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POLÍTICAS DE SAÚDE PROF. ALDAIR JOSÉ SARMENTO SILVA SAÚDE PÚBLICA CONCEITO Baseia suas ações na aplicação da promoção de saúde e tecnologias de prevenção de doenças e intervenções planejadas para desenvolver e aumentar a qualidade de vida. Um pouco de História... Lei Eloy Chaves (1923): nasce a “previdência” após greves e movimentos por melhores condições de trabalho e segurança. • Instituídas as CAPs (Caixas para Aposentadoria e Pensão) aos operários urbanos, apenas. • Eram organizadas pelas próprias empresas – caráter facultativo. • Direito a socorro médico, à aposentadoria/pensão e aos serviços funerários. Isto se estendia também aos dependentes. A partir de 30: • Criados os Ministérios do Trabalho, da Educação/Saúde; Indústria/Comércio e junta trabalhista. • As CAPs são substituídas pelos IAPs (Instituto de Aposentadoria e Pensão) – só para pessoas com vínculos empregatícios; cada setor criava o seu (ex: comércio, bancários, etc.). • Governo Vargas. • Em 1953: Ministério da Saúde separa-se do Ministério da Educação – função: vigilância sanitária, programas de vacinas e doenças epidêmicas. Foco na atenção 1ª. • A partir de 60: os IAPs são unificados, tornando-se o INPS (Instituto Nacional de Previdência Social) – função: previdência e assistência médica. Quem não tinha vínculo empregatício poderia pagar o INPS e ter acesso à saúde. • Em 1978: nasce o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social) – criado dentro do INPS pelo regime militar. Tinha vínculo com o Ministério da Previdência Social. Foco na cura (atenção 2ª e 3ª). Foi extinto em 1993. • Em 1986: nasce o SUDS (Sistema Único Descentralizado de Saúde) – muda-se o foco para a atenção básica. Inverte as verbas do INAMPS para os estados. Funciona até 1988, quando surge o SUS (Sistema Único de Saúde) no governo Sarney. • O SUS unifica a administração e o financiamento, unindo o MS (atenção 1ª) e o INAMPS (atenção 2ª e 3ª) – mas com o SUS não se pode exigir pagamento obrigatório, então é criada a CPMF. CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) – sua criação ocorreu em 1996 e entrou em vigor em 1997: o dinheiro só podia ser aplicado à saúde; arrecadação direcionada ao SUS. Década de 90 - caracterizado pela regulamentação do SUS - Lei 8080 de 19/09/90 - Regulamenta as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços de saúde correspondentes. - Lei 8142 de 28/12/90 – Estabelece normas para a participação da comunidade na gestão do SUS e as transferências intergovernamentais de recursos de recursos financeiros na área da saúde. Ano 2000 : Caracterizada pela redefinição do papel do Estado na gestão da do Sistema Único de Saúde – SUS e pela redefinição de critérios para habilitação dos Municípios, com ênfase no processo de regionalização das ações. O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS CONCEITO Sistema Único de Saúde é um modelo integral à saúde, onde haja a incorporação progressiva de ações de promoção e de proteção, ao lado daquelas propriamente ditas de recuperação. CONSTITUIÇÃO FEDERAL - Título VIII - Capítulo II - Seção II da Saúde Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, com acesso universal igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação. Art. 3º - A saúde tem como fatores determinantes e condicionantes: -A alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA DE SAÚDE NO BRASIL Prof. Aldair Sarmento Dinâmica populacional ImigrantesNascimento Óbitos Emigrantes O fenômeno do enhecimento populacional aconteceu inicialmente em países mais desenvolvidos. Entretanto nas últimas décadas esta transformação ocorre nos países em desenvolvimento (Moreira, 2002) O envelhecimento populacional é um dos maiores desafios da saúde pública conteporânea. Transição epidemiológica O processo de transição demográfica causa um processo de transição epidemiológica, ocorrendo uma diminuição dos óbitos infantis e doenças infecto-contagiosas e um aumento das enfermidades crônico-degenerativas, principalmente de doenças do aparelho circulatório e do diabetes. 1950 DIC 40% das mortes, hoje menos de 10% DCV 12%, hoje mais de 40% das mortes. Teoria da Transição Demográfica Fases da Transição Demográfica 1. A fase Pré-industrial 2. A fase Intermediária de divergência dos coeficientes 3. A fase Intermediária de convergência dos coeficientes 4. A fase Moderna Gráfico 1. Os 5 estágios em que se divide a transição demográfica. TN=Taxa de natalidade; TM=Taxa de mortalidade; CP=Crescimento da população. Desafios atuais: Escassez de recursos para uma demanda crescente. O idoso consome mais serviços de saúde, internações, doenças crônicas e múltiplas, medicações contínuas e exames periódicos. FONTE: IBGE (2004) A TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA NO BRASIL A EVOLUÇÃO DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE NO BRASIL As doenças infecto contagiosas apresentaram uma redução significante entre a década de 30 e a década de oitenta, passando de 46% do total de óbitos apenas 7%. - Por outro lado, as doenças do aparelho circulatório representavam 12% na década de 30, e chegaram a 33% na década de 80. Envelhecimento da População Segundo o IBGE , a idade média do brasileiro passou de 18 anos, em 1980, para 21 anos, em 1991, o que dá a idéia do envelhecimento da população, no período. O Brasil se encontra no terceiro estágio da transição demográfica de acordo com as informações disponíveis para os últimos 150 anos.(Pereira) Medidas preventivas são possíveis, passando pela prevenção primordial, primária, secundária e terciária. Hoje gastamos quase 99% dos recursos na fase de prevenção secundária e terciária, e menos de 1% nas duas primeiras fases.
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