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TRABALHO DE FICHAMENTO CONTABILIDADE

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO FINANCEIRA E CONTROLADORIA
Fichamento de Estudo de Caso
Ana Cristina Meira Serrano
Contabilidade 
Tutor: Prof. Arievaldo Alves de Lima
Local: Biblioteca da Faculdade Estácio de Sá
2016
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Estudo de Caso: Cafés Monte Bianco: Elaborando um Plano Financeiro
Contabilidade 
Cafés Monte Bianco: Elaborando um Plano Financeiro
REFERÊNCIA: ROBERT, L.SIMONS 	
 ANTONIO, DAVILA
HARVARD | BUSINESS | SCHOOL – 114 -P02 –NOVEMBER 07, 2000
Cafés Monte Bianco: Elaborando um Plano Financeiro
O presente estudo de caso relata a história da empresa Cafés Monte Bianco e a incerteza na tomada de decisão pelo presidente da empresa Giacomo Salvetti.
A empresa Cafés Monte Bianco, locada em Milão, era produtora de Cafés Premium. Os cafés da empresa, distribuídos em toda Europa tinham a reputação de serem os melhores do continente. A empresa foi fundada no início do século por Mário Salvetti, após passar várias décadas na América do Sul trabalhando em plantações de café, voltou à Itália para combinar os melhores grãos que havia encontrado em sua carreira. Logo a Cafés Monte Bianco se tornaria conhecida na região de Milão pelo sabor e qualidade de seus cafés. Mário passou seu conhecimento a seus descendentes e mesmo conhecimento chegou até Giacomo, seu neto.
A família Salvetti era proprietária da empresa há mais de 80 anos.
Pesquisa e Desenvolvimento: A cada ano, Giacomo passava 2 meses viajando ao mundo visitando plantações de café, aprendendo a respeito de grãos e mantendo contato com produtores de café. A empresa possuía um laboratório e 6 pesquisadores em busca de novas combinações de sabores e testando produtos já existentes no mercado.
Expansão da empresa: Em busca de superar o sucesso do avô, Giacomo desejava aumentar o negócio. Então ele expandiu a capacidade da empresa, através da construção de caras instalações. “Estado da Arte”. Investimento que durou 5 anos, o que gerou um excelente resultado no ano 2000.
A produção de marcas próprias foi um fator crucial para o sucesso da empresa, que vendeu para duas importantes cadeias de supermercados na Itália.
Giacomo percebeu que a produção de marcas próprias era uma boa alternativa para ocupar a capacidade produtiva e absorver custos fixos.
A demanda por cafés de marca própria haviam aumentado porém para atender esta demanda, a empresa teria que reduzir sua presença de cafés premium em 2001 por conta de sua limitação de capacidade produtiva.
Para resolver a questão Giacomo fez uma reunião com o Comitê Executivo para a discussão sobre como alocar a capacidade produtiva. A discussão foi intensa.
Paula Salvetti, expressou sua opinião em que a melhor estratégia seria uma transição completa para marcas próprias. Porém Roberto Bianchi disse que as marcas premium era a essência da Cafés Monte Bianco, e dedicar total capacidade às marcas próprias era uma traição a missão da empresa. Ele apresentou relatórios financeiros para fundamentar sua opinião com base em lucros apresentados em 2000.
Diacomo concordava com ambos os pontos de vista, porém estes não eram suficientemente forte para fazê-lo decidir sobre a nova estratégia de crescimento para a Cafés Monte Bianco. Ele desejava saber seu real impacto financeiro, então marcou outra reunião com a recomendação que os executivos apresentassem seus relatórios.
Giovanni Calvaro, gerente de Marketing argumentou que os segmentos premium era o ponto forte, porém muito volátil, o segmento de marcas próprias era mais estável, porém os preços neste segmento são mais baixos que no segmento premium.
Paolo (diretor de Produção) apresentou eu seu relatório que os custos variam com o volume e a qualidade dos grãos e concluiu que o segmento exclusivo de marcas próprias o custo fixo diminuiriam em 781 milhões de liras. E o plano de produção seria mais simplificado.
Carla diretora de (Planejamento Estratégico) completou o raciocínio de Paolo dizendo que a produção de marcas próprias era extremamente vantajosa pois teriam consideráveis redução de despesas de vendas, administrativas e de P&D, sendo 65%,75% e 50% consecutivamente.
Estas informações embora bem elaboradas, ainda não eram o bastante.
Diacomo sabe a importância sobre a verificação análise das disponibilidades para essa tomada de decisão. Então pergunta se alguém saberia informar como estava o fluxo de caixa.
Dino (diretor Financeiro) concluiu que com a opção por marcas próprias. Seria necessário usa todo o limite de crédito de 25 bilhões de liras, isso porque os varejistas de marcas próprias exigem um prazo de pagamento muito maior, 90 dias ao invés de 30.
O presidente da empresa ficou insatisfeito pois ninguém sabia dizer como estava a saúde financeira da empresa, e quais as implicações dessa tomada de decisão para a Cafés Monte Bianco. Então solicitou um Plano Financeiro com todas estas informações considerando a estimativa de capacidade adicional de produção de 1.800.000 kg exclusivamente de marcas próprias, e como ficaria a liquidez da empresa. Para então tomar a decisão mais acertada.
Comentário: Diacomo está coreto, para esta tomada decisão deverão ser analisados alguns índices financeiros para saber da saúde da empresa, e com base nos relatórios apresentados estimar o lucro e o retorno do PL para a Cafés Monte Bianco. Segue abaixo o Plano Financeiro e suas projeções.
	 
	2000
	2001
	Receita Bruta
	
	 
	Impostos sobre Vendas
	
	 
	CPV
	59%
	 
	Depesa de Marketing
	
	 
	Despesas de P&D
	
	75%
	Despesas de Vendas
	
	65%
	Despesas Administrativas
	
	50%
	Despesas Financeiras
	
	 
	IR
	 
	 
	
	
	
	
	DRE 
	2000
	2001
	Receita Bruta
	 56.112.408,00 
	 68.640.000,00 
	Sem Marca
	 9.934.848,00 
	 68.640.000,00 
	Marca Premium
	 46.177.560,00 
	 - 
	( - ) Custo dos Produtos Vendidos
	 33.233.867,00 
	 40.497.600,00 
	( = ) Margem Bruta
	 22.878.541,00 
	 28.142.400,00 
	( - ) Despesa de Marketing
	 4.155.980,00 
	 - 
	( - ) Despesas de P&D
	 3.328.130,00 
	 832.032,50 
	( - ) Despesas de Venda
	 3.574.710,00 
	 1.251.148,50 
	( - )Despesas Administrativas
	 4.752.000,00 
	 2.376.000,00 
	( - )Despesas Financeiras
	 3.825.000,00 
	 3.825.000,00 
	( = ) LUCRO ANTES DO IR
	 3.242.721,00 
	 19.858.219,00 
	( - ) IR (40% do LAIR)
	 1.297.088,40 
	 7.943.287,60 
	( = ) Lucro Líquido
	 1.945.632,60 
	 11.914.931,40 
	
	 
	 
	TOTAL DE DESPESAS 
	 19.635.820,00 
	 8.284.181,00 
	
	
	
	PRODUÇÃO ATUAL
	6.000.000 
	
	CAPACIDADE ADICIONAL
	1.800.000 
	
	TOTAL ESTIMADO
	7.800.000 
	
	 
	 
	
	 PREÇO DE VENDA/KG 
	 8,80 
	
	 
	 
	
	 RECEITA TOTAL 
	 68.640.000,00 
	
	 
	 
	
	 CUSTO FIXO 
	 3.319.500,00 
	
	 
	 
	
	 CUSTO UNITARIO 
	 6,60 
	
	 CUSTO VARIAVEL TOTAL 
	 51.480.000,00 
	
	 
	 
	
	 CUSTO FIXO + CUSTO VARIAVEL = 
	 54.799.500,00 
	
	
	
	
	 
	2000
	2001
	PATRIMONIO LIQUIDO 
	 9.165.869,00 
	 19.135.167,40 
	
	
	
	CAPITAL SOCIAL 
	 7.220.236,00 
	
	
	
	
	ROE
	 0,84 
	
	
	
	
	
	
	
	ANO
	2000
	
	ATIVO CIRCULANTE
	 14.546.280,00 
	
	PASSIVO CIRCULANTE
	 512.331,00 
	
	ESTOQUE
	 1.148.400,00 
	
	DISPONIBILIDADES 
	 1.121.450,00 
	
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE10.000.000,00 
	
	AC/PC = LIQUIDEZ CORRENTE 
	28,39234792
	
	AC-ESTOQUES/PC = LIQUIDEZ SECA 
	 26,15 
	
	DISPONIBILIDADES/PC= LIQUIDEZ IMEDIATA
	 2,19 
	
	AC+RLP/PC+PNC = LIQUIDEZ GERAL
	 1,38 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	FLUXO DE CAIXA
	 
	 
	 
	ENTRADAS 
	SAÍDAS
	JANEIRO
	 
	 25.000.000.000,00 
	FEVEREIRO
	 
	 
	MARÇO
	 6.250.000.000,00 
	 
	ABRIL
	 
	 
	MAIO
	 
	 
	JUNHO 
	 6.250.000.000,00 
	 
	JULHO
	 
	 
	AGOSTO
	 
	 
	SETEMBRO
	 6.250.000.000,00 
	 
	OUTUBRO
	 
	 
	NOVEMBRO
	 
	 
	DEZEMBRO
	 6.250.000.000,00 
	 
	TOTAIS 
	 25.000.000.000,00 
	 25.000.000.000,00 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Após a análise dos indicadores acima podemos então concluir que a Cafés Monte Bianco encontra-se em excelente saúde financeira a saber:
Com o resultado do indicador ROE verificamos um excelente Retorno sobre o PL de acordo com a projeção para 2011, seu índice deu 0,84 ou seja um retorno de PL de 84% considerado excelente.
Com relação a projeção de lucro, com a escolha de produção de cafés de marca própria o lucro em 2011 foi alavancado em relação ao lucro de 2000 como podemos identificar através do gráfico “Lucro Líquido”.
As despesas também diminuíram consideravelmente e as receitas cresceram bastante como visto no gráfico “Receitas e Despesas”
De acordo com os índices de liquidez a empresa pode sim quitar suas dívidas.
A liquidez corrente de 28,39 informa que a empresa está apta para quitar suas dívidas a curto prazo.
A liquidez seca de 25,15 diz que não é necessário a venda imediata de estoques para a quitação de dívidas à curto prazo
A liquidez imediata de 2,19 nos informa que com apenas o que a Cafés Monte Bianco possui em sua Disponibilidade dariam para quitar suas dívidas.
A liquidez geral demonstra que para cada 1 real de dívida a longo prazo a empresa possui 1,38 real para honrar suas dívidas.
Mediante a análise destes indicadores podemos sanar a dúvida de Diacomo Salvetti com relação a tomada de decisão em optar pela produção exclusivamente de marcas próprias, pois esta será a decisão mais acertada para um maior crescimento da empresa.
	
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