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Responsabilidade Profissional Profa.Paloma Genú 1 O dever de reparar Código de Hamurabi ( 2934 a .C.) Pena aos médicos ou cirurgiões que cometessem lesões corporais e matassem um homem livre ou escravo Pena: a mão do médico era o órgão considerado culpado pelo insucesso. 2 A vida humana começou a ser valorizada. O dever de ressarcimento do dano deixou de atingir a pessoa do infrator e passou a recair sobre seu patrimônio. A obrigação de indenizar passa a ser pecuniária. 3 Médico/Dentista da Família Especialista Valores afetivos Imediatismo e satisfação de ordem puramente material 4 Mudou também o paciente Antes grande preocupação com suas obrigações. HojeReivindica direitos. Começa a contestar e exigir diversas condutas ou faz da doença a matéria-prima de sua própria sobrevivência. 5 RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL Obrigação de todo profissional de responder por quaisquer atos praticados durante o exercício de sua profissão. 6 RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL Pode resultar: Sanções judiciais ( Penal e Civil) Sanções não-judiciais (ético-administrativa) 7 Ação Penal Na condenação o profissional está sujeito à prisão que pode ser convertida em prestação de serviços à comunidade 8 Ação Penal O pprofissional poderá ser julgado por: Lesão corporal ( leve ,grave, gravíssima) Omissão de socorro Exercício ilegal da profissão 9 Ação Civil Independe da criminal O profissional poderá ser punido através do pagamento de indenização 10 RESPONSABILIDADE CIVIL Art. 186 do CCB: Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 11 RESPONSABILIDADE CIVIL CCB: Art. 944. A indenização mede-se pela extensão do dano. Art. 945. Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. Art. 948. No caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações: I - no pagamento das despesas com o tratamento da vítima, seu funeral e o luto da família; II - na prestação de alimentos às pessoas a quem o morto os devia, levando-se em conta a duração provável da vida da vítima. 12 RESPONSABILIDADE CIVIL CCB: Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. 13 RESPONSABILIDADE CIVIL CCB: Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. Assim... 14 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 15 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 16 O AGENTE Profissional legalmente habilitado, caso contrário responderá por exercício ilegal da profissão 17 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 18 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 19 O Direito Civil Brasileiro adotou como regra a responsabilidade baseada na culpa do agente. 20 Doloso: O agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzí-lo. Culposo: Quando o resultado indesejável ocorreu por negligência, imperícia ou imprudência. 21 Negligência Falta de atenção, de cuidado ou precaução na execução de certos atos. Descuido, desatenção. 22 Negligência Exame superficial; Abandono ao paciente; Omissão de tratamento; Letra do profissional; Demora no envio a um especialista; Esquecimento de corpo estranho em cirurgia; Negligência nas transfusões sanguíneas. Situações 23 Imprudência Ação intempestiva do agente, sem a preocupação de prever o resultado. Ação precipitada, sem comedimento, sem ponderação. 24 Imprudência Diagnóstico e prescrição por telefone; Uso inadequado de corticóides produzindo insuficiência da supra-renal; Uso de técnicas cirúrgicas em caráter experimental. Situações 25 Imperícia Consiste na inexperiência, inabilitação, na falta de qualificação técnica da pessoa para atuar. O profissional poderá ser imperito por origem ( má-formação universitária) ou adquire esta característica por esquecimento, falta de prática ou falta de aperfeiçoamento posterior. 26 Imperícia Código de Ética: Constitui dever fundamental manter atualizados os conhecimentos profissionais e culturas necessários ao pleno desempenho do exercício profissional 27 Imperícia Planejamento errôneo de um tratamento; Utilização de instrumentos inadequados; remédios contra-indicados; Falta de conhecimento sobre a evolução natural do processo patológico do paciente. Situações 28 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 29 Para que exista o dever de reparar... O agente Ação ou omissão do sujeito Culpa do sujeito Nexo de causalidade entre a ação ou omissão e o prejuízo causado Ocorrência de dano sofrido 30 DANO Patrimonial: Lesão ao patrimônio, a seus bens materiais Moral:Lesão a bens abstratos, como imagem, honra, liberdade, nome ... 31 DANO Emergente: Perda efetivamente sofrida pela vítima. Lucro cessante: Lucro no qual a pessoa lesada foi efetivamente privada. Representa aquilo que ela deixou de receber por ter sofrido o dano. 32 Natureza da Obrigação Meio Resultado 33 Obrigação de Meio O devedor se obriga tão somente a usar da prudência e diligência normais na prestação de certo serviço para atingir um resultado, sem, contudo, se vincular a obtê-lo. Contratos de prestação de serviços médicos e advocatícios 34 Obrigação de Resultado O credor tem o direito de exigir do devedor um resultado. Basta que o resultado não seja atingido para que o credor seja indenizado pelo obrigado. 35 Obrigação de Meio: o ônus da prova caberá ao credor Obrigação de Resultado: o ônus da prova caberá ao devedor X 36 Se considerado culpado Pagamento de indenização Pagamento de honorários do advogado da vítima 37 Quando os prejuízos não ultrapassam a quantia de 20 salários mínimos, o paciente poderá recorrer ao Juizado de Pequenas Causas 38 Código Civil Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor. Assim... 39 O paciente tem 10 anos para exigir reparação 40 Código Civil Código de Defesa do Consumidor 41
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