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O PODER LEGISLATIVO (1)

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O PODER LEGISLATIVO
O PROCESSO LEGISLATIVO
Processo legislativo é o conjunto de atos que tem por objetivo a formação das normas jurídicas.
A elaboração das espécies normativas (art. 59 da CF) deve obedecer a certos ritos. A não obediência às disposições sobre o processo legislativo constitucionalmente previstas acarretará inconstitucionalidade da norma.
De acordo com a CF-88, fazem parte do Processo Legislativo os seguintes instrumentos normativos: Emenda Constitucional, Lei complementar, Lei Ordinária, Lei Delegada, Medida Provisória (*) , Decretos Legislativo, Resoluções).
Não fazem parte do processo legislativo: o Decreto Autônomo; as Resoluções dos Tribunais.
O Decreto Legislativo produz efeitos externa corporis.
As Resoluções produzem efeitos interna corporis. Contudo, algumas Resoluções tem efeitos externos, como por exemplo o Art. 68, §2º; Art. 52, IV a X; Art. 155, §2º, V.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
ATOS E FASES DO PROCESSO LEGISLATIVO
1º - Iniciativa legislativa
	2º - Emendas legislativas
3º - Votação
4º Sanção e Veto
5º - Promulgação e Publicação.
1ª fase- Iniciativa legislativa é a faculdade atribuida a alguem ou a algum órgão para apresentar proposições ao Poder Legislativo. Em outras palavras, a iniciativa legislativa é o ato que deflagra, que inaugura, que dá início ao processo de formação das normas jurídicas.
A iniciativa legislativa comporta 3 modalidades: 
Iniciativa reservada (privativa ou exclusiva)
Iniciativa concorrente
Iniciativa popular
Iniciativa legislativa reservada (privativa ou exclusiva) – é conferida apenas a uma pessoa ou órgão.Quando a iniciativa é reservada a uma pessoa, somente ela pode deflagrar o processo legislativo sob pena de inconstitucionalidade por vício de iniciativa.
Exemplos de iniciativas legislativas reservadas:
Exemplo 1-Iniciativa reservada ao Pres. República: art. 61, §1º, I e II; art. 165, I, II e III.
	Art. 61, §1º- São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual; II - as diretrizes orçamentárias; III - os orçamentos anuais.
Exemplo 2--Iniciativa reservada ao Poder Judiciário: art. 93, caput e art. 96, II.
Art. 93. Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, (…).
Art. 96. Compete privativamente: (…) 
II - ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores e aos Tribunais de Justiça propor ao Poder Legislativo respectivo, observado o disposto no art. 169:
a) a alteração do número de membros dos tribunais inferiores;
b) a criação e a extinção de cargos e a remuneração dos seus serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados, bem como a fixação do subsídio de seus membros e dos juízes, inclusive dos tribunais inferiores, onde houver; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
c) a criação ou extinção dos tribunais inferiores;
d) a alteração da organização e da divisão judiciárias;
Exemplo 3--Iniciativa reservada à Câmara dos Deputados (art. 51, IV)
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: (…)
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Exemplo 4-Iniciativa reservada ao Senado Federal(art. 52, XIII)
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (…)
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Exemplo 5 -Iniciativa reservada ao Ministério Público: art. 127, §2º.
Art. 127, § 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Exemplo 6-Iniciativa reservada ao Tributal de Contas da União: art. 73, caput.
Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as atribuições previstas no art. 96.
b) Iniciativa legislativa concorrente – é a atribuída a mais de uma pessoa ou órgão para deflagrar o processo legislativo. Exemplos.
Exemplo 1: 
Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
Exemplo 2: O PGR concorre com o Pres. República na iniciativa de Lei Orgânica do Ministério Público. (art. 61, §1º, II, “b” e art. 128, §5º)
Art. 61, § 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
Art. 128, § 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:
Exemplo 3: Iniciativa concorrente para propor Emendas à Contituição (art. 60, I, II e III)
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
C) Iniciativa legislativa popular (ou simplesmente, iniciativa popular) - Trat-se de forma de exercício direto do poder com funadamento no parágrafo único do art. 1º da CF-88 (soberania popular). Os requisitos da iniciativapolular são os previstos no §2º do Art. 61 da CF-88. 
Importante frizar que essa iniciativa popular é cabível apenas para propor leis ordinárias e leis complementares. Seus requisitos constam do Art. 61, §2º.
Art. 61, §2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles.
2ª fase- Emendas legislativas – é a faculdade de os membros de cada uma das Casas Legislativas do Congresso Nacional propor modificações em projetos de leis (PL) ou em propostas de emendas à constituição (PEC), desde que se observe o disposto no art. 63, que revela preocupação em não se aumentar a despesa pública.
Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:
I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e § 4º;
II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.
3ª fase- Votação. A votação é ato de decisão para aprovação (ou não) de PL ou PEC.
Para aprovação de Emendas à Constituição: 3/5 dos votos (art. 60, §2º) § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Para aprovação de Leis Complementares: maioria absoluta dos votos (art. 69) Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
Para aprovação de Leis Ordinárias: maioria relativa dos votos, desde que presente a maioria absoluta. (art. 47) Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
4ª fase- Sanção e veto (Art. 66, §§1º ao 7º). Sanção e veto são atos legislativos da competência exclusiva do Pres. República. Recaem somente sobre Projetos de Leis. As emendas Constitucionais não são sancionadas, mas sim promulgadas pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
Sanção – é a adesão, a concordância, a anuência do Pres. República ao texto do Projeto de Lei aprovado pelo Poder Legislativo.
A sanção pode ser expressa ou tácita. A sanção expressa dá-se por escrito, quando o Pres. República assina a lei. O Pres. República tem 15 dias para sancionar ou vetar a lei (§1º do art. 66). A sanção tácita ocorre após decorridos 15 dias sem que o Pres. República se manifeste sobre o PL.
Veto – é a rejeição ao texto do Projeto de Lei . Pode ser total ou parcial.
Somente são vetáveis os PL que disponham sobre a matéria do art. 48.
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre: I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento;
V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio da União; VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembléias Legislativas; VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; VIII - concessão de anistia; IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001) XII - telecomunicações e radiodifusão; XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas operações; XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 153, III; e 153, § 2º, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
-O Pres. República tem 15 dias para sancionar ou vetar o PL (§1º do Art. 66)
-O Veto parcial abrange texto integral de artigo, parágrafo, inciso, alínea (§2º do Art. 66);
-A sanção tácita ocorre em 15 dias. (§3º do Art. 66);
-Caso seja vetado, o Congresso Nacional poderá apreciar o veto no prazo de 30m dias, em sessão conjunta, por maioria absoluta (§4º do Art. 66);
-Se o veto presidencial não for mantido (=REJEITADO) pelo Congresso, o PL será enviado p/ promulgação ao Pres. República (§5º do Art. 66). Se o Pres. República não promulgar ,em 48h, o Presidente do Senado promulgará, mas se este não o fizer, a promulgação caberá ao Vice-Pres do Senado. (§7º)
-Se o Congr. Nacional não deliberar sobre o veto presidencial em 30 dias, será colocado na ordem do dia da próxima sessão de votação. Tranca-se a pauta. (§6º do Art. 66);
-Se o PL não for aprovado somente poderá ser reapresentado na próxima sessão legislativa.
5ª fase- Promulgação e Publicação. Promulgação e Publicação são atos de natureza legislativa. 
Promulgação é a mera comunicação aos destinatários da lei de que esta foi criada com determinado conteúdo. É ato obrigatório.
Publicação – instrumento pelo qual se transmite a promulgação aos destinatários da lei. A ppublicação é condição para que a lei entre em vigor e se torne eficaz. É feita em Diário Oficial.
OBS: A CF-88 foi promulgada pela Assembléia Nacional Constituinte. 
As Emendas Constitucionais são promulgadas pelas Mesas da CD e do SF. Não se submetem à sanção do Pres. República.
Fim

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