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ATOS ADMINISTRATIVOS resumão

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ATOS ADMINISTRATIVOS: é toda manifestação de vontade da Adm. Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato Adquirir, Resguardar, Transferir, Modificar, Extinguir e Declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. (Hely)
Manifestação ou declaração da adm. Pública, nesta qualidade, ou de particulares no exercício de prerrogativas públicas, que tenha por fim imediato a produção de efeitos jurídicos determinados, em conformidade com o interesse público e sob o regime de direito público. (Alexandrino); e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional.
Não se confundem com atos políticos ou de governo, que não estão sujeitos à teoria geral dos atos adm.
Para efeitos deste resumo, a abreviação Adm.=Administração Pública e adm.=administrativo(a)
REQUISITOS DE VALIDADE ou ELEMENTOS:
COMPETÊNCIA: V – poder atribuído por lei. Intransferível, irrenunciável, imprescritível, imodificável, improrrogável, de exercício obrigatório. A delegação e avocação são, em regra, permitidas (aí é discricionária), salvo na competência exclusiva.
FINALIDADE: V – o objetivo que se quer alcançar: interesse público. Deverá estar indicada na lei, expressa ou implicitamente
FORMA: V – meio de exteriorização do ato.
MOTIVO: D – é o pressuposto de fato (conjunto de circunstâncias, acontecimentos, situações) e de direito (dispositivo legal) que serve de fundamento para a prática do ato. Pode ser vinculado quando a lei dispor.
OBJETO: D – conteúdo do ato. Efeito jurídico imediato que o ato produz. Aquilo sobre o que o ato decide, o que o ato enuncia. Pode ser vinculado quando a lei dispuser expressamente sobre qual será o conteúdo do ato.
ATRIBUTOS:
Presunção de Legitimidade, Imperatividade, Auto - Executoriedade, Tipicidade
MÉRITO ADMINISTRATIVO: é a valoração dos motivos e a escolha do objeto do ato, quando a Adm. é autorizada a decidir sobre a conveniência, oportunidade e justiça do ato a realizar. É pertinente apenas aos atos adm. Discricionários. 
Nos atos vinculados, todos os requisitos de validade do ato (competência, finalidade, forma, motivo e objeto) estão vinculados aos ditames legais.
Nos atos discricionários, além dos elementos vinculados (competência, finalidade e forma) existem o motivo e o objeto, em relação aos quais a Adm. pública decide livremente e sem possibilidade de correção judicial, salvo se agir com excesso ou desvio de poder.
O mérito administrativo só abrange os elementos não vinculados do ato adm., ou seja, aqueles que admitem uma valoração de eficiência, oportunidade, conveniência e justiça.
ESPÉCIES:
NORMATIVOS:
 - Decretos: explicitar a norma legal. Autônomos: dispõe temporariamente sobre matéria ainda não regulada especificamente em lei. Regulamentar: visa explicar a lei e facilitar sua execução.
- Regulamentos: postos em vigência por Decreto, para especificar os mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinadas, não é ato legislativo, é supletivo da lei.
		- Instruções Normativas: para a execução das leis, decretos e regulamentos.
	- Regimentos: atos normativos de atuação interna; regem o funcionamento de órgãos colegiados e corporações legislativas.
- Resoluções: expedidos pelas altas autoridades do Executivo (exceto o Chefe), Tribunais ou órgãos legislativos e colegiados, para disciplinar matéria de sua competência específica. São inferiores ao regulamento e ao regimento, não podendo inová-los.
- Deliberações: atos normativos (atos gerais) ou decisórios (atos individuais) emanados de órgãos colegiados.
ORDINATÓRIOS: 
 - Instruções: ordens escritas e gerais sobre o modo e forma de execução de determinado serviço público, expedidas pelo superior hierárquico a fim de orientar os subalternos em suas atribuições e assegurar unidade de ações.
 - Circulares: ordens escritas de caráter uniforme, expedidas a determinados agentes.
 - Avisos: destinados a dar notícia ou conhecimento de determinado assunto.
 - Portarias: atos adm. internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados. Não atingem nem obrigam aos particulares.
 - Ordens de Serviço: determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou serviços públicos autorizando seu início ou contendo imposições de caráter adm. ou técnico.
 - Provimentos: atos adm. internos contendo instruções que a Corregedoria ou os Tribunais expedem para a regularização e uniformização dos serviços, especialmente os da Justiça, com o objetivo de evitar erros e omissões na observância da lei.
 - Ofícios: comunicações das autoridades entre si, em caráter oficial.
 - Despachos: decisões que as autoridades executivas, legislativas ou judiciárias, em funções administrativas, proferem em papéis, requerimentos e processos sujeitos à sua apreciação.
NEGOCIAIS: contém uma declaração de vontade do Poder Público coincidente com a pretensão do particular visando a concretização de negócios jurídicos públicos ou a atribuição de certos direitos e vantagens ao interessado. Produzem efeitos concretos e individuais para seu destinatário e para a Adm. que os expede.
		 - Licença: Vinculado e Definitivo. Quando o interessado atendeu às exigências legais. Faculta-lhe o desempenho de atividades ou a realização de fatos materiais antes vedados.
	 - Autorização: Discricionário e Precário. Possibilita ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de det. Bens particulares ou públicos, de seu uso exclusivo ou interesse que a lei condiciona à aquiescência prévia da Adm., tais como o uso especial de bem público, o porte de arma, o trânsito por det. locais. 
		 - Permissão: Discricionário e Precário. Faculta ao particular a execuçãod e serviços de interesse coletivo ou o uso especial de bens públicos, a título gratuito ou remunerado, nas condições que a Adm. estabelece. Não se confunde com a Concessão: contrato adm. bilateral, ou com a Autorização: ato adm. unilateral. 
		 - Aprovação: Adm. verifica a legalidade e o mérito de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras entidades ou de particulares, dependentes de seu controle, e consente na sua execução ou manutenção.
		 - Admissão: Vinculado. A Adm. verifica a satisfação de todos os requisitos legais pelo particular e defere-lhe situação jurídica de seu interesse, como ingresso mediante concurso.
		 - Visto: a Adm. controla outro ato da própria Adm. ou do administrado, aferindo sua legitimidade formal para dar-lhe exeqüibilidade.
		 - Homologação: ato adm. de controle pelo qual a autoridade superior examina a legalidade e conveniência de ato anterior da própria Adm., de outra entidade ou de particular, para dar-lhe eficácia.
		 - Dispensa: ato adm. que exime o particular de determinada obrigação exigida por lei.
		 - Renúncia: Adm. extingue unilateralmente um crédito ou direito próprio, liberando definitivamente a pessoa obrigada. Não admite condição e é irreversível uma vez consumada.
		 - Protocolo Administrativo: ato negocial pelo qual a Adm acerta com o particular a realização de det. empreendimento ou atividade ou a abstenção de certa conduta, no interesse recíproco da Adm. e do administrado. É Vinculante, pois gera direitos e obrigações entre as partes.
ENUNCIATIVOS
- Certidões: cópias fiéis de atos ou fatos constantes de processo, livro ou documentos que se encontrem nas repartições. Podem ser de inteiro teor ou resumidas, desde que expressem fielmente o que contém no original.
- Atestados: comprovação de um fato ou situação transeunte, passível de modificação freqüente, de que tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
- Pareceres: manifestações de órgãos técnicos. De caráter meramente opinativo, não vinculando a Adm. ou os particulares à sua motivação ou conclusões. Podem ser normativos ou técnicos.
- Apostilas: atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei.
		 
PUNITIVOS
		 - Multa: imposição pecuniária,compensação do dano presumido da infração.
	 - Interdição de atividade: ato pelo qual a Adm. veda a alguém a prática de atos sujeitos ao seu controle ou que incidam sobre seus bens.
- Destruição de Coisas: ato sumário pelo qual se inutilizam produtos ou objetos imprestáveis ou nocivos ao consumo ou proibidos por lei.
CLASSIFICAÇÃO
Quanto aos Destinatários:
		 - Atos Gerais: sem destinatários determinados. Devem ser publicados em meio oficial pois se destinam a produzir efeitos externos. Não podem ser impugnados por recurso administrativo. Não podem ser anulados por ação judicial diretamente, só incidentalmente. Pode ser impugnado por ADI.
		 - Atos Individuais: se dirigem a um destin. certo, criando-lhe sit. jurídica particular, mas devem observar os atos gerais pertinentes, pode ser um único destin. (ato singular) ou diversos destin. (ato plúrimo), desde que determinados. Os que devam produzir efeitos externos devem ser publicados em meio oficial. Podem ser vinculados ou discricionários. Só é revogável se não tiver gerado direito adquirido para seu destinatário. Admitem recurso adm. e ações judiciais.
Quanto ao Alcance:
- Atos Internos: produzem efeitos nas repartições. Incidem somente sobre os órgãos e agentes da Adm. que os expediram. Não geram direitos adquiridos e podem ser revogados a qquer tempo.
- Atos Externos: alcançam os administrados em geral, contratantes e, em alguns casos, os próprios servidores ou que devam produzir efeitos fora da repartição que os editou, criando direitos e obrigações gerais ou individuais. É condição de vigência e eficácia a publicação, exceto se não necessitar que seja conhecido do público em geral
Quanto ao Objeto: (teve importância na Teoria da Dupla Personalidade do Estado – Dir. Público/Dir. Privado, hoje está em desuso)
		 - Atos de Império: Adm. utiliza de sua supremacia do interesse público, impondo coercitivamente aos administrados, unilateralmente. Praticados de ofício, são obrigatórios, mas podem ser questionados judicialmente.
		 - Atos de Gestão: sem uso da supremacia, mera gestão, preparatórios do demais.
		 - Atos de Expediente: dar andamento aos processos e papéis que tramitam internamente. Não tem conteúdo decisório, não podem vincular a Adm.
Quanto à Liberdade do Agente:
		 - Atos Vinculados: lei estabelece os requisitos e condições para sua realização.
	 - Atos Discricionários: Adm. pode praticar com liberdade de escolha do conteúdo, destinatário, conveniência, oportunidade e modo de realizar. Valoração dos Motivos e escolha do Objeto (conteúdo).
Quanto à Vontade Concorrente:
		 - Atos Simples: resultam da vontade de um único órgão, unipessoal ou colegiado. Não interessa o número de pessoas que pratica o ato, mas sim a expressão da vontade, que deve ser unitária.
		 - Atos Complexos: conjugação de vontades de mais de um órgão ou autoridade (diferentes), antes disso é um ato imperfeito, que não pode ser atacado e os prazos não correm. É diferente de uma série de atos encadeados, como na licitação, aqui, são várias vontades que formam um só ato.
		 - Ato Composto: resultam da vontade única de um órgão, mas dependem da verificação (outro ato que o aprove) por parte de outro órgão para se tornarem exeqüíveis, para que produza efeitos; a função desse outro ato é instrumental: autorizar/aprovar a prática do ato principal, ou lhe conferir eficácia, não o altera, seu conteúdo é formado pela manifestação de uma só vontade. Esse outro ato pode ser posterior(confere eficácia) ou prévio(autoriza) ao principal, sendo prévio, é condição imprescindível para a prática do principal, que nem chega a existir. 
Quanto aos Efeitos ou Resultados do ato:
		 - Ato Constitutivo: cria uma nova situação jurídica individual para seus destinatários, em relação à Adm.. pode ser o reconhecimento de um direito ou a imposição de uma obrigação.
		 - Ato Extintivo: ou Desconstitutivo, põe fim a situações jurídicas individuais existentes.
 - Ato Modificativo: altera situações preexistentes, sem provocar sua extinção, modifica det. situação jurídica a ele anterior, mas não suprime direitos ou obrigações.
		 - Ato Declaratório: afirma a existência de um fato ou de uma situação jurídica anterior a ele, confere certeza jurídica, mas não cria nova situação jurídica, tampouco modifica ou extingue uma situação existente.
		 - Enunciativos (somente para alguns autores): atos que contém um juízo de valor, uma opinião, sugestão ou recomendação de atuação administrativa, p. ex.: Pareceres. Não produzem, por si sós, efeitos jurídicos, dependendo sempre de outro ato, de conteúdo decisório, que eventualmente adote como razão de decidir a fundamentação expedida no ato enunciativo.
Classificação de Léon Duguit dos atos jurídicos em geral:
		 - Ato-Regra: emanados dos órgãos competentes para proferirem comandos gerais e abstratos, não destinados a qualquer indivíduo determinado. Criam situações gerais, abstratas e impessoais a qualquer tempo modificáveis por quem as produziu. Ex.: Atos administrativos em geral, Regulamentos.
		 - Ato-Condição: ato praticado por um indivíduo (PF ou PJ), que o insere, voluntariamente ou não, em um det. regime jurídico preestabelecido. Esse ato causa um conjunto de consequencias jurídicas obrigatórias ao indivíduo, criadas pelos Atos-Regra. Ex.: posse em um cargo.
		 - Ato-Subjetivo: ou Ato Individual, ato praticado por um indivíduo (PF ou PJ), em que este possui razoável liberdade para estabelecer as características do vínculo jurídico a que se submete. A vontade do indivíduo pode, nos limites da lei, configurar os efeitos jurídicos da relação em que ele pretende inserir-se. Ex.: contrato.
ATO VÁLIDO: que respeitou, em sua formação, todos os requisitos jurídicos relativos à competência para sua edição, à sua finalidade, à sua forma, aos motivos determinantes de sua prática e a seu objeto.
ATO NULO: nasce com vício insanável resultante da ausência ou defeito substancial em um de seus elementos constitutivos (motivo, finalidade, objeto). É um ato ilegal ou ilegítimo que não pode ser convalidado. Eventuais efeitos já produzidos perante terceiros de boa-fé, antes da anulação do ato, serão mantidos, mas só os efeitos, não o ato em si. Na esfera Federal, o prazo para anulação é de cinco anos, salvo comprovada má-fé.
ATO ANULÁVEL: apresenta vício sanável, ou seja: passível de convalidação (por discricionariedade da Adm.). São sanáveis o vício de competência quanto à pessoa (exceto se for competência exclusiva) e o vício de forma (exceto se for condição essencial à validade do ato). Anulado, os efeitos e regras são = ao do ato nulo.
ATO INEXISTENTE: possui apenas aparência de manifestação da vontade da Adm., mas, em verdade, não se origina de um agente público. Nenhum efeito que tenha produzido pode ser validamente mantido, nem mesmo perante terceiros de boa-fé. Não tem prazo para que sua inexistência possa ser declarada e seus efeitos serem desconstituídos.
Quanto à formação e possibilidade de produção de efeitos do ato administrativo:
ATO PERFEITO: Ato concluído, inteiramente formado. Que já completou todas as fases de sua produção. Diz respeito à conformidade do ato com a lei, com as exigências de legalidade e legitimidade. O ato pode ser perfeito, por ter completado seu ciclo de formação, mas ser inválido, por estar em desacordo com a lei ou os princípios jurídicos; o que não se pode é dizer se um ato é válido ou inválido, enquanto ele não estiver concluído, pois nem mesmo existe.
ATO EFICAZ = Ato Exequível: Ato perfeito que já pode produzir os seus efeitos. Já disponível para produção de seus efeitos próprios; a produção de efitos não depende de evento posterior, como uma condição suspensiva, um termo inicial ou um ato de controle. Um ato inválido pode ser eficaz: se o ato já completou sua formação, ele é um ato perfeito, estará disponível desde logo para produzir efeitos, isso em razão da presunção de legitimidade e da imperatividade, até que venha a ser impugnado pelo interessado. Para C. A.B de Mello: o ato administrativo é eficaz quando está disponível para a produção de seus efeitos próprios; ou seja, quando o desencadear de seus efeitos típicos não se encontradependente de qualquer evento posterior, como uma condição suspensiva, termo inicial ou ato controlador a cargo de outra autoridade. Eficácia, então, é a situação atual de disponibilidade para produção dos efeitos típicos, próprios, do ato.
ATO INEFICAZ: expressão genérica aplicável a qualquer ato que não tenha possibilidade efetiva de produzir efeitos atuais. Pode se ineficaz porque ainda é imperfeito, ou já foi extinto, ou já exaurido (ou consumado), ou ainda ser um ato pendente, que é ineficaz porque ainda não iniciou a produção de seus efeitos. 
ATO PENDENTE: Ato perfeito que não pode ainda produzir efeitos, porque depende do implemento de um termo ou condição (todo ato pendente é ineficaz). Esse ato, embora perfeito, está sujeito a condição (evento futuro e incerto) ou termo (evento futuro e certo) para que comece a produzir efeitos.
ATO CONSUMADO (ou Exaurido): já esgotou sua possibilidade de produzir efeitos, já produziu todos os efeitos que estava apto a produzir.
EM SUMA: o ato incompleto em sua formação é um ato imperfeito; o ato completo em sua formação é um ato perfeito; esse ato perfeito pode ser eficaz, por estar já disponível para produzir efeitos (não está sujeito a termo ou condição), ou ser um ato pendente, por estar sujeito a um termo ou condição para que possa iniciar a produção de seus efeitos (o ato pendente é um ato ineficaz).
Um ato pode ser (Celso A. Bandeira de Mello):
PERFEITO, VÁLIDO E EFICAZ: quando, concluído o seu ciclo de formação, encontra-se plenamente ajustado às exigências legais e está disponível para deflagração dos efeitos que lhe são típicos;
PERFEITO, INVÁLIDO E EFICAZ: quando, concluído o seu ciclo de formação e apesar de não se achar conformado ás exigências normativas, encontra-se produzindo os efeitos que lhe seriam inerentes;
PERFEITO, VÁLIDO E INEFICAZ: quando, concluído o seu ciclo de formação e estando adequado aos requisitos de legitimidade, ainda não se encontra disponível para a eclosão de seus efeitos típicos, por depender de um termo inicial ou de uma condição suspensiva, ou autorização, aprovação ou homologação, serem manifestados por uma autoridade controladora;
PERFEITO, INVÁLIDO E INEFICAZ: quando, esgotado seu ciclo de formação, sobre encontrar-se em desconformidade com a ordem jurídica, seus efeitos ainda não podem fluir, por se encontrarem na dependência de algum procedimento previsto como necessário para a produção de seus efeitos (condição suspensiva ou termo inicial, ou aprovação ou homologação de pendentes de outro órgão).
Ato EFICAZ X Ato EXEQUÍVEL: alguns autores entendem que Ato Eficaz é aquele que tem aptidão para produzir efeitos, mesmo que se trate de uma aptidão potencial, sujeito a termo ou condição. Para esses, Ato Exequível seria aquele que pode, desde já, produzir os seus efeitos, assim, Ato Eficaz seria o mesmo que Ato Perfeito e o Ato Exequível seria o mesmo que os outros entendem por Ato Eficaz, acima explicado.
EXTINÇÃO do Ato Administrativo
Revogação: é ato adm. discricionário pelo qual a Adm. extingue um ato válido, por razões de oportunidade e conveniência.
Anulação: invalidação, por razões de ilegalidade (conta a lei ou abuso por excesso ou desvio, ou relegação dos princípios gerais do Dir.) ou ilegitimidade. Realizado pela Adm. ou pelo Judiciário (se provocado). Produz efeitos retroativos. É vinculado.
Convalidação: saneamento de um vício. Efeito retroativo. Somente pela Adm, não pelo Judiciário. É discricionário.
Leonardo Fábio Wobeto Demari – Pós-Graduando em Direito administrativo – 2016. Compêndio extraído de diversas obras de Direito Administrativo objetivando uma análise global, diversificada e resumida do instituto em tela.
leonardodemari@gmail.com

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