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CHUVAS INTENSAS CHUVAS INTENSAS Chuvas intensas são aquelas que provocam cheias nos sistemas de drenagem; A precipitação máxima é entendida como a ocorrência extrema, com duração, distribuição temporal e espacial crítica para uma área ou bacia hidrográfica; As chuvas intensas podem também causar enchentes, isto é, podem gerar vazões superiores à capacidade do sistema de drenagem, resultando em inundações. CHUVAS INTENSAS O conhecimento de valores máximos de precipitação associados a enchentes é indispensável a obras de engenharia como: – Vertedores de barragens – Sistemas de drenagem – Galerias pluviais – Bueiros ANÁLISES DOS DADOS As intensidades de chuva i, em geral, expressas em mm/min, mm/h ou mm/d. Com os valores levantados, pode-se construir o hietograma da chuva, tomando-se intervalos de tempo de 10 min ou maiores. A duração da chuva é de = 50 min. ANÁLISES DOS DADOS Na análise de chuvas intensas, toma-se todos os pluviogramas de cada ano e investiga-se qual a maior intensidade de chuva observada correspondente a uma duração especificada. Análise de freqüência de séries hidrológicas Previsão das precipitações: Freqüência Probabilidade Eventos observados Criar um banco de dados com eventos passados para determinar a freqüência com que eles ocorrem. Eventos não conhecidos Utilizar uma equação de distribuição empírica para determinar a probabilidade de ocorrência dos eventos. Análise de freqüência de séries hidrológicas Os dados observados podem ser considerados em sua totalidade, o que constitui uma serie total, ou apenas os superiores a um certo limite inferior (série parcial) , ou, ainda, só o máximo de cada ano (série anual). As alturas pluviométricas da série considerada devem ser relacionadas em ordem decrescente, associando-lhes a respectiva freqüência de ocorrência F, avaliada pela seguinte expressão: F = a probabilidade acumulada de um evento ser igualado ou superado em magnitude; m = o número de ordem; n = número de anos de registro considerado; m F n Considerando F uma boa estimativa da probabilidade teórica (p) e definindo o tempo de recorrência ou período de retorno Tr como o intervalo de tempo médio (medido em anos) um que um determinado evento deve ser igualado ou superado, tem-se a seguinte relação: geralmente 1 Tr p 1Tr F Análise de freqüência de séries hidrológicas Anos Chuvas Totais Anuais (mm) Nº Ordem P (mm) F Tr F% 1959 375,0 1 1722,1 0,05 20,0 5 1960 963,3 2 1225,7 0,1 10,0 10 1961 326,3 3 1118,9 0,15 6,7 15 1962 698,2 4 1053,5 0,2 5,0 20 1963 999,6 5 1019,6 0,25 4,0 25 1964 1722,1 6 999,6 0,3 3,3 30 1965 529,8 7 963,3 0,35 2,9 35 1966 1053,5 8 878,6 0,4 2,5 40 1967 878,6 9 755,9 0,45 2,2 45 1968 428,1 10 741,5 0,5 2,0 50 1969 594,2 11 698,2 0,55 1,8 55 1970 675,2 12 675,8 0,6 1,7 60 1971 675,8 13 675,2 0,65 1,5 65 1972 509,4 14 594,2 0,7 1,4 70 1973 755,9 15 579,7 0,75 1,3 75 1974 1225,7 16 529,8 0,8 1,3 80 1975 1019,6 17 509,4 0,85 1,2 85 1976 579,7 18 428,1 0,9 1,1 90 1977 741,5 19 375,0 0,95 1,1 95 1978 1118,9 20 326,3 1 1,0 100 Anos Chuvas Totais Anuais (mm) Nº Ordem P (mm) F Tr F% 1959 375,0 1 1722,1 0,05 20,0 5 1960 963,3 2 1225,7 0,1 10,0 10 1961 326,3 3 1118,9 0,15 6,7 15 1962 698,2 4 1053,5 0,2 5,0 20 1963 999,6 5 1019,6 0,25 4,0 25 1964 1722,1 6 999,6 0,3 3,3 30 1965 529,8 7 963,3 0,35 2,9 35 1966 1053,5 8 878,6 0,4 2,5 40 1967 878,6 9 755,9 0,45 2,2 45 1968 428,1 10 741,5 0,5 2,0 50 1969 594,2 11 698,2 0,55 1,8 55 1970 675,2 12 675,8 0,6 1,7 60 1971 675,8 13 675,2 0,65 1,5 65 1972 509,4 14 594,2 0,7 1,4 70 1973 755,9 15 579,7 0,75 1,3 75 1974 1225,7 16 529,8 0,8 1,3 80 1975 1019,6 17 509,4 0,85 1,2 85 1976 579,7 18 428,1 0,9 1,1 90 1977 741,5 19 375,0 0,95 1,1 95 1978 1118,9 20 326,3 1 1,0 100 Anos Chuvas Totais Anuais (mm) Nº Ordem P (mm) F Tr F% 1959 375,0 1 1722,1 0,05 20,0 5 1960 963,3 2 1225,7 0,1 10,0 10 1961 326,3 3 1118,9 0,15 6,7 15 1962 698,2 4 1053,5 0,2 5,0 20 1963 999,6 5 1019,6 0,25 4,0 25 1964 1722,1 6 999,6 0,3 3,3 30 1965 529,8 7 963,3 0,35 2,9 35 1966 1053,5 8 878,6 0,4 2,5 40 1967 878,6 9 755,9 0,45 2,2 45 1968 428,1 10 741,5 0,5 2,0 50 1969 594,2 11 698,2 0,55 1,8 55 1970 675,2 12 675,8 0,6 1,7 60 1971 675,8 13 675,2 0,65 1,5 65 1972 509,4 14 594,2 0,7 1,4 70 1973 755,9 15 579,7 0,75 1,3 75 1974 1225,7 16 529,8 0,8 1,3 80 1975 1019,6 17 509,4 0,85 1,2 85 1976 579,7 18 428,1 0,9 1,1 90 1977 741,5 19 375,0 0,95 1,1 95 1978 1118,9 20 326,3 1 1,0 100 Tempo de retorno / Estrutura hidráulica: CURVAS I-D-F i Durações (em min.) 5 10 15 20 30 45 60 90 120 1 2 3 4 . . 31 18,4 16,9 15,5 15,1 . . 9,7 26,7 24,9 24,8 23,9 . . 16,2 34,2 32,7 32,7 32,4 . . 19,6 45,2 41,0 37,9 37,1 . . 23,3 54,7 52,4 45,8 41,8 . . 28,4 73,1 65,7 62,3 48,7 . . 31,3 75,1 69,6 69,6 65,9 . . 34,6 81,9 72,0 71,8 70,8 . . 38,9 82,4 72,9 72,4 71,8 . . 39,3 i Durações (em min.) 5 10 15 20 30 45 60 90 120 1 2 3 4 . . 31 3,68 3,38 3,10 3,02 . . 1,94 2,67 2,49 2,48 2,39 . . 1,62 2,28 2,18 2,18 2,16 . . 1,31 2,26 2,05 1,90 1,86 . . 1,17 1,82 1,75 1,53 1,39 . . 0,95 1,63 1,46 1,38 1,08 . . 0,70 1,25 1,16 1,16 1,09 . . 0,58 0,91 0,80 0,80 0,79 . . 0,43 0,68 0,61 0,60 0,60 . . 0,33 CURVAS I-D-F Freqüência das maiores precipitações em Curitiba (em mm). Precipitações da tabela anterior transformadas em intensidades (em mm/min) CURVAS I-D-F As chuvas intensas são retratadas pontualmente pelas curvas de intensidade, duração e freqüência (i-d-f); Correlacionando intensidades e durações das chuvas verifica-se que quanto mais intensa for uma precipitação, menor será sua duração; A relação cronológica das maiores intensidades para cada duração pode ser obtida de uma série de registros pluviográficos de tormentas intensas. CURVAS I-D-F Em geral são escolhidas as seguintes durações: ◦ 5, 10, 15, 30 e 60 min, ◦ I, 2, 4, 6, 12, 18 e 24 horas. A metodologia segue a seguinte seqüência: ◦ a) para cada duração são obtidas as precipitações máximas anuais com base nos dados do pluviógrafo; ◦ b) para cada duração mencionada é ajustada uma distribuição estatística; ◦ c) dividindo a precipitação pela sua duração obtém-se a intensidade; ◦ d) as curvas resultantes são a relação i-d-f. Plotagem dos valores da tabela origina a família de curvas I-D-F, válidas para o local onde foram medidos os dados de precipitação . Construção das Curvas IDF Intensidade-Duração-Frequência Chuvas menos intensas tem Tr menor Chuvas mais intensas tem Tr maior A chuva de 1 hora de duração com tempo de retorno de 20 anos tem uma intensidade de 60 mm/h. Curva IDF para acidade de Porto Alegre, com base nos dados coletados pelo pluviógrafo do DMAE localizado no Parque da Redenção, publicada pelo DMAE em 1972 (adaptado de Tucci, 1993). Curvas IDF Considerando a curva IDF, qual é a intensidade da chuva com duração de 40 minutos que tem 1% de probabilidade de ser igualada ou superada em um ano qualquer em Porto Alegre? Exercício Qual é a intensidade da chuva? Duração de 40 minutos 1% de probabilidade de ser igualada ou superada em um ano qualquer em Porto Alegre? Exercício 1 Tr p i = 95 mm/h 𝑇𝑟 = 1 1% 𝑇𝑟 = 1 1/100 𝑇𝑟 = 1 100 1 Tr = 100 anos IDF – Intensidade, Duração e freqüência • Equação • T = tempo de retorno em anos; t = duração em minutos • a, b, c e d são parâmetros de ajustes que devem ser determinados para cada local; • Observa-se que i diminui com t; i cresce com T b d a.T i(mm /h) (t c) Equações de intensidade-duração-freqüência de algumas cidades brasileiras (i-mm/h, t-min e T-anos): Recife Por Ramos e Azevedo (2010) desenvolveram uma equação IDF para a cidade do Recife (Estação Aeroporto, 1968-2007). Exercício Para as seguintes cidades, determine a intensidade de chuva máxima anual, de duração t = 60 min e período de retorno Tr = 20 anos. Recife Recife i = 1,13 mm/h i = 49,23 mm/h i = 67,01 mm/h Curvas P-D-F Otto Pfafstetter (1957) Pfastetter (1957) estabeleceu curvas p-d-f para 98 postos localizados em diferentes regiões do Brasil. O autor ajustou para cada posto a seguinte equação empírica: Na qual, P = a precipitação máxima em mm, t = duração da precipitação em horas, a, b e c constantes para cada posto e R = um fator de probabilidade, definido como: sendo Tr = tempo de retorno em anos, ( e valores que dependem da duração da precipitação e uma constante (adotada para todos os postos igual a 0,25). Utilize o método empírico apresentado por Pfafstetter (1957) para determinar: a) precipitação com 1 hora de duração e 10 anos de tempo de retorno em Porto Alegre (RS) e Maceió (AL). EXERCÍCIO
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