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Mortalidade, Natalidade e Fecundidade Os estudos sobre mortalidade analisam a relação entre a ocorrência de óbitos e o tamanho da população, levando em consideração ou não, outras características da população. Natalidade é estudo que relaciona a ocorrência de crianças nascidas vivas com a população total. Fecundidade é estudo que relaciona a ocorrência de crianças nascidas vivas com a população feminina em idade reprodutiva (convencionou-se considerar como idade reprodutiva da mulher a faixa de 15 a 49 anos de idade). Poderia ser definida a fecundidade masculina, porém determinar a idade reprodutiva entre os homens é mais difícil e o reconhecimento da paternidade é mais complicado do que o da maternidade. Um conceito distinto é o de fertilidade que refere-se ao potencial reprodutivo, ou seja, capacidade fisiológica para conceber ( fecundity em inglês); enquanto que o termo fecundidade é usado para indicar o desempenho reprodutivo de uma pessoa ou um grupo de pessoas (fertility em inglês). Mortalidade é um componente importante do crescimento populacional. Por outro lado, a mortalidade é um fenômeno natural e biológico, que está sujeito a intervenção humana. Fatores como estilo de vida (nutrição, hábitos de fumar, prática de atividades físicas, etc.), grau de desenvolvimento da medicina, melhorias nas condições trabalhistas e sociais, nível de poluição ambiental e ocorrência de guerras e epidemias, têm um forte impacto sobre o nível de mortalidade.Como a mortalidade é um fenômeno biológico e cultural simultaneamente, o nível de mortalidade expressa o estado sócio- econômico e demográfico da população. Historicamente, o tamanho da população depende mais da mortalidade do que da fecundidade ou da migração. Todas as pessoas estão sujeitas a morte, mas a idade em que ocorre tem fortes conseqüências no tamanho e na estrutura da população. A probabilidade de morrer cresce com a idade, exceto durante o primeiro ano de vida, quando a probabilidade de morrer é alta nos primeiros instantes da vida e vai declinando até a criança atingir um ano de idade. Os homens têm, em todas as idades, uma probabilidade de morrer maior comparada com a das mulheres. O número de ocorrências de óbitos em uma população depende da probabilidade de morrer, que varia por sexo e por idade; portanto, o número de ocorrências de óbitos também depende da estrutura da população por sexo e idade. A inter-relação estudada em mortalidade está presente similarmente na fecundidade. A estrutura etária da população afeta o nível de fecundidade: o número de nascidos vivos depende do número de mulheres, em cada grupo de idade. Por outro lado, o nível de fecundidade afeta a estrutura etária, independente do nível de mortalidade: um nível de fecundidade alto tem como conseqüência uma distribuição etária jovem. Uma fecundidade baixa (com queda da natalidade) leva ao envelhecimento da população. As populações dos países europeus e da América do Norte têm uma alta proporção de população velha e baixa proporção de população jovem, quando comparadas às populações latino-americanas e africanas, devido aos baixos níveis de fecundidade que vêm experimentando desde o início deste século. Grande importância foi dada a mortalidade como determinante do crescimento populacional na maior parte da história da humanidade. Mais recentemente, a fecundidade tornou-se dominante na política populacional em todo o mundo. No passado, as nações enfatizavam o controle da mortalidade através de campanhas contra a malária, tuberculose e outras doenças. Malthus foi um dos poucos que recomendou o controle da natalidade, incentivando o celibato e o casamento tardio. Com o crescimento populacional positivo devido ao desequilíbrio entre o número de nascimento e de óbitos (Transição Demográfica), iniciaram-se programas de controle de natalidade nas décadas de 1960 e 1970. Para o período de 2000-2005, o nível de fecundidade mundial foi estimado em 2,65 crianças por mulher; cerca de metade do nível em 1950-1955, que era de 5 crianças por mulher. Os níveis mundiais médios de fecundidade são resultado das diferentes tendências dos principais grupos de desenvolvimento : (a) em países desenvolvidos, como um todo, a fecundidade é 46 atualmente igual a 1,56 criança por mulher, abaixo de nível de reposição; (b) nos países menos desenvolvidos, a fecundidade é de 5 crianças por mulher; (c) no restante do mundo em desenvolvimento, a fecundidade já está moderadamente baixa, 2,58 crianças por mulher.
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