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CIDADANIA E CAPITALISMO

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CIDADANIA E CAPITALISMO
O processo de reprodução do Estado burguês
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I- Lutas sociais e expansão dos direitos 
1. O processo de lutas sociais
§1. As lutas sociais já distintas das lutas no reino animal como o pressuposto da luta reivindicativa por direitos.
As controvérsias de possuidores de mercadoria. A vigência da lei da abstração (versus a lei do instinto).
O uso da linguagem racional. A existência de sentimentos provindos da interioridade. O aceite da dor, se consequência inevitável de um imperativo interior. (Terry Eagleton.)
O hábito ou costume de respeito ao padrão de regulação das relações sociais já não apoiado numa herança genética, mas no processo de interiorização da exterioridade (essa dizendo respeito às condições materiais ou objetivas, expressas por medidas estatísticas etc.) e exteriorização da interioridade (conceitos, sentimentos). (Pierre Bourdieu.)
As formas de prática social: a prática racional, a prática afetiva. A essência das formas da prática social: a produção de bem ou serviço, orientada por predisposições mentais (abstrações). (Louis Althusser.)
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§2. O elemento mais simples na luta social originária: a família.
A institucionalização da família conforme o tipo de sociedade.
O conflito social como de início um conflito de famílias.
§3. Modalidades da luta de famílias: econômica, religiosa, política.
A luta econômica: o conflito em torno de interesses materiais privados.
A luta religiosa: o conflito pelo saber-fazer na relação com o supra-sensível.
A luta política: o conflito pela influência no exercício dos papeis governamentais (legislador, juiz, líder guerreiro).
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§4. A prática política.
A luta política, pois, relacionada à influência sobre o governo. 
Os pressupostos do Estado burguês e o capital: o governo (forma estatal) e o dinheiro (forma capital). 
As suposições de haver a forma não-estatal de governo e a forma não-capital de dinheiro: as existências da forma estatal e da forma capital.
A possibilidade da correlação de governo não estatal (Estado= especialização não apenas dos dirigentes, mas também do quadro administrativo) e relações de produção não classistas: a existência da relação mútua de Estado burguês e capital. 
A existência histórica da sociedade primitiva (o governo não estatal e o dinheiro não capital): o recurso à informação etnográfica. (Lawrence Krader. A formação do Estado. Cap. 2: governo sem Estado.)
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A luta política competitiva de famílias originárias: sem ir além do tipo de estrutura jurídico-administrativa da comunidade primitiva.
A luta política na sociedade primitiva como a forma de as associações de famílias conquistar a hegemonia no governo, isto é, transformar os seus interesses particulares em interesses da coletividade. 
A eleição do chefe político: o partido (A) fazendo o seu interesse específico na arte de bem-falar valer no interesse comum à comunidade.
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2. O processo de expansão dos direitos 
§1. A luta política de classes competitivas como forma de os partidos modernos (associações mandatárias de classes), por um lado, conquistarem a hegemonia no Estado burguês, ou seja, converterem interesses específicos dentro da classe do capital em objetivos globais dessa classe e, por outro, imporem os interesses da fração hegemônica burguesa ao conjunto da coletividade.
§2. A transformação da hegemonia política (familiar) em dominação política (de classe).
§3. A concretização da dominação política da burguesia mesmo com a ascesão do partido proletário ao governo do Estado burguês. 
Em primeiro lugar, o tipo de estrutura jurídico-burocrática do Estado como produtora de efeitos de abstração (contrato de trabalho, povo-nação) inibidores do sentimento revolucionário de classe. A existência de poucos membros do proletariado dispostos ao sacrifício para a defesa de medidas governamentais anticapitalistas.
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Em segundo lugar, a institucionalização das normas básicas do Estado burguês em leis (a Constituição) que limitam as práticas governamentais. A exigência de mudanças constitucionais para a adoção de medidas mais avançadas, e assim havendo um maior custo político.
Em terceiro lugar, a correspondência entre a desigualdade econômica e diferença de recursos políticos. A maior capacidade de pressão política pela classe do capital.
Em quarto lugar, o boicote da própria burocracia do Estado burguês, em contexto de estabilidade estrutural da ordem social, frente à tentativa de governo socialista. O enquadramento cotidiano das práticas da burocracia pela normatividade do burocratismo, induzindo essa categoria social à defesa do Estado burguês, contra as tentativas de transformá-lo com políticas antiburguesas. 
A comprovação pelos casos do Chile na década de 1970 e da França dos anos 1980. A imunição do Estado burguês, enquanto o próprio capitalismo não apresentar sinais de seu declínio histórico.
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§4. Hegemonia política e dominação de classe.
As lutas sociais como um processo de organização de interesses. (Hegemonia política.)
A expansão de direitos privados como um processo de legitimação da divisão de classes. (Dominação política.)
O caso da hegemonia política de frações progressistas da classe dominante e o vivido da subordinação política pela classe dominada como aumento da influência do partido proletário no Estado burguês.

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