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ESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATASESCOLA DE ENGENHARIAS E CIÊNCIAS EXATAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I PROF. GILVAN BEZERRA PROF. JUAREZ QUADROS 1 PROF. GILVAN BEZERRA PROF. JUAREZ QUADROS gilvan.bezerra@unp.br juarez.barbosa@unp.br 2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: •Pasta: cimento + água•Pasta: cimento + água •Argamassa: pasta + agregado miúdo •Concreto: argamassa + agregado graúdo •Concreto armado: concreto + armadura em aço 3 PEQUENO HISTÓRICO: •1824: J. Aspdin, um fabricante Inglês de cimento, obteve a patente para o cimento Portland em 21 de outubro de 1824. Filho de umpara o cimento Portland em 21 de outubro de 1824. Filho de um pedreiro, foi o primeiro fabricante a estudar o cimento com bases científicas. A patente BP 5022 intitulada uma melhoria no modo de produção de uma pedra artificial, na qual ele cunhou o termo "cimento Portland", por analogia, com a pedra Portland, um calcário oolítico que é extraído na costa do canal da Inglaterra, na ilha de Portland, em Dorse. •1855: o francês J. L. Lambot constrói um barco com argamassa de cimento reforçada com ferro.cimento reforçada com ferro. 4 BREVE HISTÓRICO: •1861: J. Monier constrói um vaso de flores de concreto com armadura de arame. Coignet publica os princípios básicos para as construçõesde arame. Coignet publica os princípios básicos para as construções em concreto armado. •1867: Coignet apresenta na Exposição Internacional de Paris � vigas e tubos de concreto armado. •1873: W. E. Ward constrói uma casa em concreto armado em Nova Iorque – Ward´s Castle. •1888: primeiro conceito de protensão (Dohring, de Berlim). •1900: início do desenvolvimento da teoria do concreto armado por Koenen e Mörsch. •1904: foram publicadas as Instruções provisórias para preparação, execução e ensaio de construções de concreto armado”. 5 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CONCRETO ARMADO: �VANTAGENS:�VANTAGENS: •Boa resistência à maioria das solicitações; •Boa trabalhabilidade, isto é, adapta-se a várias formas � maior liberdade ao projetista; •Existe aderência entre o concreto já endurecido e o que é lançado posteriormente, facilitando a transmissão de esforços (concretagem); •Suas técnicas de execução são de conhecimento de todo o país; •Pode competir com as estruturas de aço em termos econômicos (em algumas situações); •Material durável, se bem executado e projetado; •Apresenta durabilidade e resistência ao fogo superiores à madeira e ao aço; e •Resistente a choques e vibrações, efeitos térmicos, atmosféricos e desgastes mecânicos. 6 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO CONCRETO ARMADO: �DESVANTAGENS:�DESVANTAGENS: •Seus elementos possuem dimensões maiores que as estruturas em aço � peso muito grande da estrutura limitando seu uso em determinadas situações; •Reformas e adaptações são, muitas vezes, de difícil execução; •Necessário um sistema de formas e escoramentos que precisam permanecer no local até que o concreto alcance resistência adequada; e •Inevitável fissuração da região tracionada (uso de armação fina nessa região limita sua abertura para fissuras capilares – inofensivas). 7 SISTEMAS E ELEMENTOS ESTRUTURAIS: Antes de iniciar o estudo do CA, é importante analisar o comportamento de uma estrutura simples: qual parte da construção resiste às diversas ações e quem garante o equilíbrio. �SISTEMA ESTRUTURAL: modo como os elementos estruturais são arranjados. �ELEMENTOS ESTRUTURAIS: são as peças que compõem uma estrutura geralmente com uma ou duas dimensões preponderantes sobre as demais� vigas, lajes, pilares, etc. �DISCRETIZAÇÃO: técnica de desmembramento da estrutura em elementos cujos comportamentos possam ser admitidos como já conhecidos e de fácil estudo. 8 MODELO DE DISCRETIZAÇÃO DE ESTRUTURA: 9 PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO: •Consistência: capacidade do concreto em se deformar. Varia com a quantidade de água empregada, a granulometria dosde água empregada, a granulometria dos agregados e a presença de produtos químicos. É medida pelo slump. •Trabalhabilidade: forma de efetuar o adensamento do concreto. Um concreto com alto slump, em geral, é de fácil lançamento e adensamento (boa trabalhabilidade).trabalhabilidade). •Homogeneidade: distribuição uniforme (ou regular) dos agregados dispersos dentro da massa de concreto, estando envolvidos totalmente pela pasta, sem apresentar desagregação. 10 PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO: •Adensamento: preenchimento do concreto em todos os recantos da forma,•Adensamento: preenchimento do concreto em todos os recantos da forma, sem a formação de bolhas de ar, vazios e segregação de materiais. Utiliza vibração mecânica pela imersão de vibradores na massa de concreto. Uma das etapas mais importantes e interfere nas características e propriedades finais da estrutura •Início do endurecimento (Pega): período entre o endurecimento do concreto até atingir uma situação que possa ser desenformada, mesmo sem ter atingido sua resistência total. Inicia-se poucas horas após sua produção. •Cura do concreto: medidas preventivas que evitem a evaporação precoce do concreto, através do fornecimento de água, conservando a umidade necessária para as reações de hidratação, até que as propriedades esperadas para esse concreto sejam atingidas. Falta de cura � retração no volume impedidas pelas formas� tensões de tração� fissuração e diminuição da resistência final. 11 12 13 PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO: As diversas características apresentadas pelo concreto endurecido dependem fundamentalmente do planejamento e dos cuidados de sua execução. O planejamento consiste em definir: - Propriedades desejadas do concreto; - Analisar e escolher os materiais existentes ou disponíveis; - Estabelecer uma metodologia para definir o traço, os equipamentos para a mistura, o transporte, o adensamento e a cura. Principais características de interesse são mecânicas: resistência à compressão e à tração. 14 PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO: •Resistência à compressão: os fatores que influenciam a resistência do concreto endurecido � traço e idade do concreto. Quanto maior a idade, maior será a resistência obtida. •Resistência à tração: pode estar relacionada com a capacidade resistente do elemento, como as sujeitas a esforço cortante e, diretamente, com a fissuração 15 DURABILIDADE DE UMA ESTRUTURA: � DIMENSIONAMENTO� DIMENSIONAMENTO Deve garantir que a estrutura suporte de forma segura, estável e sem deformações excessivas todas as solicitações a que está submetida durante sua execução e utilização. Consiste em impedir a ruína (falha) da estrutura ou de seus elementos. Ruína: não é apenas o perigo da ruptura que ameaça a vida dos ocupantes.Ruína: não é apenas o perigo da ruptura que ameaça a vida dos ocupantes. Também são as situações em que a edificação não apresenta um perfeito estado para utilização (excesso de deformações, fissuras inaceitáveis etc). NBR 6118 (item 5.1.2.3): capacidade de a estrutura resistir às influências ambientais previstas e definidas em conjunto pelo autor do projeto estrutural e o contratante, no início dos trabalhos de elaboração do projeto. 16 DESEMPENHO EM SERVIÇO: A estrutura deve manter-se em condições plenas de utilização, não devendo apresentar danos que comprometam parte ou totalmente o uso para o qualapresentar danos que comprometam parte ou totalmente o uso para o qual foi projetada. CAPACIDADE RESISTENTE: Segurança à ruptura. DIRETRIZES PARA DURABILIDADE DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO: •Exigências de projeto; •Vida útil da estrutura;•Vida útil da estrutura; •Envelhecimento e deterioração; •Agressividade do ambiente - está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturasde concreto, independente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, e da retração hidráulica. 17 18 CRITÉRIOS DE PROJETO QUE VISAM A DURABILIDADE: 19 20 SEGURANÇA DAS ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO �ESTADOS LIMITE�ESTADOS LIMITE Os efeitos da NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto armado: procedimento, consideram os ELU e ELS � visam evitar ruptura, colapso e ruína da estrutura. �ELS (ESTADO-LIMITE DE SERVIÇO) está sempre relacionado à durabilidade das estruturas, além da aparência, conforto do usuário e à boa utilização funcional das mesmas. -Na análise estrutural deve se considerar a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a segurança da estrutura, levando-se em conta os possíveis ELS e ELU. 21 ELU (Estados-limites últimos): 22 ELS (Estados-limites de serviço): 23 CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES: -Ações permanentes;-Ações permanentes; -Ações variáveis; e -Ações excepcionais AÇÕES PERMANENTES a) Diretas: • Peso próprio; • Peso do elementos construtivos fixos e de instalações permanentes; • Empuxos permanentes.• Empuxos permanentes. b) Indiretas: • Retração do concreto; • Fluência do concreto; • Deslocamentos de apoio; • Protensão. 24 AÇÕES VARIÁVEIS a) Diretas: • Cargas acidentais previstas para o uso da construção;• Cargas acidentais previstas para o uso da construção; • Ação do vento; • Ação da água (estruturas enterradas ou que haja acúmulo de água sem drenagem); • Ações variáveis durante a construção. b) Indiretas: • Variações uniforme de temperatura; • Variações não-uniforme de temperatura;• Variações não-uniforme de temperatura; • Ações dinâmicas (choques ou vibrações). AÇÕES EXCEPCIONAIS Elementos estruturais sujeitas a situações excepcionais de carregamento, cujos efeitos não possam ser controlados por outros meios. 25 COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO γc E γs 26 DIAGRAMA TENSÃO-DEFORMAÇÃO Mostra as relações entre tensão (σ) e deformações específicas (ε) do concreto na compressão.concreto na compressão. 27 28 CARACTERÍSTICAS DO AÇO: A NBR 7480:1996 define os tipos, as características e outros itens sobre as barras e os fios de aço destinados a armaduras deitens sobre as barras e os fios de aço destinados a armaduras de concreto armado. O aço é classificado nas categorias CA-25, CA-50 e CA-60, sendo os tipos CA-25 e CA-50 fornecidos em barras e o CA-60 fornecidos em fio. As características mecânicas mais importantes para a definição de um aço, obtidas em ensaios de tração são: resistência característica de escoamento, limite de resistência e alongamento na ruptura. . AÇO fyk (MPa) fyd (MPa) εyd (%)AÇO fyk (MPa) fyd (MPa) εyd (%) CA-25 250 217 0,104 CA-50 500 435 0,207 CA-60 600 522 0,248 PRINCIPAIS NOMENCLATURAS: f – resistência;f – resistência; b – largura; A – área da seção cheia; Ac – área da seção transversal de concreto; As – área da seção transversal da armadura longitudinal de tração; E – módulo de elasticidade; F – força; M – momento;M – momento; MRd – momento fletor resistente de cálculo; MSd – momento fletor solicitante de cálculo; Rd – esforço resistente de cálculo; Sd – esforço solicitante de cálculo; Vd – força cortante de cálculo; γc – coeficiente de ponderação da resistência do concreto; γf – coeficiente de ponderação das ações; γm – coeficiente de ponderação das resistências;γm – coeficiente de ponderação das resistências; γs – coeficiente de ponderação da resistência do aço; ε – deformação específica; εc – deformação específica do concreto; e εs – deformação específica do aço da armadura passiva. Exemplos: fck – fcd –fcd – fyd – Mrd – As – DIMENSIONAMENTO DE UMA ESTRUTURA: De acordo com o item 14.2.1 da NBR 6118:2003, o objetivo da análise estrutural é determinar os efeitos das ações em uma estrutura, com a finalidade de efetuar verificações de estados limites. • Estado Limite Último – verifica se a estrutura suporta o carregamento aplicado. • Estado Limite de Serviço – verifica as deformações e vibrações da estrutura.vibrações da estrutura. Deverá garantir que a estrutura suporte de forma segura, estável e sem deformações excessivas todas as solicitações. CombinaçõesCombinações Normais 1,40 1,15 Especiais ou de construção 1,20 1,15 Excepcionais 1,20 1,00
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