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ARTIGO COMO FAZER UMA RESENHA

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CRITÉRIOS PARA FAZER UMA RESENHA 
 
Por Luciano Rosset1 
 
 A resenha é um trabalho científico que objetiva apresentar uma obra, devidamente 
analisada e criticada. Deve ser alicerçada em critérios metodológicos adotados pelo corpo de 
professores, coordenação e direção da Instituição de Ensino Superior. No geral, os alunos 
confundem resenha com resumo, o que implica em equívoco metodológico na hora de 
entregar trabalhos aos professores que solicitam resenha e não, resumo. 
 Na verdade, enquanto a resenha exige capacidade de análise crítica, o resumo, por 
possuir a finalidade de difundir as principais ideias do autor de um determinado livro, artigo 
ou tese, demanda apenas apresentação concisa de seu conteúdo. Assim, convém não confundi-
los, sob a pena de seguir um caminho completamente diferente daquele proposto pelos 
professores. A clareza conceitual é fundamental na hora de realizar trabalhos acadêmicos. 
 A resenha não é um simples comentário. Trata-se de um trabalho científico que 
pressupõe conhecimento do conjunto da obra e não apenas de um de seus componentes 
(capítulos), leitura analítica, realização de anotações, maturidade intelectual, poder de síntese, 
capacidade crítica, objetividade (exposição livre de preconceitos ou bajulação referentes ao 
autor ou à obra), modéstia, seriedade e uso de linguagem culta e não coloquial. 
A redação de uma resenha deve conter cinco partes fundamentais: 
 1º - Descrição bibliográfica: deve conter sobrenome do autor, em maiúsculo, seguido 
por vírgula, nome e ponto. Título em itálico e ponto. O subtítulo é opcional (quando for 
colocado, primeiro vem o título seguido de dois pontos e depois, o subtítulo que não deve ser 
em itálico). Tradução (quando houver). Edição (a partir da segunda), ponto. Local de 
publicação, dois pontos, editora, vírgula, ano da publicação, ponto final2. 
 2º - Estrutura: nesta parte, o resenhista faz uma breve apresentação da estrutura 
organizacional da obra, apresentando suas partes, capítulos, itens e subitens. 
 3º - Objetivo: aqui, supõe-se que o aluno tenha realmente entendido a obra que está 
resenhando, pois deverá apresentar a ideia principal do texto, as motivações que o autor teve 
 
1 Mestre em Filosofia, pós-graduado em Administração de Empresas, licenciado em Filosofia, História e 
Pedagogia. Autor da obra: Filosofia para não filósofos e coautor do livro: Metafísica - antiga e medieval. 
Atualmente, é professor de Filosofia, Metodologia e Ética na Universidade São Judas Tadeu – USJT e de 
Filosofia, História e Sociologia no Colégio Maria Imaculada - CMI. 
2 Segue um exemplo: KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação 
à pesquisa. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 
2 
 
ao escrevê-la, sua problematização, finalidade da produção e método utilizado. O objetivo e o 
método de uma obra podem ser encontrados no prefácio ou em sua introdução. 
 4º - Pontos fundamentais: trata-se da exposição clara e lógica do conteúdo 
resenhado, destacando os pontos originais, sem deturpações e sem prolongar-se 
demasiadamente. Aconselha-se a seguir a estrutura da obra (capítulos). 
 5º - Avaliação crítica: é a parte principal da resenha, pois é o momento em que o 
resenhista realiza uma apresentação crítica da obra, destacando sua coerência interna, 
originalidade, contribuição científica, clareza na exposição da ideia central e nos argumentos, 
êxito no objetivo proposto, avaliação da disposição de sua estrutura (capítulos), do método, da 
linguagem e do estilo utilizados. Nessa parte final, não se trata de dizer “gostei” ou “não 
gostei”, mas de fazer uso de liberdade crítica para manifestar uma reflexão sobre a obra 
analisada e não somente manifestar compreensão textual. Trata-se de um diálogo crítico com 
o autor da obra resenhada, explorando as ideias contidas no texto e nas entrelinhas, 
levantando aspectos positivos e negativos, comentando, discutindo. Além disso, pode-se 
explorar suas ideias comparando-as com outras obras do mesmo ou de outros autores que 
abordam a mesma temática, o que exige maior maturidade intelectual do aluno resenhista. 
 Finalmente, a resenha deve ser digitalizada levando em consideração as normas da 
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e apresentada ao professor, conforme sua 
orientação no momento em que propôs a atividade. O sucesso de uma resenha depende do 
empenho de seu autor. Não há espaço para preguiça intelectual, nem plágios. O crescimento 
intelectual é atingido somente por quem não tem medo de aprender. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino e DA SILVA, Roberto. Metodologia 
científica. 6. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. 
KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à 
pesquisa. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 1997. 
LAKATOS, Eva Maria e MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de metodologia 
científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 
RUIZ, Álvaro João. Metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002. 
SIMÃO, José (Org.). Regras de estudo e do trabalho científico. São Paulo: Loyola, 2000.

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