Buscar

apostila sedimentar

Prévia do material em texto

APOSTILA 
DE
 SEDIMENTOLOGIA
Concurso Petrobras
Item I : Revisão de Intemperismo
Intemperismo Físico – Provoca a desagregação da rocha.
Intemperismo Químico – Provoca a decomposição da rocha. A água é o principal fluído.
Intemperismo Biológico – Provoca a desagregação e decomposição da rocha.
Observação: O ambiente onde o intemperismo físico predomina o químico é o glacial e o desértico.
Fatores do intemperismo físico ou mecânico
Variações bruscas de temperatura
Exemplo: No deserto, a variação pode chegar até a 40ºC em um dia.
Pressões produzidas pelo congelamento.
Pressões produzidas pela cristalização de substâncias.
Em ficcuras presentes nas rochas.
Ação mecânica de animais e vegetais.
Exemplo: Animais escavam para se locomover ( moradia ).
Intercrescimento de raízes.
Fatores do intemperismo químico
Dissolução, oxidação, redução, hidrólise e ação químico-biológica.
Exemplo: Dissolução : Halita ( NaCl ), Carbonatos (CaCO3)
Oxidação : Fe ( ferroso )---> Fe ( férrico )
Hidrólise : Elementos alcalinos ( 1A ) e alcalinos terrosos ( 2A ) dão origem à hidróxidos e carbonatos.
Forma-se sílica livre que se deposita em forma de calcedônia ou opala ( variedades de quartzo ).
O Al +3 e o Mg +2 formam hidróxidos que combinados com a sílica livre vão dar origem aos argilominerais ( caolinita, ilita, mondbilita ).
O Fe passando para hidróxido ( Lemonita ).
Observação: Ácidos húmicos são produzidos por vegetais.
Ácidos orgânicos são produzidos por animais e vegetais.
	Intemperismo Biológico
Associação de fauna e flora.
Item II : Formação e classificação geral das rochas sedimentares
Pela acumulação e posterior diagênese ( transformação de um sedimento em uma rocha ) de materias granulares resultante do intemperismo de rochas pré-existentes ( ígnea, sedimentar ou metamórfica )
- Formam as Rochas sedimentares clásticas dendríticas ( mais comuns e mais abundantes ).
Pela precipitação de substâncias dissolvidas em ambientes aquosos ( principalmente ) e posterior diagênese
Formam as Rochas sedimentares químicas ( origem ).
Pela acumulação e posterior diagênese de restos orgânicos e inorgânicos de animais e vegetais
Raros ( osso, dente ). Formam as Rochas orgânicas ou organógenas.
Item III : Descrição de identificação macroscópica das rochas sedimentares
A- Composição mineralógica
Minerais novos existentes de rochas sedimentares pré-existentes.
 Exemplo: Argilominerais, Al(OH)3--> Gibbsita, Fe(OH)2--> lemonita.
Minerais resistentes à decomposição
Exemplo: Quartzo, Feldspatos.
B- Textura ( propriamente dita )
São três componentes: partícula, matriz e cimento.
Partícula:
Tamanho do fragmento;
Morfologia : Grau de arredondamento e grau de esfericidade.
Matriz: material fino ( silte argiloso ) que preenche espaços vazios das rochas.
Cimento: liga a matriz a partícula.
Observação: A força de ligação vai depender da natureza do ligante.
Exemplo: Óxido de Ferro, Sílica, Barita = materiais cimentantes.
 C – Estrutura: Deposição da rocha em camada, leitos, extratos, ou seja:
Estratificações em geral : cruzada, normal, rítmica e gradacional.
Item IV: Rochas sedimentares clásticas ou dendríticas: Ruditos, arenitos e lutitos.
Ruditos : são rochas com predominância de grãos superiores a 2mm e que podem estar ligados por um cimento qualquer.
São conglomerados ( grãos arredondados ) e as brechas ( grãos mais angulosos ).
Observação I: Tem brecha que não é sedimentar ( brecha de falha ).
Observação II: Grãos arredondados possuem maior transporte.
Arenitos: são rochas com grãos compreendidos entre 0,0062 mm e 0,0039 mm.
Classificação
Arenito quartzoso
Arenito k-feldspático ( grãos de K-Feldspato s sobressaem )
Arenito arkuoso
Grauvaca + quartzo
Sub grauvaca + quartzo
Argitilo – Menores que 0,0039 mm.
Observação I: Para identificação de um argilito, basta colocar a língua em sua superfície. Se colar sua língua, trata-se de um.
Observação II: A transformação da argila em argilito e do silte em siltito está ligada a perda d'água, a compressão das partículas e a recristalização (fenômeno da diagênese).
Item V – Rochas Sedimentares Químicas
Depósito de Sílica
A Sílica é depositada em ambiente sedimentar sob a forma de calcedônia ou opala.
Fontes quentes ( vulcânicos ) - sintex silicoso
Chert ( depósito de sílica mais abundante ) - finamente cristalizado/ preenche as falhas e as fraturas.
Sílex xilóide – matéria petrificada
Depósito de Carbonatos
Deve-se a precipitação de CaCO3 ( calcita ) ou MgCO3 ( dolomita ) em águas saturadas em Ca ( HCO3 ) 2 ou Mg ( HCO3 ) 2.
Depósito de Ferríferos
Depende das condições do ambiente de formação de óxido, hidróxido e carbonatos.
Depósito de Salinas
Cloreto, sulfato e carbonato – ambiente de água salgada, formação e posteriormente evaporação.
K > Mg > Na > Ca
KCl – silvita
Boratos – Apresentam-se na forma de bórax ( Na2B4O7.10H2O )
Ambiente : Lagos de influência de atividade vulcânica.
Nitratos – locais onde existiam vegetações ( fixação do N ).
Exemplo: Deserto do Atacama – Chile
( Anteriormente, este bioma possuia uma vasta vegetação onde o “N” pôde ser fixado no solo ).
Item VI: Principais depósitos de rochas sedimentares orgânicas ou organógenas
Carbonatadas
Carapaças foraminíferas, corais, moluscos, algas, etc. 
 Depósito: Morrem > material precipita > acumulam > depositada em vasas inconsolidadas > calcário )
Fosfatadas 
Origem: do intemperismo de rochas fosfatadas do continente.
Transporte: O material, em solução H+, é carregada através da chuva até o mar em solução.
Depósito: Morte > deposita > material consolida > 1º depósito é chamado de fosforita.
O 2º depósito: Parte da fosforita redissolve-se ( é transportado ) e redeposita ( reprecipita ) em outro local denominado Nódulos fosfáticos.
Local: São encontrados nos núcleos cristalizados.
O 3º depósito: Fermentação do excremento de aves e morcegos. O material é fosfatado e nitrogenado, chamado GUANO.
Ferríferos
Determinadas bactérias ( ferrífera ) que têm a capacidade de extrair Fe em
determinada solução, após a morte dessas bactérias.
Depositada em forma de OH e reage formando a Limonita.
Ambientes redutores: Pântanos, mangues e brejos.
Silicosos ( mesmo conceito dos carbonatados )
Seres marinhos, estrutura silicosa.
Depósito: Após a sua morte > precipitação > acumulação > vasos inconsolidados.
Exemplo: Diatomacias* ( algas ) e Radiolários.
* em lagos salgados ( onde o mar invade os lagos )
Carbonosas
Rocha representante: carvão mineral.
Incarbonização: Aumento gradativo do teor de carbono e ao mesmo tempo diminuição do teor de outros elementos ( H, N, O, etc. ), através de um MPF ( metamorfismo progressivo físico ) e MPQ ( metamorfismo progressivo químico ).
	Estágios de evolução:
Celulose < 1º Turfa ( 7ºC ) < 2º Linhito ( 7ºC a 60ºC ) < 3 º Hulha ou Carvão betuminoso ( 60ºC a 200ºC ) < 4º Antracito ( 200ºC a 250ºC ) < 5º Grafita ( maior que 250ºC ).
Antracito: é o carvão mineral propriamente dito, podendo apresentar até 95% de C puro, alta compactação, baixo teor de umidade.
PCM: Poder calorífero médio ( superior a 8000 cal/g ).
Geralmente apresenta fratura conchoidal.
Coloração: Negro- âmbar.
Brilho: Às vezes.
De difícil queima ( ausência de O )
Teoria da formação e localização dos depósitos
Autóctone: Depósito formado “in situ” ou “in locu” onde existia mata ( vegetação original ) que morreu. Não sofreu transporte.
Geralmente são áreas onde ocorreram afundamento de Bacias.
Alóctone: Depósito formado em local distante da vegetação original. 
Sofreutransporte ( o rio é o principal transportador ) .
Há perda de material.
Depósitos associados a ambientes deltáicos.
Processos fundamentais para a formação dos depósitos
Existência de uma vegetação continental extensa que permita o acúmulo considerável de matéria orgânica.
Após esse acumulo, que ocorra um rápido recobrimento pela água afim de evitar a biodegradação.
Após o recobrimento subaquoso, que ocorra um soterramento lento e prolongado ( ideal ) de todo o pacote ( sedimento + matéria orgânica ).
Instabilidade tectônica
- Aumenta a espessura do carvão.
-Determina a espessura do pacote devido a fratura, falha que acumulam o sedimento.
Item VII: Aplicações comerciais das principais rochas sedimentares
Conglomerados e Brechas ( fluvais quanto marinhos ).
Podem representar depósitos aluvionares de Au, Ag, Pt, diamante, etc.
Brechas em menores proporções.
Arenitos
As areias quartzosas: aplicada em construção civil.
Arenitos quartzosos: industria de vidro.
Areias ( praias e fluviais ): concentração de minerais nobres e pesados ( Ag, Au, Pt, diamante, mosasita, granadas, zircão, turmalina, etc. ).
Observação: A aplicação do arenito para alguns autores é ser uma rocha reservatória de óleo e água.
Rochas argilosas
Industria cerâmica, construção civil, também serve como rocha conservadora de minerais pesados.
Arg + M.O. = folhelhos pirobetuminosos ( fonte de parafina e óleo mineral ).
Calcários e dolomito
Utilizado para a produção de cimento;
Agricultura: produção de fertilizantes para neutralizar solos muito ácidos;
Obtenção do cal para a produção de argamassa.
Shert de diatomito
Instrumento de corte da idade média;
Utilizado como abrasivo e absorvente explosivo à base de TNT.
Rochas ferríferas
+ de 35% de Fe ( siderurgia ).
Rochas fosfatadas
Matéria-prima na obtenção de P;
Utilizado na produção de fertilizante fosfatado na indústria.
Rocha Salina
Obtenção de NaCl, Hcl, NaOH, Gipso ( cimento ), etc.
Carvão mineral
Combustível sólido na indústria, siderurgia, redutos de minério de Fe, etc.
Item VIII: Sedimentação Carbonática
Oólitos ( esferoidal ), Oncólitos ( elipsal ), Pisólitos: são fragmentos de calcita ou aragonita ( mais instável ), com a formação esferoidal ou elipsal.
Oólitos: predominância de fragmentos menores que 2 mm.
Oncólitos: predominância de fragmentos menores ou iguais a 2mm. Apresentam acrescão de algas verdes ou azuis ( microalgas cianoficias ou cloroficias ).
Pisólitos: predominância de fragmentos iguais ou superiores a 2 mm.
Informações adicionais:
Calcrete: cascalhos cimentados por tufo calcário ( carbonato poroso, esponjoso, do quaternário );
Calichi : Indicador de paleoclima ( mudança bruscas do clima para quente e úmido );
Arenoso: apresentam-se na forma de nódulos;
Argilosos: preenchem fendas de ressecamento.
Sedimentação carbonático atual
35% das rochas carbonáticas funcionando como rocha reservatório ao longo da costa nordestina.
Ambiente de sedimentação carbonática
Planície de Maré: ambiente praial ( TIDAL FIAT ).
ZPI ( Zona de Plataforma Interna ): 180 m a 200 m.
ZPE ( Zona de Plataforma Externa ): 200 m ( zona afótica ) a 500 
Observação: ZPI e ZPE formam as rampas carbonáticas. 
Ciclo Sedimentar
Rocha pré-existente < intemperismo ( decomposição química e desintegração mecânica ) < transporte ( em rios e mares como solução, devido a gravidade ) < deposição ( sedimentação e precipitação ) < diagênese ( rochas clásticas e rochas não clásticas ) < rocha sedimentar.
Transporte, deposição e sedimentação
O transporte e a deposição dos sedimentos são comandados pelas leis da hidrodinâmica.
O comportamento de uma partícula sedimentar em movimento através de um fluido pode ser definido pelas equações:
Equações de Reynolds: Re = v.d.p /µ , onde:
Re = número de Reynolds ( adimensional )
v = viscosidade
d = diâmetro interno do tubo
p = densidade do fluido
µ = velocidade do fluxo
< 2000: fluxo laminar ou regime de fluxo inferior
= 2000: regime de fluxo transicional
> 2000: regime de fluxo superior, ou fluxo turbulento.
 Número de Froude
Fr: v/ √g.h , onde:
v: velocidade do fluxo.
< 1: esquema de Reynolds
= 1: esquema de Reynolds
> 1: esquema de Reynolds
Definição de fluxo
RFI: As partículas do fluido movem-se em trajetórias retilíneas e paralelas, deslizando umas sobre as outras ao longo de superfícies plano-paralelo e com velocidade uniforme.
Exemplo: fluxo de lama / gelo.
RFS: Quando ocorrem flutuações nas velocidades tornando o leito rugoso as trajetórias do fluxo que com o aumento da velocidade formam redemoinhos. Essas flutuações são causadas pela passagem da água por obstáculos ou por irregularidades de contornos do fundo do leito ( declive ).
Exemplo: A maioria dos fluxos de água e ar.
Força de arraste de um fluido ( Stream power )
Depende das relações entre a velocidade do fluido e a inércia da partícula. E a viscosidade cria uma força de arraste mesmo em baixas velocidades.
Fluxo Newtoniano
É aquele que mantém constante a viscosidade após ter sido agitado ou mexido.
Exemplo: Água
Tipos fundamentais de fluxo sedimentar quanto as causas do movimento
Fluxo sedimentar gravitacional
Quando a força da gravidade atua diretamente sobre o sedimento movendo-os independente da presença ou não de um fluido associado.
Fluxo sedimentar aquoso
A gravidade atua sobre o fluido que por sua vez transporta o sedimento.
Exemplo: corrente de turbidez.
Tipos de transportes sedimentares
Carga de tração: Rolamento, saltação e arrasto pelo fundo.
Saltação: transporte de sedimentos mais finos ( não só pela água ). Principalmente silte e argila.
Observação: Transporte em solução verdadeira ( ambiente fluvial ).
Maior ou menos proporção de sais dissolvidos no ambiente dependendo das condições climáticas causando mudanças do equilíbrio físico e químico.
Regime de fluxo e forma
anexo 1
Característica dos RFI ou regime de fluxo laminar
Alta resistência ao escoamento;
Pequeno transporte sedimentar ( suspensão );
Dominancia de rugosidade das formas de fundo do leito;
Transporte discreto com os grãos se movendo rio abaixo, subindo até a crista das marcas onduladas e caindo à juzante na face da avalanche.
Característica dos RES ( fluxo turbulento )
Pequena resistência ao escoamento;
Transporte intenso de sedimento ( e continuo rio abaixo )
Domínio de rugosidade dos fragmentos das partículas;
Movimento dos grãos se dá em lençóis;
Superfície da água em fase com a superfície do fundo.
Transporte pela gravidade
Solifluxão: rastejamento ( movimento lento ) e escorregamento ou deslizamento ( movimento rápido )
Fatores que interferem:
Inclinação do terreno;
Permeabilidade do solo;
Aumento da pluviosidade;
Ação humana ( desmatamento, queimadas, etc. )
Transporte pela água
parâmetros:
Da quantidade e tamanho dos detritos;
da viscosidade do meio;
volume d'água ( vazão );
da intensidade da corrente;
da forma do leito ( declives ) e profundidade.
Transporte em marés
Devido as correntes:
Intrínsecas ( efeito interno ): Temperatura ( diferença brusca ), salinidade ( diferença ) e quantidade de material em suspensão.
Extrínsecas ( efeito externo ): vento e marés.
Corrente de turbidez: corrente de densidade que sofre deslocamento rápido provocando sulcos ou canais profundos no fundo do oceano e efeitos devastadores quando se choca contra os Cannyons ou escarpas.
Observação: Turbidito, formado pela corrente de turbidez ( multilateral ).
Depósito de turbidito
sequência de Boima
Tc : Caracteriza depósito de turbidito porcausa das marcas de ondas.
Condensar uma fase
Observação: Tem fases repetidas, por isso não se pode classificar a sequência granulométrica.
Legenda
Fluxo granular
Falta de dados sobre as feições dos verdadeiros depósitos. Seria o movimento de massas de grãos sem coesão ( sem gradação ).
Corrida de sedimentos liquefeito – Processo de expansão de uma camada granular por fluxo de fluido dirigido e geralmente de baixo para cima.
Corrida de detritos – Movimento declive abaixo da mistura de sólidos granulares ( areia, cascalho, seixo ) em resposta a ação da gravidade.
Transporte pelo vento
Características:
Principal agente transportador nas regiões áridas;
Grande competência principalmente no transporte de finos;
Bom agente selecionador.
Os sedimentos eólicos são separados em 3 frações ( pelo tamanho ):
Depósitos de poeira ( siltes argilosos ) : transporte por suspensão;
Depósitos de areias ( dunas );
Depósitos residuais de deflação ( ação dos ventos sobre as rochas retirando os clásticos. Concentra os grosseiros e remove os finos ).
Transporte por geleiras
Caracteristicas:
Agente transportador de alta competência;
Baixa capacidade para selecionar partículas.
Observação: Transporte realizado pelas morenas;
Observação: Tillito ( material Till ) é a rocha sem bom selecionamento ( granulometria mais variada ).
Grain flow: Fluxo de grãos;
Debris flow: Fluxo de detrito.
CAPÍTULO 3: Depósitos de Turbiditos, Inunditos e Tempestitos.
Depósito de Turbidito
Formação em todas as zonas de ambiente marinho;
Também em ambiente praial e planície de maré;
Ambiente fluvial também pode ocorrer.
Depósito de turbidito no fundo do oceano – Winnowed Turbidites
T4: Arenito de fino a médio, maciço ou gradacional com carpete de tração;
T3: Arenito de grosso a muito grosso;
T2: Conglomerado residual;
T1: Lamito seixoso.
Corrente de contorno ou corrente de fundo
Depósito de Tempestito
São formados apartir de correntes de densidades oriundos por processos de tempestade também sendo caracterizados pelo intervalo C.
Estratificação: Onduladas Truncadas;
Ambiente marinho ( região da plataforma );
Hummocky
 Depósito de Inundito
Ambiente fluvial ( água doce );
Formados apartir de correntes de densidades, oriundos por processos de inundação;
Predominância de material lamítico ( gretas de contração, Clay-Ball )
Material arenoso;
Fóssil vegetal;
Hiptiólitos ( peixes fossilizados ).
MONTAGEM DE DEPÓSITOS
O Hardground separa os pulsos de sedimentação.
Granocrescência decrescência
Sequência finning up word
Espessura:
- Sequência Tinning up Word ( Diminui da base para o topo ).
- Sequência Tickining up Word ( Aumenta da base para o topo ).
Granodecrescência decrescente
Sequência coarseming up word
 Exercício: 
1º pulso tem 3 faces;
Litologia: Arenito de granulação fina a média, Siltito, Arenito com granulação média a grosseira com nível de seixo, argilito;
Geometria tabular;
Sequência granulométrica: Granocrescência descendente;
2º pulso tem 3 faces;
Depósito de turbidito;
Ausência do intervalo D.
Exercício
1º pulso: depósito de tempestito
2 faces;
Ausência dos intervalos A e B;
2º pulso: 2 faces
Litologia: Siltito, argilito, Arenito I e Arenito II;
Espessura das camadas: Tickining up word;
Granodecrescência decrescente.
Observação: Espessura Tickining up word ( cresce da base para o topo ).
CAPÍTULO 4: Alguns conceitos sobre estratigrafia de sequência
Fundamento filosófico
Uniformitarismo
Catastrofismo
Responsável por este conceito: Georges Cuvier;
Fim do século XVIII e início do século XIX;
Catastrofismo atualista ( Hsü, 1983 );
Sedimentação episódica ( Dott, 1983 );
Pontualismo ( Gould Leuderedos, 1977 ).
Em 1983, Hsü e Dott exprimem que o registro sedimentar seria formado por episódios de sedimentação alternados por períodos de não-deposição que são refletidos marcadamente nos planos de extratificação.
Quatro são as variáveis que controlam toda a relativa da estratigrafia de sequência:
Subsidência tectônica: criam espaços onde os sedimentos serão depositados;
Variação eustática do nível do mar: controle principal segundo Exxon;
Volume de sedimentos: controlam a paleobatimetria;
O clima: controla o tipo de sedimentos.
Grupo de Exxon: Houston ( Texas ), 1977
Pela sua teoria, os onlafas costeiras apresentam uma alteração brusca de tempo em tempo correspondente as variações eustáticas, consideradas globais e assim correlacionada.
Nas épocas de rebaixamento eustático ( ambiente marinho ) formar-se-iam os leques submarinos em outros termos, os melhores reservatorios para hidrocarbonetos. Na fase de ampla expansão eustática correspondente a superfície de inundação máxima, formando as rochas geradoras, nos períodos de ressurgência marinha, formalizada através de sua curva.
Em 1987, Bilal HAQ, um bioestratigrafico do Exxon junto com VAIL produzem um novo gráfico global, com mudanças quanto a escala de tempo e a amplitude de variação de ONLAL costeiro que é bastante diferente do anterior.
Observação: Atualmente Posamentir é que se destaca com os seus trabalhos sobre estratigrafia de sequência, procurando se afastas dos aspectos polêmicos.
Relação dos estratos numa sequência deposicional
Os padrões Onlap e Downlap ocorrem acima da descontinuidade, enquanto truncamento, Toplap e Truncamento aparente ocorrem abaixo.
Os limites de sequência são caracterizados pelo truncamento e Onlap regional.
CAPÍTULO V
Diagênese: é um conjunto de processos que ocorrem com os sedimentos pós-depositados até a sua completa litificação.
Ambiente diagenetico: é o ambiente onde ocorre o fenômeno da diagênese. Estende-se desde a interface deposicional até uma distância indefinida para baixo.
Interface deposicional: separa duas regiões físico-químicas diferentes onde está se processando a sedimentação.
Ambiente diagenetico marinho: E.h. Valências insatisfeitas prontas para reagir, conforme aumenta a profundidade.
pH: quase não há variação.
Ambiente diagenetico não-marinho: Nesses ambientes, as condições são diferentes, ou seja, faltamos sais dissolvidos. Logo, as mudanças são menos aparentes, as condições redutoras são mais preservadas.
PROCESSOS DIAGENÉTICOS
Cimentação: ocorre devido a precipitação química, afetando tanto a porosidade quanto a permeabilidade.
Autogênese: esses processos consistem na tentativa de estabelecer o equilíbrio do conjunto ( minerais detríticos + minerais químicos + fluido intersticial ) pela eliminação de espécieis instáveis, crescimento de espécieis estáveis e geração de novas espécieis ( minerais secundários ) estáveis por reações químicas apropriadas.
Exemplo: Processo de redução, especialmente do Ferro ( ocorre com as lamas vermelhas que contém Óxido de Ferro. Passando para ambientes redutores, mudam de coloração. Se tiver muito matéria orgânica fica preta ).
Gipsita: CaS2.nH20 ( sulfato de cálcio hidratado ), perdendo água vira anidrita.
Formação da Dolomita: CaCO3 + MgO 	MgCO3 + CaO
Pirita e Marcassita antígena: formam-se pela segregaçãp e cristalização de sulfeto de Fe amorfo ( coloração preta ) disseminados na lama.
Calcita ----> Aragonita ( instável ) ----> Calcita
Observação: Quartzo funcionando como cimento nas rochas carbonáticas.Os feldspatos formam anéis de pó ( assim, percebe-se que são secundários ).
Diferenciação diagenética: processos de segregação dos minerais disseminados nas rochas dissolvendo-se e reprecipitando juntos com a formação de concreções ( ferruginosas ), nódulos ( pequenas concreções ), geodos ( preenchem falhas, material esférico ), …
Metassomatismo diagenético: processos de substituição do mineral da rocha após a mesma ter se consolidado, presença de cristais pseudomorfos em substituição completa.
Exemplo: Silicificação: Calcário + Sílica ----> forma Silexito ( o pH < 9 ácido ). Saem as moléculas de carbonato e entram as de sílica.
Dissilicificação: Sai a Sílica e entram as moléculas de carbonatos ( pH > 9 ). A Sílica é solúvel em pH alcalino.
Dolomitização: Formação do dolomito a partir do Carbonato de Cálcio [ CaCO3 + MgO ----> MgCO3 + CaO ]. Grande concentração de íons Mg 2+.
Compactação: diminui tanto a porosidade como a permeabilidade.
Dissolução intra- estratal: é o processo de solubilização que ocorre entre camadas após a deposição com ambos os lados das camadas se interpenetrando. Neste caso, teremos a formação de superfícieis estilolíticas que é a solubilização concentrada ao longo de planos normais à pressão.
CAPÍTULO VI
Estruturas Sedimentares: São feições que aparecem no interior, na base ou no topo das camadas. Pode ocorrer da estrutura envolver mais de uma camada, sendo que neste caso, estas camadas serão consideradas como resultado de um único evento genético.
As estruturas sedimentares fornecem informações sobre a maneira pela qual, o meio deposicional aplicou energia sobre os sedimentos, em outras palavras, determina-se as condições hidrodinâmicas sobre as quais determinados sedimentos foram depositados.
Condições hidrodinâmicas ( energia, direção e sentido da corrente ).
Classsificação das estruturas sedimentares segundo Selley ( 1976 )
Singenéticas ( primária ): caráter físico;
Epigenéticas ( secundários ): caráter químico.
Singenéticas são formadas durante a sedimentação ( durante a formação da rocha ).
Epigenéticas são formadas logo após ou muito tempo depois da sedimentação.
A) SINGENÉTICAS
Podem ser: inorgânicas, orgânicas ou biogênicas.
Estruturas Singenéticas Inorgânicas:
Pré-deposicional ( interestratal ): caráter erosivo.
Exemplo 1: Canais em geral ( fluvial ou marinho ).
Estudos dos paleocanais determina a profundidade, largura e direção das paleocorrentes. Formação dos moldes ( parte fina côncava ) e contra-moldes ( partes convexas grossas ).
Exemplo 2: Pré-deposicional.
Escavação e preenchimento ( cut and fill ).
Exemplo 3: Turboglifos
Depressões descontínuas com forma geralmente alongada, profundas à montante e rasas à juzante.
Exemplo 4: Marca de sulco
São marcas deixadas no leito originadas pela ação da corrente.
Exemplo 5: Marca de objetos
Oriundas de materiais carregadas pela corrente/seixo.
Sindeposicional ( ou intra-estratal ): caráter deposicional.
Exemplo 1: As estratificações em geral.
Exemplo 2: Marcas de deixa
Cordão escuro paralelo à linha da costa.
Cordão anastomosante formado pelo acúmulo de material leve que acompanha aproximadamente a linha do litoral ( favorável ao acúmulo de foraminíferos ).
Pós- deposicional: caráter deformador.
Descorregamento ( slump )
Convolutas
Cruzadas contorcidas
Pilares
Pires
Pseudonódulos ( estruturas em chama )
Fendas de lama ( Mudcracks )
Miscelânea
Exemplo 1: Marca de pingo de chuva;
Exemplo 2: Greta de contração;
Exemplo 3: Os diques clásticos;
Material arenoso penetrando mais ou menos tabular e discordante no corpo argiloso;
Exemplo 4: Boudinage
 - Camada de areia e argila interestratificada, saturada em água.
Estruturas singenéticas orgânicas ou biogenética
Resultante da ação dos organismos sobre os sedimentos. Com a finalidade de moradia, locomoção ou alimentação.
Exemplos: Conchas, dentes, escamas, etc. ( estruturas de bioturbação- fosseis ).
B) EPIGENÉTICAS OU SECUNDÁRIAS: caráter químico.
Exemplo 1: Concreções ou nódulos.
Exemplo 2: Superfícies estilolíticas.
Exemplo 3: Tepees ( parece uma cabana indígena )
colapso de carbonato nas rochas.
Exemplo 4: Cone-em-cone.
Exemplo 5: Septálea.
fendas radiais que se alargam para o interior preenchidas com material carbocíticos ( calcítico ).
Observação: Marcas onduladas de alta extensão e baixa espessura são conhecidas climbing ripples.
CAPÍTULO VII
Ambiente de sedimentação: é um complexo de condições físico, químico e biológico sob as quais os sedimentos se depositam.
Parâmetros físicos
Velocidade do agente transportador;
Direção e variação dos agentes transportadores;
Clima ( temperatura, umidade, pluviosidade ).
Parâmetros químicos
Composição da água nos ambientes aquosos;
A geoquímica da rocha.
Parâmetros físico-químico
Eh: potencial de hidrólise
Ph
Parâmetros biológicos
Associações de flora e fauna ( influenciando na taxa de erosão e deposição ). Afetando as propriedades fisico-quimicos dos sedimentos recém-depositados.
Definição de face sedimentar: é um conjunto de caracteristicas litológicas e biológica de uma unidade de sedimentação cujo o ambiente pode ser deduzido. Segundo Selley ( 1970 ) sua definição abrange 5 parâmetros: Geometria, litologia, paleontologia, estruturas sedimentares e padrões de paleocorrentes.
Classificação dos ambientes de sedimentação
Segundo Selley ( 1976 ), algumas das classificações desta época foram reunidas e modificadas: 
Continental: 
Terrestre: deserto, glacial e cavernas ( espélico );
Aquoso: fluvial, lacustrino ( água doce ) e pântano ( paludal );
Transicional
Deltáico;
Estuarino;
Lagunar ( água salgada );
litorâneo.
Marinho
Recifal;
Nerítico ( região eufótica – plataforma continental )
Bateal;
Abissal.
Caracteristicas que os sedimentos continentais apresentam que os tornam diferentes dos sedimentos dos demais ambientes: 
Variabilidade de condições
Água, Ar e gelo: Isso explica as variações bruscas de um sedimento para o outro.
Predominância dos sedimentos clásticos ou dendríticos
Melhores condições de oxidação
Mau selecionamento dos sedimentos em relação aos outros ambientes.
Sistema Desértico
É a região onde a taxa de evaporação potencial é muitas vezes maior do que a taxa de precipitação pluviométrica, onde o vento é o principal agente transportador.
Exemplo: Desertos do Saara e do Atacama.
Caracteristicas:
Predominância do intemperismo físico;
Infertilidade do solo ( pouca fauna );
Variações bruscas de temperatura ( até 50ºC em um dia );
Predominância de grãos de quartzo fosco com película avermelhada ( óxido de ferro );
Intercalação de depósitos clásticos e não-clásticos de origem fluvial e lagunar com depósitos arenosos eólicos;
Observação: Os desertos ''quentes'' são caracterizados por violentas flutuações do vento e de temperatura principalmente nas zonas subtropicais.
Fatores para a formação de áreas desérticas:
Cultivação desastrosa ( desmatamento );
Variações bruscas de temperatura.
Tipos de depósitos desérticos
Depósito residual de deflação;
Depósito arenoso;
Depósito lamítico.
1º Ambiente desértico
OUEDS ( WADIS ): Rios temporários no deserto;
Campo de dunas eólicas: parte central do deserto;
Lagos do desertos e Sahbkas associados: lagos mais próximos do oceano e mais afastados, respectivamente.
OUEDS ( WADIS )
São os rios temporários do sistema. Permanecem secos a maior parte do tempo, por ocasião das chuvas, exceto.
As chuvas ocorrem mais próximos as montanhas. Nesta área é maior o desenvolvimento desses rios.
OsOUEDS são caracterizados por atividades fluviais abruptas e esporádicas e também por uma taxa água/sedimento muito baixa.
A deposição é muito rápida devido a perda rápida de velocidade e absorção de água pelo subsolo. Essas inundações relâmpagos são chamadas de flash floods. Produzem ondulações de médio e pequeno porte, gerando estratificações de pequeno e grande porte.
Depósito de Wadis
Alternância de sedimentos depositados pelo vento e pela água;
Presença de micro e macro ondulações com estratificação cruzada;
Diversidade de material fanglomerático ( grosseiro ). Além deles, gretas de contração e eventuais pingos de chuva, etc.
Campo de dunas eólicas
Área de presença de dunas. Areia de granulometria heterogênea, mas o depósito é homogêneo.
Tipos de dunas: Transversal, parabólica, parcanas, seif ou longitudinal, estrelada, etc.
Dependem: da eficácia ( intensidade ) do vento, tipo e suprimento de areia, natureza da cobertura vegetal.
Lago de deserto e Sahbkas associadas
Processo de formação: Bloqueio no canal do OUEDS através do vento que leva a areia da duna e forma o lago.
Tectonica ou deflação
Apresentam geralmente estruturas sedimentares com laminações paralelas de silte e argila com intercalações de material arenoso.
Observações importantes:
A) Depósito de SERIR
Concentração de sedimentos grosseiros formados em áreas interdunas;
B) Depósito de LӦSS
Sedimentos finos não estratificados inconsolidados de bom selecionamento constituído predominantemente por argila, além de silte e alguma areia muito fina.
C) TÁLOS
Depósitos do sopé de escarpos.
D) MESA
Platô de topo chato.
E) BUTTE
Remanescente de uma mesa.
F) HAMADA
Pavimento rochoso.
G) INSELBERG
Relevo isolado com vertentes íngremes.
Ambiente Glacial
Limitado aos pólos Norte, Sul e as altas cordilheiras e montanhas ( Himalaia, Andes, Alpes, etc. ).
Caracteristicas:
Predominancia de intemperismo físico;
Baixa taxa de evaporação e alta taxa de precipitação;
Baixa vegetação, mas uma fauna considerável ( regular );
Depósitos arenosos com seixos mau-selecionados ( seixos escuros com estrias );
Rochas mau-selecionadas como o Tillito e o Varvito.
Geomorfologia:
Processo de degelo + evaporação + formação dos icebergs = ablação.
Ocasionando perda de gelo na geleira, que consiste em neve recristalizada e compactada com água de degelo e fragmento de rocha.
Processo de acumulação: Acúmulo de novas precipitações de neve, que rastejam encosta abaixo formando corpos alongados parecendo línguas.
Vale em ''U''.
Perfil longitudinal através de um vale glacial
Bergschrund: fenda numa cabeceira de uma geleira de vale, aprisionando os detritos de rochas.
Lӧss frio: silte + argila, é a farinha glacial.
Erosão glacional: Abrasão + fraturamento.
Depósitos glaciais: Tillito, oriundo do Till ( argila conglomerada ou boulder clay) e Varvito.
Transporte Glacial: realizado pelas morenas.
Morenas frontal ou mediana
Morena lateral ou mediana
Morena terminal ou de fundo
Observação: KAMES
Feições deposicionais em forma de montículos isolados ou agrupados constituído predominantemente de cascalho e areia, com estratificação.
Ambiente fluvio-glacial.
Observação: ESKERS
Feições deposicionais de sedimentos grosseiros em forma de cordões sinuosos estendendo-se paralelamente à direção do fluxo da geleira.
Evidencia de ocorrência ( atividade ) glacial: Rocha Moutonnées.
Ambiente espélico
Grutas, cavernas calcárias, rios subterrâneos, etc.
Caracteristicas:
Formação de depositos de rochas sedimentares carbonáticas de origem químicas.
Presença de material fosfatado e nitrogenado chamado Guano.
Ambiente fluvial
Capacidade de um rio: é a carga que um rio pode transportar. Está relacionado diretamente com a velocidade e o volume do rio ( vazão );
Competência de um rio: é a medida do tamanho máximo do fragmento que o rio pode transportar. Sofre influência da velocidade.
By passing: Ultrapassagem das partículas umas pelas outras devido a uma maior ou menor facilidade de serem transportadas.
Estágios de evolução de um sistema fluvial
Jovem: Tem forte energia e gradiente alto. Predominância de erosão ( material grosseiro ). Geralmente ocorre em regiões montanhosas. Em outros nomes, a nascente do rio.
Maturo: Parte mais externa. Mistura de carga sedimentar. Gradiente moderado. Apresenta amplas planícieis de inundação e diversos depósitos fluviais.
Sênil: Desembocadura ( foz ) do rio. Predominância de material lamítico. Gradiente geralmente baixo. Formação dos deltas.
Perfil longitudinal através de um vale fluvial
Fase leque aluvial
Principalmente carga de fundo. Predominância de material grosseiro. Deposição e gradiente alto.
Arrasto, tração e rolamento ( carga pesada ).
Fase de vale fluvial
Mistura de carga sedimentar. Taxa de deposição e gradiente moderado.
Fase delta
Predominância de material fino ou pelítico. A taxa de deposição e gradiente de moderado a baixo.
Tipos de canais fluviais
O padrão é definido por uma configuração em planta e corresponde ao grai de ajuntamento do canal a seu gradiente e a sua seção transversal.
Retilíneo, meandrante, anastomosado e rios entrelaçados.
Retilíneo: são raros, pois em geral apresentam uma sinuosidade devido ao desenvolvimento de barras laterais.
Observação: Talvegue é a linha de maior profundidade do rio. Local onde determina-se a maior velocidade da corrente. Em planta apresenta-se sinuoso.
Caracteristicas do canal retilíneo:
Baixo volume de carga de fundo;
Alto volume de carga suspensa;
Declive acentuadamente baixo
Exemplos: Planícieis deltáicos de deltas construtivos.
Meandrante
Caracteristicas:
Maior sinuosidade;
Migração lateral é menos acentuada;
Declividade do canal mais suave;
Descarga do rio é menor.
Observação: O canal anastomosáico apresenta sucessivas divisões e reuniões dos canais em torno de bancos arenoso assimétricos de sedimentos aluviais, podendo ficar expostos à seca e cobertos no período de chuva;
Exemplo: Rio Parnaíba-Ma
Fatores que determinam a velocidade das correntes nos ambientes fluviais
Rugosidade do leito ( declive );
Gradiente do rio ou energético;
Profundidade da água.
Tipo de transportes
Carga de fundo ( seixos, cascalhos );
Carga suspensa ( material fino ).
Depósitos fluviais
Canal
depósito residual de canal;
depósito de barra de canal;
depósito de barra de meandro.
Transbordamento
diques naturais ou marginais;
depósito de rompimento desses diques;
depósito de planície de inundação.
Depósito residual de canal: é formado na parte mais profunda do leito. Predominância de material grosseiro e selecionado. Geralmente em forma lenticular.
Depósito de barra de canal: Granulometria variável. Presença de estratificação cruzada.
Depósito de barra de meandro: Material predominante é a areia. Sequência granocrescência decrescente. Presença de estratificação cruzada.
Dique natural ou marginal: Forma sinuosa margeando o leito do rio. Granulometria diminui até chegar à planície.
Depósito de rompimento desses diques: Forma de línguas arenosas e sinuosas, com granulometria mais grosseira devido a passagem da água através delas.
Depósito de planície de inundação: Formado nas regiões planas que margeam os canais fluviais. Predominância de silte e argila ( material lamítico ).
Observação 1: Corpos tabulares solitários ou repetitivos com topos planos e largos, e linhas de crista irregulares a alobadas.
Observação 2: Barras ( transversal ) longitudinal são corpos tabulares solitários ou repetitivos, com todos planos e largos,e linhas de crista irregulares alobadas.
Observação 3: DRAPES: Transbordamento dos canais
Levee ( Crevasse- splay ) é o depósito de rompimento do canal podendo ser oriundo de corrente de turbidez.
Ambiente paludal
Pântanos, brejos, ambientes redutores, etc.
Caracteristicas:
Condições climáticas de umidade e precipitação constante;
Ambiente tipicamente redutor – formação de sulfetos.
Sedimentação ( silte + argila + matéria orgânica ) = formação de turfas.
Ambiente lacustre
Caracteristicas:
Predominância de sedimentos clásticos e de granulação fina e com delgadas laminações;
Bom selecionamento;
Pequena ação das correntes;
Presença da estratificação cruzada ( argila laminada x seixos turbiditos );
Formação: elíptica, circular, irregular e triangular.
Esquema ideal dos sedimentos de um lago
Tipos de lagos
Lago de meandro abandonado;
Lago em Kettle – antigo local de um bloco de gelo;
Lago vulcânico – caldeira ( cratera desmoronada );
Lago de Gráben – bloco falhado;
Tarn – lago circular de montanha;
Lago de falha transcorrente.
Ambiente deltáico
Para que um delta seja formado é necessário uma corrente aquosa carregada de sedimentos que fluam em direção a um corpo de água em relativo repouso formando um cone de sedimentação que avança pelo meio receptor adentro ( mar ).
Caracteristica:
Condições calmas
Ação das ondas é pequena;
Não existe efeito de maré
Observação: Para deltas construtivos.
Grande transporte de material sedimentar com variação granulométrica.
Classificação dos deltas segundo Scott & Fisher ( 1969 )
Deltas altamente construtivos onde predominam as faces de influência fluvial: Lobado e Alongado.
Deltas altamente destrutivos onde sobressaem as faces de influências submarinas: 
Tipo franjado: Dominado por marés;
Tipo em forma de cúspede: Dominado por ondas.
Exemplos brasileiros
Deltas olocênicos brasileiros
Delta submerso do Amazonas
Delta do Rio Doce
Delta do Rio São Francisco
Delta do Jaguaripe
Delta do Parnaíba
Delta do Paraíba do Sul
Observação I: Estes citados são dominados por ondas.
Observação II: Mais de 90% dos nossos deltas são destrutivos e dominados por ondas ( cúspede ). Salve a exceção do delta submerso do Amazonas que é dominado por marés ( franjado ).
Observação III: O delta do Parnaíba, parte Oeste é abandonado e a parte leste está em desenvolvimento.
2ª Classificação de deltas
Classificação do Bates ( 1953 )
Em relação a densidade relativa da água da corrente fluvial e do corpo líquido receptor;
Delta submarino ( Fluxo hiperpicnal )
Fluxo mais denso do que a bacia receptora;
Delta do tipo Gilbert ( Fluxo homopicnal )
Mesma densidade;
Delta marinho litorâneo ( Fluxo hipopicnal )
Fluxo menos denso do que a bacia receptora.
Faceis constituintes de um ambiente deltáico
Planície ou plataforma deltáica – Top set
Constitui a superfície subhorizontal adjacente a desembocadura da corrente fluvial;
Talude ou frente deltáico – Fore set
Área frontal de deposição ativa que avança sobre os sedimentos de prodelta;
Pródelta – Bottom Set
Variabilidade sedimentar ( principalmente areia fina e silte fornecida pelos principais rios secundários; Flysh like delta front )
Ambiente estuarino
Pequeno ambiente de água salubra e rasa situada na desembocadura de vales fluviais.
Caracteristicas:
Área de evidência de subsidência do continente de elevação do nível do mar;
Geralmente com forma afunilada;
Pouca fixação dos sedimentos;
Alterações físico-químicas principalmente de pH:
pH = 5,0 ( rio )
pH = 7,4 a 8,4 ( mar )
Presença de vasas ( lama inconsolidada ) com matéria orgânica decomposta.
Sedimentação estuarina
Banco de vasas laterais ou marginais;
Bancos medianos – formados nas zonas de turbulência máxima;
Zona de areais de canais
Maré de salinidade: É quando as águas do mar penetram no estuário.
Maré dinâmica: ocorre durante a maré alta com elevação do nível das águas do estuário, invadindo rio acima e bloqueando as águas fluviais. Durante a maré baixa, as águas marinhas retiram-se e as águas fluviais fluem com maior energia rumo ao mar sendo que neste caso são produzidos as correntes de descarga que irão depender:
da vazão do rios;
da amplitude das marés;
das condições topográficas do fundo do leito do rio.
Principais exemplos brasileiros
Estuário Amazonas;
Estuário Santista.
Ambiente lagunar
Laguna: corpos de água salgada ou salobra, rasa, separada do mar por bancos arenosos ou olhas madeiras, mas mantendo comunicação com o mar através de canais. O volume de água é controlado através das frequências das marés diárias, ou através da descarga dos rios que chegam à laguna ( por isso solobra e salgada ).
Caracteristicas:
Áreas rasas de grande extensão lateral;
Material lamítico intercalado por camadas arenosas;
Comatação ( sedimento do mar e do rio );
Formação de depósitos evaporíticos;
Geometria variável ( circular, elipsoidal, irregular, etc ).
Observação I: As lagunas podem apresentar o fundo irregular com profundos canais dispostos transversalmente em relação a linha da costa, representando canais de rios afogados durante as transcreções do mar que se conservaram abertos em virtude da baixa taxa de sedimentação nesses ambientes.
Exemplo: Baia de San Antonio, Texas.
Observação II: As lagunas são geralmente mais rasas que os lagos, onde os assoalhos estão mais sujeitos ao retrabalhamento pelas ondas.
Exemplo: Lagoa de Pato – Rs, Laguna de Guaraína – 50 km de Natal.
Ambiente praial
Litorâneo, praial ou de planície de maré: Estes ambientes desenvolvem-se em regiões protegidas ao longo das costas ( estuário, baía, laguna, etc ). Onde a ação das ondas é geralmente significativa.
Caracteristica:
Limite: Ante-praia ( Foreshore ), corresponde a zona de arrebentação até a pós-praia ( backshore ). Área de concentração das dunas.
Ação das ondas, correntes costeiras, marés, …
Ambiente de pouca profundidade;
Alternância de sedimentos marinhos e continentais;
Material carreado pelos ventos e pelos rios;
Bimodalidade de paleocorrentes resultante do bidirecionamento das correntes de marés.
Morfologia: desmembrado em três regiões...
Supramaré: Localiza-se acima do nível médio da maré alta ( preamar ). A influência da maré faz-se apenas nos canais que drenam essa região. São comuns gretas de ressecamento, marcas de deixa, estromatólitos, evaporitos, tepees, depósitos de turbidito, estratificação espinha de peixe, etc. Essa região corresponde ao pós-praia.
Intermaré: Em termos sedimentares é a região mais significativa. Situa-se entre os níveis médios do preamar e baixa-mar. O agente sedimentar é a corrente de maré que atua nos dois sentidos. Um deles, preferencial. A intensidade da energia diminui no sentido mar – terra, gerando uma sucessão de sedimentos cuja a composição e estruturas sedimentares refletem o nível de energia da posição que foram formados. Na região de maior energia ( do meio para a praia ), chamado de planície arenosa próximo ao nível de maré baixa, os sedimentos são limpos desenvolvendo acamamento sigmoidal, estratificação espinha de peixe, flazer, etc. Na região de mais baixa energia, parte superior da intermaré conhecida também como planície de lama, os sedimentos são essencialmente argilosos, apresentando pequenas lentes de areia, Mud-Crash, estratificação ondular ( Wavy ), etc.
Inframaré: Nesta região predomina material lamítico gerando sequência de granocrescência ascendente. As estruturas sedimentares presentes são semelhantes aos da região de intermaré. Esta região corresponde a face de praia, também chamada de Shore Face, sendo uma zona de transição para a plataforma continental.Observação I: Os depósitos de turbiditos e tempestito podem estar presentes.
Observação II: Tidal Bundles, conjunto de estratificação cruzada tabular de espessura variável formado por variação da flutuação das marés ( preamar e baixamar ).
Ambiente Marinho
Recifal: franja, barreira e atol.
Condições de formação dos recifes de corais ( temperatura inferior a 18ºC )
Substrato sólido para fixação;
Água límpida e salinidade baixa;
Profundidade abaixo;
Ambiente calmo e sem efeitos de correntes marinhas.
Plataforma continental ( ZPI )
ZPI: Zona eufótica do oceano ( penetração da luz ).
Caracteristica:
Abundância de fauna e flora;
Ação constante das ondas, correntes costeiras e marés;
Variabilidade sedimentar ( dedrítico );
Sedimentos químicos ( carbonatos );
Biogênicos ( conchas, algas, fragmentos de corais )
Vulcânicos ( detritos: tufos, vidros vulcânicos, etc )
Autigênicos ( forsforita, grauconita )
De um modo geral, os sedimentos da plataforma são classificados em três tipos:
Sedimentos modernos ou recém chegados ( Nouveau )
Aqueles que estão em equilíbrio com as condições atuais reinantes na plataforma.
Sedimentos relíquias
Aqueles que estão em desequilíbrio com a situação vigente, ou seja, remanescente de outras situações deposicionais que não sofreram alterações pelos processos sedimentares.
Sedimentos Palimpsésticos
Retrabalhados pelas condições atuais reinantes na plataforma ( difícil identificação – sofreu alteração ).
Ou seja, são sedimentos relíquias retrabalhados.
Observação: Plataforma dominada por Tempestades
Formam-se barras alongadas ou lóbos semi-circulares. No caso das barras, o eixo é normalmente paralelo a costa. Os agentes principais são: as ondas de tempestade ( fluxo oscilatório ) e as correntes unilaterais derivados dessas ondas ( rip currents ).
ZPE ( Zona de Plataforma Externa )
zona afótica dos oceanos;
influência constante da circulação oceânica;
flora e fauna significativa, pouco comparada a ZPI;
Rampas carbonáticas;
Material lamítico predominante.
Observação: Tanto ZPI e ZPE são conhecidas como região nerítica.
Zona bateal ou talude continental
Região onde apresentam-se as grandes escarpas e cannyons submarinos;
Maior atuação das correntes de turbidez.
Zona abissal e fundo oceânico ( de 2 km até a profundidade máxima )
Grandes pressões, baixa temperatura;
Muita ocorrência do fenômeno de dissolução;
Material predominante lamítico;
Presença de diversos tipos de depósitos ( turbiditos, contornitos, etc );
Presença de vasas ( material inconsolidado ): Terrígenas ( cores amarelo, verde, azul e vermelho ) e Orgânica ( preto ).
Observação I: Vasas Orgânicas: calcárias e silicosas ( mais profundas ).
Vasas calcárias: vasas de corais e vasas de globigerina.
Vasas silicosas: diatomacias e radiolários.
Observação II: Depósito do fundo oceânico chamado Pelagito/ Hemipelagito
Apresenta um espectro contínuo entre os lamitos calcíferos, margas ( argila + matéria orgânica + carbonato ) e calciluditos na forma de ritmitos de espessura variável e contatos transicionais.
Constituído essencialmente por material biogênico calcífero ( foraminíferos e nanofosséis ), argila e silte, e está fortemente bioturbado.
A bioturbação é predominantemente horizontal, sendo que os traços fósseis mais comuns são Zoophicos, Chondrites e Planolites. Porém, buracos verticais que são os Skolithos são frequentes, principalmente nas porções mais calcíferas dos ritmitos.

Outros materiais