo, a cápsula de bowman, o túbulo contorcido proximal e o 
túbulo contorcido distal ficam no córtex renal como ilustra a imagem a seguir.
Figura 66
Fonte: mcat-review.org
Como já foi mencionado, o filtrado sanguíneo apresenta substâncias tóxicas como a ureia, 
mas também contém sais e principalmente glicose. Esses nutrientes são importantes 
para o funcionamento do organismo e não devem ser eliminados. Então ocorre a outra 
etapa do processo de filtragem sanguínea que é a reabsorção dos nutrientes e água na 
alça de Henle e túbulos contorcidos distais. O que não foi reabsorvido segue para os 
cálices renais menorescom o nome de urina.
Então, a urina produzida pelos néfrons é coletada pelos cálices renais menores, segue 
para os cálices renais maiores, para a pelve renal e por fim para o ureter que tem a 
importância de enviar a urina para ser armazenada até o momento da micção.
68
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Bexiga urinária
A bexiga urinária é uma bolsa situada sobre o osso púbis, na cavidade pélvica, onde fica 
armazenada temporariamente a urina.
Moore, Daley (2008) dizem que a bexiga é uma víscera oca constituída por músculo liso 
e tendo grande distensibilidade. Segundo os autores, a posição, tamanho e formas da 
bexiga variam de acordo com condições tais como:
 » Cheia. 
 » Vazia. 
Quando vazia apresenta-se tetraédrica e posiciona-se logo acima da sínfise púbica.
Quando cheia adquire o formato redondo e projeta-se para o abdome.
Duarte (2009) diz que a capacidade normal de armazenamento varia em torno de 300 
a 400 ml. Porém a bexiga pode suportar até o dobro do volume.
A bexiga é constituída por três tipos de tecidos:
1- Interno: túnica mucosa. 
2- Intermediário: músculo detrusor. 
3- Externo: Fáscia vesical. 
Figura 67
Fonte: medicinageriatrica.com.br
1- A túnica mucosa reveste a bexiga internamente e numa área triangular entre os óstios 
ureterais e o óstio interno da uretra, tem-se o trígono vesical.
69
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
2- O músculo liso da bexiga (tecido intermediário) é conhecido por detrusor e faz parte 
da camada mais espessa da parede da bexiga, a camada muscular. O termo detrusor vem 
do latim Detrudere e significa repelir, expulsar. É o músculo expulsador da urina. Esse 
músculo compõe toda a bexiga e é responsável pela contração e, consequentemente, 
pelo esvaziamento completo da bexiga.
3- A fáscia vesical reveste a bexiga urinária externamente e superiormente, tem contato 
com o peritônio.
Guyton, Edward (2011) dizem que a contração do músculo detrusor aumenta a pressão 
interna da bexiga para 40 a 60 mmHg. 
Distinguimos na bexiga quatro faces:
1- Superior. 
2- Inferolaterais. 
3- Posterior. 
4- Ápice. 
5- Colo. 
6- Uretra. 
Figura 68 
Fonte: pt.wickpedia.org
No homem, a bexiga urinária localiza-se posteriormente à sínfise púbica e anteriormente 
ao reto. Repousa sobre os músculos do assoalho pélvico e está fixada pelos ligamentos 
laterais da bexiga e ligamento puboprostático.
70
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Figura 69
Fonte: Próprio autor
Na mulher, a bexiga é um pouco menor e posiciona-se posterior à sínfise púbica, 
anterior à vagina e inferior ao útero. Repousa sobre os músculos do assoalho pélvico e 
está fixada pelos ligamentos laterais da bexiga e ligamento pubovesical.
Figura 70
Fonte: Próprio autor. 
O controle da saída ocorre pelos músculos esfíncter da uretra.
O termo esfíncter vem do latim e significa amarrado, exatamente sua função é comprimir 
a uretra e evitar seu esvaziamento.
Figura 71
71
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
Fonte: medicinageriatrica.com.br
1- Esfíncter externo da uretra (voluntário). 
2- Esfíncter interno da uretra (involuntário. )
Dângelo e Fattini (2000) afirmam que as fibras do músculo detrusor se entrelaçam ao 
nível do colo da bexiga e formam uma rede de apoio à função de válvula impedindo 
o esvaziamento. Segundo os autores, não existe um músculo esfíncter interno. Essas 
fibras se contraem quando o músculo detrusor se contrai fazendo o trabalho inverso do 
detrusor.
O músculo esfíncter externo da uretra é um verdadeiro músculo esfíncter, e sua contração 
é voluntária. O sinal motor chega por ramos do nervo pudendo. Normalmente, está 
contraído. Esse se relaxa apenas para esvaziar o reservatório que é a bexiga urinária.
Uretra
A uretra é um tubo muscular liso, e como os demais tubos, é revestido por mucosa. É 
através da uretra que a urina chega ao meio externo.
A uretra feminina é muito curta 4 cm e seu óstio externo se localiza anteriormente ao 
óstio da vagina e posterior ao clitóris.
A uretra masculina também pertence ao sistema reprodutor e será discutida com mais 
detalhes no aparelho reprodutor masculino.
A seguir os jogos para o treinamento de anatomia seccional com cortes axiais.
72
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Figura 72
Fonte: próprio arquivo
1- Músculo reto abdominal. Importante flexor do tronco.
2- Músculo iliopsoas. Importante flexor da coxa.
3- Músculo glúteo mínimo. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
4- Músculo glúteo médio. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
5- Músculo glúteo máximo. Importante extensor da coxa.
6- Músculo piriforme. Importante abdutor e rotador lateral da coxa.
7- Bexiga urinária. Reservatório de urina. Obs. Trata-se de uma sequência transversal 
de uma pelve masculina. Na pelve feminina, estaria em evidência o fundo do útero, uma 
vez que esse órgão encontra-se superiormente.
8- Colo sigmoide. Parte do intestino grosso sem captação de nutrientes em forma da 
letra S.
9- Osso ílio. Osso superior do quadril.
10- Osso sacro. Osso composto de cinco vértebras fundidas.
11- Músculo transverso abdominal.
* Artéria ilíaca externa E. Irriga a pelve e membro inferior E
** Veia ilíaca externa E. Retorno venoso do membro inferior E.
73
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/pelve-3-game>
Figura 73
Fonte: próprio arquivo. 
1- Músculo reto abdominal. Importante flexor do tronco.
2- Músculo iliopsoas. Importante flexor da coxa.
3- Músculo glúteo mínimo. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
4- Músculo glúteo médio. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
5- Músculo glúteo máximo. Importante extensor da coxa.
6- Músculo piriforme. Importante abdutor e rotador lateral da coxa.
7- Reto. Parte final do tubo digestório.
8- Osso sacro. Osso composto de cinco vértebras fundidas.
9- Bexiga urinária. Reservatório de urina.
10- Osso ílio. Osso superior do quadril.
11- Cabeça do fêmur.
12- Acetábulo. Juntamente com a cabeça do fêmur, forma a articulação coxofemoral.
13- Músculo tensor da fáscia-lata. Faz a flexão, abdução e rotação medial da coxa e 
rotação lateral do joelho.
* Artéria ilíaca externa E. Irriga a pelve e membro inferior E.
** Veia ilíaca externa E. Retorno venoso do membro inferior E.
74
UNIDADE II │SISTEMA URINÁRIO
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/pelve-4-game>
Figura 74
Fonte: próprio arquivo. 
1- Sínfise púbica. Anfiartrose do tipo sínfise entre os ossos púbis.
2- Púbis. Osso anterior do quadril onde está fixado o pênis.
3- Acetábulo. Juntamente com a cabeça do fêmur, forma a articulação coxofemoral.
4- Cabeça do fêmur.
5- Ílio. Osso superior do quadril.
6- Cóccix. Ultima porção da coluna vertebral. É composto por 4 pequenas vértebras.
7- Bexiga urinária. Reservatório de urina.
8- Glândula seminal. Muitos livros referem erroneamente por vesícula seminal. Produz 
80% do líquido seminal.
9- Reto. Última porção do aparelho digestório.
10- Músculo piriforme. Importante abdutor e rotador lateral da coxa.
11- Músculo glúteo mínimo. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
12- Músculo glúteo médio. Importante abdutor e rotador medial da coxa.
13- Músculo glúteo máximo. Importante extensor da coxa.
75
SISTEMA URINÁRIO│ UNIDADE II
14- Músculo sartório. Faz flexão, abdução e rotação lateral da coxa e flexão e rotação 
medial do joelho.
15- Músculo tensor da fáscia-lata. Faz a flexão, abdução e rotação medial da coxa e 
rotação lateral do joelho.
* Artéria femoral E. Irriga o membro inferior E.
** Veia femoral E. Retorno venoso do membro inferior E.
*** Ligamento sacroespinhal.
# Origem do músculo reto femoral.
Praticando com Jogo on-line
<http://www.purposegames.com/game/pelve-5-game>76
UNIDADE III
SISTEMA 
REPRODUTOR 
MASCULINO
CAPÍTULO 1
Formação
Introdução
O termo genital vem do latim Genitalis e significa o que gera, nascido, gerado. Os 
órgãos genitais são responsáveis por gerar outro ser com as mesmas características 
para a perpetuação da espécie.
Para tal, Duarte (2009) afirma ser necessário um macho com uma fêmea por meio de 
seus órgãos reprodutores masculino e feminino. Tanto o sistema reprodutor feminino 
quanto o masculino possuem glândulas especializadas que produzem as células sexuais 
e ainda segregam hormônios que são responsáveis pelas características sexuais.
 » O sistema masculino produz os gametas masculinos.
 » O sistema feminino produz os gametas femininos.
O termo gameta vem do grego Gamete e significa esposa ou marido. É uma analogia 
em que um macho necessita de uma fêmea para gerar um novo ser da mesma espécie.
Os gametas masculinos são os espermatozoides. Esse contém o material genético 
proveniente do pai.
Para compreendermos, vamos retomar um pouco de citologia.
As células humanas possuem 46 cromossomos dos quais 23 vêm do pai e 23 vêm da 
mãe. Isso significa que o espermatozoide só tem 23 cromossomos.
Esses 23 cromossomos se juntaram aos outros 23 cromossomos que o óvulo (gameta 
feminino) tem e darão origem a um novo ser de 46 cromossomos.
77
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO│ UNIDADE III
Figura 75
Fonte: próprio autor. 
Portanto, herdamos a metade do material genético do pai e metade do material genético 
da mãe.
As características que adquirimos do pai ou da mãe é melhor compreendida num estudo 
avançado de genética.
Testículos
Os testículos são as gônodas masculinas e têm grande importância na produção do 
hormônio das características masculinas a partir do período da puberdade.
A palavra puberdade vem do latim pubertas e significa amadurecimento. Essa fase é 
marcada pela transformação física e hormonal no corpo do homem.
Quais são as características masculinas?
 » Pelos no rosto. 
 » Força muscular. 
 » Voz grave. 
São algumas das características que o hormônio testosterona produzido nos testículos 
fornece ao homem.
O termo gônoda vem do latim Gone (semente) ou o que tem sementes. Devido à sua 
função na produção dos gametas masculinos (espermatozoides).
A palavra esperma vem do grego Sperma e significa semente.
Os testículos são órgãos pares, ovoides, localizados no escroto. Cada testículo apresenta: 
2 faces (lateral e medial), 2 margens (anterior e posterior) e 2 polos (superior e inferior).
78
UNIDADE III │SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Figura 76
Adaptado de: manualmerck.com
1- Face medial. 
2- Face lateral (do outro lado, por isso não se vê). 
3- Margem anterior. 
4- Margem posterior. 
5- Polo superior. 
6- Polo inferior. 
Num corte sagital dos testículos encontramos as seguintes estruturas:
1- Túnica albigínea. 
2- Lóbulos cuneiformes. 
3- Septos testiculares. 
4- Túbulos seminíferos. 
5- Rede testicular. 
Figura 77
Fonte: próprio autor. 
79
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO│ UNIDADE III
1. O testículo é envolvido por uma cápsula conjuntiva que se chama túnica 
albugínea. Esta envia para o interior do testículo pequenos septos 
conhecidos como séptulos dos testículos, os quais se subdividem em 
lóbulos cuneiformes.
2. Os testículos são divididos em nove compartimentos aos quais chamamos 
por lóbulos cuneiformes. O termo cuneiforme refere-se à forma de cunha 
que todos os lóbulos têm.
3. Os septos testiculares dividem o testículo em lóbulos cuneiformes e 
evitam o contato entre eles.
4. Os túbulos seminíferos têm origem na túnica albugínea e localizam em 
cada lóbulo cuneiforme. São nos túbulos seminíferos que ocorrem a 
espermogênese.
5. Os túbulos seminíferos convergem para o centro do testículo e vão se unir 
formando túbulos seminíferos retos. Esses túbulos retos se misturam 
formando uma verdadeira rede (de Haller) conhecida por rede testicular.
Epidídimo
O termo deriva do grego Epi que significa sobre e Didymos que significa duplo ou em 
dobro. O termo Didymos era usado para as gônadas de ambos os sexos e originalmente 
significava duplo, ou gêmeos. Epi-didymos teria o sentido de “o que esta sobre os gêmeos”, 
mas os médicos gregos sempre utilizaram a palavra para designar os testículos, desde 
os primórdios da anatomia. O primeiro a usar a palavra Epididymos para designar a 
estrutura que conhecemos hoje foi Herófilo, mas Riolan, em 1649, reintroduziu o termo 
em anatomia descrevendo o órgão em detalhes.
O epidídimo é uma estrutura em forma de letra C. Ele apresenta uma dilatação superior 
denominada cabeça (1), uma porção intermediária denominada corpo (2) e uma porção 
inferior mais estreita denominada cauda (3) e (4) a região central do testículo, onde 
desembocam de dez a quinze dúctulos eferentes, que do testículo vão o epidídimo e 
permitem que os espermatozoides migrem para o epidídimo para serem armazenados 
e amadurecerem até o momento de serem expelidos durante a ejaculação.
80
UNIDADE III │SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Figura 78
Fonte: próprio autor
O epidídimo contorna o polo superior e a margem posterior do testículo, encontrando-
se com o ducto deferente na região da cauda do epidídimo. No epidídimo, ocorrem o 
armazenamento e a maturação dos espermatozoides.
Escroto
O escroto é uma bolsa constituída por músculo e pele onde estão contidos os testículos, 
epidídimo e a primeira porção dos ductos deferentes. Cada conjunto desses órgãos 
(direito e esquerdo) ocupa um compartimento completamente separado, uma vez que 
o escroto é subdividido em cavidades denominadas septo do escroto.
O termo escroto deriva do latim Scrotum que significa pele ou couro. Na antiga Roma, 
qualquer objeto feito de couro, especialmente as bolsas penduradas no cinto recebiam 
esse nome. Daí a bolsa que contém os testículos chamar-se de escroto.
É dividido em duas partes por uma prega de pele denominada rafe.
Figura 79
Fonte: Gonzáles (1989). 
81
SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO│ UNIDADE III
O escroto é constituído de duas membranas:
1. Pele. 
2. Túnica dartos. 
1- Trata-se de uma pele fina e enrugada que apresenta pregas transversais e com pelos 
esparsos. Na linha mediana encontramos a rafe do escroto (figura 79).
2- O termo dartos vem do grego Dartós e significa esfolado sem pele. A palavra deriva 
do sânscrito Dartis que significa couro e parece ter sido inicialmente usada para nomear 
preparações anatômicas sem a pele. Este termo foi utilizado pela primeira vez por 
Rufo de Éfeso para designar o revestimento externo dos testículos, por causa de sua 
aparência.
O músculo liso que compõe a túnica dartos é sensível a temperaturas e se move de 
acordo com o calor ou frio.
Sabe-se que a temperatura ideal para a perfeita produção de espermatozoides é de 35 
graus. Para manter essa temperatura constante, o escroto contrai ou relaxa de acordo 
com a temperatura do ambiente 
Figura 80
Fonte: <www.fairview.org>
Guyton, Edward (2011) dizem que os dois testículos formam 120 milhões de 
espermatozoides por dia. Quando o ambiente está frio, a temperatura dos testículos 
tende a abaixar e com isso pode comprometer a produção de espermatozoides.
82
UNIDADE III │SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO
Como mecanismo de defesa, o escroto se contrai e coloca os testículos em contato 
com o tronco que é quente e mantém os testículos aquecidos e com isso mantém a boa 
produção de espermatozoides.
Quando está calor, a temperatura dos testículos tende a elevar-se demasiadamente e 
com isso compromete a produção dos espermatozoides. Como mecanismo de defesa, o 
escroto se relaxa e mantém os testículos longe da fonte de calor que é o tronco.
Ducto deferente
O ducto deferente é um canal musculomembranoso

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