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MÓDULO 01 - Introdução aos Sistemas Estruturais - Definição dos Elementos Estruturais Objetivo do módulo Mostrar a relação entre Engenharia e Arquitetura e a definição dos elementos de uma estrutura A Engenharia e a Arquitetura não devem ser vistas como duas profissões distintas, separadas, independentes uma da outra. Na verdade elas devem trabalhar como uma coisa única. Um Sistema Estrutural definido pelo conjunto de Elementos Estruturais (lajes, vigas, pilares, fundações) deve ter presente em sua concepção tanto uma visão Técnica (Engenharia) como também uma Expressão Arquitetônica (Arquitetura). 1. Definição dos Elementos Estruturais Laje: estruturas laminar, onde duas dimensões são da mesma ordem de grandeza e a terceira acentuadamente de menor dimensão. As lajes em um Sistema Estrutural estão, na maioria das vezes, apoiadas em vigas, podando também, em certos casos, estarem apoiadas diretamente sobre pilares. Viga: estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante em relação às outras duas. As vigas em um Sistema Estrutural podem estar apoiadas diretamente sobre os pilares como também sobre outras vigas. Pilar: estrutura reticular, onde uma das dimensões é preponderante às outras duas. Os pilares em um Sistema Estrutural estão apoiados nas fundações. Fundação: estrutura tridimensionalmente monolítica, onde as três dimensões são da mesma ordem de grandeza. As fundações em um Sistema Estrutural estão apoiadas em estacas ou diretamente sobre o terreno. MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural Vigas Objetivo do módulo Definir o que é uma viga, o que é tensão, como se faz a verificação da estabilidade de um elemento estrutural e quais são as tensões em uma viga. Vigas 1. Definição Pode-se dizer que as vigas foram um elemento de sustentação criado pelo homem, ainda que inconscientemente. Imaginemos um homem pré-histórico com sua incrível e insaciável necessidade de comer. Só que, para conseguir alimentos, ele tinha que atravessar um rio. Porém, nas proximidades de sua caverna o rio era muito largo e profundo, sendo que ele não conseguia atravessá-lo tendo que caminhar todos os dias milhares de quilômetros desde a sua caverna até uma parte onde o rio fosse mais raso e estreito de maneira que ele pudesse pular e atravessá-lo. Um dia, após uma terrível tempestade noturna, o homem pré-histórico saiu de sua caverna e viu que naquela parte mais larga do rio havia caído uma árvore, permitindo então que ele atravessasse o rio caminhando sobre o tronco, sem a necessidade de caminhar os milhares de quilômetros. Pronto: estava criada a VIGA, ou seja, o tronco de árvore apoiado sobre as duas margens era uma viga. D definição VIGA: estrutura linear que trabalha em posição horizontal ou inclinada, assentada em um ou mais apoios e que tem a função de suportar os carregamentos normais à sua direção (se a direção da viga é horizontal, os carregamentos são verticais). Vigas de madeira Vigas de aço: Vigas de concreto: MÓDULO 01 - Introdução aos Sistemas Estruturais - Posicionamento dos Elementos Estruturais 2. Posicionamento dos Elementos Estruturais O posicionamento dos elementos estruturais (lajes, vigas, pilares, fundações) é dado em função de cada projeto, em consonância com os demais projetos componentes de uma edificação, como por exemplo: projeto arquitetônico, projeto hidráulico, projeto elétrico etc. Você gostaria de ter que se abaixar todas as vezes que desce uma escada para não correr o risco de fazer um galo batendo-a em uma viga que cruza esta escada? Você gostaria de estar sentado na platéia de um teatro em uma poltrona que fica bem atrás de um pilar? Seria interessante uma tubulação horizontal ter que desviar das vigas em cada piso de um edifício? Curiosidade Qual seria o limite de altura para edifícios em: Alvenaria: chega-se até (acreditem !!!!) 20 pavimentos mas com uma limitação, a espessura das paredes no pavimento térreo que podem chegar até 1,50 metros. Concreto armado: chega-se até 60 pavimentos com a limitação nas dimensões e na quantidade de pilares no pavimento térreo. Aço: chega-se até 190 pavimentos com limitações quanto à necessidade de travamento e também, dependendo da eficiência do travamento, limitações devido à possíveis oscilações que possam ocorrer devido ao vento (podendo chegar até 40 cm no topo de um edifício para ventos muito fortes). O observação Para se entender bem a estreita ligação entre Engenharia e Arquitetura, deve-se estar atento para o fato de que novos Sistemas Estruturais oferecem a possibilidade de criação de novas Expressões Arquitetônicas que, por sua vez, exigem novos Sistemas Estruturais, formando um círculo interminável que vem permitindo a evolução tanto da Engenharia como também da Arquitetura através dos tempos. Teatro Villa-Lobos - São Paulo C conclusão Para se compreender melhor a parte TÉCNICA de uma obra, é necessário o conhecimento de alguns pontos, como por exemplo: quais os tipos de carregamento que atuam em uma edificação, quais os esforços que surgem nos elementos estruturais provenientes destes carregamentos, quais as tensões que estes eforços provocam. MÓDULO 02 - Estática: Princípio Básico da Arquitetura Objetivo do módulo Mostrar a relação entre estética e estática e os problemas que podem ocorrer quando os princípios da estática não são observados 1. Estática: Princípio Básico da Arquitetura A fórmula a seguir é para você, que gosta de Arquitetura e não sabe o que está fazendo nesta disciplina. PROJETO = ESTÉTICA + ESTÁTICA + OUTROS D definição ESTÉTICA: Responsável pela "arte" de um projeto. A estética é dada pela expressão arquitetônica através de várias disciplinas, sendo a principal delas a disciplina de Planejamento Arquitetônico. ESTÁTICA: Responsável pela "técnica" de um projeto. A estática se encarrega de fazer com que uma estrutura fique "em pé", suportando as cargas e as transportando sem deformações excessivas até o terreno. A palavra ESTÁTICA, vem do grego "statikos" e quer dizer imóvel como estátua, parado. OUTROS: Alguns itens também devem ser considerados na execução de um projeto. Projeto elétrico, projeto hidráulico, projeto de conforto ambiental, paisagismo, integração com o entorno, definição dos materiais a serem utilizados, definição dos processos construtivos, entre outros. A principal função, do ponto de vista estrutural, para uma edificação é ser estática, porém: Ela pode se "inclinar": por não estar bem travada por problemas de fundação. Ela pode se deformar e/ou fissurar excessivamente, em partes ou como um todo, devido a excesso de carga ou travamento inadequado. Partes da estrutura podem ser afastadas uma da outra devido a falhas nas juntas (para estruturas metálicas ou de madeira). Um ou mais pilares de um edifício sujeitos a carga de compressão podem flexionar ao máximo até que, a menos que o carregamento seja retirado, eles rompem. Os materiais podem estar sobrecarregados gerando ruptura O observação Após um período de tempo, pode haver decomposição dos materiais devido à fatores externos. MÓDULO 03 - Influência da Técnica na ExpressãoArquitetônica Objetivo do módulo Apresentar opiniões de vários Arquitetos conceituados nacional e internacionalmente a respeito de como a técnica pode servir para a Arquitetura e vice-versa 1. Influência da Técnica na Expressão Arquitetônica Alfred Willer "Não se admite mais que hoje se faça um anteprojeto e não se localize os elementos estruturais, ou seja, o projeto arquitetônico e o estrutural estão ligados, pois quem propõem a estrutura e quem a viabiliza e a dimensiona é o engenheiro. Logo, o arquiteto tem que ter uma boa experiência de como funciona a estrutura. O objetivo da cadeira Sistemas Estruturais no curso de Arquitetura não é tornar o Arquiteto um calculista, mas fazer os estudantes entenderem como funciona uma estrutura, conhecer as várias opções estruturais e propor, dentro do projeto arquitetônico, uma solução viável". Roberto Luiz Gandolfi "A trilogia função, técnica e plástica é Arquitetura. Não é possível criar um espaço sem saber as técnicas e instalações necessárias para que se desempenhe todas as funções satisfatoriamente. As técnicas que têm que servir a esta função não são influência sobre a Arquitetura e sim a própria Arquitetura". Leonardo Tossiaki Oba "Os elementos técnicos mais expressivos na Arquitetura são, em geral, as suas estruturas. A estrutura define e estabelece o espaço arquitetônico. Cada arquiteto acaba por desenvolver um modo particular de expressão estrutural. Pessoalmente acho que se deve evitar excessos e buscar sempre uma coerência nas decisões usando técnicas adequadas para cada caso. Ou seja, usar vãos maiores somente quando necessário e quando não houver necessidade de flexibilidade ou grandes vãos, procurar soluções estruturais mais simples. Seria algo como uma "composição estrutural" onde cada espaço tem uma solução mais sintonizada com as suas necessidades e o conjunto se expressa como um todo coerente e composto." Elgson Ribeiro Gomes "Utilizo a técnica dos engenheiros acrescentando graça e bom gosto. A utilização da técnica deve ser feita de forma moderada e modesta para que não se produzam efeitos que descaracterizam a obra". Oscar Niemeyer "A Arquitetura e a Engenharia são duas coisas inseparáveis. A estrutura é a própria Arquitetura, não existe Arquitetura sem estrutura. Quando o tema permite, é preciso invadir o campo fecundo da imaginação e fantasia e procurar a forma diferente, a surpresa arquitetural. E aí surgem as conquistas estruturais inovadoras; os grandes vãos livres, os balanços enormes, as cascas finíssimas, enfim, tudo que pode demonstrar o progresso da técnica em toda sua plenitude". Lúcio Costa "Enquanto satisfaz apenas as exigências técnicas e funcionais - não é ainda Arquitetura; quando se perdem intenções meramente decorativas - tudo não passa de cenografia; mas quando - popular ou erudita - aquele que a ideou, pára e hesita, ante a simples escolha de um espaçamento de pilar ou da relação entre a altura e a largura de um vão, e se detém na procura obstinada da justa medida entre cheios e vazios, na fixação dos volumes e subordinação deles a uma lei, e se demora atento ao jogo dos materiais e seu valor expressivo - quando tudo isto se vai pouco a pouco somando, obedecendo aos mais severos preceitos técnicos e funcionais, mas, também, àquela intenção superior que seleciona, coordena e orienta em determinado sentido toda essa massa confusa e contraditória de detalhes, transmitindo assim ao conjunto, ritmo, expressão, unidade e clareza - o que se confere à obra o seu caráter de permanência: isto sim é Arquitetura". C conclusão Vê-se portanto, pelos depoimentos acima, que os Arquitetos sempre levam em consideração a técnica, concluindo que ela é de grande importância no desenvolvimento dos projetos tanto Arquitetônico quanto Estrutural, trabalhando sempre em conjunto, sempre inseparáveis um do outro. MÓDULO 04 - Tipos de Carregamentos - Carregamentos Objetivo do módulo Definir os tipos de carregamento concentrado, distribuído/m e distribuído/m 2. 1. Carregamentos Sabe-se que na antiguidade não havia o cálculo ou o projeto estrutural. A evolução acontecia de uma obra para outra na base da tentativa e do erro. Muitas vezes uma obra que demorara até centenas de anos para chegar até um determinado estágio não suportava os carregamentos impostos até mesmo pelo próprio peso da estrutura e desabava. Então, não restava nada a fazer senão aprender com o erro ocorrido e recomeçar a construção. Um fator que colaborou com a evolução de uma obra do ponto de vista estrutural, foi a observação das forças da natureza. Esta observação permitiu que os elementos estruturais tivessem dimensões cada vez menores e também permitiu que os vãos se tornassem cada vez maiores. E exemplo Uma árvore e suas raízes poderiam perfeitamente servir de exemplo para a construção de um pilar com sua fundação. Com o surgimento da Revolução Industrial, foram surgindo novas técnicas e novos materiais. Com estas técnicas e materiais, alguns modelos teóricos, ou seja, explicações, para as forças da natureza foram descobertos. Baseados nestes modelos teóricos surgiram então os projetos mostrando que uma obra poderia ser construída sem a necessidade de experimentos com obras anteriores (acabou o processo de tentativa e erro). O primeiro fator a ser considerado quando da execução do projeto estrutural de uma obra são os carregamentos nela atuantes. D definição Carregamento: qualquer influência que causa forças ou deformações em uma estrutura. MÓDULO 04 - Tipos de Carregamentos - Tipos de Carregamentos 2. Tipos de Carregamentos Existem três tipos de carregamentos: Concentrado, distribuído/m e distribuído/m 2 . Concentrado Distribuído/m Distribuído/m 2 Concentrado: - Representa uma força aplicada em um único ponto da estrutura. - Unidade: kN - Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas, pilares e fundações. E exemplo força concentrada: sobre uma laje: um cofre no meio de uma sala sobre uma viga: reação de uma outra viga sobre um pilar: reação das vigas que se apoiam no pilar sobre a fundação: carga do pilar que chega na fundação Voltar Distribuído/m: - Representa uma força distribuída sobre uma linha da estrutura. - Unidade: kN/m - Pode acontecer nos seguintes elementos estruturais: lajes, vigas. E exemplo força distribuída/m: sobre uma laje: peso de uma parede de alvenaria. sobre uma viga: peso de uma parede de alvenaria. Voltar Distribuído/m2: - Representa uma força distribuída sobre uma superfície da estrutura. - Unidade: kN/m 2 - Pode acontecer no seguinte elemento estrutural: laje. E exemplo Exemplo de força distribuída/m 2 : sobre uma laje: peso das pessoas sobre a laje MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Permanentes - Peso-próprio (pp) Objetivo do módulo Mostrar os carregamentos permanentes atuantes em uma estrutura. Os carregamentos permanentes estão atuando sobre a estrutura durante todo o tempo, não importando qual seja a sua utilização ou quais sejam as condições atmosféricas. 1. Peso-próprio (pp): Os elementos estruturais têm o peso que deve ser considerado na definição dos carregamentos atuantes em uma estrutura. Este peso, definido como peso-própio é função do peso específico do material em questão. : peso específico do material (kN/m3) Lajes Fórmula VigasFórmula para seção retangular: Pilares: Fórmula para seção retangular: Peso específico () de alguns materiais mais utilizados: concreto armado: 25 kN/m3 madeira: varia de 5 kN/m3 (pinho) até 10 kN/m3 (ipê) aço: 78 kN/m MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Permanentes - Alvenaria (alv) 2. Alvenaria (alv): Função do peso/m 2 da alvenaria, dependendo se a parede é mais ou menos espessa. O peso das paredes de alvenaria de uma obra devem ser consideradas sobre os elementos estruturais em que elas se apoiam. Estes elementos podem ser vigas, caso mais comum ou lajes. O peso da alvenaria é função do peso/m 2 da alvenaria, que varia de acordo com sua espessura. Fórmula O peso/m 2 dos principais tipos de alvenaria são os seguintes: alvenaria de cutelo: 0,95 kN/m 2 alvenaria de 1/2 vez: 1,70 kN/m 2 alvenaria de 1 vez: 3,20 kN/m 2 O observação a - Os valores de peso/m 2 da alvenaria acima foram calculados para tijolo de barro furado com argamassa de 1,5 cm entre tijolos, e 1 cm de reboco. b - Os vazios que podem aparecer em uma parede de alvenaria não devem ser considerados, proporcionando assim uma maior segurança. MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Permanentes - Revestimento (rev) 3. Revestimento (rev): O peso dos revestimentos de uma obra deve ser considerado sobre aquelas lajes em que eles se apoiam. Um valor básico é utilizado como peso de revestimento: rev = 0,50 kN/m 2 (carregamento distribuído/m 2 ) O observação O valor acima é considerado somente para revestimentos mais comumente utilizados, como por exemplo: taco, tapete, borracha, paviflex, etc. Para outros tipos de revestimento devem ser consultadas tabelas especiais ou devem ser feitas consultas ao próprio fabricante. MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Permanentes - Cobertura (cob) 4. Cobertura (cob): O peso da cobertura deve ser considerado naquelas lajes em que se apoiam algum tipo de cobertura, entendo-se por cobertura toda a estrutura que suporta as telhas mais o peso das próprias telhas. O peso da cobertura é função do peso/m 2 do telhado. cob = 0,60 kN/m 2 à 1,00 kN/m 2 (carregamento distribuído/m 2 ) - 0,60 kN/m 2 para telha de fibrocimento e 1,00 kN/m 2 para telha de barro. MÓDULO 05 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Permanentes - Estrutura sobre a Estrutura 5. Estrutura sobre a estrutura: Alguns elementos estruturais podem se apoiar sobre outros elementos sendo portanto a carga definida pela reação de um elemento estrutural sobre outro. As fotos mostram os tipos de reações de elementos estruturais sobre a própia estrutura que podem ocorrer. Laje: apesar de muito raro, pode receber a carga de um pilar (kN) (carregamento concentrado) Viga: não muito comumente, pode receber a carga de um pilar (kN), sendo chamada então de viga de transição (carregamento concentrado) Viga: usualmente recebe as reações das lajes (kN/m), ou seja, as lajes, neste caso, estão apoiadas nas vigas (carregamento distribuído/m) Viga: usualmente também, pode receber as reações de outras vigas (kN), ou seja, as vigas, neste caso, estariam apoiadas em outras vigas (carregamento concentrado) Pilar: raramente, pode receber as reações das lajes diretamente (kN), sendo então, uma estrutura tipo cogumelo, sem vigas (carregamento concentrado) Pilar: normalmente, recebe as reações das vigas que nele se apoiam (kN) (carregamento concentrado) MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais - Vento Objetivo do módulo Mostrar os carregamentos acidentais que podem atuar em uma estrutura. Exemplo de cálculo de carregamentos em uma estrutura. Os carregamentos acidentais, ao contrário dos permanentes, nem sempre estão presentes em um Sistema Estrutural. Há épocas em que eles são atuantes e há épocas em que eles não aparecem. Devido a esta sazonidade, eles devem ser considerados durante todo o tempo, não podendo nunca ser esquecidos. 1. Vento Este tipo de carregamento é considerado somente para edificações muito altas ou edificações especiais, como por exemplo, torres, caixas d'água elevadas, galpões, etc. Pergunta: O que seria melhor para a consideração do vento em uma edificação do ponto de vista estrutural? Opções: Uma edificação sujeita a um vento com velocidade de 2 km/h ou de 100 km/h? Uma edificação em um local plano ou em um local montanhoso? Uma edificação livre, sem nenhuma vizinhança, ou uma edificação com vizinhos por todos os lados? Um sobrado de dois pavimentos ou um edifício de 80 pavimentos? Resposta: O efeito do vento é função de alguns fatores específicos, tais como: velocidade do vento, conseguida através de mapas com linhas de igual velocidade, topografia do local, vizinhança da edificação e tipo da edificação. MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais - Empuxo 2. Empuxo Empuxo é a força lateral proveniente da ação da água nas piscinas ou caixas d'água ou do solo nos sub- solos sobre as paredes verticais. CASO 1 Caso de empuxo d'água sobre as paredes laterais de uma piscina ou caixa d'água: O valor do carregamento é triangular variando desde zero na superfície até q na parte mais profunda. Fórmula CASO 2 Caso de empuxo de terra sobre uma cortina de concreto, que aparece quando da utilização de sub-solos: O valor do carregamento é triangular variando desde zero na superfície até q na parte mais profunda. Fórmula MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais - Frenagem 3. Frenagem Outro dia estava indo para a praia quando na serra, em um daqueles grandes viadutos que tem uma grande inclinação, um caminhão daqueles enormes resolveu me ultrapassar. Porém, lá embaixo, no final do viaduto, estavam atravessando a pista uma mãe de mãos dadas com uma criança. Eu só olhei para o lado e ouvi uma grande freada do caminhão. Felizmente nada aconteceu, o caminhão conseguiu parar a tempo!!! Mas imagine só o deslocamento horizontal do viaduto com a freada, e o que este deslocamento deve ter provocado nos pilares.! Parece que não, mas a frenagem é um dos principais carregamentos que devem ser considerados no cálculo de pontes e viadutos, sendo logicamente função do peso do veículo. Quanto mais leve o veículo menor o efeito da frenagem e quanto mais pesado o veículo, maior o efeito da frenagem. MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais Sobrecargas (SC) 4. Sobrecargas (SC) São carregamentos dados em função da utilização de determinado compartimento da edificação.O efeito da sobrecarga é considerado sobre lajes sendo portanto um carregamento do tipo distribuído/m 2 . Valores a srem considerados: forro (sem acesso ao público): sc = 0,50 kN/m2 residência, escritório: sc = 1,50 à 2,00 kN/m2 compartimentos com acesso ao público (escolas, restaurantes, etc.): sc = 3,00 kN/m2 compartimentos para baile, ginástica, esporte (teatros, ginásios, clubes, etc.): sc = 4,00 kN/m2 compartimentos para arquivos/bibliotecas/depósitos: sc = função de cada caso Forro Escritório Sala de Aula Sala de Ginástica Biblioteca MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais - Terremoto, Neve 5. Terremoto, neve Tanto o terremoto como a neve são tipos de carga acidental que devem ser considerados. Felizmente, no Brasil, não há a necessidade da consideração deste tipo de carregamento, uma vez que eles não ocorrem nem com intensidade nem com frequência suficiente que justifique sua consideração. MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais Cargas Móveis 6. Cargas Móveis Logicamente a carga é dita móvel porque se mexe. E o que se mexe é um veículo. Portanto, a carga a ser considerada é o peso dos veículos se deslocando sobre pontes e viadutos. O efeito da carga móvel é função do peso e da localização do veículo sobre a estrutura. Normalmente, o peso do veículo é conhecido, sendo utilizados veículos padrões. Mas a localização do veículo se modifica a cada momento, sendo necessários então métodos especiais para a consideração deste fator, dificultando a consideração deste tipo de carga quando do cálculo de pontes e viadutos. MÓDULO 06 - Classificação dos Carregamentos com Relação ao Tempo de Atuação - Acidentais - Exemplos de Carregamento 7. Exemplos de carregamento E exemplo Baseado no esquema ao lado definir a carga em: lajes: L1 vigas: V2 e V5 pilares: P5 Dados: piso de escritório revestimento da laje: taco alvenaria: 1 vez material: concreto armado reação da laje L1 nas vigas V1, V3, V4 e V5: 6,25 KN/m reação da viga V1 sobre os pilares P1 e P2: 42,68 KN reação da viga V2 sobre a viga V5 e o pilar P5: 2,19 KN reação das vigas V3 e V4 sobre os pilares P1,P3 e P4: 43,93 KN reação da viga V5 sobre o pilar P2: 43,33 KN reação da viga V5 sobre o pilar P4: 44,21KN Para se calcular as cargas em uma edificação, inicia-se sempre de cima para baixo (da cobertura para o térreo) na seguinte sequência: lajes, vigas, pilares e fundações. Portanto, no nosso exemplo, calcularemos primeiramente a carga na laje L1, depois nas vigas V2 e V5 e finalmente no pilar P5. Pode-se ver através do esquema que as cargas são as seguintes: Laje L1: Peso-próprio (distribuída/m 2 ) + revestimento (distribuída/m 2 ) + sobrecarga (distribuída/m 2 ) peso-próprio: pp = 0,10 m . 25 kN/m 3 = 2,50 kN/m 2 revestimento: rev = 0,50 kN/m 2 sobrecarga: sc = 2,00 kN/m 2 total = 5,00 kN/m 2 Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de uma parede de alvenaria ou de um pilar sobre a laje. Viga V2: Peso-próprio (distribuída/m) peso-próprio: pp = 0,10 m . 0,50 m . 25 kN/m 3 = 1,25 kN/m Viga V5: Peso-próprio (distribuída/m) + alvenaria (distribuída/m) + reação da laje L1 (distribuída/m) + reação da viga V2 (concentrada) peso-próprio: pp = 0,20 m . 0,50 m . 25 kN/m 3 = 2,50 kN/m alvenaria: alv = 2,60 m . 3,20 kN/m 2 = 8,32 kN/m laje: laje = 6,25 kN/m total = 17,07 kN/m Convém lembrar que poderia haver ainda a carga de um pilar sobre a viga Pilar P5: Peso-próprio (concentrada) + reação da viga V2 (concentrada) peso- próprio: pp = 0,20 m . 0,20 m . 2,60 m . 25 kN/m 3 = 2,60 kN reação da viga: viga = 2,19 kN total = 4,79 kN MÓDULO 07 - Leis de Newton e Tipos de Esforços - Leis de Newton Objetivo do módulo Definir as três Leis de Newton e os esforços de tração, compressão, flexão, torção e cisalhamento D definição As forças em um Sistema Estrutural são caracterizadas pelas leis de Newton, pelo cálculo dos momentos em relação a um ponto, pelo cálculo do equilíbrio em relação a um ponto e do equilíbrio de forças paralelas. 1. Leis de Newton (Isaac Newton - 1642 - 1727) Primeira Lei "Qualquer corpo permanece em repouso ou em movimento retilíneo uniforme a menos que alguma força seja aplicada sobre ele." Pergunta: os carregamentos não exercem uma força sobre a estrutura? Resposta: Sim Pergunta: a estrutura deixa de estar em repouso? Resposta: Não Pergunta: o que acontece? Segunda Lei "A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força aplicada sobre ele e inversamente proporcional à sua massa." a = F / m F = m . a Terceira Lei "A toda ação, corresponde uma reação igual e contrária." Resposta à última pergunta da Primeira Lei: do ponto de vista estrutural, a toda ação (carregamentos, na maioria para baixo), corresponde uma reação igual e contrária (para cima). Logo: a resultante é nula e consequentemente a estrutura está em repouso. Exemplo: MÓDULO 07 - Leis de Newton e Tipos de Esforços - Esforços 2. Esforços Os carregamentos solicitam os elementos estruturais através de forças. A seguir veremos que os materiais de que são compostos estes elementos estruturais respondem a estas solicitações através de esforços. Esforços que podem surgir: Tração Ocorre quando há duas forças, na mesma direção, puxando em sentidos opostos E exemplo Corda no cabo de guerra. Compressão Ocorre quando há duas forças, na mesma direção, empurrando em sentidos opostos. E exemplo Pisando no balão. Flexão Ocorre quando há carregamento transversal entre os apoios E exemplo O que acontece quando algumas pessoas pisam bem no meio de um banco de madeira bem fininho? (antes do banco quebrar) Torção Ocorre quando há o giro das extremidades em direções opostas. E exemplo O que deve ser feito com uma roupa molhada para deixá-la mais enxuta? Cisalhamento Ocorre quando há o escorregamento entre seções paralelas devido à forças paralelas E exemplo O que acontece quando uma tesoura corta um pedaço de papel? O observação Pode haver, e normalmente há, uma combinação destes esforços em um mesmo elemento estrutural. Outro fator a ser considerado é que nem todos os elementos estruturais suportam bem todos os esforços. Por exemplo, será que uma corda suporta tão bem o esforço de compressão quanto o de tração? MÓDULO 08 - Momento Objetivo do módulo Cálculo do momento de uma força em relação a um ponto. 1. Momento D definição Momento de uma força em relação a um ponto é o produto desta força pela sua distância até o ponto considerado. Momento de carga concentrada (momento da força V em relação ao ponto A) sentido horário (momento da força H em relação ao ponto A) sentido anti-horário (momento da força P em relação ao ponto A) sentido horário O observação Não importa a direção da força para o cálculo do momento. Momento de carga distribuída FórmulaMOMENTO = CARGA (q). COMPRIMENTO DA CARGA (b) . DISTÂNCIA DO CG DA CARGA AO PONTO CONSIDERADO (b/2+a) Mq/A=q . b.(a + b/2) (momento da carga q em relação ao ponto A) sentido horário MÓDULO 09 - Equilíbrio de Forças Paralelas Objetivo do módulo Definir as condições de equilíbrio de forças paralelas. 1. Equilíbrio de forças paralelas Pergunta: Será que se for colocado um paralelepípedo de um lado da viga e três paralelepípedos sobrepostos do outro lado vai haver equilíbrio? Resposta: A resposta intuitiva para esta pergunta é NÃO. Porém, observe a foto abaixo: Vê-se portanto, que se o paralelepípedo único estiver mais longe do ponto de apoio que os três paralelepípedos sobrepostos vai haver equilíbrio. Logo, para haver equilíbrio, o momento causado pela força menor (paralelepípedo único mais distante do ponto de apoio) deve ser igual ao momento causado pela força maior (paralelepípedos sobrepostos mais próximos do ponto de apoio). Conclusão: Quanto maior a distância, menor a força. Conclusão: Então além da força aplicada o que importa também é a distância desta força em relação ao ponto de apoio. Este conceito foi utilizado pela primeira vez por Arquimedes (287-212 a.C.) que proferiu a seguinte frase: "Me dê um ponto de apoio que eu poderei levantar o mundo." E exemplo Pergunta: Porque será que a maçaneta de uma porta é o mais longe possível da dobradiça? Reflita e aperte para ver a resposta E exemplo Pergunta: Porque será que as pessoas carregam as sacolas de supermercado com o braço abaixado e não levantado na horizontal? Reflita e aperte para ver a resposta Condições para o equilíbrio de forças paralelas: (TRÊS EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA) 1. A toda ação corresponde uma reação igual e contrária: P + Q = R P + Q - R = 0 2. Vale o mesmo se houvesse forças horizontais: 3. Momento da força menor em relação ao apoio é igual ao momento da força maior: P.a1 = Q.a2 (anti-horário) (horário) P.a1 - Q.a2 = 0 ! importante As três equações acima definidas (somatório das forças verticais igual a zero, somatório das forças horizontais igual a zero e somatório dos momentos em relação a um ponto igual a zero) são conhecidas como as TRÊS EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA. É indiferente a escolha da convenção de sinais (de baixo para cima ou de cima para baixo, da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda, horário ou anti-horário), o resultado é o mesmo. E exemplo Definir a distância a e a reação R para que o sistema abaixo esteja em equilíbrio. convenção de baixo para cima, positivo - 3 - 6 + R = 0 R = 9 não há forças horizontais aplicadas Mapoio = 0 convenção sentido horário, positivo -3 x 4 + R . 0 + 6 . a = 0 a = 2 Trocando as convenções: convenção de cima para baixo, positivo 3 + 6 - R = 0 R = 9 Mapoio = 0 convenção anti-horário, positivo 3 x 4 + R . 0 - 6 . a = 0 a = 2 MÓDULO 10 - Reações de Apoio - Tipos de Apoio e Reações Objetivo do módulo Mostrar os tipos de apoio e de vigas e como calcular reações de apoio de vigas isostáticas. O observação As reações de apoio em estruturas como vigas, treliças e pórticos, são calculadas aplicando-se as Três Equações Fundamentais da Estáticas definidas no módulo anterior. 1. Tipos de Apoio e Reações Engaste 3 reações de apoio: - reação momento (M), - reação horizontal (H), - reação vertical (R), logo: 3 incógnitas. Apoio fixo 2 reações de apoio: - reação horizontal (H), - reação vertical (R), logo: 2 incógnitas. Apoio móvel 1 reação de apoio: - reação vertical (R), logo: 1 incógnita. MÓDULO 10 - Reações de Apoio - Tipos de Estruturas 2. Tipos de Estruturas Hipostática Menos de 3 incógnitas São instáveis Exemplos: estrutura com um apoio fixo (2 incógnitas), ou 2 apoios móveis (2 incógnitas), ou 1 apoio móvel (1 incógnita) Isostática 3 incógnitas Resolvidas com as três equações da estática Exemplo: estrutura com um apoio fixo e um apoio móvel (3 incógnitas), ou um engaste (3 incógnitas) Hiperestática Mais de 3 incógnitas Necessitam outras equações além das três equações da estática Exemplos: estrutura com 2 engastes (6 incógnitas), ou 1 engaste e um apoio móvel (4 incógnitas), ou 1 engaste e um apoio fixo (5 incógnitas) ou 2 apoios fixos (4 incógnitas) MÓDULO 10 - Reações de Apoio - Exemplos 3. Exemplos - Cálculos das Reações de Apoio de vigas Isostáticas Viga com uma carga concentrada Viga com uma carga distribuída Viga com cargas concentradas e distribuídas MÓDULO 11 - Aplicação do Cálculo das Reações de Apoio Objetivo do módulo Calcular, a partir da planta do pavimento tipo de um edifício, as reações de apoio que compõem a sua estrutura. 1. Cálculo das reações de apoio das vigas do pavimento tipo abaixo Planta do projeto arquitetônico Planta do projeto estrutural O observações Numeração dos elementos estruturais (lajes, vigas, pilares) em um projeto estrutural . Lajes e pilares: da esquerda para a direita e de cima para baixo. Vigas: da esquerda para a direita e de cima para baixo (vigas horizontais), e na continuação de baixo para cima da esquerda para direita (vigas verticais). Para uma mesma viga com balanço(s) a numeração é única para o(s) balanço(s) e para o vão. A diferenciação se dá através de uma seqüência de letras do alfabeto iniciando-se pela letra "a" a esquerda ou abaixo (dependendo se a viga é horizontal ou vertical). Portanto, para a viga 21, por exemplo, com dois balanços em um vão ter-se-á: "V21a" para o balanço, "V21b" para o vão e "V21c" para outro balanço. Sequência de vigas para cálculo das reações: Existe sempre uma sequência lógica de vigas para o cálculo das reações de apoio. Deve-se iniciar os cálculos pelas vigas que não dependem das outras (não tenham outras vigas apoiadas sobre elas). E assim sucessivamente. No nosso exemplo: Iniciando a análise pela viga V1 viga 1 - depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço - depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão - depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio. viga 2 - depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio. viga 3 - depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço - depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio. viga 4 - não depende da reação de apoio de nenhuma viga logo: podem ser calculadas as reações de apoio (1) V4 viga 5 - não depende da reação de apoio de nenhuma viga. logo: podem ser calculadas as reações de apoio (2) V5 viga 6 - depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1)) - depende da reação de apoio da V2 no meio do vão logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio. viga 7 - não depende da reação de apoio de nenhuma viga logo: podem ser calculadas as reações de apoio (3) V7 viga 8 - não depende da reação de apoio de nenhuma viga logo: podem ser calculadas asreações de apoio (4) V8 viga 9 - depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1)) - depende da reação de apoio da V2 no meio do vão logo: ainda não podem ser calculadas as reações de apoio viga 10 - não depende da reação de apoio de nenhuma viga logo: podem ser calculadas as reações de apoio (5) V10 Reiniciando a análise pela viga V1 viga 1 - depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço (já calculada (2)) - depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão (já calculadas (3) e (4)) - depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço (já calculada(5)) logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (6) V1 viga 2 depende das reações de apoio da V7 e da V8 no meio do vão (já calculadas (3) e (4)) logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (7) V2 viga 3 depende da reação de apoio da V5 na extremidade do balanço (já calculada (2)) depende da reação de apoio da V10 na extremidade do balanço (já calculada(5)) logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (8) V3 viga 4 já calculada (1) viga 5 já calculada (2) viga 6 - depende da reação de apoio da V4 na extremidade do balanço (já calculada (1)) - depende da reação de apoio da V2 na extremidade do balanço (já calculada (7)) logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (9) V6 viga 7 já calculada (3) viga 8 já calculada (4) viga 9 - depende da reação de apoio da v4 na extremidade do balanço (já calculada (1)) - depende da reação de apoio da v2 na extremidade do balanço (já calculada (7)) logo: já podem ser calculadas as reações de apoio (10) V9 viga 10 já calculada (5) Reiniciando a análise pela viga V1 viga 1 já calculada (6) viga 2 já calculada (7) viga 3 já calculada (8) viga 4 já calculada (1) viga 5 já calculada (2) viga 6 já calculada (9) viga 7 já calculada (3) viga 8 já calculada (4) viga 9 já calculada (10) viga 10 já calculada (5) Logo, já foram calculadas as reações de apoio de todas as vigas. A seqüência para o cálculo das reações de apoio é a seguinte: (1) V4 (2) V5 (3) V7 (4) V8 (5) V10 (6) V1 (7) V2 (8) V3 (9) V6 (10) V9 O observação A seqüência definida acima não é a única seqüência possível para o cálculo das reações de apoio. Pode haver mais de uma seqüência para um mesmo esquema estrutural. O observação Os valores das cargas uniformemente distribuídas sobre as vigas são provenientes dos seguintes elementos: reação das lajes que se apoiam nas vigas, peso-própio, peso da alvenaria sobre as vigas. Cálculos das reações Viga V4 MV6 = 0 positivo: horário +6 . 6,00 . 3,00 - RV9 . 6,00 = 0 RV9 = 18kN V = 0 positivo: baixo para cima RV6 + 18 - 6 . 6,00 = 0 RV6 = 18kN H = 0 positivo: esq. para dir. HV6 = 0 HV6 = 0 Voltar Viga V5 MV3 = 0 5,5 . 6,00 . 3,00 - RV1 . 6,00 = 0 RV1 = 16,50kN positivo: horário V = 0 positivo: baixo para cima RV3 + 16,50 - 5,5 . 6,00 = 0 RV3 = 16,50kN H = 0 positivo: esq. para dir. HV1 = 0 HV1 = 0 Voltar Viga V7 MV1 = 0 positivo: horário -10 . 2,00 . 1,00 + RV2 . 2,00 = 0 RV2 = 10kN V = 0 positivo: baixo para cima 10 + RV1 - 10 . 2,00 = 0 RV1 = 10kN H = 0 positivo: esq. para dir. HV2 = 0 HV2 = 0 Voltar Viga V8 MV2 = 0 positivo: horário 5,4 . 2,00 . 1,00 - RV1 . 2,00 = 0 RV1 = 5,4kN V = 0 positivo: baixo para cima 5,4 + RV2 - 5,4 . 2,00 = 0 RV2 = 5,4kN H = 0 positivo: esq. para dir. HV2 = 0 HV2 = 0 Voltar Viga V10 (= Viga V4) Viga V4 Viga V10 RV6 = 18kN RV3 = 18kN RV9 = 18kN RV1 = 18kN HV6 = 0 HV3 = 0 Voltar Viga V1 MP1 = 0 p ositivo: horário -RP2 . 6,00 - 16,5 . 1,50 + 10 . 2,50 + 5,4 . 4,50 + 18 . 8,00 + 3,5.(1,50 + 6,00 + 2,00) . (4,75 - 1,50) - 1,5 . 1,50 . 0,75 + 2 . 4,5 . 2,25 + 2 . 2,00.(6,00 + 1,00) = 0 RP2 = 53.86kN V = 0 positivo: baixo para cima 53,86 + RP1 - 16,5 - 10 - 5,4 - 18 -3,5.(1,50 + 6,00 + 2,00) -1,5 . 1,50 - 2 . 4,50 - 2 . 2,00 = 0 RP1 = 44.54kN H = 0 positivo: esq. para dir. HP1 = 0 HP1 = 0 Voltar Viga V2 MV9 = 0 positivo: horário RV6 . 6,00 - 10.(2,00 + 1,50) - 5,4 . 1,50 - 10 . 6,00 . 3,00 - 3,5.(2,50 + 2,00).(2,25 + 1,50) = 0 RV6 = 47,03kN V = 0 positivo: baixo para cima 47,03 + RV9 - 10 - 5,4 - 10 . 6,00 - 3,5.(2,50 + 2,00) = 0 RV9 = 44,12kN H = 0 positivo: esq. para dir. HV6 = 0 HV6 = 0 Voltar Viga V3 MP3 = 0 positivo: horário -RP4 . 6,00 - 16,5 . 1,50 + 18.(6,00 + 2,00) + 4,8.(1,50 + 6,00 + 2,00) . (4,75 -1,50) + 10 . 6,00 . 3,00 = 0 RP4 = 74,58kN V = 0 positivo: baixo para cima RP3 + 74,58 - 16,5 - 18 - 4,8.(1,50 + 6,00 + 2,00) - 10 . 6,00 = 0 RP3 = 65,52kN H = 0 positivo: esq. para dir. HP4 = 0 HP4 = 0 Voltar Viga V6 MP3 = 0 positivo: horário -RP1 . 6,00 + 47,03 . 4,00 - 18. 1,00 + 4,4.(1,00 + 6,00) . (3,50 - 1,00) + 8,4 . 4,00 . 2,00 + 6,7 . 2,00.(4,00 + 1,00) = 0 RP1 = 63,55kN V = 0 positivo: baixo para cima RP3 + 63,55 - 18 - 47,03 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 8,4 . 4,00 - 6,7 . 2,00 = 0 RP3 = 79,28kN H = 0 positivo: esq. para dir HP1 = 0 HP1 = 0 Voltar Viga V9 MP4 = 0 positivo: horário -RP2 . 6,00 - 18 . 1,00 + 44,12 . 4,00 + 4,4.(1,00 + 6,00) . (3,50 - 1,00) + 10 . 4,00 . 2,00 + 5,0 . 2,00.(4,00 + 1,00) = 0 RP2 = 60,91kN V = 0 positivo: baixo para cima RP4 + 60,91 - 18 - 44,12 - 4,4.(1,00 + 6,00) - 10 . 4,00 - 5 . 2,00 = 0 RP4 = 82,01kN H = 0 positivo: esq. para dir HP2 = 0 HP2 = 0 MÓDULO 12 - Distribuição das Forças nos Elementos Estruturais - Transmissão de Cargas Objetivo do módulo Mostrar como os vários tipos de elementos estruturais recebem as cargas e as transmitem até o solo. 1. Transmissão de Cargas D definição A estrutura é um sistema de barras que recebe as cargas e as transmite para o solo. Tipos de estruturas Tesoura Viga Pilar Pórtico Arco Tesoura: Duas barras retas inclinadas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC). Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas? Reflita e aperte para ver a resposta Voltar Viga: Uma barra horizontal (AB). Pergunta: Qual é o esforço que a barra está sujeita? Reflita e aperte para ver a resposta Voltar Pilar: Uma barra vertical (AB) - é a maneira mais simples e natural de transmissão de cargas. Pergunta: Qual é o esforço que a barra está sujeita? Reflita e aperte para ver a resposta Voltar Pórtico: Uma barra horizontal (BAC) mais duas barras verticais (BD e CE). Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas? Reflita e aperte para ver a resposta Voltar Arco: Duas barras curvas (AB e AC) mais uma barra horizontal (BC). Pergunta: Quais são os esforços aos quais as barras estão sujeitas? Reflita e aperte para ver a resposta Voltar ! importante É essencial para o entendimento da transmissão de cargas em uma estrutura a compreensão de como a estrutura funciona como um todo. Deve-se enxergar todos os elementos estruturais trabalhandoem conjunto, ainda que a análise estrutural destes elementos seja feita em separado. MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural - Vigas - Tensão 2.Tensão (para qualquer elemento estrutural) D definição Resposta dos elementos estruturais (lajes, vigas, pilares, fundações), aos esforços internos aplicados - força normal (N) que dá origem à tração ou à compressão, momento fletor (M) que dá origem à flexão, momento torçor (Mt) que dá origem à torção e força cortante (V) que dá origem ao cisalhamento. Fórmula A fórmula geral para qualquer que seja a tensão (normal, flexão, torção ou cisalhamento) é a seguinte: Tensão = Esforço interno aplicado ————————————————————— característica geométrica da seção transversal esforço interno aplicado: N ou M ou Mt ou V Característica geométrica da seção transversal: área (A), momento de inércia (I), momento estático (Q), base (b), altura (h), entre outras E exemplo Tensão de flexão em uma viga As fibras superiores tendem a se aproximar (compressão) e as fibras inferiores tendem a se afastar (tração). Resposta da viga: para responder à compressão, as fibras superiores tracionam e para responder à tração, as fibras inferiores comprimem MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural - Vigas - Verificação da Estabilidade 3. Verificação da Estabilidade (para qualquer elemento estrutural) A estabilidade é realizada pela verificação da seguinte inequação: Tensão admissível Tensão máxima x Coeficiente de segurança 3.1. Tensão máxima Relação entre o máximo esforço interno aplicado e uma característica geométrica da seção transversal. MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural - Vigas - Verificação da Estabilidade - Tensão Admissível 3.2. Tensão admissível D definição A tensão admissível é uma característica do material que está sendo utilizado e indica até quanto o material aguenta antes de se romper. E exemplo Definição da tensão admissível de um determinado material Para tal, vamos nos imaginar em um laboratório com uma viga nas seguintes condições: Esta viga tem uma determinada seção transversal, com suas características geométricas. No laboratório, existem três relógios: o primeiro deles mede o valor da carga P, os outros dois calculam o valor do máximo esforço interno e da tensão máxima. Para a definição da tensão admissível, a carga P que está aplicada no meio da viga vai sendo aumentada até o seu rompimento. 1° relógio 2° relógio 3° relógio mede P (kN) calcula máximo esforço interno (kN) calcula tensão máxima kN/cm²) 10,00 5,00 37,50 15,00 7,50 56,30 20,00 10,00 75,00 24,10 12,05 90,40 Rompimento: A viga se rompeu quando o valor da carga P chegou a 24,10 kN. Tensão admissível: seria: 90,40 kN/cm². Mas se o material estiver com problemas, se os equipamentos estiverem com problemas, se acontecer alguma coisa? Alguma garantia deve ser dada. E esta garantia é conseguida com a diminuição do valor da tensão conseguida no terceiro relógio (multiplica-se o valor obtido na tensão máxima por 0,85). Portanto, a tensão admissível a ser adotada é: 90,40 . 0,85 = 76,84 kN/cm² Logo: a tensão admissível do material em questão é 76,84 kN/cm² Para efeito de convenção, utiliza-se uma barra sobre o símbolo da tensão para indicar a tensão admissível. MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural- Vigas - Verificação da Estabilidade - Coeficiente de Segurança 3.3. Coeficiente de Segurança Este coeficiente majora o valor dos carregamentos e consequentemente dos máximos esforços internos. Esta majoração é realizada para se garantir possíveis falhas nos cálculos, nos materiais ou em outros fatores que possam influir na segurança da estrutura. Normalmente, utiliza-se para o coeficiente de segurança o valor 1,4. MÓDULO 13 - Introdução ao Elemento Estrutural - Vigas - Tensões na Viga 4. Tensões na viga As tensões existentes em uma viga são as seguintes: tensão de flexão, tensão de cisalhamento, tensão de torção. Estas tensões não atuam separadamente em uma viga, mas sim de maneira composta. Por exemplo, as tensões de flexão e de cisalhamento atuam sempre de maneira conjunta em uma mesma viga. Tensão de flexão Esta tensão é a resposta da viga decorrente da flexão. A flexão aparece em uma viga devido ao esforço interno aplicado - momento fletor (M). Tensão de cisalhamento Esta tensão é a resposta da viga decorrente do cisalhamento. O cisalhamento aparece em uma viga devido ao esforço interno aplicado - força cortante (V). Tensão de torção Esta tensão é a resposta da viga decorrente da torção. A torção aparece em uma viga devido ao esforço interno aplicado - momento torçor (Mt). A seguir serão analisadas as tensões de flexão e de cisalhamento. A tensão de torção não será abordada devido a incidênia extremamente baixa incidência deste tipo de tensão em uma viga, não justificando portanto a sua análise. Resumo esquemático Geometria + Carregamento esforço interno aplicado M V Mt Flexão Cisalhamento Torção tensão Flexão Cisalhamento Torção MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Vigas Hipostáticas Objetivo do módulo Definir vigas hipostáticas, isostáticas e hiperestáticas e apresentar a teoria para cálculo de momentos fletores em vigas hiperestáticas (Equação dos 3 Momentos). 1. Vigas Hipostáticas: D definição São aquelas vigas com menos de três reações de apoio, ou, em outras palavras, menos de três incógnitas. ou ainda, são aquelas vigas com três ou mais reações da apoio (ou incógnitas) mas com liberdade não restringida. O observação Se houver alguma força horizontal, não há nenhuma reação neste sentido, e a tendência é que a viga "escorregue" nesta direção. C conclusão As vigas hipostáticas não são estáveis, não são estáticas. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Vigas Isostáticas 2. Vigas Isostáticas: D definição Vigas Isostáticas: são aquelas vigas com três reações de apoio (ou, três incógnitas) e com liberdade retringida. O observação Se houver uma força horizontal, o apoio fixo tem uma reação horizontal que impede o deslocamento da viga nesta direção. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Vigas Hiperestáticas 3. Vigas Hiperestáticas: D definição Vigas hiperestáticas são aquelas vigas com mais de três reações de apoio (ou, mais de três incógnitas) e com liberdade restringida. O observação Se houver uma força horizontal, o apoio fixo tem uma reação horizontal que impede o deslocamento da viga nesta direção. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Esforço Interno Aplicado - Momento Fletor (M) 4. Esforço Interno Aplicado - Momento Fletor (M): Para o cálculo das tensões de flexão em uma viga, se faz necessário o conhecimento dos momentos fletores desta viga. O cálculo dos momentos fletores é realizado através de convenções especificas (já visto para as vigas isostáticas - Sistema Estruturais I e II). A visualização deste cálculo em uma viga é feita com o desenho deum diagrama, também de acordo com convenções especificas (já visto para as vigas isostáticas - Sistema Estruturais I e II) MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Momentos Fletores para Vigas Isostáticas 5. Momentos Fletores para Vigas Isostáticas: Exemplo de diagrama de momentos fletores para forças concentradas e força distribuída nos balanços e no meio do vão. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Cálculo de Momentos Fletores de Vigas Contínuas 6. Cálculo de Momentos Fletores de Vigas Contínuas: D definição Vigas Contínuas: são vigas hiperestáticas com dois ou mais vãos. Para as vigas contínuas, o cálculo não é tão simples quanto era para as vigas isostáticas. Nas vigas isostáticas as incógnitas são três, precisamos então de três equações, que são as três equações da estática (somatória dos momentos em relação a um ponto igual a zero, somatório das forças verticais igual a zero e somatório das forças horizontais igual a zero). Para as vigas hiperestáticas tem-se mais de três incógnitas. Foram criados então vários métodos para o cálculo das reações de apoio e dos momentos fletores nos vãos. Uma vez conseguidos estes valores, pode-se calcular os momentos fletores e forças cortantes nos demais pontos da viga e consequentemente desenhar os diagramas. Métodos de cálculo: Método dos Deslocamentos Método dos Esforços Método de Cross Método da Equação dos Três Momentos MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Método da Equação dos Três Momentos 7. Método da Equação dos Três Momentos: Dentre os vários métodos existentes para o cálculo de vigas hiperestáticas, será apresentado nesta disciplina o Método da Equação dos 3 Momentos. Análise do Método da Equação dos 3 Momentos: O método calcula os momentos fletores em 3 apoios (Xn-1, Xn e Xn+1) sequenciais de uma viga, a partir dos quais pode-se calcular os momentos fletores em qualquer seção. Vamos escolher um trecho de dois vãos ( e ) e de três apoios (n-1, n e n+1) de uma viga continua sujeita a um carregamento qualquer conforme a figura abaixo: A seguir será apresentada a Equação dos 3 Momentos para uma viga com momento de inércia constante no vão e de vão para vão. Isto quer dizer, uma viga sem mísulas, com seção transversal igual, ou aproximadamente igual, ao longo da viga. Misula: Fórmula Onde: e :comprimento dos vãos Xn-1, Xn e Xn+1: momentos nos apoios : Fatores de carga Os fatores de carga são função da carga atuante no vão. Quando houver mais de uma carga atuando em um mesmo vão, os fatores de carga finais são dados pela soma dos fatores de carga de cada uma das cargas. - Para carga uniformemente distribuída ao longo do vão: Fórmula - Para carga concentrada no vão: Fórmulas O observação O índice "1" nas fórmulas de fatores de carga acima indica apoio da esquerda e o índice "2" indica apoio da direita. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Número de Aplicações 8. Número de Aplicações: Para se calcular os momentos fletores em todos os apoios de um viga contínua, deve-se aplicar a equação dos três momentos em vãos subsequentes dois a dois. O resultado é que o número total de aplicações é igual ao número de vãos menos um. E exemplo Para quatro vãos, aplica-se três vezes a equação dos três momentos. Com as três aplicações, fica-se com três equações dos três momentos, uma para cada aplicação e três incógnitas (X1, X2 e X3), já que os momentos X0 e X4 são previamente conhecidos. MÓDULO 14 - Tensão de Flexão: Vigas Hipo, Iso e Hiperestáticas e Equação dos 3 Momentos para Momento Fletor - Convenção de Sinais 9. Convenção de Sinais para Cálculo de Momentos Fletores: Olhando as cargas à esquerda da seção considerada: (Convenção positiva) Olhando as cargas à direita da seção considerada: (Convenção positiva) MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Cálculo e Desenho do Diagrama de Momentos Fletores de Viga Continua Objetivo do módulo Apresentar um exemplo prático de aplicação da Equação dos 3 Momentos e do desenho do diagrama de momentos fletores em uma viga hiperestática, com dois vãos, com carga distribuída em um dos vãos e uma carga concentrada no outro vão. 1. Cálculo e Desenho do Diagrama de Momentos Fletores de Viga Contínua: A viga tem dois vãos, portanto será necessária uma aplicação da Equação dos Três Momentos. Fórmula Equação dos Três Momentos: 1º aplicação: Vãos: Apoios: n-1 =0 n =1 n+1 =2 O observação Nos apoios de extremidade o valor do momento será igual a 0 (zero) - se não houver balanço. Cálculo dos fatores de carga Cálculo Cálculo Agora podemos resolver a 1ª aplicação Cálculo 2(4,00 + 5,00).X1 = -6(9,33 + 16,00) X1 = - 8,44 kNm MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Reações de Apoio 2. Reações de Apoio: As reações de apoio devem ser calculadas separadamente para cada vão. Além das cargas nos vãos (distribuidas e/ou concentradas), deve-se aplicar também os momentos nos apoios do respetivo vão. O sentido destes momentos (horário ou anti-horário) deve deformar o vão da mesma maneira que a carga aplicada sobre ele. Para vão 1: M0 = 0 3,5 . 4,00 . 2,00 - R1 . 4,00 - (-8,44) = 0 R1 = 9.11 kN V = 0 R0 + 9,11 - 3,5 . 4,00 = 0 R0 = 4,89 kN Para vão 2: M1 = 0 10 . 2,00 + (-8,44) - R2 . 5,00 = 0 R2 = 2,31 kN V = 0 R1 + 2,31 - 10 = 0 R1 = 7,69 kN O observação A reação no apoio 1 é igual a soma das reações do apoio 1 para os vãos 1 e 2. MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Conclusão 3. Conclusão: Visão final da viga, com momentos nos apoios e reações de apoio, a partir dos quais serão calculados os momentos fletores que servirão de base para o desenho do diagrama: MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Onde Calcular os Momentos Fletores? 4. Onde Calcular os Momentos Fletores?: Momentos fletores: nas seções de início e de fim de carga distribuída e nas seções de carga concentrada. O observação As reações de apoio são cargas concentradas. ! importante É indiferente olhar as cargas à esquerda ou à direita de uma determinada seção, o resultado é sempre o mesmo!!!!!! No nosso exemplo: Os momentos fletores deverão ser calculados nas seguintes seções: 0, 1, A, 2. Cálculo Seç ão 0 M0 = X0 = 0 Seção 1 M1 = X1 = - 8,44 kNm Ou, olhando as cargas à esquerda: Convenção: M1 = +4,89.4,00-3,5.4,00.2,00 = -8,44 kNm O observação Qualquer que seja a maneira de se realizar o cálculo, aproveitando o valor da Equação dos Três Momentos, calculando-se com os valores à esquerda ou à direita da seção, o resultado deve ser sempre o mesmo. Cálculo Seção A Convenção: Olhando as cargasà direita: MA = +2,31.3,00 = 6,93 kNm Seção 2 M2 = X2 = 0 MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Desenho dos Diagramas 5. Desenho dos diagramas: Com os valores dos momentos fletores nos vários pontos da viga, pode-se fazer o desenho do diagrama. Para este desenho, algumas convenções devem ser seguidas: valores de momento fletor positivos, abaixo da linha de referência e negativos, acima desta linha. linha do diagrama de momentos fletores entre dois pontos consecutivos: - se não houver carga entre estes dois pontos, a linha é reta e inclinada. - se houver carga distribuída entre estes dois pontos, a linha é uma parábola do 2° grau. A parábola do 2° grau necessita de três pontos para ser desenhada. No diagrama de momentos fletores, dois dos pontos da parábola são os momentos fletores nos pontos extremos. Há a necessidade então de um terceiro ponto. Este ponto é conseguido "pendurando-se" (pendurar significa no mesmo sentido da carga) o valor qx²/8 (q: valor da carga, x: distância entre os dois pontos) a partir da metade da reta que une os pontos extremos. (obs.: o sentido da carga sempre empurra a "barriga" da parábola). MÓDULO 15 - Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos Três Momentos para Dois Vãos - Desenho Final 6. Desenho Final: Desenho final do diagrama de momentos fletores do exemplo proposto: O observação O ponto sob o qual se "pendura" o valor qx 2 /8 não é necessariamente o ponto de máximo momento fletor. MÓDULO 16 - Tensão de Flexão Aplicação da Equação dos 3 Momentos para Dois e Três Vãos Objetivo do módulo Apresentar dois exemplos práticos de cálculo de momentos nos apoios de vigas hiperestáticas a partir da Equação dos 3 Momentos. Primeiro exemplo: viga com três vãos e um balanço, carga distribuída em um vão, uma carga concentrada em outro vão, sem carga em um vão e carga concentrada na extremidade do balanço; Segundo exemplo: viga com dois vãos, carga distribuída em ambos os vão e uma carga concentrada em um dos vãos. 1. Tensão de Flexão: Aplicação da Equação dos 3 Momentos para Dois e Três Vãos Cáculo dos momentos nos apois de viga contínua abaixo esquematizada A viga tem três vãos, portanto serão necessárias duas aplicações da Equação dos 3 Momentos. Cálculo do momento sobre os apoios das extremidades: Seção 0: X0 = 0 Seção 3 (olhando-se as cargas à direita da seção): X3 = - 6.1,50 = - 9 Fórmulas 1º aplicação (vãos e ): 1º aplicação: Vãos: Apoios: n-1 =0 n =1 n+1 =2 2º aplicação (vãos e ): 1º aplicação: Vãos: Apoios: n-1 =1 n =2 n+1 =3 Cálculo dos fatores de carga vão vão vão Cálculo Cálculo Cálculo Se não há carga no vão O observação Cálculo dos fatores de carga em um determinado vão: se não houver carga neste vão o fator de carga é igual a zero. se houver mais de uma carga neste vão o fator de carga final é igual a soma dos fatores de carga das cargas atuantes. Agora podemos resolver a 1ª aplicação Cálculo 2(4,50 + 3,50).X1 + 3,50.X2 = -6(7,59 + 6,29) 16.X1 + 3,50.X2 = -83,28 (1° equação) E na sequência podemos resolver a 2ª aplicação Cálculo 3,50 . X1 + 2(3,50 + 4,00) . X2 + 4,00 . -9 = - 6(5.71 + 0) 3,50 . X1 + 15,.00 . X2 = 1,74 (2° equação) Resolvendo-se o sistema de duas equações a duas incógnitas, decorrente da 1° e 2° aplicações da Equação dos 3 Momentos, chega-se aos valores dos momentos X1 e X2. Então: X0 = 0 X1 = -5,51 kNm X2 = 1,40 kNm X3 = -9,00 kNm Conclusão A partir daí pode ser feito o cálculo das reações de apoio e dos valores dos momentos fletores nos pontos necessários para possibilitar o desenho dos diagramas. MÓDULO 16 - Tensão de Flexão Aplicação da Equação dos 3 Momentos para Dois e Três Vãos - Exemplo 2. Exemplo: Aplicação da Equação dos 3 Momentos: Cálculo dos momentos nos apoios da viga contínua abaixo esquematizada: A viga tem dois vãos, portanto será necessária uma aplicação da Equação dos 3 Momentos. Fórmula 1º aplicação (vãos e ): 1º aplicação: Vãos: Apoios: n-1 =0 n =1 n+1 =2 Cálculo dos fatores de carga Cálculo dos fatores de carga vão vão Cálculo Cálculo Agora podemos resolver a 1ª aplicação Cálculo 2(5,00 + 4,50) . X1 = -6(13,02 + 18,56) 19,00 . X1 = -189,48 X1 = -9,97 kNm Então: X0 = 0 X1 = -9,97 kNm X2 = 0 Conclusão A partir daí pode ser feito o cálculo das reações de apoio e dos valores dos momentos fletores nos pontos necessários para possibilitar o desenho dos diagramas. MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Flexão Objetivo do módulo Mostrar os diagramas de tensões de flexão de uma viga, definir o que é linha neutra, apresentar a fórmula da tensão de flexão. 1. Flexão Para o estudo da flexão, imaginemos uma viga com seção transversal retangular. Viga de espuma Apliquemos no meio do vão desta viga uma força concentrada de cima para baixo. Viga de espuma com força concentrada A imagem acima pode ser representada da seguinte maneira: Para melhor entender esta figura, pode-se fazer três perguntas (lembrando que estamos no meio do vão): 1 Pergunta: O que acontece nas fibras superiores? Resposta: Fibras se aproximam (compressão) 2 Pergunta: O que acontece na fibra central? Resposta: Nada 3 Pergunta: O que acontece nas fibras inferiores? Resposta: Fibras se afastam (tração) MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Diagrama de Tensões Resultantes 2. Diagrama de tensões resultantes Colocando-se os esforços de compressão nas fibras superiores, tração nas fibras inferiores e ainda nenhum esforço na fibra central, pode-se obter os seguintes gráficos (lembrando que estamos no meio do vão): fibra central Pergunta: Qual dos gráficos seria o correto? pelo sentimento, qual das linhas seria a correta para unir a compressão das fibras superiores à tração das fibras inferiores passando por nenhum esforço na fibra central? a) b) c) d) Reflita e aperte para ver a resposta MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Linha Neutra (LN) 3. Linha Neutra (LN) D definição - Na LN, não há esforço, nem de tração, nem de compressão. - Para materiais homogêneos (aço, madeira, concreto (não concreto armado)), a LN passa no centro de gravidade (CG) da seção transversal. O observação Na verdade, a Linha Neutra não é uma linha e sim um "plano neutro", pois está presente ao longo da viga e ao longo de toda a seção transversal. MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Lei de Navier (1826) 4. Lei de Navier (1826) D definição As seções planas permanecem planas após a deformação. Análise das distâncias Façamos agora a análise das distâncias entre as seções transversais e consequentemente dos esforços nas fibras superiores, inferiores e na LN em alguns pontos da viga acima:Sobre o apoio Meio do vão Fibras superiores Fibras se afastam: tração Fibras se aproximam: compressão Linha Neutra Não há alteração Não há alteração Fibras inferiores Fibras se aproximam: compressão Fibras se afastam: tração Pergunta: Porque as condições das fibras superiores e inferiores, para o meio do vão e sobre o apoio são diferentes? Resposta: Por que o sinal do momento fletor no apoio e no meio do vão é diferente. Normalmente o sinal do momento fletor sobre o apoio é negativo e no meio do vão é positivo. MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Tensão de Flexão 5. Tensão de Flexão D definição Resposta da seção transversal ao esforço externo (momento fletor). - Estudo da tensão de flexão no meio do vão de uma viga sujeita a momento fletor (M) positivo: O desenho acima mostra as tensões de flexão com a seguinte convenção: - tensão de flexão/compressão: positiva; - tensão de flexão/tração: negativa. Fórmula Geral da Tensão de flexão Onde: : tensão de flexão. M : momento fletor na seção considerada y : distância da LN à fibra considerada ILN : momento de inércia em relação à Linha Neutra MÓDULO 17 - Tensão de Flexão: Teoria - Exemplo 6. Exemplo Determinação das tensões de flexão Determinação das tensões de flexão nas fibras 1e 2, superior e inferior dos pontos D e B da viga abaixo: Ponto D: Fibra superior: Pergunta : Responda, pelo sentimento se, na fibra 1 e na fibra superior, no ponto D (meio do vão) a tensão de flexão será de compressão ou de tração? Confirme sua resposta fazendo o cálculo e verificando o sinal de acordo com a convenção. Resposta : Fibra 1 - f = M . y / ILN = 30 . 100 . 12.5 / 104167 = 0,36 kN/cm² Fibra sup - f = M . y / ILN = 30 . 100 . 25 / 104167 = 0,72 kN/cm² Obs.: o valor 100 na fórmula acima serve para transformar o momento fletor de kNm para kNcm. O resultado foi positivo, logo a tensão de flexão na fibra superior no ponto D (meio do vão) é de compressão. Fibra inferior: Pergunta : Responda, pelo sentimento se, na fibra 2 e na fibra inferior, no ponto D (meio do vão) a tensão de flexão será de compressão ou de tração?. Confirme sua resposta fazendo o cálculo e verificando o sinal de acordo com a convenção. Resposta : Fibra 2 - f = M . y / ILN = 30 . 100 . (-12,5) / 104167 = - 0,36 kN/cm² Fibra inf - f = M . y / ILN = 30 . 100 . (-25) / 104167 = - 0,72 kN/cm² O resultado foi negativo, logo a tensão de flexão na fibra inferior no ponto D (meio do vão) é de tração. Diagrama das tensões de flexão no ponto D: Ponto B: Fibra superior: Pergunta : Responda, pelo sentimento se, na fibra 1 e na fibra superior, no ponto B (apoio) a tensão de flexão será de compressão ou de tração? Confirme sua resposta fazendo o cálculo e verificando o sinal de acordo com a convenção. Resposta : Fibra 1 - f = M . y / ILN = (-20) . 100 . 12,5 / 104167 = - 0,24 kN/cm² Fibra sup - f = M . y / ILN = (-20) . 100 . 25 / 104167 = - 0,48 kN/cm² Obs.: o valor 100 na fórmula acima serve para transformar o momento fletor de kNm para kNcm. O resultado foi negativo, logo a tensão de flexão na fibra superior no ponto B (apoio) é de tração. Fibra inferior: Pergunta : Responda, pelo sentimento se, na fibra 2 e na fibra inferior, no ponto B (apoio) a tensão de flexão será de compressão ou de tração? Confirme sua resposta fazendo o cálculo e verificando o sinal de acordo com a convenção. Resposta : Fibra 2 - f = M . y / ILN = (-20) . 100 . (-12,5) / 104167 = 0,24 kN/cm² Fibra inf - f = M . y / ILN = (-20) . 100 . (-25) / 104167 = 0,48 kN/cm² O resultado foi positivo, logo a tensão de flexão na fibra inferior no ponto B (apoio) é de compressão. Diagrama das tensões de flexão no ponto B: MÓDULO 18 - Tensão de Flexão: Tensão Máxima e Verificação da Estabilidade - Verificação da Estabilidade Objetivo do módulo Mostrar como se faz a verificação da estabilidade para flexão em uma viga, mostrar onde estão as tensões máximas de flexão e apresentar exemplos de verificação da estabilidade para flexão. 1. Verificação da Estabilidade Para não haver rompimento, ou para que haja estabilidade, é necessário que a seguinte inequação seja verificada: Fórmula Tensão admissível Tensão máxima . Coeficiente de segurança Verificação da estabilidade de uma viga Portanto, para que se verifique a estabilidade à flexão de uma viga, as inequações abaixo devem ser obedecidas, tanto para a seção de Momento fletor máximo positivo como para a seção de Momento fletor máximo negativo. Fórmula O observação A barra acima dos simbolos de tensão de flexão ( ), indica que esta tensão é uma tensão admissível. Na verificação da estabilidade à flexão, o que interessa são as tensões máximas de flexão (tração ou compressão). Porém, uma pergunta deve ser feita: onde estão as tensões máximas? MÓDULO 18 - Tensão de Flexão: Tensão Máxima e Verificação da Estabilidade - Tensão Máxima de Flexão 2. Tensão máxima de Flexão Fórmula Imaginemos uma viga com uma determinada seção transversal. Esta seção transversal tem um centro de gravidade (CG). Por este centro de gravidade passa a LN que define o momento de inércia em relação à LN (ILN). A partir da LN, define-se a distância até as fibras superior e inferior (ysup e yinf). Esta viga tem o seguinte diagrama de momentos fletores: Analisemos agora as tensões de flexão nas seções de momento fletor máximo positivo e negativo nas fibras superior e inferior. f ysup (+) + fc yinf (-) - ft ysup (+) - ft yinf (-) + fc Porém, a pergunta ainda persiste: onde estão as tensões máximas de flexão? Para descobrir onde estão estas tensões máximas, vamos analisar a fórmula da tensão de flexão: Fórmula A tensão máxima se consegue com os máximos valores no numerador, e o mínimo valor no denominador. Máximos valores no numerador: M: momento máximo positivo ou negativo (função do diagrama de momentos fletores). y: distância da LN à fibra mais afastada (ysup ou yinf). Mínimo valor no denominador: O valor do momento da inércia em relação à LN é constante, pois a seção transversal em uma determinada seção da viga é única. Diagramas das tensões de flexão A partir da tabela e das considerações acima, pode-se construir os diagramas das tensões de flexão nas seções de momento fletor máximo positivo e negativo. C conclusão Então, respondendo à pergunta, as tensões máximas de flexão estão nas seções de momento fletor máximo positivo e negativo nas fibras superior e inferior. Fórmula da tensão de flexão máxima MÓDULO 18 - Tensão de Flexão: Tensão Máxima e Verificação da Estabilidade - Exemplo 1 3. Exemplo 1 Verificação da estabilidade à flexão de uma viga: Diagrama de momentos fletores: Seção Transversal: Onde: = 2,00 kN/cm² = 1,75 kN/cm² Características geométricas da seção transversal: Cálculo ILN = b . h³ / 12 = 10 . 50³ / 12 = 104167 cm 4 O observação A fórmula acima é valida somente para seção transversal retangular. Flexão: Fórmula Para : Fibras superiores: Pergunta: A tensão de flexão seria com compressão ou com tração?.
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