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RAZÃO DE DEPENDÊNCIA DEMOGRÁFICA É a razão entre o segmento etário da população definido como ECONOMICAMENTE DEPENDENTE (0 – 14 anos e 65 anos e mais) e o segmento etário POTENCIALMENTE PRODUTIVO (15 - 64 anos – PIA) A RAZÃO DE DEPENDÊNCIA pode ser calculada separadamente, para as duas faixas etárias identificadas como população dependente. Método de cálculo: Número de pessoas residentes de 0 a 14 anos e de 60 anos e mais de idade Número de pessoas residentes de 15 a 59 anos de idade (PIA) Para o cálculo da Razão de Dependência Jovem e a Razão de Dependência de Idosos, deve-se considerar no numerador, respectivamente, apenas os jovens ou os idosos. O denominador da razão mantém-se constante. • Mede a participação relativa do contingente populacional potencialmente inativo, que deveria ser sustentado pela parcela da população potencialmente produtiva. • Valores elevados indicam que a população em idade produtiva deve sustentar uma grande proporção de dependentes, o que significa consideráveis encargos assistenciais para a sociedade. INTERPRETAÇÃO... USOS... • Acompanhar a evolução do grau de dependência econômica em uma determinada população. • Sinalizar o processo de rejuvenescimento ou envelhecimento populacional. • Subsidiar a formulação de políticas nas áreas de saúde e de previdência social. 83 Jovens e idosos p/ cada 100 em idade ativa (78 jovens e 5 idosos respectivamente) Dividendo demográfico RDT RDJ RDI • Os dependentes, teoricamente, consumiriam mais do que produzem e a PIA produziria mais do que consome. Essa seria a relação básica que expressa a transferência entre as gerações (relações intergeracionais) • Até 1970, antes do declínio acelerado e generalizado da fecundidade, a RDT tinha valores extremamente altos. Em 1960 – 83 - para cada 100 pessoas na PIA, havia 83 jovens e idosos, ou, mais especificamente, 78 jovens e cinco idosos. • Na primeira metade deste século, a RDT permanecerá entre 49% e 57%, mudando, no entanto, profundamente sua composição. Enquanto em 2000 a razão de dependência dos jovens era quase seis vezes maior do que a dos idosos, em 2050, as duas razões de dependência serão praticamente iguais. • Os demógrafos têm chamado atenção para as oportunidades demográficas que poderiam ser usufruídas pela sociedade e economia, entre 2010 e 2030, em função, principalmente, do crescimento da PIA, acompanhado pela redução da razão de dependência total, que, nesse período, alcançará seus menores valores, em torno de 50%, sendo que o peso relativo dos idosos ainda será bem menor do que o dos jovens. Hakkert (2007), define o início do Bônus Demográfico quando a percentagem da população de crianças e adolescentes (0 -14 anos) fica abaixo de 30% e termina quando a percentagem da população com 65 anos e mais fica acima de 15% da população total do país. ALVES (2011), considera que o início e o fim do período do Bônus seriam definidos da seguinte forma: a)O Bônus começa quando a percentagem da população de 15 – 64 anos (PIA) é igual ou maior que percentagem da Razão de Dependência (RD) Ex: o Brasil atualmente possui 68,2% de sua população entre 15 – 64 anos e sua RD é de 54,6 b) O Bônus termina quando a percentagem da população de 15 – 64 anos (PIA) é igual ou menor do que a percentagem da Razão de Dependência (RD) Estabelece-se, assim, no início dessa transição, o que alguns demógrafos chamam de janela de oportunidades, dividendo demográfico ou bônus demográfico, onde as razões de dependência populacional atingem seus mais baixos valores (menos idosos e crianças e adolescentes) e maiores percentuais de população em idade economicamente ativa. Os benefícios deste dividendo não são determinados somente pelas condições demográficas, mas também por políticas sociais e macroeconômicas (por exemplo, políticas educacionais e de emprego). As transferências intergeracionais seriam favorecidas pela relação de um por dois, ou seja, apenas uma pessoa dependente para cada duas potencialmente produtivas. No intervalo mais amplo, entre 2000 e 2040, as condições demográficas poderiam ser consideradas favoráveis: em 2000, a RDT era de, aproximadamente, 54% e, em 2040, seria de 53%. Mesmo com uma razão de dependência total de 54% – seu maior valor – ter-se-ia 1,08 dependente para cada duas pessoas potencialmente produtivas. Situação plenamente satisfatória do ponto de vista da dependência demográfica. Os dados estatísticos das três últimas décadas mostram que existe uma forte relação entre a mudança na estrutura etária, o crescimento econômico e a redução da pobreza no Brasil. A razão de dependência demográfica se reduziu continuamente durante todo o período, mostrando que as condições demográficas estavam favorecendo o crescimento econômico e a redução da pobreza, já que menor número de dependentes por família significa maior poder de consumo e de investimento, tanto ao nível micro, quanto ao nível macroeconômico.
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