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TCC Léocadio C.A.Costa

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO 
CAMPUS CARAÚBAS 
CURSO CIÊNCIA E TECNOLOGIA 
 
 
 
 
 
LEOCÁDIO CRISTINO AIRES COSTA 
 
 
 
 
 
CONSTRUÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE AEROMODELO ELÉTRICO DE BAIXO 
CUSTO, USANDO UMA METODOLOGIA DE PROJETO. 
 
 
 
 
 
 
CARAÚBAS - RN 
2016 
 
 
LEOCÁDIO CRISTINO AIRES COSTA 
 
 
 
CONSTRUÇÃO E OTIMIZAÇÃO DE AEROMODELO ELÉTRICO DE BAIXO 
CUSTO, USANDO UMA METODOLOGIA DE PROJETO. 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de 
Curso apresentado à Universidade 
Federal Rural do Semi-Árido – 
UFERSA, Campus Caraúbas para a 
obtenção do título de Bacharel em 
Ciência e Tecnologia. 
 
Orientador: Prof. M.Sc. Diego 
David Silva Diniz – UFERSA 
 
 
 
 
 
CARAÚBAS- RN 
2016 
 
 
 
LEOCÁDIO CRISTINO AIRES COSTA 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de 
curso apresentado à Universidade 
Federal Rural do Semi-Árido – 
UFERSA, Campus Caraúbas para a 
obtenção do título de Bacharel em 
Ciência e Tecnologia. 
 
APROVADO EM: 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
_____________________________________________ 
Prof. Me. Diego David Silva Diniz - UFERSA 
Presidente 
 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. Diego Paes de Andrade Peña - UFERSA 
Primeiro Membro 
 
 
 
_____________________________________________ 
Prof. Me. Wendel Albano - UFERSA 
Segundo Membro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha família e em 
especial ao meu orientador. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Ao Professor Diego David Silva Diniz pelo empenho e dedicação durante a orientação 
deste trabalho. 
Aos colegas e professores da UFERSA pelo conhecimento transmitido, pelo 
companheirismo e apoio ao longo destes quatro anos. 
A todos aqueles que participaram da minha formação, com os quais tive a oportunidade 
de não só aprender, mas também dividir conhecimento e experiências que serão levados 
para o resto da vida. 
A todos, meu muito obrigado! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira fase do saber é amar os nossos professores. 
(Erasmo de Roterdã) 
 
 
RESUMO 
À prática do aeromodelismo como hobby já é bem conhecida, mas não é muito 
popular, apesar de encantar crianças e adultos, pois este hobby pode ter um alto custo e 
seu projeto é, em tese, muito complicado, além de envolver muito tempo e estudo na sua 
construção. Um projeto aeromodelo está, fundamentalmente, relacionado à engenharia 
aeronáutica, em que consiste em conceber, construir uma aeronave em escala reduzida, 
operado por meio de rádio controle. Em se tratando do projeto de um avião, uma análise 
criteriosa dos componentes deverá ser obedecida, no intuito de buscar a melhor 
configuração geométrica, capaz de obter uma integridade estrutural rígida e que seja 
fácil a execução em sua fabricação. Além disso, deseja-se estudar sob o ponto de vista 
da Engenharia mecânica, a resistência dos materiais utilizados, bem como uma análise 
do conjunto montado, através do diagrama cinemático de força e das equações regentes 
da dinâmica e do comportamento do material. Esse trabalho foi realizado com base na 
metodologia de projetos e com auxílio de software para projetos mecânicos, o Autodesk 
Inventor 3D CAD/CAE, para modelagem, simulação e plotagem do projeto de um 
modelo Cesnna 182. Assim, o trabalho foi dividido em três etapas: construção do 
protótipo, otimização dos componentes da aeronave e testes de voo, cujo a finalidade é 
proporcionar um aeromodelo de baixo custo, com uma forma simples de construção, 
permitindo que o público leigo tenha a oportunidade de ter o aeromodelismo como 
hobby. 
 
Palavras chave: Construção, Otimização de um Aeromodelo Comecial; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
The practice of model airplanes as a hobby is already well known , but it is not 
very popular , despite delight Children and Adults, as this hobby can be expensive and 
your project is , in theory, very complicated and involves much time and study in its 
construction. A model airplane design is, fundamentally, related to aeronautical 
engineering, consisting of conceive, build and operate an aircraft, in reduced scale , 
through a radio controlled. In the case of design of an airplane, a careful analysis of the 
components must be obeyed, in order to seek the best geometric configuration, able to 
obtain a rigid structural integrity and easy execution of construction. Besides that, want 
to study from the point of view of mechanical engineering, the resistance of the 
materials used, as well as an analysis of mounting, through the kinematic diagram of 
force and conductors equations of dynamics and material behavior. This work was 
carried out based on project methodology and software support for mechanical design , 
Autodesk Inventor 3D CAD/CAE, for modeling , simulation and plotting the design of a 
Cesnna 182 model. Thus, the work was divided into three phases: construction of the 
prototype , optimization of aircraft components and flight tests, whose purpose is to 
provide a low cost model airplane with a simple construction, allowing the general 
public has the opportunity to have model airplanes as a hobby. 
 
Keywords: Construction Optimization of a Commercial Model Aircraft; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
1- INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 15 
1.1- OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 16 
1.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 16 
1.3- JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 16 
1.4- ESCOPO DO TRABALHO .................................................................................. 18 
2- REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 19 
2.1- UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE AEROMODELISMO NO BRASIL. .......... 20 
2.2- AVIÃO ................................................................................................................. 21 
2.2.1- Fuselagem .................................................................................................. 21 
2.2.2- Asa ............................................................................................................. 22 
2.2.3- Cauda ou Empenagem ............................................................................... 23 
2.2.4- Motor ......................................................................................................... 24 
2.2.6- Trem de Pouso ........................................................................................... 26 
2.3- DinÂmica do avião ............................................................................................... 26 
2.3.1- Estabilidade ............................................................................................... 26 
2.3.2- Dirigibilidade ............................................................................................. 27 
2.3.3- Movimentos da Aeronave .......................................................................... 28 
2.3.4- Controles Fundamentais ............................................................................28 
2.3.4.1- Ailerons .............................................................................................. 29 
2.3.4.2- Profundor ............................................................................................ 29 
2.3.4.3- Leme ................................................................................................... 30 
2.4- TRIMAGEM DA AERONAVE ........................................................................... 31 
3- METODOLOGIA .................................................................................................... 33 
4- RESULTADOS ......................................................................................................... 35 
4.1- PROJETO INFORMACIONAL ........................................................................... 35 
 
 
4.2- PROJETO CONCEITUAL ................................................................................... 36 
4.2.1- Layout´s ............................................................................................................... 36 
4.3- PROJETO PRELIMINAR ................................................................................... 38 
4.3.1- Pesquisa de materiais ................................................................................. 38 
4.3.2- Construção do projeto no cad/cae. ............................................................. 41 
4.4- PROJETO DETALHADO .................................................................................... 45 
4.4.1- Construções do projeto detalhado no cad/cae ......................................... 46 
4.4.2- Criação de desenhos técnicos para fabricação .......................................... 48 
4.6- TESTES ................................................................................................................ 50 
4.7- RESULTADOS DOS TESTES ............................................................................ 51 
4.8- REPROJETO E OTIMIZAÇÃO DO PROJETO .................................................. 55 
4.8.1- Reforçando asa .......................................................................................... 56 
4.8.2- Alinhando o centro de gravidade e preparar para o voo .......................... 58 
4.9- PROJETO PRONTO ............................................................................................ 60 
4.10- Viabilidade do projeto ........................................................................................ 62 
5- CONCLUSÃO .......................................................................................................... 63 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA .......................................................................... 65 
APÊNDECE A – Manual para a construção ............................................................. 66 
4.5- FABRICAÇÃO DO PROTÓTIPO ....................................................................... 67 
4.5.1- Construção e corte dos moldes .................................................................. 67 
4.5.2- Montagem e colagem ................................................................................ 68 
4.5.3 Construção e montagem detalhado ............................................................. 69 
4.5.4- Construção do trem de pouso .................................................................... 74 
4.5.5- Fabricação das rodas .................................................................................. 75 
4.5.6- Fabricação de um cortador de isopor elétrico ............................................ 77 
4.5.7- Acoplamento do airelon a asa .................................................................... 82 
4.5.8- Linkagem ................................................................................................... 83 
4.5.9- Braço do servo ........................................................................................... 84 
 
 
4.5.10- Horn ......................................................................................................... 84 
4.5.11- Varetas de linkagem ................................................................................ 85 
4.5.12- Stopper ..................................................................................................... 85 
4.5.13- Detalhes da linkagem, horn ..................................................................... 86 
4.5.14- Eletrônica ................................................................................................. 87 
4.5.14.1- ESC ( Eletronic Speed Control)........................................................ 87 
4.5.14.2- Servos ............................................................................................... 89 
4.5.14.3- Motor ................................................................................................ 90 
4.5.14.4- Hélice ................................................................................................ 91 
4.5.14.5- Baterias ............................................................................................. 92 
4.5.14.5- Rádio controle .................................................................................. 92 
4.5.14.7- Esquema de ligação elétrico ............................................................ 94 
APÊNDICE B – Imagens da construção do projeto .................................................. 96 
APÊNDICE C – Desenhos técnicos ........................................................................... 100 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 Planophore 20 
Figura 2 Fuselagem 21 
Figura 3 Asa 22 
Figura 4 Tipos de asa 23 
Figura 5 Empenegem 23 
Figura 6 Tipos cauda 24 
Figura 7 Motores 24 
Figura 8 Nomenclatura de hélice 25 
Figura 9 Trem de pouso 26 
Figura 10 Eixos de coordenadas e superfícies de comando 27 
Figura 11 Controles principais de um aeromodelo 28 
Figura 12 Deflexão dos ailerons 29 
Figura 13 Deflexão do profundor 30 
Figura 14 Deflexão do leme de direção 30 
Figura 15 Alinhamento da trimagem 31 
Figura 16 Ajustre trim 32 
Figura 17 Fluxograma (Maribondo) 33 
Figura 18 Modelo cessna 182 35 
 
 
Figura 19 Planta do modelo Cessna 36 
Figura 20 Layout 37 
Figura 21 Medição e pesagem do (depron) 40 
Figura 22 Medição e pesagem do (isopor P3) 40 
Figura 23 Desenhos dos moldes (escala real) 42 
Figura 24 Desenhos dos moldes em CAD (escala real) 43 
Figura 25 protótipo pronto (escala real) 43 
Figura 26 Seleção do material 44 
Figura 27 Massa calculada pelo programa 45 
Figura 28 Medições de peças 46 
Figura 29 Desenho em genérico 47 
Figura 30 Desenho final 47 
Figura 31 Vista explodida 48 
Figura 32 Desenhos técnicos 49 
Figura 33 Processo de arfragem 51 
Figura 34 Processo de defrexão da asa 52 
Figura 35 Testes para observar a deflexão 52 
Figura 36 Danos sofridos durante os testes 53 
Figura 37 Danos sofridos na asa 54 
Figura 38 Longarinas típicas de madeira 55 
Figura 39 Longarinas metálicas 55 
 
 
Figura 40 Asa antes e depois dos cortes para colocação dos reforços 57 
Figura 41 Reforços colocados na asa 57 
Figura 42 Testes de flexão 58 
Figura 43 Localização do centro de gravidade do aeromodelo 59 
Figura 44 Projeto pronto (desenho) 60 
Figura 45 Projeto pronto (real) 61 
Figura 46 Desenhos dos moldes 67 
Figura 47 Moldes recortados 67 
Figura 48 Montagem e colagem 68 
Figura 49 Protótipo 68 
Figura 50 Construção e montagem 69 
Figura 51 cavernas 69 
Figura 52 Fixação da asa 70 
Figura 53 Método para curvar o depron 71 
Figura 54 Detalhes do corte em chanfro 72 
Figura 55 Representação de como juntar as partes moveis 72 
Figura 56 Colocação do reforço do profundor73 
Figura 57 Fabricação do trem de pouso 75 
Figura 58 Trem de pouso forma final 75 
Figura 59 Fabricação das rodas 76 
Figura 60 Montagem do eixo do trem de pouso 76 
 
 
Figura 61 Método para prender as rodas 77 
Figura 62 Fabricação do cortador de isopor 78 
Figura 63 Esquema de corte e montagem do cortador de isopor 78 
Figura 64 Fixação do fio de aso ao cortador 79 
Figura 65 Cortador finalizado 79 
Figura 66 Esquema de corte para a asa 80 
Figura 67 Blocos finais da asa 81 
Figura 68 Fixação dos gabaritos da asa (perfil) 81 
Figura 69 Corte da asa 82 
Figura 70 Asa cortada 82 
Figura 71 Montagem do aileron a asa 83 
Figura 72 Aileron finalizado 83 
Figura 73 Braço do servo 84 
Figura 74 Horn 84 
Figura 75 Vareta de linkagem 85 
Figura 76 Stopper 85 
Figura 77 Detalhes da linkagem para o horn 87 
Figura 78 Esc 88 
Figura 79 Conexões XT60 e PolyMax 3.5mm 88 
Figura 80 Fixação do servo (carenagem) 89 
Figura 81 Fixação do servo (asa) 90 
 
 
Figura 82 Motor Turnigy D2836/8 90 
Figura 83 Motor e parede corta fogo 91 
Figura 84 Master Airscrew 10x7 Gf Glow 91 
Figura 85 Baterias. 92 
Figura 86 Rádio e receptor 93 
Figura 87 Comandos do Rádio 93 
Figura 88 Esquema de ligação elétrica (Miranda) 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1 Caracteristicas regulamentadas para poliestireno expandido EPS 39 
Tabela 2 Caracteristicas regulamentadas para poliestireno extrudado XPS 39 
Tabela 3 Propriedades dos materias 41 
Tabela 4 Lista de materiais 49 
Tabela 5 Materiais para o cortador de isopor 77 
Tabele 6 Especificações técnicas dos principais componentes eletrônicos 95 
 
 
 
15 
 
1- INTRODUÇÃO 
A história do aeromodelismo iniciou com o engenheiro francês Alphonse 
Penaud. Nascido em Paris, Penaud queria seguir carreira militar, mas foi vitimado por 
reumatismo muscular e então foi compelido a usar muletas. Assim, ele começou a 
estudar e resolver problemas relacionados a vôos. Em abril de 1870, Penaud inventa o 
motor a elástico com tiras retorcidas, que utilizava tiras elásticas para girar uma hélice e 
movimentar o aparelho. No início de 1871, ele construiu o primeiro modelo a elástico 
de uma série, denominado de Planophore. Este protótipo possuía uma hélice propulsora 
simples e voava muito bem, sendo responsável por estabelecer o desenho básico dos 
modelos atuais. 
Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar um procedimento utilizado na 
construção de um aeromodelo com características de baixo custo, não tripulado, guiado 
por rádio controle e sem transporte de carga útil, visando projetar, construir e otimiza-
lo, no qual foi adotado uma metodologia de um projeto aeronáutico, iniciando no 
projeto informacional até os testes. O trabalho teve auxilio de software para projetos 
mecânicos, Autodesk Inventor 3D CAD/CAE, para modelagem, simulação e plotagem 
do projeto. 
VANDELE (1959), propõe que a agilidade na elaboração de um projeto 
conceitual de um aeromodelo é imprescindível, pois não há tempo disponível para 
análises preliminares dos diferentes sistemas que compõem a aeronave. Portanto o 
modelo usado para o projeto foi o Cesnna 182, pois é de fácil construção e seus 
gabaritos podem ser encontrados, com facilidades, em sites especializados. O trabalho 
será dividido em três etapas, já que a proposta é facilitar sua construção, reduzindo 
tempo e custos, assim as etapas são: construção do protótipo, otimização dos 
componentes da aeronave e testes de voo. 
A finalidade deste trabalho é facilitar o acesso do aeromodelismo, como hobby, 
para a população em geral, deste modo é preciso apresentar de forma sucinta e objetiva 
os conceitos relacionados ao processo do desenvolvimento do projeto e fabricação do 
produto, de tal forma que consiga atingir e dar oportunidade para aquelas pessoas que 
que não têm acesso a materiais de custo elevado e de acabamentos finos e complexos. 
16 
 
Assim, será usado materiais conhecidos e de fácil aquisição, como: madeira, PVC, 
borracha e tipos específicos de poliestirenos, (isopor). 
1.1- OBJETIVO GERAL 
Aprimorar, desenhar, construir e otimizar um aeromodelo elétrico de baixo 
custo, não tripulado, guiado por rádio controle e sem transporte de carga útil, utilizando 
a metodologia de projeto adaptada para o meio aeronáutico, o software de desenho para 
engenharia e métodos de fabricação de aeromodelos, voltados a moldagem e 
gabaritagem de fácil execução. 
1.2- OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
-Estudar e aplicar a metodologia de projeto na área de aeromodelos; 
-Produzir um manual escrito e visual, bastante detalhado e simples para ajudar 
aqueles que se interesse em construir seu próprio projeto; 
-Utilizar software de projetos mecânicos Autodesk Inventor para desenhar e 
cotar todas partes e componentes do aeromodelo; 
-Avaliar a dinâmica de voo, tentando obter um aeromodelo ágio, resistente e 
fácil de controlar; 
-Caracterizar e analisar os componentes do protótipo e caso necessite, otimiza-
lo de modo a satisfazer os requisitos necessários para um bom desempenho de voo. 
1.3- JUSTIFICATIVA 
No Brasil, o estudo de engenharia aeronáutica sempre esteve impulsionado 
pelo desejo de repetir e aprimorar o feito realizado por Santos Dumont, (MIRANDA 
2013). Esse desejo fez surgir, em muitos entusiastas, a vontade de construir seu próprio 
projeto aeronáutico, sendo assim, muitos clubes de aeromodelos foram surgindo em 
todo Brasil, estimulando que mais adebitos procurarassem esses clubes no decorrer do 
tempo. 
 À prática do aeromodelismo como hobby já é bem conhecida, mas não é muito 
popular na prática, apesar de encantar crianças e adultos, pois o aeromodelo pode sair 
caro e seu projeto é muito complicado, além de envolver muito tempo e estudo na sua 
construção. 
17 
 
 O aeromodelismo não é um esporte perigoso, mas como qualquer outra 
atividade esportiva, podem surgir riscos se não são aplicadas as normais regras de bom 
senso. Os praticantes sabem que para os aeromodelos não se consegue obter uma total 
segurança de vôo, por isso deve segui todas as normas de segurança, elas servem 
justamente para reduzir o número de acidentes e, no caso se verifiquem, reduzir as 
conseqüências que eventualmente poderiam causar aos pilotos, ao público e ao 
patrimônio. 
Para as pessoas que queiram ter o aeromodelismo como hobby, o aeromodelo 
do tipo elétrico é o mais indicado para iniciar, por ser mais simples, mais barato em 
comparado com outros modelos. 
É muito importante saber algumas características básicas sobre os aeromodelos 
indicados para iniciantes. Magalhães (2011), em seu manual mostra algumas opções que 
apesar de simples e econômicas, produzem resultados aceitáveis, claro que não se deve 
se deve esperar um desempenho excepcional, esses modelos no maxímo dão uma ideia 
do que é o aeromodelismo. O importante é que o iniciante busque modelos baratos 
tanto para construir como para comprar pronto, primeiro comece usando um de 
brinquedo, esses serve como base de aprendizado, e são divertidos. 
 O processo de montagem e desmontagem dos aeromodelos, também, faz parte 
do hobby, pois permite ganhar experiência e conhecimento sobre seu modelo, mesmo 
após de um voo desastroso, que necessita, possivelmente, reconstruir-lo e, 
consequentemente, tornar a voar novamente. Para iniciar a construção de aeromodelos, 
é indicado que o operador tenha algum modelo como base, e conheça o básico das leis 
da aerodinâmica. 
Pessoas com pouco conhecimento nesta área não tem oportunidade de começar 
e construir seu próprio projeto,o que facilitaria é se essa problemática tivesse um 
trabalho bem elaborado, focando no público leigo, mas que apresente interesse em 
construir seu próprio aeromodelo. 
 Utilizando do Autodesk Inventor 3D CAD/CAE, software de desenho voltado 
para a elaboração de projetos mecânicos, é possível contribuir na resolução desta 
problemática, tornando o projeto simples e objetivo, já que o software permite analisar o 
aeromodelo em vistas 3D, permitindo uma melhor visualização do modelo, além da sua 
18 
 
facilidade nos desenhos cotados, que pode apresentar uma facilidade e uma melhor 
elaboração do seu próprio projeto aeronáutico, principalmente nos moldes e gabaritos de 
construção. 
 O intuito desse trabalho é resolver todos esses problemas, apresentando de 
forma simples e objetiva o projeto do aeromodelo e sua formalização da construção, 
focando nos conceitos fundamentais na engenharia mecânica, na metodologia de projeto 
e na dinâmica aeronáutica. Deste modo, será possível mostrar os principais pontos a 
serem observados para elaboração e fabricação de um aeromodelo elétrico de baixo 
custo. 
1.4- ESCOPO DO TRABALHO 
Esse trabalho consiste em pesquisar, buscar melhorias para um projeto e 
construir um aeromodelo modelo de baixo custo seguindo uma metodologia de projeto, 
a primeira parte tem por objetivo apresentar de forma sucinta e objetiva os conceitos 
relacionados ao processo de desenvolvimento do projeto e fabricação de um produto, 
bem como conceitos relativos à organização e gerenciamento deste projeto e 
construção. Desta forma, esse trabalho está dividido basicamente em três partes , uma 
dedicada à metodologia de projeto depois conceituar as principais partes do avião 
juntamente com seus comandos de voo. 
A segunda parte consiste na pesquisa e desenvolvimento do produto, nesse 
caso um aeromodelo, esse desenvolvimento acontece primeiramente para construção de 
um protótipo, essa fase segue paralelamente com o uso do software Autodesk Inventor 
3D CAD/CAE, para todo processo de esboços e desensenhos técnicos. Uma outra 
parte de pesquisa dentro desse tópico também será abordado, vai ser buscado técnicas 
como também formas de organização e administração de todas as atividades envolvidas, 
ou seja, como que este desenvolvimento do protótipo deve ser gerenciado, incluindo 
sua maximização ou seja, aprimoramentos no projeto. 
Na terceira e ultima parte é a conclusão do projeto, obtenção do produto final, 
aquele que atendeu todos os pré requisitos técnicos exigidos nas etapas anteriores e 
que por meio de testes foi comprovado sua funcionalidade e resistência do conjunto 
como um todo. Segue nesse tópico todos os desenhos e detalhamento do projeto. 
19 
 
2- REFERENCIAL TEÓRICO 
A maioria das pessoas já se entreteram em algum instante de suas vidas numa 
construção de um aeromodelo, e sem perceber já estavam aprendendo e colocando em 
prática os conceitos aerodinâmicos básicos. Quem nunca se divertiu com o avião de 
papel, sempre procurando otimizar suas formas e moldes para que este ficasse mais 
tempo no ar e pudesse percorrer maiores distâncias. 
Miranda (2013) descreveu o fascínio do homem em poder voar com o feito do 
brasileiro Alberto Santos Dumont, que tornou esse sonho possível no ano de 1906, em 
Paris. Desde então, estudiosos, entusiastas e aficionados pelo sonho de voar trabalham 
continuamente, com o objetivo principal de aperfeiçoar as máquinas voadoras que tanto 
intrigam a curiosidade das pessoas. 
Para muitos, o que separa o poder de construir um avião feito de papel de um 
projeto mais elaborado de um aeromodelo, seria as dificuldades envolvendo engenharia 
aeronáutica, a construção e os custos de um projeto deste porte. 
 Magalhães (2011) fala em seu trabalho que o aeromodelismo pode, na maioria 
das vezes, ser tomado como um hobby caro, porém, ele ressalta que isso não é 
necessariamente de todo verdade, e argumenta que o aeromodelismo acrescenta o prazer 
de construir e pilotar seu próprio modelo e isso, de certo modo, não tem preço. 
Assim, como Miranda e Magalhães, Da Rosa (2006) escreveu uma literatura 
sobre projetos aeronáuticos, todos esses voltados principalmente para a competição 
SAE - AeroDesign a publicação desse material ajudou bastante os alunos e 
universidades com seus projetos, e gerou uma maior facilidade para aquela pessoa que 
buscava adentrar no mundo do aeromodelismo. Assim, é preciso que mais materiais 
didáticos sejam produzidos para que acrescente um maior conhecimento e facilidades 
para a elaboração de projetos na área de aeromodelos. 
Deste modo, é possível utilizar uma metodologia de projeto para facilitar o 
desenvolvimento e construção do aeromodelo. Uma das metodologias existentes no 
meio da engenharia, em geral, descreve os métodos de análises dos materiais, amostras 
e procedimentos usados para obter os resultados apresentados no trabalho. Portanto, 
todos os detalhes experimentais e análises que podem afetar os resultados devem ser 
20 
 
feitos seguindo as fases: projeto informacional, projeto conceitual, projeto preliminar, 
projeto detalhado, fabricação e testes. 
2.1- UMA BREVE HISTÓRIA SOBRE AEROMODELISMO NO BRASIL. 
O aeromodelismo surgiu em meados do ano de 1871, com o engenheiro francês 
Alphonse Penaud (1850 -1880), demonstrando-o funcionamento do primeiro modelo a 
elástico de uma série, denotado de Planophore, mostrado na figura abaixo. Este possuía 
uma hélice propulsora simples disposta após "os estabilizadores automáticos". Este 
protótipo voava muito bem, tinha uma boa estabilidade dinâmica, com isso este foi o 
precursor e estabeleceu as formas básicas dos modelos atuais. Penaud demonstrou o vôo 
do seu modelo em agosto de 1871, em Paris, para os membros da Sociedade Francesa 
de Navegação Aérea. Seu Planophore atingiu um voo 60 metros de distância a 20 
metros de altura em 13 segundos Lacerda & Cochôa (2006). 
 
Figura 1 – Planophore (Maluf, 2006). 
Sem maiores dados históricos precisos no Brasil, sabe-se que em 1936 uma 
loja situada na Rua Direita, a Casa Sloper vendia material de aeromodelismo. Desde 
1941, a firma Almeida & Veiga importava kits de modelos americanos. Em 19 de julho 
de 1942, foi realizado o I Campeonato Paulista de Aeromodelismo, no Campo de Marte. 
Em 17 de abril de 1943, surge a Casa Aerobrás. O Sr. Ueno fabricou kits dos modelos 
Aspirante e Pernilongo, desenhados por Afonso Arantes; o Gavião, o Extraviador 1000, 
desenhado por H. Miaoka e o Cometa, desenhado por L. Giraldelli. O campo usado para 
a prática do esporte ficava na Av. Rebouças, esquina com a Rua Iguatemi, hoje Faria 
Lima. 
21 
 
2.2- AVIÃO 
Miranda (2010), Um avião é definido como uma aeronave de asa fixa mais 
pesada que o ar, movida por propulsão mecânica, que é mantido em condição de vôo 
devido à reação dinâmica do ar que escoa através de suas asas. Os aviões são projetados 
para uma grande variedade de propostas, porém todos eles possuem os mesmos 
componentes principais. As características operacionais e as dimensões são 
determinadas pelos objetivos desejados pelo projeto. A maioria das estruturas dos 
aviões possuem uma fuselagem, asas, uma empenagem, trem de pouso e o grupo moto-
propulsor. 
Independentemente se alguém irá construir, montar ou comprar um 
aeromodelo, é necessário ter o mínimo de conhecimento sobre a estrutura de um avião, 
como é seu projeto e com funciona, todo aeromodelo segue os mesmos princípios 
físicos de um avião comercial real. Assim, os próximos sub tópicos irão citar e 
caracterizar o funcionamento dos principais componentes de um avião convencional. 
2.2.1- Fuselagem 
É a parte principal da aeronave, caracterizadocomo corpo do avião, onde é preso 
a cauda, motor, asa e outras subpartes do avião, além de todos os componentes que 
ficam instalados no seu interior. A fuselagem normalmente deve conter o mínimo de 
resistência possível ao ar, para otimizar a aerodinâmica, assim como a eficiência do 
sistema como todo. 
 
Figura 2 - Fuselagem. 
22 
 
Miranda (2010), descreve a fuselagem como parte que inclui a cabine de 
comandos, que contém os assentos para seus ocupantes e os controles de vôo da 
aeronave, também possui o compartimento de carga e os vínculos de fixação para outros 
componentes principais do avião, em um aeromodelo a fuselagem é onde ficam todos os 
cabos e a maioria dos compenentes elétronicos. 
2.2.2- Asa 
É responsável pela sustentação do avião no voo, basicamente a sua curvatura ou 
perfil faz com que o ar exerça pressão diferente na parte de baixo e de cima, surgindo 
uma força no avião para cima, esta é chamada de força de sustentação. Isso faz com que 
a aeronave possa subir e descer quando pilotada, e claro faz manter o avião no ar 
equilibrando-o com a gravidade. 
 
 
Figura 3 - Asa. 
A diferenciação dos tipos desse componente são as suas características de 
geometria, no qual pode ser discriminada a respeito da relação de aspecto, 
enflechamento, conicidade, torção geométrica ou torção aerodinâmica Lacerda & 
Cochôa (2006). 
Assim, para os diferentes modelos de avião existe diferentes tipos de asas. No 
caso de um aeromodelo básico, é indicado uma asa de perfil simples, sem 
enflechamento. Vejamos os tipos de montagem de asa: 
23 
 
 
Figura 4 - Tipos de asa. 
Magalhães (2011), diz que aeromodelos têm normalmente asa alta por permitir 
maior campo de visão para baixo, e maior estabilidade, já os hidroaviões possuem asa 
alta para deixar os motores mais longe da água. Aviões acrobáticos ou de caça tem asa 
média, permitindo maior agilidade e visibilidade para cima e para trás. Aviões agrícolas 
normalmente têm asa baixa, facilitando a fixação dos pulverizadores. 
2.2.3- Cauda ou Empenagem 
As superfícies de cauda ou “empenagem”são responsáveis por manter a 
estabilidade do avião. O estabilizador horizontal, semelhante a uma asa menor, é 
responsável por manter a instabilidade no eixo de subir/descer e possui uma superfície 
móvel chamada profundor, que permite ao piloto comandar a subida e descida da 
aeronave. 
 
 
Figura 5 - Empenegem. 
O estabilizador vertical ou “deriva” é responsável por manter o avião voando em 
linha reta, possui uma superfície móvel chamada de leme, cujo tem a mesma função de 
24 
 
um leme de barco ou volante de um automóvel. Alguns modelos usam cauda em V ou 
outros formatos, que apesar de serem diferentes, sempre atuam da mesma forma, como 
é mostrada na figura 6. 
 
 
Figura 6 - Tipos cauda 
2.2.4- Motor 
A função do motor é movimentar o avião e equilibra-lo com a resistência do ar, 
permitindo que ele mantenha a velocidade em voo horizontal. 
 
 
Figura 7- Motores. 
 
Os principais tipos de motores utilizados em aeromodelismo são: 
 Elástico; 
 Combustão interna; 
 Elétrico; 
 Turbina; 
25 
 
Dentre esses, os motores elétricos são mais comuns para os iniciantes em 
aeromodelismo e, também, para modelos de pequeno porte. Os motores a combustão 
são de uso mais profissional, para os entusiastas que tem mais tempo no hobby, ou em 
competições de esportivas de aero design. 
Existe casos que o avião não precisa de um motor para voar. Estes são modelos 
chamados de planadores, onde somente é preciso de uma outra aeronave para rebocá-lo 
até o alto e soltá-lo, ou apenas empurrados de encostas, esses modelos podem ficar 
voando por horas aproveitando as correntes de ar. 
2.2.5- Hélice 
Uma análise detalhada acerca da hélice a ser utilizada faz-se necessária tendo 
em vista sua grande importância no projeto de um avião. Segundo Miranda (2010), a 
hélice é um aerofólio de movimento circular, com ângulo de ataque positivo em relação 
ao fluxo de ar, que gera tração na direção do deslocamento da aeronave. A Figura 8 
mostra a nomenclatura comumente usada para hélice. 
 
 
Figura 8 – Nomenclatura de hélice. 
 
A hélice é caracterizada pelo seu diâmetro e pelo seu passo geralmente em 
polegada. A hélice 12x6, por exemplo, tem diâmetro de 12 polegadas, ou seja, o 
diâmetro da circunferência descrita pela hélice é de 12 polegadas, e passo de 6 
polegadas, ou seja, o avanço teórico produzido pela hélice em uma volta é de 4 
polegadas. 
26 
 
2.2.6- Trem de Pouso 
Trem de pouso ou podemos chamar também, de trem de aterrissagem é um dos 
principais componentes do avião. É o principal integrante do sistema de pouso num 
avião, usado tanto na decolagem como na aterrissagem. 
 
 
Figura 9 - Trem de pouso. 
Duarte (1990), narra em seu artigo que houve tempo, de fato, em que os trens 
de pouso eram considerados desnecessários e mesmo inconvenientes. Era o tempo dos 
pioneiros da aviação, a maioria dos projetistas que os sucederam, entretanto, logo 
passou a incluir rodas em suas fantásticas máquinas voadoras. O grande desafio dos 
primeiros adeptos do trem de pouso era resolver os problemas no ar, quando a superfície 
do trem opunha tal resistência ao vento que dificultava o avanço. 
2.3- DINÂMICA DO AVIÃO 
2.3.1- Estabilidade 
Segundo Miranda (2011), a análise de estabilidade representa um dos pontos 
mais complexos do projeto de uma aeronave. Pode-se entender por estabilidade a 
tendência de um objeto retornar a sua posição de equilíbrio após qualquer perturbação 
sofrida. Antes de se iniciar qualquer estudo sobre estabilidade e construção de um 
projeto, é muito importante uma análise dos eixos de coordenadas de uma aeronave e 
seus respectivos movimentos de rotação ao redor desses eixos, definindo assim os graus 
de liberdade do avião. A Figura 10, mostra um avião com suas principais superfícies de 
controle e o sistema de coordenadas com os respectivos possíveis movimentos. 
27 
 
 
 
Figura 10 - Eixos de coordenadas e superfícies de comando. 
 
Este trabalho possui a finalidade principal de propiciar ao estudante ou 
qualquer outra pessoa, a capacidade de entender e aplicar os conceitos necessários para 
se garantir a estabilidade estática de uma aeronave. Espera-se que com o estudo deste 
trabalho, o estudante esteja apto a determinar e calcular os critérios necessários para se 
garantir a estabilidade de sua aeronave em voo. 
2.3.2- Dirigibilidade 
O parâmetro de dirigibilidade avalia de forma subjetiva do grau de dificuldade 
que o piloto tem para controlar do aeromodelo em voo, assim como no momento do 
aeromodelo, durante a decolagem e aterrissagem. O primeiro caso a ser observado é o 
espaço de solo necessário para a decolagem e aterrissagem do avião. O ideal é que o 
aeromodelo seja projetado para decolagem e aterrissagem em uma curta distância, já 
que pode acontecer situações em que o pouso seja forçado, e, também, algum obstáculo 
inesperado na pista. A dirigibilidade está diretamente relacionada a vários fatores do 
projeto e construção, como, estabilidade, peso, localização do centro de gravidade e tipo 
de trem de pouso. 
Ribeiro (2011) escreveu que o centro de gravidade (CG) é o ponto de equilíbrio 
do avião. A força da gravidade é exercida de forma uniforme mas o centro desta força 
fica no CG. Manter um vôo estável e controlável cada avião tem uma faixa de posições 
possíveis para o CG. Modelos de treinamento, geralmente têm esta medida localizada 
28 
 
no primeiro terço da asa (entre 25% e 35%). Como a sustentação é exercida anterior a 
essa posição, desta forma se o avião perdervelocidade tenderá a descer, se ganhar 
velocidade, tenderá a subir. Depois de ajustado geralmente na velocidade de cruzeiro 
vai voar estável sem subir ou descer, isto permite ao iniciante um vôo mais tranquilo. 
2.3.3- Movimentos da Aeronave 
Miranda (2010) descreve em seu livro que durante o vôo, uma aeronave pode 
realizar seis tipos de movimento em relação aos três eixos de referência, ou seja, um 
avião pode ser modelado como um sistema de seis graus de liberdade. Dos movimentos 
possíveis de uma aeronave, três são lineares e três são movimentos de rotação. Os 
movimentos lineares ou de translação são os seguintes: (a) para frente e para trás ao 
longo do eixo longitudinal, (b) para a esquerda e para a direita ao longo do eixo lateral e 
(c) para cima e para baixo ao longo do eixo vertical. Os outros três movimentos são 
rotacionais ao redor dos eixos longitudinal (movimento de rolamento (roll)), lateral 
(movimento de arfagem (pitch)) e vertical (movimento de guinada (yaw)). Pode-se 
melhor analisar observando a figura 11. 
2.3.4- Controles Fundamentais 
Um avião possui três controles fundamentais, cada um responsável por um 
movimento, assim: os ailerons são responsáveis pelo movimento de rolamento (eixo x), 
o profundor responsável pelo movimento de arfagem (eixo y), e o leme de direção 
responsável pelo movimento de guinada (eixo z) 
 
Figura 11 - Controles principais de um aeromodelo. 
 
29 
 
2.3.4.1- Ailerons 
Os ailerons são estruturas móveis localizadas no bordo de fuga, ou seja, nas 
extremidades contrarias a frente do avião, quando um comando, no controle, é aplicado 
para a direita, por exemplo, o aileron localizado na asa direita é defletido para cima e o 
aileron da asa esquerda é defletido para baixo, fazendo com que a aeronave execute uma 
manobra de rolamento para a direita. Isto ocorre, pois, o aileron que é defletido para 
baixo provoca um aumento de arqueamento do perfil e conseqüentemente mais 
sustentação é gerada, no aileron que é defletido para cima ocorre uma redução do 
arqueamento do perfil da asa e uma redução da sustentação gerada e dessa forma o 
desequilíbrio das forças em cada asa faz com que a aeronave execute o movimento de 
rolamento ao redor do eixo longitudinal. Do mesmo modo, um comando aplicado para a 
esquerda inverte a deflexão dos ailerons e o rolamento se dá para a esquerda. A Figura 
10 mostra os efeitos provocados pela deflexão dos ailerons em uma aeronave. 
 
Figura 12 - Deflexão dos ailerons. 
 
2.3.4.2- Profundor 
O profundor atua com a finalidade de executar os movimentos de levantar ou 
baixar o nariz da aeronave (movimento de arfagem em relação ao eixo lateral). Quando 
um comando é aplicado para levantar o nariz, o bordo de fuga do profundor se deflete 
para cima, causando um aumento da força de sustentação para baixo. Quando o 
comando aplicado é no sentido para baixar do nariz, a borda de fuga do profundor se 
deflete para baixo provocando o movimento de baixar o nariz. A Figura 10 mostra a 
atuação do profundor e o conseqüente movimento de arfagem da aeronave. 
 
30 
 
 
Figura 13 – Deflexão do profundor. 
2.3.4.3- Leme 
O leme está localizado na superfície vertical da cauda, mais especificamente 
acoplado ao estabilizador vertical, sua função principal é permitir através de sua 
deflexão que a aeronave execute o movimento de guinada ao redor do eixo vertical. 
Quando um comando é aplicado para a direita, por exemplo, o leme se deflete para a 
direita e devido ao acréscimo da força de sustentação na superfície vertical da 
empenagem, o nariz da mesma se desloca no mesmo sentido do comando aplicado. No 
caso de um comando à esquerda, ocorre exatamente o processo inverso e, assim, o nariz 
da aeronave se desloca para a esquerda como pode ser observado na Figura 11. 
 
Figura 14 – Deflexão do leme de direção. 
31 
 
2.4- TRIMAGEM DA AERONAVE 
Sempre que é construído e montado algum aeromodelo, é preciso programá-los 
em um rádio controle, em que gera uma preocupação com vários parâmetros, um deles é 
a trimagem. Trimar é o ajuste fino para deixar o aeromodelo voar equilibrado, ou seja, 
voar reto enquanto não for comandado para que ele altere o percurso, de tal modo que 
não sofra perturbações e não desloque para um lado ou outro, para frente ou para trás. 
Existem vários métodos para trimar um aeromodelo, que vai do mais simples e 
cuidadoso, ao mais experiente e amador. 
É fácil perceber se o avião precisa de trimagem, se no momento do voo o 
aeromodelo necessita de comando para voar reto, isto não é normal, ele está destrimado. 
A trimagem de uma forma claro e sucinta para qualquer iniciante, consiste em dispor os 
controles de leme, profundor e airelon de forma que fiquem posicionados de forma 
horizontal aos seus respectivos planos, ou seja, formaram um ângulo de 0° em relação 
ao plano inferior para a asa ou tanto superior como inferior para o profundor, da mesma 
forma o leme tem que ficar alinhado com sua parte fixa. 
 
 
Figura 15 – Alinhamento da trimagem. 
 
Uma explicação de forma simples para este procedimento, o iniciante pode 
fazer a trimagem da sua aeronave somente quando toda a eletrônica esteja montada e 
instalada e, por fim, aeronave pronta para o voo. Assim, deve-se observar no seu rádio 
controle uma chave que permite fazer o ajuste fino (trim), nela deverá ser feita uma 
regulagem adequada baseado somente na observação visual do aeromodelo. Assim, 
pode ser trimado qualquer aeromodelo, deste modo estará pronto para o voo, se caso 
continuar a instabilidade, será necessário pousá-lo e fazer uma nova trimagem. 
32 
 
 
Figura 16 – Ajuste trim 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
3- METODOLOGIA 
A metodologia para execução deste projeto seguiu todas as etapas contidas no 
fluxograma abaixo. 
 
Figura 17 – Fluxograma 
 A necessidade é a construção do aeromodelo, para atender essa necessidade é preciso 
uma busca de informações, buscar o melhor modelo a ser seguido. 
 Na fase conceitual é necessário tomar decisões, pensar nas possíveis soluções, 
analisar as dificuldades de implementação dessas solução. E como prossegui com a 
construção 
 Na fase preliminar será feito todo o dimensionamento do modelo, logo em seguida 
todos os desenhos serão criados no CAD/CAE, pra mais adiante se poder determinar 
os fenômenos que pode prejudicar o projeto e os estudos de otimização do 
aeromodelo. 
34 
 
 O projeto detalhado envolve a criação de desenhos técnicos para fabricação, listas de 
materiais e custos e plano de fabricação. 
 A fabricação é a etapa que o projeto ganha forma e funcionalidade, a partir dela 
concluida é que vai poder fazer os testes com o prototipo e concluir se o produto foi 
produzido da melhor forma e se atende o resultado esperado. 
 É na fase de testes que se irá garantir se aquele produto está pronto, sem falhas e 
pode ser comercializado, portanto, se o aeromodelo funcionou da forma correta não 
apresentando falhas no projeto. Se os resultados não forem aceitáveis, o projeto volta 
ao começo do ciclo. 
 Também temos como parte da metodologia o uso de amostras dos materiais usados 
em laboratório para as medições de suas densidades. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
4- RESULTADOS 
4.1- PROJETO INFORMACIONAL 
Para Da Rosa (2006), no projeto informacional deve conter muito bem definido 
todos os requisitos (o que o produto deve ser) e todas as restrições (o que o produto não 
deve ser). De uma forma geral, pode definir então atributos doproduto, divididos entre 
os desejáveis (requisitos) e os indesejáveis (limitados por restrições). A busca de 
informações deve contemplar, também, aspectos legais relativos ao tipo de produto, 
bem como, dados para comparação com produtos similares, com o uso de parâmetros 
adimensionais para comparação, quanto a características de desempenho e outros 
requisitos e restrições. 
Para a construção do modelo em questão foi preciso uma pesquisa detalhada, 
procurando um modelo fácil de fabricar, fácil de pilotar e que tenha um perfil focado 
para o iniciante, aquele que deseja entrar no aeromodelismo com pouco ou nenhum 
conhecimento a respeito. Iniciou-se a pesquisa buscando um modelo que atendesse os 
requisitos já estabelecidos anteriormente, o modelo escolhido foi o Cessna 182. 
Comparado com outros modelos encontrados, o Cessna foi o que mais atendeu aos 
requisitos exigidos, é um modelo de baixo custo de tamanho e sem restrições de 
pilotagem, do piloto amador até o profissional ambos conseguem ter confiança no 
avião. 
 
 
Figura 18 – Modelo cessna 182. 
 
36 
 
Junto com o modelo escolhido foi necessário a busca por sua planta ou esboço 
de seu projeto, procurando por fóruns e sites especializados, outra vantagem desse 
modelo é que sua planta pode ser fácilmento encontrada na internet, assim, já se pode 
ter uma ideia do protudo final e alguma características. A planta asseguir está 
disponibilizado no site hobbiebrasil.com.br. 
 
Figura 19 – Planta do modelo cessna. 
Ao longo dos estudos e etapas foi necessário fazer alterações e aprimoramentos, 
visando, sempre, a otimização e custo do projeto. 
4.2- PROJETO CONCEITUAL 
Da Rosa (2006), apresenta esta etapa como um “layout” básico do produto, 
com indicações dos diferentes sistemas e dispositivos que foram idealizados. O projeto 
conceitual inicia com requisitos funcional do produto, o qual deve ser analisado e, 
assim, o projetista estabelece algumas formas alternativas para a estrutura funcional do 
produto. 
4.2.1- Layout´s 
37 
 
Com o modelo e planta já escolhido pode-se iniciar um esboço ou rascunho 
(layout), que mostra a estrutura física de como será nosso protótipo. Esse esboço pode 
ser feito em desenho a mão livre e de forma grosseira, já que tem facilidades em 
desenhar, onde este serve para ter uma idéia base das formas do projeto. 
 
 
 
Figura 20 – Layout. 
Nessa etapa também é possível identificar possíveis dificuldades de 
implementação e onde será necessário buscar e escolher as melhores concepções das 
soluções possíveis. 
38 
 
Com a escolha desse modelo, pretende-se construir um protótipo mais simples 
possível, buscando materias de fácil acesso e baratos, o cessna 182 pode ser construído 
com “isopor” p3, que é muito utilizado em aeromodelos, porém, quando não puder ser 
utilizado, substitua-o com materiais de densidade semelhante. O mais importante é fazer 
uso da criatividade na elaboração e escolha de materiais para a construção e 
revestimento, atentando-se a não perder a boa dinâmica do aeromodelo. 
Outros materiais serão usados no decorrer do desenvolvimento do projeto e 
construção, como: arames, varetas, pvc, madeiras, borrachas, fitas adesivas, parafusos e 
colas especiais. A escolha dos materiais vai ser feita visando o custo benefício, 
buscando sempre materiais de menor custo, mas de boa qualidade. O material para 
linkagem, ou seja, conectores para servos e motores, é preferencialmente que seja 
comprado, assim é garantido a segurança e qualidade das instalações, esses materiais 
são relativamente baratos. 
4.3- PROJETO PRELIMINAR 
Segundo Braz (2012), o Projeto Preliminar envolve a escolha e a geração de 
uma solução técnica, bem como a análise do grupo motopropulsor, da aerodinâmica, da 
estrutura, da estabilidade e controle, do desempenho e do projeto elétrico. Assim, o 
Projeto Preliminar objetiva reunir todas as informações de projeto necessárias para um 
maior detalhamento na fase seguinte, o Projeto Detalhado. Esta fase envolve o 
detalhamento do projeto até a geração de desenhos para a fabricação. 
4.3.1- Pesquisa de materiais 
De uma forma geral podemos construir um aeromodelo com qualquer material 
encontrado, tudo dependerá do seu projeto, e claro, do conjunto aerodinâmico, como, 
resistência x peso do material, empuxo do motor, servos e hélice. Com um conjunto 
bem dimensionado para o peso da aeronave, ela certamente irá voar com estabilidade. 
Como anteriormente já foi definido o modelo de estudo e também sua planta 
pré projetado, com isso, já é possível ter uma boa noção das medidas e de seu peso. Nos 
estudos e pesquisas realizadas, foram encontrados diversos processos de fabricação para 
o modelo Cessna 182, com tipos diferentes de poliestirenos (isopor). Buscando sempre 
a otimização do projeto, o melhor material é aquele que nos proporcione resistência com 
39 
 
menor peso. Analisando esses requisitos, foi escolhido os materiais: poliestireno 
expandido EPS (isopor P3 de alta resistência), para a fabricação das asas e o 
poliestireno extrudado XPS (isopor depron), para fabricação do restante da aeronave. 
Tabela 1– Caracteristicas regulamentadas para poliestireno expandido 
 
Propriedades Normas 
Unidade de 
medidas 
Classe PIII 
 
Densidade 
 
NBR 11949 
 
Kg/m³ 20 - 25 
Condutividade Térmica a 23,9°C (75°F) NBR 12094 W/m.k 0,037 
Resistência á compressão em 10% 
deformação 
NBR 8082 K/pa ≥ 100 
Absorção de água por submersão 
 
NBR 7973 
 
% /vol ≤ 1 
Resistência e Permeabilidade de Vapo de 
água 
NBR 8081 Ng/Pa.s.m ≤ 5 
Classifcação a Fogo NBR 11948 Não retardante a chama 
 
 
Tabela 2 – Caracteristicas regulamentadas para poliestireno extrudado XPS 
 
Propriedades Normas 
Unidade de 
medidas 
Resultados 
 
Densidade 
 
NBR 11949 
 
Kg/m³ 38 
Condutividade Térmica a 23,9°C 
(75°F) 
NBR 12094 W/m.k 0,027 
Resistência á compressão em 10% 
deformação 
NBR 8082 K/pa 300 a 350 
Absorção de água por submersão 
 
NBR 7973 
 
% /vol =1 
Resistência e Permeabilidade de 
Vapo de água 
NBR 8081 Por Polegada 0,6 
Classifcação a Fogo NBR 11948 Retardante a chama 
 
Esses materiais irão atender bem os requisitos necessários para um projeto 
resistente, leve e barato, sendo encontrado de forma fácil em lojas de artigos para 
artesanato, lojas especializadas em aeromodelos e também na internet. Importante 
salientar que os valores de densidade pode mudar de acordo com o fabricante. 
40 
 
O próximo passo dessa fase é determinar o peso aproximado da nossa 
aeronave, com isso será possível dimensionar nossa parte estática, elétrica e escolha da 
hélice. Para isso, é preciso conhecer as propriedades mecânicas do material escolhido, 
cujo a mais importante dela é a densidade, onde permitirá relacionar a massa com o 
volume do material, assim, estimar o peso total da aeronave. Para efetuar as medições 
necessárias, foi preciso utilizar uma balança de precisão (Shimadzu TX323L) e um 
paquímetro (resolução 0,02 mm). Esse processo foi realizado no laboratório de ensaios 
do curso de Engenharia Mecânica - UFERSA- Caraúbas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21 – medição e pesagem do (depron). 
 
 
 
Figura 22 – Medição e pesagem do (isopor P3). 
Feita as medições e pesagem, pode-se aplicar esses resultados na equação de 
densidade (D), dado por: 
 
𝐷 =
𝑚
𝑣
 
(1) 
41 
 
 
onde m é a massa e v é o volume. Assim, tem-se como resultado de densidade 
para o isopor depron, D = 0,0625 g/cm³ e 0,026 g/cm³ para o isopor P3, não é necessário 
converter paraKg/m², pois na etapa de desenho em CAD trabalharemos sempre com as 
unidades milímetros e gramas, e também, o próprio programa já atribuirá a densidade 
dos materiais em g/cm³. 
Tabela 3 - Propriedades dos materias 
 
Propriedades das amostras Isopor P3 
Isopor depron 
Massa 
 
0,026 g 
 
0,025 g 
volume 1,0 cm³ 0,4 cm³ 
Densidade 0,026 g/cm³ 0,0625 g/cm³ 
 
4.3.2- Construção do projeto no cad/cae. 
Leão (2015). Um programa CAD é uma tecnologia computadorizada com foco 
no desenho do produto e na documentação da fase de projeto. O CAD pode facilitar o 
processo de manufatura, construção detalhada, materiais utilizados no projeto, processos 
e dimensionamentos. Isso pode ser usado tanto para produção do 2D e 3D, 
possibilitando a rotação em qualquer ângulo para todas as vistas, quanto para a vista de 
dentro para fora. 
O Autodesk Inventor 3D CAD/CAE tem como definição o uso de sistemas de 
computador para auxiliar na criação, modificação e otimização de projetos, é um 
programa moderno que facilitará a construção através de seus gráficos, ensaios, vídeos e 
simulações. Claro que o uso desse programa nesse trabalho é principalmente voltado 
para a construção das plantas, visualização detalhada das montagens peça por peça, 
como será montado a parte elétrica e dimensionar todas as partes de forma que qualquer 
pessoa a estudar as plantas e os desenhos 3D entenda e possa montar seu aero de forma 
fácil, rápida e com clareza. O trabalho com Autodesk Inventor 3D CAD/CAE, é de 
exclusividade para aquele que já saiba como ele funciona e já tenha experiência de usá-
lo. 
42 
 
Com o modelo definido e plantas já esboçadas, foi desenhado os moldes mais 
detalhados e modifica-los, se assim necessário, com uma régua e compasso faremos os 
desenhos numa cartolina em escala real ou em papel normal com escala reduzida. 
 
 
Figura 23 – Desenhos dos moldes (escala real). 
 
Com os desenhos no plano 2D desenhado com régua e transferidor, foi possível 
medir as dimensões dos layouts encontrados no projeto informacional, cujo estão em 
escala real, facilitando, assim, a transferência das medidas já para o software Inventor. 
Com todas as medidas dos moldes anotados, iniciou-se o desenho das partes do projeto, 
surgindo as formas do aeromodelo. Durante o projeto de uma aeronave, cada centímetro 
quadrado da asa e da fuselagem, cada nervura, parafuso, e até mesmo cada encaixe deve 
ser considerado em relação às características físicas do material, no qual essas 
características iram contribuir para determinação da massa e da aerodinâmica da 
aeronave. 
 
43 
 
 
 
Figura 24 – Desenhos dos moldes em CAD (escala real). 
Após todas as peças desenhadas no software e adotando a unidade em 
milímetros e no tamanho real, foram feitas as montagens no modulo assembley e, assim 
foi possível ter o protótipo aeromodelo sem sistema eletrônico em CAD/3D. 
 
 
 
Figura 25 – protótipo sem sistema eletrônico (escala real). 
44 
 
 
Com o desenho do protótipo completo, permitiu-se estipular a massa do 
aeromodelo, esse cálculo o próprio programa Autodesk Inventor 3D CAD/CAE calcula, 
só necessário atribuir os tipos de matérias usados no projeto. A figura 26 apresenta o 
procedimento de escolha do tipo de material (Poliestireno expandido) para a asa do 
avião. 
 
 
Figura 26 – Seleção do material. 
O programa possibilita uma variada lista de materiais e suas propriedades 
físicas, entretanto, é preciso encontrar o mesmo tipo de material com as mesmas 
densidades experimentais medidas, se caso o material não apresentar a mesma 
densidade, é possível fazer a alteração no próprio programa, e atribuir os mesmos 
valores para as densidades. Como o material da fuselagem é diferente do material da 
asa, foi escolhido dois poliestirenos com densidades diferentes. Assim, para a 
carenagem originalmente feita com poliestireno extrudado XPS (isopor depron), foi 
substituído pelo poliestireno normal no software, já que suas propriedades físicas se 
assemelham, para o poliestireno expandido EPS (isopor P3) que foi usado na asa, já 
havia incluso na biblioteca de matérias do programa inventor. Portanto, o uso desses 
45 
 
dados tem o intuito de ter uma estimativa de massa, cujo é de extrema importância nos 
estudos e testes aerodinâmicos e de resistência. 
 
Figura 27 – Massa calculada pelo programa. 
Com o desenho finalizado e os materiais atribuídos, pode-se estipular a massa, 
no qual o programa calculou a massa estimada em 0,485 Kg, lembrando que, essa massa 
é somente para a aeronave sem parte elétrica, mais adiante com as definições dos 
componentes elétricos, será feito uma nova pesagem e conseguintemente a estimativa 
do peso final da aeronave. 
4.4- PROJETO DETALHADO 
Segundo Girarde et al. (2006), nessa fase, a preocupação é a geração e o 
fornecimento de todas as informações necessárias para a manufatura de todas as peças e 
componentes da aeronave. Por exemplo, questão da junção da asa com a fuselagem, na 
questão da interligação dos componentes dos sistemas, deve-se especificar os tipos de 
cabos e conexões usadas e quais os caminhos que os mesmos devem percorrer. 
Detalhamento da montagem dos elementos da aeronave, analisando a melhor 
sequência e especificar todos os componentes requeridos é objetivo dessa etapa do 
projeto. Assim especificar todos os métodos utilizados para a construção tanto do corpo 
da aeronave quanto sua elétrica, garantir o melhor alinhamento e confecção de gabaritos 
para permitir uma construção precisa serão os próximos passos deste trabalho. 
46 
 
4.4.1- Construções do projeto detalhado no cad/cae 
A partir desta etapa, o projeto ganha aprimoramentos e riqueza de detalhes, 
como em etapas passadas já foi feito um desenho do protótipo, agora somente tem que 
aprimora-lo. Todos os possíveis problemas observados nas etapas anteriores no que se 
refere a montagens e forma física da aeronave podem ser novamente refeito no desenho 
final. 
Assim, o desenho deve conter todas as peças e componentes usados na sua 
fabricação, onde serão colocados e sua posição, encaixes e cortes serão feitos, de modo 
que permita ser mostrados com toda riqueza dos detalhes, cada parafuso, arruela, furo e 
etc. Assim, foi possível ser visualizado no desenho e especificado no trabalho. Para que 
algumas peças fossem desenhadas elas precisaram ser medidas, principalmente as bem 
pequenas que fazem parte da linkagem. (ver tópico 3.5.8) 
 
 
Figura 28 – Medições de peças 
Com todos os desenhos medidos, agora é possível desenha-los e finalizar todo 
o projeto. 
47 
 
O projeto em 3D no software permite uma melhor visualização do resultado 
final, a importância da utilização de maquetes eletrônicas, perspectivas em 3D, na 
representação dos projetos é determinada por duas razões fundamentais. Em primeiro 
lugar, devido à especialização geral do desenho técnico introduzida pela utilização do 
computador, e em segundo lugar, pela sua própria capacidade de resumir de modo 
imediato as características de um projeto complexo. Deste modo é possível realizar 
melhorias e adaptações no desenho do protótipo, então foi conseguido construir um 
modelo final, já com todo acabamento que se espera. 
 
Figura 29 – Desenho em genérico. 
 
 
Figura 30 – Desenho final 
48 
 
Com o desenho do projeto detalhado, é iniciado a plotagem dos componentes 
do aeromodelo e após é listado dos os materiais necessários para sua construção, com 
isso é finalizado esta etapa. Vale salientar que todas as plotagem e detalhamento do 
projeto construído com o auxílio do programa Autodesk Inventor3D CAD/CAE, 
seguiram em anexo junto com esse trabalho. 
 
 
Figura 31 – Vista explodida. 
4.4.2- Criação de desenhos técnicos para fabricação 
Em seu artigo, Rohleder (2000), et al, todos os engenheiros e projetistas são 
ensinados (treinados) a desenhar. Assim, a maioria dos projetistas está habilitada a fazer 
e interpretar desenhos técnicos formais. Esses desenhos são representações do projeto 
final (o produto final do processo de projeto) e têm a intenção de guardar e documentar 
o projeto completo e comunicá-lo para outros projetistas e para o pessoal da manufatura 
responsável pela sua execução. 
Ou seja, de uma forma geral, os desenhos de um projeto serve para, quem vai 
fabricar poder fazê-lo da forma certa, seguindo todas as especificações recomendadas 
por quem o projetou. Sendo assim, qualquer um de posse dos desenhos e com interesse 
e as ferramentas adequadas terá a capacidade de construir seu próprio aeromodelo, o 
qual é a intenção desse trabalho. O caderno com todos os desenhos técnicos vai em 
anexo a esse trabalho, com isso todos os moldes vão poder ser feitos e recortados. 
49 
 
 
Figura 32 – Desenhos técnicos. 
Os moldes podem ser feitos em papal normal A4 ou em qualquer papel mais 
duro, como, papelão, cartolina ou papel cartão, quanto mais duro é até melhor, assim os 
moldes não se deformam na hora de contorna-los. No caderno de desenho vai está 
especificado todas as medidas e o nome de cada peça, assim quando for fazer a 
montagem e colagem todas às partes já serão conhecidas e colocadas em seus devidos 
lugares. 
4.4.3- Lista de materiais 
Os materiais listados foram escolhidos baseados nas informações técnicas dos 
componentes e também, pelos estudos realizados nas etapas anteriores. Por meio de 
muita pesquisa realizada pela internet principalmente em fóruns de aeromodelismo, foi 
possível ser listados os preços de cada material da carenagem e asa, parte elétrica e 
outros materiais para linkagem. 
Tabela 4 – Lista de materiais 
QUANTIDADE MATERIAS PREÇO 
1 Chapa isopor P3 1000x500x50 mm 52,90 
1 Chapa isopor depron 1000x600x40 mm 16,90 
4 Servo HXT900 21x12x22 mm (kit) 99,60 
1 Helice Master Airscrew 10x7 Gf Glow 24,90 
1 Bequilha traseira 60x25 mm 19,90 
1 Bateria Turnigy 2200mAh 3S 20C Lipo Pack 11,1v 79,90 
50 
 
1 Bateria Lipo 3S 11.1v 1300mah 25c Gens Ace 3s 109,00 
1 Extensão "Y" 30cm Futaba 14,90 
1 Propeller Adapter (Spinner) 4 mm 14,90 
1 Esc Hobby King 30A 3A UBEC 94,90 
1 Motor Turnigy D2836/8 1100KV Brushless Outrunner 129,90 
1 Vinil para isopor e depron- preto 1000x1000 mm 16,90 
1 Vinil para isopor e depron- amarelo 1000x1000 mm 16,90 
1 Cola para Isopor e Depron 90g 6,90 
1 Cola Epóxi Profissional FLYMAX 160 gramas 45,90 
1 Rádio 6 Canais Hobbyking 2,4 GHz (completo) 295,00 
5 Stopper Para Linkagem (kit) 8,99 
5 Horn Médio Nylon Com Fixação Lock 8,90 
2 Vareta De Fibra De Vidro d2mmx2m 9,90 
1 Estilete Snap Off Stand 9 mm 5,00 
7 Palito para Churrasco 3.5x250 mm ** 
1 Junta para dilatação de piso 150 cm em PVC ** 
40 Alfinetes Cabeça De Vidro-32 Mm-aço Inox (kit) 3,50 
1 Lixa para madeira 150 2,80 
1 Lixa para madeira 220 2,80 
 Total 1075,19 
 
 
4.6- TESTES 
Os testes foram realizados na zona rural na cidade do São Francisco do Oeste, 
localizado no estado do Rio Grande do Norte, precisamente no Sítio Monte Lindo. O 
local não havia uma pista adequada, por isso os testes foram feitos em uma estrada de 
terra firme. 
Foram realizados dois voos separados em dias diferentes, primeiramente foi 
analisado o tamanho de pista usado para que o modelo acelerasse até a decolagem, 
nessa prova o aeromodelo teve bom resultado, em um curto espaço, de 
aproximadamente 15 (quinze) metros o aeromodelo decolou, as condições do tempo 
eram bem adversas já que quase sempre havia variações nas intensidades e direções do 
51 
 
vento, entretanto o protótipo se adaptou muito bem as adversidades. Como o piloto não 
tinha grande experiência, ambos os voos foram curtos. 
4.7- RESULTADOS DOS TESTES 
Os resultados de uma forma geral foram bem proveitosos, o intuito foi 
alcançado, fazer o modelo voar, e é no voo que todo o resto é analisado, porém como já 
era de se esperar ele apresentou grande instabilidade e dificuldade para mantê-lo no ar, 
os controles eram todos bem respondidos, mas não foi conseguida a estabilidade 
desejada. 
No segundo dia de testes foi feito uma boa decolagem e o problema de 
instabilidade continuou, mesmo com muita dificuldade do piloto em manter o avião no 
ar, esse ultimo voo foi mais longo, e observou-se melhor os possíveis problemas. Uma 
das principais problemática era que o aeromodelo estava sendo impulsionado a 
rotacionar em seu eixo lateral, (arfagem), como mostra a figura abaixo. 
 
 
Figura 33 – Processo de arfagem. 
Esse problema pode ser causado pelo mau posicionamento do centro de 
gravidade, ou seja, no bico do avião está concentrando mais peso, consequentemente 
produzirá um momento na aeronave, afetando assim sua estabilidade. 
Outro grave problema que afeta diretamente a aerodinâmica de todo projeto 
aeronáutico é a flexão da asa, esse problema foi observado de forma bem acentuado no 
protótipo, os fortes ventos ajudaram a perceber essa falha. 
 
52 
 
 
 
 
Figura 34 – Processo de deflexão da asa. 
 
Essa falha ficou bem mais aparente nos testes realizados em um experimento 
básico com materiais usuais, como: dois ventiladores e um peso para servir de suporte 
da asa. O peso foi feito com um recipiente plástico contendo areia. Esse teste foi feito 
com o intuito de demonstrar qual o comportamento da asa quando submetida as forças 
que agem durante o voo. 
 
 
53 
 
 
Figura 35 – Testes para observar a deflexão da asa. 
 
No que se refere aos materias e a colagem das peças, os testes demonstraram 
uma otima resistência, principalmente ao impacto, ou seja nenhuma peça descolou ou 
quebrou durante o voo o que comprova que a escolha dos materiais foi bem sucedida. 
Um ponto importante que meresse atenção é a área da fuselagem que fica preso ao trem 
de pouso dianteiro na parte de baixo do avião, quando o avião tem pousos mais bruscos, 
essa área tende a absover mais energia de impacto, com isso ocasionar fratura e quebra 
nessa parte especifica. As Figuras a baixo mostram como ficou o avião após os testes. 
 
 
 
Figura 36 – Danos sofridos durantes os testes. 
54 
 
Como se pode observar o bico do avião foi muito danificado, isso ocorreu 
justamente pela dificuldade de controle durante o pouso. 
 
 
 
Figura 37 – Danos sofridos na asa. 
 
O que se pode perceber é que os danos foram mínimos se for levado em 
consideração os diversos fatores que envolvem um projeto como esse, tais como, 
primeiro protótipo, construção própria feita de maneiro artesanal e amadora, piloto não 
qualificado e ambiente de voo não favoráveis. Com relação aos problemas encontrados 
durante os testes, foi preciso reavaliar o projeto, iniciando, assim, um reprojeto dos 
componentes que apresentaram a não conformidade de funcionamento do aeromodelo, 
55 
 
logo, segundo o fluxograma da metodologia de projeto (Figura 17), é iniciado 
novamente as fases. 
4.8- REPROJETO E OTIMIZAÇÃO DO PROJETO 
O problema de arfagem pode ser corrigido facilmente usando o peso da bateria 
como contra peso, já que ela fica presa na parte interna do aeromodelo e pode ser 
deslocada até que encontre o centro de gravidade adequada para um voo estável. 
No que se refere à deflexão da asa, o problema requer um pouco mais de 
conhecimento,principalmente, em relação a resistência dos materiais e como certos 
perfis se comportam. O uso de longarinas introduzidas na asa permitirá um resultado 
satisfatório. 
Isto é visto no trabalho de Rodrigues (2011), no qual ele explica que as 
longarinas são os principais membros estruturais da asa. Estes estão dispostos 
paralelamente ao eixo lateral, ou em direção às pontas da asa, e, são geralmente presas à 
fuselagem, através das ferragens da asa, de vigas ou de um sistema de armação 
metálica. As longarinas de madeira (figura 38) podem ser classificadas geralmente em 
cinco tipos diferentes, de acordo com a configuração de sua seção transversal. A figura 
82 mostra, também, alguns tipos de longarinas metálicas. Com intuito de descomplicar a 
criação desse projeto, o melhor a fazer escolher um tipo de longarina de um 
determinado material e encontrar uma maneira de montar diretamente na asa. 
 
 
Figura 38 – Longarinas típicas de madeiras. Figura 39 – Longarinas metálicas. 
 
Para o caso de um aeromodelo elétrico e leve, o uso de uma longarina metálica 
influenciaria no peso final do projeto, o mais usual em aeromodelos é a longarina de 
madeira, porém, outras adaptações deverão ser feitas nesse trabalho, tais como: no lugar 
56 
 
de madeira foi usado junta de dilatação para pisos, um material feito de PVC fácil de 
encontrar já no formato e tamanho desejado, assim se assemelha com o perfil B da 
longarina de madeira. 
Para solucionar o problema da área de fixação de trem de pouso dianteiro, foi 
instalada uma placa de um material mais duro e flexível, como garrafa pet, tampa de 
pote de manteiga ou um cartão de banco antigo. A melhor opção, se possível, é usar o 
cartão de banco, pois o material é bem resistente e o tamanho é perfeito sem precisar 
fazer outros cortes. 
Outra forma de otimizar o projeto e construir em casa algumas das peças 
usadas, economizando assim as verbas e tempo, já que a entrega pode demorar vários 
dias, exemplo do que pode ser fabricado de forma simples, o trem de pouso, tanto sua 
armação e rodas podem ser feitos com materiais de refugo achado em casa ou canteiros 
de obras, assim como algumas conexões e terminais. 
4.8.1- Reforçando asa 
Como foi observada nos testes feito com o protótipo, a asa sofreu um pouco de 
deflexão durante o voo, levado a um teste mais extremos, ficou bem claro que a asa 
precisava ser reforçada para suportar maiores esforços durante o voo. Assim, a solução 
analisada seria o uso de longarinas introduzidas na asa, as longarinas teriam que ser 
leves e rígidas, foi, então, pensado e proposto o uso de junta de dilatação para pisos o 
qual tem como material pvc e o uso também de palitos para churrasco. 
Primeiro com a asa já montada e com a cola bem seca, coloca-se em uma 
bancada e depois é feito um rasgo na parte superior da asa. Esse rasgo deve ser feito de 
tal forma que não exceda uma profundidade igual à metade da altura do perfil. A figura 
83 mostra os dois perfis da asa, o primeiro é a asa antiga que apresentou altas deflexões 
e o segundo é o perfil alterado, onde tem rasgos feitos, para a junta usada como 
longarina e para os palitos de churrasco que será colocado na parte de baixo da asa. 
57 
 
 
 
Figura 40 – Asa antes e depois dos cortes para a colocação dos reforços 
O rasgo inferior não necessariamente precisa ser um circulo perfeito, o desenho 
só indica onde os rasgos devem ser feitos. Em seguida é passado cola em todo rasgo 
para depois ser colocado os reforços, como os palitos de churrasco tem apenas 25 cm 
cada um, é preciso ter bastante cuidado ao junta-los, colocando bastante cola nas 
extremidades e sem deixar espaços entre eles. 
 
Figura 41 – Reforços colocada na asa. 
58 
 
Resumidamente os rasgos devem ser feitos para a colocação das longarinas, de 
modo que seja bem colado e tenham um ótimo acabamento final, sem deixar que 
reforços ultrapassem de mais as superfícies da asa. No fim é importante lixar para tirar 
as imperfeições dos cortes e deixar a asa lisa e uniforme, as lixas ideais usadas para esse 
trabalho é uma com grão 150 para o começo e 220 para o acabamento final. 
Para compararmos a resistencia da asa depois da colocação dos reforços foi 
feito um pequeno teste. A primeira asa já com o reforço e a segundo somente com 
isopor, em um vão de 1 (um) metro e usando um peso de 2 Kilogramas, se pode 
perceber a diferença de resistência à flexão 
 
Figura 42 – Teste de flexão. 
4.8.2- Alinhando o centro de gravidade e preparar para o voo 
É muito importante sempre que for realizar o voo o aeromodelo estaja alinhado 
e com seu centro de gravidade bem posicionado. 
Miranda (2011), mostra como é fácil essa localização. Para aeronaves 
convencionais que participam da competição, normalmente com o CG localizado entre 
25% e 35% da corda ou seja, 25% e 35% do tamanho do perfil da asa, tendo como 
referencia o bordo de ataque (frente da asa) é possível obter boas qualidades de 
estabilidade e controle. A Figura 86 mostra a medição do CG da aeronave levando em 
consideração essa informação. 
Se por acaso o avião não ficar equilibrado quando posicionado, é possível 
mudar seu centro de gravidade movendo-se a bateria, ela sevirar como contra peso. 
depois do aeromodelo balanceado ele estará pronto para um vou estável e controlado. 
59 
 
 
 
Figura 43 – Localizando o centro de gravidade do aeromodelo. 
60 
 
4.9- PROJETO PRONTO 
 
 
 
 
Figura 44 – Projeto pronto (desenho) 
61 
 
 
 
 
Figura 45 – Projeto pronto (real) 
62 
 
4.10- Viabilidade do projeto 
Celismar (2015), em seu artigo diz que, a análise de viabilidade de algo nada 
mais é do que a análise de como algo (projeto, produto, serviço, ideia, solução e etc.) 
pode ser exequível, pode alcançar bons resultados, pode ter êxito. Partindo do conceito 
pode-se analisar a viabilidade de algo (especialmente projetos) sob diversas 
perspectivas. 
O trabalho apresentado foca principalmente nas análises de viabilidade 
econômico-financeira, técnica ou tecnológica e operacional. A análise de viabilidade 
financeira tem como finalidade determinar se o projeto tem condições de atender as 
expectativas e demandas dos interessados no projeto, para que a decisão de investir seja 
tomada ou não. Visa apoiar na escolha da melhor alternativa, ou das melhores e ainda 
demonstrar se é ou não viável investir no hobby. 
Viabilidade Técnica ou Tecnológica é a análise da capacidade de determinado 
projeto ser exequível. É onde se verifica se existem recursos técnicos e/ou tecnologia 
que possibilitam produzir os produtos, serviço ou ideia, atendendo às especificações. 
Viabilidade Operacional muito próxima da técnica, como o próprio nome já diz 
é uma a análise em que se verifica a viabilidade operacional. Por exemplo, para 
determinado projeto vou saber executa-lo, vai existir recursos, pessoas, equipamentos, 
materiais, matéria prima, insumos e etc., em qualidade e quantidade suficiente, que 
permitam que determinado projeto/ serviço/ ideia/ etc. seja executado? Isso é oque de 
início tem que ser analisado em um primeiro passo para um projeto como esse, onde 
envolve conhecimento na área, materiais específicos e o mais importante, materiais 
bibliográficos que possa ser usado como referencia para aquele que esteja iniciando seu 
interesse pelo aeromodelismo. 
 
 
 
 
 
 
 
63 
 
5- CONCLUSÃO 
 
Muitos tem interesse em conhecer o aeromodelismo adultos e crinças 
maravilham-se em apenas ver uma máquina voadora, quem nunca assistiu um voo de 
um aeromodelo e não se imaginou pilotando. Mas esse interesse

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