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Fisiologia do sistema digestório 01

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Aula 03/10 – Fisiologia do Sistema Digestório 
São basicamente quatro vias de digestão, as duas principais vias são as de digestão e de absorção dos alimentos. Na digestão vamos ter a quebra de moléculas mais complexas em moléculas mais simples. Moléculas de amido vão ser quebradas em dissacarídeos e monossacarídeos, pra que essas moléculas mais simples possam ser mais facilmente absorvidas. 
Entende-se que para absorção é a passagem dessas moléculas mais simples que foram objetos do processo de digestão. Essas moléculas vão esta nas vias de absorção. Elas passam então da boca até o ânus. Há grosso modo essas vias vão servi justamente para adquirir e dissolver essas partículas essas de alimentos. 
O processo de absorção vai ocorrer depois que o alimento é digerido pelo estomago e pelo intestino. Uma vez que o alimento é digerido ele precisa ser absorvido, ou seja, ele precisa sair do interior do tudo digestório (do lúmen dessas estruturas) e ir para a corrente sanguínea. 
	Então essa absorção do trato gastrointestinal talvez seja a mais importante porque essas partículas mais simples já vão para corrente sanguínea, tendo então uma questão nutricional mais eficiente. Que podem ser usados na produção de energia, dentre outras funções mais rápidas.
	 Além da digestão e da absorção vão ser necessárias a ação de mais duas funções, como motilidade e a produção de secreção. Uma boa digestão só vai ocorrer por causa da motilidade do trato gastrointestinal. Exemplos de secreções produzidas pelo trato gastrointestinal é a saliva, a bile, suco pancreático, suco gástrico, secreções mucosas que são produzidas pelo esôfago, o intestino. Todas essas secreções vão esta auxiliam no processo de digestão e absorção dos alimentos. Algumas dessas secreções vão apresentar enzimas digestivas que vão auxiliar nesse processo. Temos o exemplo da pepesina que é uma enzima proteolítica que esta no estomago. Tem também as amilases salivares e da pancreáticas que vão estar digerindo os carboidratos. Podemos também falar das lípases gástricas e pancreáticas que vão ser importantes no processo de digestão de gorduras (lipídeos). 
	O primeiro momento da deglutição é uma ação voluntária. Mas a partir do momento que o alimento passou faringe, esôfago você começa a ter um movimento, que vai movimentar o alimento da direção boca- ânus. O tipo de musculatura que esta na parede do esôfago, do intestino delgado e intestino grosso é a musculatura do tipo lisa. 
Então a gente vai ver que existe duas camadas de músculo liso, músculo circular e músculo longitudinal que tão formando a parede desses órgãos do trato digestório. Ao contraírem essas camadas de músculo liso elas vão conseguir puncionar o alimento para formar o que a gente chama de movimento peristáltico. O peristaltismo é bastante importante ao longo do trato gastrointestinal. 
As células da musculatura lisa elas apresentam um controle involuntário. Essas células também apresentam uma característica de serem interconectadas, ou seja, elas apresentam junções comunicantes, que vai permitir que essa motilidade seja homogênea. Justamente impulsionar o alimento na direção que ele tem que ir. 
O controle dessa motilidade do trato gastrointestinal é uma ação involuntária, ela é regulada pela presença física do alimento e também pelo sistema nervoso. O sistema nervoso automono controla a contração e o relaxamento da musculatura lisa. Sistema simpático e parassimpático regulam isso de alguma forma. 
A motilidade e a produção de secreção do tratogastrointestinal vai ser regulada pelo sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo parassimpático tende a provocar o aumento na produção de secreções e o aumento da motilidade. Produzindo os movimentos peristálticos que vai impulsionar o alimento para frente. Enquanto que o sistema nervoso simpático vai regular de maneira oposta, ele tende a fechar os esfincter, diminui os movimentos peristálticos e tende também a diminuir a produção de secreção. 
O sistema digestório tem de característica particular a presença de um sistema nervoso localizado no interior desse grande tubo que vai ser chamado de sistema nervoso entérico. 
Na figura ao lado, temos a mucosa, uma camada submucosa, e duas camadas de músculo liso (a circular e a longitudinal) próximo a parede do órgão. O sistema nervoso entérico esta entre a camada submucosa e o músculo circular (as bolinhas pretas que representam os corpos celulares dos neurônios desses sistema nervoso) são o Plexo submucoso (Meissner)- Principalmente controle de secreções. Entre as duas camadas de músculo liso (circular e longitudinal) eu tenho outro plexo que é chamado de Plexo mioentérico (Auerbach)- principalmente controle de motilidade. 
O sistema nervoso autônomo ele vai influenciar e controlar as atividades desempenhadas pelo sistema nervoso entérico. Se eu secionar a inervação simpática o sistema entérico por si só ele vai conseguir manter as funções básicas do trato gastrointestinal sem essa atuação do sistema nervoso autônomo. 
O numero de neurônios que esta presente nesse sistema nervoso entérico é aproximadamente o mesmo que o numero que temos na medula espinhal. Existe um grande numero de neurônios que vão esta formando esse sistema nervoso entérico, que vão estar junto com o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático que vai esta regulando as funções de motilidade e de secreção, bem como fluxo sanguíneo. 
O controle extrínseco do sistema digestório é feito pelo sistema nervoso autônomo(Simpático e parassimpático). Podemos ver na figura a inervação em cima parassimpática e em baixo simpática. Na parassimpática é característica crânio-sacral basicamente os nervos cranianos (nervo vago). E o sistema nervoso simpático tem os nervos das fibras intervertebrais e mucosas que são estruturas que compõem o sistema digestório. Essa é dita regulação extrínseca. Pois as estruturas nervosas não estão inseridas na parede do trato gastrointestinal. Além desse fator extrínseco a gente tem também o chamado controle intrínseco. 
No controle intrínseco os plexos estão inseridos nas paredes controlando suas funções básicas. No esquema abaixo temos a estimulação parassimpática e a estimulação simpática, tanto o sistema simpático quanto o parassimpático regulam as funções do sistema nervoso entérico que é o controle intrínseco do sistema digestório. Contração e relaxamento do músculo liso, formação de secreções e vasoconstrição dos vasos sangüíneos presentes no intestino e bem como as células endócrinas que estão presentes também nas paredes desses órgãos. Existe uma regulação local que é feita pela presença de substancias. Por exemplo, no estomago existem células que liberam substâncias na corrente sanguínea. 
(Ondas lentas – potencial de repouso oscilatório do músculo liso do TGI;
Células intersticiais de Cajal- Marcapasso das ondas lentas;
Localizadas entre as camadas de músculo liso e os plexos nervosos;
Ondas lentas contrações tônicas do músculo liso;
Potenciais em ponta contrações fásicas;) 
Os potenciais de ação presentes no músculo do trato gastrointestinal são semelhantes ao da figura ao lado. Onde as camadas musculares que vão reagir para fazer os movimentos peristálticos. 
Em repouso vou ter as ondulações iguais da figura. A característica dele é formar as ondas lentas, pois existem células que estão inseridas nos plexos, essas são chamadas células intersticiais ou de Cajal, elas geram um marca-passo. 
Quando eu atinjo o topo de um determinado limiar eu gero um potencial de ação do tipo ponta. Esse vai ser o potencial de ação dessa fibra muscular lisa, ou seja, os movimentos peristálticos vão ocorrer quando as células de Cajal despolarizarem ao longo do processo. O aumento do potencial atingiu o limiar que gerou o potencial em ponta. Isso é uma característica eletrofisiológica dessas camadas de músculo liso no espaço presente. 
O tubo digestório apresenta dois tipos de movimentos contráteis. O intestino faz contraçãovoluntariamente que são chamadas contrações pélvicas. Os órgãos que compõem a digestão eles não tem esse movimento voluntario que é dado pela presença das células intersticiais ou de Cajal.
Nos movimentos peristálticos propriamente ditos, você tem um fechamento, contração do músculo liso para empurrar o alimento, gerando potenciais de ação do tipo ponta. Contrações fásicas que são contrações propulsivas que vão acontecer no trato gastrointestinal. 
Essas ondas lentas do movimento peristáltico acabam de alguma forma ajudando na mistura daquele alimento que esta passando ao longo do trato gastrointestinal. 
Quando ingerimos determinado alimento de uma maneira geral, temos o hábito de realizar a mastigação do alimento, para ocorrer a trituração mecânica do alimento e a digestão dos carboidratos pela ação da amilase salivar. 
Se compararmos a ação da amilase salivar com a amilase pancreática, vemos que a amilase pancreática tem uma função muito mais importante no processo de digestão do que a amilase salivar. Existe há ação da amilase salivar. 
A saliva tem a função de umidificar e lubrificar o alimento, a amilase salivar que vai começar a digerir carboidratos, facilitar a fala e combater a ação de microorganismos. 
Durante o processo de deglutição ocorre três estados ou fases. O primeiro estado ou primeira fase voluntária ou fase oral vai ter controle voluntário, enquanto que a fase faríngea e a esofágica não vão ter controle voluntário.
Um pouco de anato
Língua força o bolo alimentar para trás em direção da faringe, receptores na faringe ativam o centro da deglutição no bulbo. Palato mole empurrado pra cima fechando a cavidade nasal e empurrando o alimento pra dentro da faringe. Epiglote é empurrada para baixo obstruindo a passagem da traquéia, além de ajudar a abrir o esfíncter esofágico superior que relaxa para permitir a passagem do alimento; Onda peristáltica contraindo os músculos constrictores da faringe empurrando o alimento em direção ao esôfago. 
No esôfago temos dois esfíncteres o esofágico superior e o inferior. Ainda na fase faríngea quando o alimento esta sendo empurrado para o esôfago. Quando o alimento já passa pelo esfíncter esofágico superior ele relaxa e o alimento vai em direção ao esôfago. 
A fase esofágica tem a Peristalse primária e Peristalse secundária. Logo que o alimento entrou no esôfago vai estimular os receptores a levar o alimento em direção ao estomago. Tanto o sistema nervoso entérico e o autônomo vão responder a esse estimulo provocando o relaxamento do esfíncter esofágico inferior, então o alimento vai passar do esôfago para o estomago.
Se eu não tenho alimento no esôfago o esfíncter esofágico inferior vai permanecer fechado, pois dessa maneira ele evita o refluxo da secreção gástrica que é muito ácida para o interior do esôfago, já que este, não esta preparado como o estomago para a ação do suco gástrico. 
O estomago possui glândulas mucosas que produzem uma camada espessa de muco que não deixa o suco gástrico entrar em contato com o epitélio do estomago. Esse muco não é produzindo na mesma proporção do que nos outros órgãos. 
Se as células do peristaltismo primário não conseguir impulsionar o alimento em direção ao estomago, vai surgir uma segunda ordem que é o peristaltismo secundário. 
A presença do alimento no esôfago já manda sinal pro esfíncter esofágico inferior relaxar, para que o estomago, principalmente a região do fundo do estomago, possa relaxar para se encher de alimento. Isso é chamado de relaxamento receptivo do estomago. O estomago vai relaxar para conseguir armazenar a maior quantidade de alimento. 
Existe uma doença que é chamada de acalase ou acalasia onde o esfíncter esofágico inferior não relaxa. Ele esta teoricamente contraído, ele tem dificuldade de relaxar. Você começa então ter acondicionamento de alimento no esôfago, isso pode distender o esôfago. Em casos mais graves o individuo não vai conseguir se alimentar direito. Tem procedimentos médicos que introduzem balão que infla e mecanicamente eles abrem os esfíncteres. Existem técnicas mais recentes onde os médicos aplicam a toxina botulínica para paralisar, então eles fazem a abertura mecânica do esfíncter, para não o deixar fechar.
As crianças gofam, têm refluxo do leite, muito na infância, pois as conexões nervosas dos esfíncteres não estão ainda estabelecidas como podemos ver em um adulto. 
Nessa imagem temos o Fenômeno de relaxamento receptivo, ocorrendo principalmente na região do fundo e do corpo do estomago. Onde o fundo relaxa quando o alimento passa, com isso vai aumentando a pressão na região terminal do estomago (piloro) pra permitir a passagem para o restante do trato gastrointestinal. Com isso temos o enchimento progressivo do estomago. No volume máximo de enchimento do estomago e de aproximadamente 1 ½ litro, de alimento e secreções. Tem aproximadamente 500ml de capacidade, mas em condições muito distendidas do estomago chega a 1 ½litro. Essa distensão já vai sinalizar para os centros de saciedade que estão presentes no sistema nervoso, que já tem muito alimento e que não precisa de mais. 
	As ondas lentas geram todas as contrações no trato gastrointestinal. Essas ondas lentas podem ser formadas a partir de contrações tônicas em diferentes fatores. Vão ocorrer de diferentes formas dependendo do órgão. No estomago você tem aproximadamente três contrações tônicas por minuto. 
Quando houve a realização de um movimento peristáltico propriamente dito, ele começa por ondas fracas e a partir do momento que essas contrações chegam ao antro (final do estomago) vão ficando gradativamente mais fortes. 
	Essa contração propulsiva quando chega na região antral vai ser acompanhada do fechamento do esfíncter pilórico, que divide o duodeno do estomago. Essa onda de constricção no estomago que esta indo em direção ao duodeno fecha de maneira reflexa o esfíncter pilórico. 
(Parei em 42: 09)

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