Resumo P1 de aprendizagem

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1º capitulo
Deterioração da aprendizagem -> exigente demanda de novos conhecimentos, saberes e habilidades que propõe mudanças rápidas à sociedade;
Integração e relativização dos conhecimentos!
Programação genética (pacotes especializados de respostas frente a estímulos e ambientes determinados) e Aprendizagem (possibilidade de modificar ou modelar as pautas de comportamento diante das mudanças que se produzem no ambiente);
Algumas capacidades como a linguagem, humor, mentira, ironia, são imprescindíveis para que possamos nos adaptar ao nosso ambiente, que é a cultura da sociedade.
A FUNÇÃO FUNDAMENTAL DA APRENDIZAGEM HUMANA É INTERIORIZAR OU INCORPORAR A CULTURA, PARA ASSIM FAZER PARTE DELA.
Graças à aprendizagem incorporamos a cultura, que por sua vez traz incorporadas novas formas de aprendizagem.
As atividades de aprendizagem devem ser entendidas no contexto das demandas sociais que as geram, isso quer dizer que cada sociedade, cada cultura, gera suas próprias formas de aprendizagem.
Não muda apenas O QUE se aprende, mas também A FORMA com que se aprende.
1º sistema de escrita: serve para expressar em tabuinhas de cera as contas e transações agrícolas, a forma de vida daquela sociedade, mas que se estende depois a muitos usos sociais. Nasce também a primeira escola, “casas de tabuinha”. A aprendizagem era memorística e repetitiva. A função de aprender era meramente reprodutiva, os aprendizes deviam ser eco de um produto cultural.
Escrita como memória da humanidade e constituinte do objetivo fundamental da aprendizagem formal.
Atenas de Péricles: aprendizagem memorística, por tradição oral.
Arte da mnemônica: técnicas como associar cada elemento de informação a um lugar conhecido, ou formação de imagens mentais.
Academia de Platão: método socrático, baseado no diálogo e dirigido mais à persuasão do que mera repetição do aprendido.
Idade Média: poder por parte da Igreja, foco as obras eclesiásticas. Único conhecimento verdadeiro era o religioso.
AS MUDANÇAS MAIS NOTÁVEIS NA CULTURA DA APRENDIZAGEM SE DEVEM A UMA NOVA REVOLUÇÃO NA TECNOLOGIA DA ESCRITA. INVENÇÃO DA IMPRENSA! -> maior divulgação e generalização do conhecimento, como também um acesso e conservação mais fáceis do mesmo, libertando a memoria da pesada carga de conservar todo esse conhecimento. Escrita como memória da humanidade.
A partir de quando se difunde o conhecimento se descentraliza, perde sua fonte de autoridade. 
Devemos aprender a conviver com saberes relativos, parciais, fragmentos de conhecimento, que substituem as verdades absolutas de antigamente e que requerem uma contínua reconstrução ou integração. 
O que nos leva à construção do conhecimento, devemos aprender a construir nossas próprias verdades relativas que nos permitam tomar parte ativa na vida social e cultural.
Nova cultura da aprendizagem -> própria das modernas sociedades industriais, se define por uma educação generalizada e uma formação permanente e massiva, por uma saturação informativa produzida pelos novos sistemas de produção, comunicação e conservação da informação, e por um conhecimento descentralizado e diversificado.
A sociedade da aprendizagem -> Na escola generalizada se ensina a ler e a escrever não como meio para ter acesso a outros saberes, mas como um fim em si mesmo.
A extensão da base do sistema educativo faz com que esse sistema alcance camadas da população cada vez mais distanciadas dessas supostas necessidades formativas que não compartilham a cultura da aprendizagem escolar.
Nunca na história da humanidade tenha havido tantas pessoas dedicadas ao mesmo tempo a adquirir, por prazer, conhecimentos tão inúteis e extravagantes. É que nunca houve tantas pessoas ociosas.
Um dos traços da sociedade da aprendizagem é a demanda de aprendizagens CONTÍNUAS E MASSIVAS.
A aprendizagem requer prática e esforço. A necessidade de uma aprendizagem continua nos obriga a um ritmo acelerado, quase neurótico, em que não há prática suficiente, com o que apenas consolidamos o aprendido e o esquecemos com facilidade.
Outro traço da sociedade de aprendizagem é a manipulação dos contextos de aprendizagem e suas metas. Temos que aprender muitas coisas, e muitas coisas diferentes. A sociedade da aprendizagem requer uma concepção múltipla, complexa e integradora, segundo a qual nós seres humanos, disporíamos de diversos sistemas de aprendizagem, produtos da filogênese e da cultura, que deveríamos usar de modo discriminativo em função das demandas dos diferentes contextos de aprendizagem com que nos defrontamos cotidianamente. 
3º traço: Necessidade de aprender a aprender. É necessário que adotemos estratégias distintas para aprender as diversas coisas que nos é exigido.
Sociedade da Informação -> as mudanças radicais na cultura da aprendizagem estão ligadas historicamente ao desenvolvimento de novas tecnologias na conservação e na difusão da informação.
1ª revolução cultural na aprendizagem: invenção das tabuinhas, em que o conhecimento deixava de estar apenas na memória humana, e passa a ser algo “concreto”.
2ª revolução cultural na aprendizagem: invenção da imprensa. O conhecimento é difundido mais rapidamente. Inicia-se a era da descentralização dos saberes. Com isso, a memoria repetitiva, a aprendizagem reprodutiva perde o prestígio entre as elites intelectuais. A CIENCIA NÃO PODE SER MEMORIZADA TEM DE SER COMPREENDIDA. 
Na segunda metade desse século, estamos assistindo a uma terceira revolução para uma nova cultura da aprendizagem. Temos acesso quase instantâneo à informação escrita e audiovisual. A informação chega até nós através dos meios de comunicação social.
Como consequência, o sistema de ensino formal perdeu a primazia na transmissão de informação. Esses programas escolares continuam funcionando como se a sociedade da informação não existisse, e assim os alunos tem pouca oportunidade de organizar e dar sentido aos saberes informais e relaciona-los com os conhecimentos aprendidos na escola, q por vezes são menos atrativos.
Duas funções da aprendizagem -> Previsão e controle.
Na sociedade atual, devido a grande demanda de conhecimento e informação que nos chega a cada momento, a aprendizagem repetitiva é ineficaz e insuficiente. 
Chega-nos muita informação, e é o consumidor quem deve organizar ou dar significado a elas. Uma informação desorganizada costuma levar a formas de aprendizagem repetitiva, sem compreensão da mesma.
A fragmentação da informação esta muito unida à descentração do conhecimento, que constitui um dos traços mais definitivos da cultura da aprendizagem atual.
Nosso conhecimento nunca poderá ser o reflexo do mundo! Conhecer não é refletir a realidade, é elaborar modelos que se pareçam o mais possível ao que sabemos dessa realidade.
O conhecimento é uma construção, todo fato está tingido de teoria e que, portanto, a ciência avança elaborando teorias mais que levantando dados.
Devemos DUVIDAR do conhecimento, interpreta-lo, para assim compreende-lo.
Cultura baseada em reproduzir saberes previamente estabelecidos PARA uma cultura da compreensão, da analise critica, da reflexão sobre o que fazemos e acreditamos e não só do consumo, mediado e acelerado pela tecnologia, de crenças e modos de fazer fabricados fora de nós.
2º capitulo – Da associação à construção
1ª teoria da aprendizagem: Platao, RACIONALISMO (INATISMO). O conhecimento é sempre a sombra, o reflexo de algumas ideias inatas, que constituem nossa racionalidade humana. Para ele, a aprendizagem tem a função apenas de reflexão, usando a razão, para descobrir os conhecimentos inatos que jazem dentro de nós. Nega relevância à aprendizagem.
2ª teoria da aprendizagem: Aristoteles, EMPIRISMO. Origem do conhecimento esta na experiência sensorial, que nos permite formas ideias a partir da ASSOCIAÇÃO entre as imagens proporcionadas pelos sentidos. Para Aristoteles, ao nascer nos somos uma tabula rasa. Principio da correspondência (td que fazemos e conhecemos é reflexo da estrutura do ambiente e corresponde fielmente a realidade) e equipotencialidade(os processos de aprendizagem são universais, são os mesmos em todas as tarefas, em todas as pessoas e espécies).
OS PROCESSOS DA APRENDIZAGEM HUMANA NÃO SÃO APENAS PRODUTO DA EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE, MAS TAMBÉM DA CULTURA.
MODELO CONSTRUTIVISTA: Modelo construído ou elaborado a partir de nossa experiência, mas não tirado diretamente dela.
Para o construtivismo o conhecimento é sempre uma interação entre a nova informação que nos é apresentada e o que já sabíamos, e aprender é construir modelos para interpretar a informação que recebemos.
Aprendizagem como produto da experiência na natureza humana. Neste ponto aproxima-se do empirismo já que se aprende com a experiência porem se distancia ao defender que essa aprendizagem é sempre uma construção e não uma mera réplica da realidade.
Teoria psicológica da aprendizagem
Construção estática do conhecimento: assimila-se a nova informação às estruturas de conhecimento já existentes. O que aprendemos depende em boa parte do que já sabíamos. Compatível com o racionalismo e associacionismo.
Construção dinâmica do conhecimento: os processos mediante os quais o conhecimento muda. Reestruturação.
Associar e Construir: embora nas diferentes situações possa predominar um ou outro tipo de aprendizagem, é provável que em toda situação complexa – como são a maioria das que preocupam alunos e professores – ocorram tanto processos associativos como de reconstrução cognitiva. 
Quanto mais abertas ou variáveis sejam as condições em que se devam aplicar os conhecimentos e as habilidades adquiridos, mais relevante sera a aprendizagem CONSTRUTIVA. Quanto mais repetitivas ou rotineiras forem essas condições, mais eficaz se mostrará uma aprendizagem associativa ou reprodutiva.