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ECO034.Macro

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30/03/2016
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I.Fundamentos da Teoria e
Política Macroeconômica
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
Conteúdo da Aula
1. Introdução
2. Metas de Política Macroeconômica
3. Estrutura da Análise Macroeconômica
4. Instrumentos de Política Macroeconômica
1. Introdução
Trata da evolução da economia como um todo.
Analisando:
Determinação
Comportamento
Agregados Econômicos
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1. Introdução
Grandes Agregados
Negligencia o comportamento 
das unidades individuais
Permite estabelecer relações entre os agregados e 
melhor compreensão das interações entre estes. 
OBS: Não há conflito entre Macro e Microeconomia
Ex.: entre os mercados de bens e serviços, de trabalho e 
de ativos financeiros e não financeiros.
Trata da economia como um todo, negligenciando o 
comportamento das unidades econômicas individuais 
(famílias e firmas).
1. Introdução
Questões de Curto Prazo:
Teoria Macroeconômica
Questão do desemprego
Estabilização do nível 
geral de preços
Questões de Longo Prazo:
Teoria Macroeconomia
Progresso Tecnológico
Política Industrial
2. Metas de Política Macroeconômica
 Alto nível de emprego
 Estabilidade de preços (combate a inflação) 
 Distribuição de renda socialmente justa
 Crescimento econômico
 Balanço de pagamentos (alguns textos)
Política de Estabilização
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2. Metas de Política Macroeconômica
Destaque ao trabalho do economista inglês JOHN MAYNARD 
KEYNES (Livro: A teoria geral do emprego, do juro e da 
moeda – 1936)
• Anos 30 – Permitiu um aprofundamento da análise da 
política econômica (Tx. Desemp. ~ 25%)
Fazer a economia recuperar o nível de emprego
2. Metas de Política Macroeconômica
 Estabilidade de preços
Inflação: aumento continuo e generalizado do nível geral 
de preços.
Acarreta distorções, principalmente, sobre a:
• Distribuição de renda
• Expectativas da sociedade
• Balanço de pagamentos
2. Metas de Política Macroeconômica
 Distribuição Equitativa de Renda
Ex. da má distribuição: 
No Brasil, os críticos do chamado “milagre econômico”
argumentaram que piorou a concentração de renda no
país nos anos 67/73 devido a uma política deliberada do
Governo (a chamada “Teoria do Bolo” ): primeiro crescer,
para depois pensar em repartição da renda.
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2. Metas de Política Macroeconômica
 Crescimento Econômico
Se existe desemprego e 
capacidade ociosa
Pode-se aumentar o 
produto nacional
Políticas econômicasEstimular a Atividade Produtiva
Há um limite de produção
Aumento nos recursos disponíveis
Ou Avanço tecnológico
2. Metas de Política Macroeconômica
 Crescimento Econômico
Melhor indicador: Crescimento da Renda Nacional per 
capita
Não significa
Melhor padrão de vida
Nível de desenvolvimento inclui melhoria nos 
indicadores sociais (pobreza, desemprego, 
meio ambiente, moradia etc.)
2. Metas de Política Macroeconômica
 Inter-relações e conflitos entre objetivos
Os objetivos não são independentes, podendo ser 
conflitantes.
Crescimento 
Econômico 
e
Distribuição de 
Renda
Renda Aumenta
Aumenta a renda 
dos pobres, sem 
reduzir a dos ricos 
(abranda conflitos 
sociais).
Aumenta-se a parte dos lucros 
e da poupança dos mais ricos 
na renda nacional (Teoria do 
Bolo).
Em países 
subdesenv. 
(conflitante)
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2. Metas de Política Macroeconômica
 Inter-relações e conflitos entre objetivos
Os objetivos não são independentes, podendo ser 
conflitantes.
Metas de 
Redução de 
Emprego e 
Estabilidade 
de Preços
Com aumento 
de compras
Reduz-se o desemprego. 
Aproximando do pleno emprego, 
os recursos tendem a escassear, 
provocando um aumento dos 
custos de produção. Podendo 
aumentar a inflação (exceto, 
quando estiver ocorrendo um 
significativo aumento de 
produtividade).
2. Metas de Política Macroeconômica
 Inter-relações e conflitos entre objetivos
O administrador público (policy-maker) tem de fazer escolhas quanto
à ênfase a ser dada a diferentes objetivos. Cada combinação afeta
diferentes grupos na sociedade de diferentes maneiras, e qualquer
escolha estará sujeita à objeção política pelos representantes dos
grupos para os quais a escolha alternativa é pior.
Na maioria dos países
Previsão quanto à
alternativa política
Partido Político que
assumir o poder
3. Estrutura da Análise Macroeconômica
Taxa de câmbioMercados de Divisas 
Taxa de juros 
Estoque de moedas
Mercado Financeiro
(monetário e títulos)
Nível de empregos 
Salários nominais
Mercado de trabalho
Produto Nacional 
Nível Geral de Preços
Variáveis 
Determinadas 
Mercado de Bens e Serviços
Parte 
Monetária 
da 
Economia
Parte Real 
da 
Economia
Mercados
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4. Instrumentos de Políticas Macro
Atuação do Governo
Capacidade Produtiva (Produção Agregada)
Despesas Planejadas (Demanda Agregada)
Permitir a economia operar:
A pleno emprego, com 
baixa taxas de inflação 
e distribuição justa de 
renda
4. Instrumentos de Políticas Macro
São considerados instrumentos de política 
macroeconômica:
• Política Fiscal 
• Política Monetária
• Política Cambial e Comercial 
• Política de Rendas (Controle de Preços e Salários)
4. Instrumentos de Políticas Macro
Política Fiscal
Benefício a 
grupos menos 
favorecidos
Estimula 
consumo e 
investimento
Inibe consumo e 
investimento
RESULTADO
Impostos 
progressivos
Diminuição da 
carga tributária
Aumento da 
carga tributária
Arrecadação de 
tributos (Polít. trib.)
Gastos em 
setores/regiões 
mais atrasados
Aumento dos 
gastos
Diminuição dos 
gastos
Controle de suas 
despesas (Política de 
gastos)
Melhor 
distribuição de 
renda
Maior 
Crescimento
Anti-
inflacionárias
Instrumentos 
disponíveis
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4. Instrumentos de Políticas Macro
Política Monetária
Quantidade de moeda, crédito e taxa de juros.
Instrumentos:
 Emissões
 Reservas compulsórias (% sobre depósitos dos B.C. Bacen)
 Open market (compra/venda de títulos públicos)
 Redescontos (empréstimo do Bacen aos Bancos Comerciais)
 Regulamentação sobre crédito e taxas de juros.
4. Instrumentos de Políticas Macro
Política Monetária
Estimula o consumo e 
investimento
Inibe o consumo e 
investimento
RESULTADO
Compra de títulosVenda de títulosOpen Market
Diminuição da taxaAumento da taxaReserva 
Compulsória
Aumento do estoque(Diminuir) EnxugarEstoque 
Monetário
Maior CrescimentoAnti-inflacionáriaInstrumentos 
disponíveis
4. Instrumentos de Políticas Macro
Política Fiscal x Política Monetária
Depende apenas das 
decisões diretas das 
autoridades 
monetárias
Não tem. Depende de 
mudança na Legislação e 
Princípio da 
Anterioridade
Efeitos imediatos
Mais difusa e genéricaMais eficiente 
(tributação e gastos)
Melhoria na 
distribuição de 
renda
CombinaçãoCombinaçãoComo política 
econômica pode...
Política MonetáriaPolítica Fiscal
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4. Instrumentos de Políticas Macro
Política Cambial e Comercial
Política que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da 
economia.
Instrumentos de incentivo às exportações e/ou 
estímulo/desestímulo as importações, sejam fiscais, 
creditícios, seja estabelecimento de cotas, etc.
Política Comercial
Taxa de Câmbio (fixo, flutuante, etc.)Política Cambial
Controle do Governo
4. Instrumentos de Política 
Econômica
Política de Rendas (Controle de Preços e Salários)
Os agentes econômicos ficam proibidos de levar a cabo o
que fariam, em resposta a influências normais do mercado.
Normalmente, esses controles são utilizados como política
de combatea inflação.
Influenciam diretamente: salários, lucros, juros, aluguel.
II.Contabilidade Social
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso Pereira
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Conteúdo da Aula
1. Introdução
2. Principais Agregados Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital 
2. Economia a Dois Setores Com Formação de Capital
3. Economia a Três Setores: O Setor Público
4. Economia a Quatro Setores: O Setor Externo
5. A Despesa Nacional
3. Valores Reais e Nominais
4. Exercícios
1. Introdução
Sistema de Contas Nacionais
Contas Básicas: 
- Produto Interno Bruto
- Renda Nacional Disponível
- Transações Correntes com o Resto do Mundo
- Capital
Conta Complementar:
- Conta Corrente das Administrações Públicas
1. Introdução
Sistema de Contas Nacionais
Característica: Não considera os chamados bens e serviços
intermediários (que são absorvidos na produção de outros Produtos)
pois seriam contabilizados duas vezes. Ou seja, esse sistema considera
apenas os bens e serviços finais.
Pressuposto 1:
As contas procuram medir a produção corrente.
Não são considerados bens produzidos em período anterior, apenas a
remuneração do vendedor (que é remuneração a um serviço corrente)
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1. Introdução
Sistema de Contas Nacionais
Pressuposto 2:
As contas referem-se a um fluxo (normalmente 1 ano):
Os agregados correspondem a variáveis fluxo (são consideradas ao 
longo de um período – dimensão temporal). 
Ex.: Consumo de bens e serviços, PIB, Exportações e Importações.
Obs.: Variáveis estoque: Valores tomados em determinado ponto de 
tempo. Ex.: Dívida interna e externa, a quantidade de moeda de um país, 
o estoque de capital de um país.
A Contabilidade Social trabalha com fluxo, não 
apresentando um balanço patrimonial.
1. Introdução
Sistema de Contas Nacionais
Pressuposto 3:
A moeda é neutra, no sentido de que é considerada apenas como 
unidade de medida e instrumento de trocas.
Não se preocupa com os agregados monetários
Ex.: Oferta de moeda, aplicações financeiras.
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
Fluxo Circular de Renda
Características: 
 Economia fechada
 Sem Governo
 Sem formação de capital (poupança, investimentos e depreciação = 0)
 Economia de dois setores: Famílias e Empresas
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2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
Fluxo monetário
Fluxo Real
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
O resultado econômico pode ser mensurado através de três 
óticas:
• Produto
• Renda 
• Despesa
Produto DespesaRenda
Identidade básica:
= =
Produto
Produto Nacional (PN): É o valor de todos os bens e serviços finais 
produzidos em determinado período de tempo.
PN= pi.qi = psacas café.qsacas+..+pfogão.qfogão +..+pbilhete.qviagens
Setor 
Primário
Agricultura
Pecuária
Pesca
Setor 
Secundário
Setor 
Terciário
Indústria
Extração
mineral
Serviços
Comércio
Comunicações
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
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Despesa
Despesa Nacional (DN): É o valor de todas as despesas realizadas 
pelos agentes: consumidores, empresas, governo e estrangeiros na 
compra de bens e serviços finais.
DN = Despesas de consumo ( C )
Forma de aferição do Produto Nacional (a partir do mercado de 
bens e serviços)
- A partir de quem vende (por ramo de origem)
- A partir dos agentes de despesa (por ramo de destino)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
Renda
Renda Nacional (RN): É a soma dos rendimentos pagos às famílias, 
que são proprietárias dos fatores de produção, pela
utilização de seus serviços, em um período de tempo. 
RN = salários (w) + juros (j) + aluguéis (a) + lucros (l)
A medida é feita pelo fluxo de rendimento (mercado de 
fatores de produção)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
Identidade Básica das Contas Nacionais:
PN = DN = RN
Como não existem estoques, tudo que se produz, se vende.
PN = DN
Como no agregado, são excluídas as compras de bens intermediários. A 
empresa gasta com pagamentos a fat.de produção tudo o que recebe 
pela venda de bens e serviços (PN=DN).
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
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DN = C PN =pi.qi
RN = L + T + CF + CM
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
Fluxo monetário
Fluxo Real
V. Adicionado = V. Bruto de Produção – Consumo de Prod. Intermed.
Conceito de Valor Adicionado: Consiste em calcular o que cada 
ramo da atividade adicionou ao valor do produto final, em cada 
etapa do processo produtivo.
Receita de Vendas
Na prática (mede-se o PN) pelo Valor Adicionado:
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
Ex.: Valores (x Mil)
Renda paga pelo setor de farinha aos fatores de produção (VA farinha)
Renda paga pelo setor de panificação aos fatores de produção (VA pão)
Renda paga pelo setor de trigo aos fatores de produção (VA trigo)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
TRIGO FARINHA PÃO
a) Receita de Vendas (VBP) 100 400 1.000 PN=DN= 1.000
b) Compras Intermediárias 0 100 400
Valor adicionado (a-b) 100 + 300 + 600 = 1.000 = RN
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Resumo
Existem 04 formas diferentes de medir o resultado econômico
de um país, todas conduzindo a um mesmo valor numérico:
Soma dos produtos finais das empresas produtoras (PN)
Soma das despesas dos agentes com o Produto Nacional (DN)
Soma de rendimentos de salários, juros, aluguéis e lucros (RN)
Soma de valores adicionados dos setores de atividade (RN)
Órgão Responsável (no Brasil) = IBGE
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
1. Economia a Dois Setores Sem Formação de Capital
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
As Famílias além de consumir podem poupar.
As Empresas além de produzir bens de consumo, produzem e 
investem em bens de capital.
POUPANÇA (S) = Parcela da RN não consumida no período. 
S = RN – C (C = Consumo)
CONCEITOS
INVESTIMENTO (I) = Gasto com bens que aumentam a
capacidade produtiva da economia (Capacidade de gerar
Rendas Futuras = Taxa de Acumulação de Capital).
Obs.: Não foram consumidos no próprio período e que
serão utilizados para consumo futuro.
PN = Bens de Consumo + Bens de Investimento
I = PN – C
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
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Quais bens são produzidos e não consumidos no período ?
I = Ibk + E
Máquinas e equipamentos
Imóveis
Invest. em bens
de capital (Ibk)
FBKF
(Força
Bruta de
Capital
Fixo)
Planejado
Depende do mercado
E
Variação de estoques 
(produtos acabados e intermediários)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
Outras observações sobre INVESTIMENTO
1ª - E = Et – Et-1 = Fluxo no ano. 
2ª - Não se deve confundir Investimento no sentido vulgar
com investimento no sentido econômico. Ex.: Investir em
ações não representa aumento da capacidade produtiva, a
não ser que se esteja investindo, por exemplo, em instalações.
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
3ª - O investimento em ativos de segunda mão (imóveis, ...) não é 
contabilizado como investimento agregado, sendo apenas uma 
transferência de ativos, que se compensa: alguém “desinvestiu”. 
Esses bens já foram computados no passado.
4ª - Os bens de consumo duráveis (TV, automóveis,...), embora não 
sejamconsumidos no presente e gerem fluxo de serviços no futuro, 
não são considerados como investimento (há controvérsias).
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
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DEPRECIAÇÃO (d) = é o consumo de estoque (desgaste) de 
capital físico, em dado período. Conseqüência: sucata ou 
obsolescência. 
INVESTIMENTO BRUTO (IB) E LÍQUIDO (IL)
PRODUTO NACIONAL BRUTO (PNB) E LÍQUIDO (PNL)
IL = IB - d
PNL = PNB - d
IL = Acumulação Líquida de Capital = 
Diferença entre novos investimentos 
(IB) e depreciação
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
A identidade S = I “ex-post”
Como: e e S = RN – C I = PN – C PN = RN
Logo:
Sf+Sg+Srm = Ie+Ig
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
Ex.: PN = RN = 100. Com a venda do produto (PN) as empresas 
remuneram as famílias (RN). Se as famílias decidem consumir 
apenas 80 (C=80):
S = RN – C = 20
Parte de PN = 100 não foi comprada, pois as famílias não 
gastaram tudo. Assim:
I = E = 20 e S = I = 20 
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
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Ex.: PN = 100. 
Sendo: Bens de Consumo = 70
Bens de capital = 30 (Investimento)
RN = 100 (As famílias receberam 100)
Sobraram para as famílias 30 (corresponde à Poupança)
S = I = 30
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
2. Economia a dois setores, com Formação de Capital
Receita Fiscal:
Impostos Indiretos (Ti) = Incidem sobre bens e serviços.
Ex.: ICMS, IPI.
Impostos Diretos (Td) = Incidem sobre as pessoas (físicas e jurídicas). 
Ex.: IR, IPTU.
Contribuições à Prev. Social = Encargos Trabalhistas recolhidos de 
empregados e empregadores.
Outras Receitas = taxas (Ex.: Multas, aluguéis, ...)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
3. Economia a três setores: O setor Público
Gastos do Governo:
Gastos com ministérios, secretarias e autarquias = Receitas provêm de 
dotações orçamentárias.
Gastos das empresas e sociedades de economia mista = Provêm da 
venda de bens e serviços no mercado. 
Gastos com transferências e subsídios
Se :
Gastos > Receita Fiscal
Gastos < Receita Fiscal
Déficit Primário (Fiscal)
Superávit Primário (Fiscal)
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
3. Economia a três setores: O setor Público
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PRODUTO Nacional a Preços de Mercado e
PRODUTO Nacional a Custo de Fatores 
PNpm = É medido a partir dos valores pagos pelo consumidor
PNcf = É medido a partir dos valores pagos que refletem os custos de 
produção, a remuneração dos fatores (L + T + CF + CM).
Como é medido pela ótica dos rendimentos, é a própria RNcf.
PNpm = RNcf + Ti - Sub
Associa-se, normalmente, Renda Nacional à RNcf e Produto 
Nacional à PNpm 
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
3. Economia a três setores: O setor Público
CARGA TRIBUTÁRIA BRUTA E LÍQUIDA
Índice de Carga
Tributária Bruta =
Impostos Indiretos + Imp. Diretos x100
PIBpm
Índice de Carga
Tributária Líquida =
(Imp. Ind. + Dir.) – (Transf. + Sub.) x100
PIBpm
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
3. Economia a três setores: O setor Público
EXPORTAÇÕES (X) = são as compras dos estrangeiros
de nossos bens e serviços. São os gastos do setor externo 
com nossas empresas. 
IMPORTAÇÃO (M) = São nossas aquisições de bens do
exterior. Parte da renda gerada no país que “vaza” para fora. 
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
3. Economia a três setores: O setor Público
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Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE)
Renda Enviada ao Exterior (RE) = parte do que foi produzido 
internamente não pertence aos nacionais (Ex.: capital e tecnologia). A 
remuneração desses fatores vai para fora do país, na forma de 
remessa de lucro, royalties, juros.
Renda Recebida do Exterior (RR) = recebemos renda 
devido à produção de nossas empresas operando no exterior.
RLEE = RE – RR No Brasil, RLEE > 0
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
4. Economia a quatro setores: O setor Externo
Produto Nacional Bruto (PNB) e Produto Interno Bruto (PIB)
PIB = É a renda devida à produção dentro dos limites territoriais do 
país. 
PNB = renda que pertence efetivamente aos nacionais, incluindo a
renda recebida de nossas empresas no exterior, e excluindo a renda 
enviada para o exterior pelas empresas estrangeiras localizadas no Brasil.
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
4. Economia a quatro setores: O setor Externo
Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE), Produto
Nacional Bruto (PNB) e Produto Interno Bruto (PIB)
PIB = PNB + RLEE
Se : RE > RR RLEE > 0 PIB > PNB
RE < RR RLEE < 0 PIB < PNB
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
4. Economia a quatro setores: O setor Externo
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2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
4. Economia a quatro setores: O setor Externo
DN = C + I + G + X – M
 As importações (M) aparece devido ao fato de que elas estão 
embutidas nas demais despesas agregadas (C, I, G, X).
 A Despesa Agregada é apresentada a preços de mercado, já que são 
valores finais. 
 No Brasil, utiliza-se mais o conceito de Desp. Interna que Nacional.
 Não é calculada a depreciação pois, são utilizados os conceitos 
agregados em termos brutos.
DIBpm = C + I + G + X – M 
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
5. A Despesa Nacional
REVISÃO
Depreciação
Bruto
Líquido
Governo
pm
cf
Estrangeiros
Interno (territorial)
Nacional
2. Principais Agregados 
Macroeconômicos
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3. Valores Reais e Nominais
PN Nominal (ou PN Monetário): PN a preços correntes do ano
PN2000 = pi
2000 . qi
2000 - produto de 2000, avaliado a preços de 2000.
PN2001 = pi
2001 . qi
2001 - produto de 2001, avaliado a preços de 2001.
PN2002 = pi
2002 . qi
2002 - produto de 2002, avaliado a preços de 2002.
PN Real (ou PN deflacionado): PN a preços constantes de 
determinado ano (chamado ano-base).
PNREAL 2000 = pi
2000 . qi
2000
PNREAL2001 = pi
2000 . qi
2001
PNREAL2002 = pi
2000 . qi
2002
Preços permanecem constantes 
em 2000. Elimina-se a influência 
dos preços (Inflação). Com isso 
tem-se o crescimento real
3. Valores Reais e Nominais
PNREAL = PN Nominal x 100
Índice de Preços 
Para deflacionar:
3. Valores Reais e Nominais
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3. Valores Reais e Nominais
Ex.: PIB, PIB per capta, PIB a preços de 2009, deflator implícito -1998/2009
Fonte: Ipeadata
Ano
PIB a preços 
corrente (em R$ 
milhões)
PIB a preços 
de 2013 (em 
R$ milhões)
PIB per capta a 
preços de 2013 
(em US$ mil)
PIB per capta a 
preços de 2013 
(em R$ mil)
PIB per capta 
(em R$ mil)
Deflator 
Implícito
1998 979.275,7489 3.053.647,24 8,66 18,69 5,9936 4,24
1999 1.064.999,7118 3.061.405,90 8,51 18,36 6,3884 8,48
2000 1.179.482,0000 3.193.235,75 8,72 18,81 6,9463 6,18
2001 1.302.136,0000 3.235.166,73 8,69 18,76 7,5503 8,97
2002 1.477.822,0000 3.321.160,51 8,81 19,01 8,4574 10,55
2003 1.699.948,0000 3.359.241,59 8,81 19,01 9,6188 13,73
2004 1.941.498,0000 3.551.131,29 9,22 19,89 10,8737 8,04
2005 2.147.239,0000 3.663.335,45 9,42 20,32 11,9095 7,21
2006 2.369.484,0000 3.808.294,92 9,69 20,92 13,0139 6,15
2007 2.661.344,0000 4.040.273,80 10,18 21,96 14,4648 5,87
2008 3.032.203,0000 4.249.220,50 10,58 22,83 16,2925 8,33
2009 3.239.404,0000 4.235.209,66 10,42 22,48 17,1949 7,19
2010 3.770.084,8720 4.554.277,15 11,07 23,87 19,7639 8,23
2011 4.143.013,3380 4.678.736,67 11,26 24,29 21,50926,97
2012 4.392.093,9970 4.726.976,10 11,27 24,31 22,5905 4,93
2013 4.844.815,0760 4.844.815,08 11,45 24,70 24,6965 7,62
4. Componentes do PIB Brasileiro
(3 Óticas)
Componentes do Produto Interno 
Bruto
Produto Interno Bruto
2009 2010 2011 2012 2013
A - Ótica da produção
Total 3 333 039 3 885 847 4 373 658 4 805 913 5 316 455
Produção 5 800 044 6 599 149 7 435 283 8 214 846 9 090 434
Impostos sobre produtos (líquidos 
de subsídios)
483 277 583 007 655 921 720 501 777 859
Consumo intermediário (-) (-) 2 950 282 (-) 3 296 309 (-) 3 717 546 (-) 4 129 434 (-) 4 551 838
4. Componentes do PIB Brasileiro
(3 Óticas)
Componentes do Produto Interno Bruto
Produto Interno Bruto
2009 2010 2011 2012 2013
B - Ótica da despesa
Total 3 333 039 3 885 847 4 373 658 4 805 913 5 316 455
Despesa de consumo final 2 719 997 3 079 133 3 453 270 3 842 293 4 283 830
Despesa de consumo das famílias 2 011 763 2 278 735 2 571 507 2 876 759 3 199 445
Despesa de consumo das Instituições 
sem fins de lucro
a serviço das famílias
53 270 61 432 64 395 72 905 76 605
Despesa de consumo do governo 654 964 738 966 817 368 892 629 1 007 780
Formação bruta de capital 626 483 847 166 954 059 1 029 062 1 155 332
Formação bruta de capital fixo 636 676 797 946 900 785 995 644 1 113 772
Variação de estoque (-) 10 193 49 220 53 274 33 418 41 560
Exportação de bens e serviços 361 680 417 270 501 802 563 474 620 077
Importação de bens e serviços (-) (-) 375 120 (-) 457 722 (-) 535 473 (-) 628 916 (-) 742 784
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4. Componentes do PIB Brasileiro
(3 Óticas)
Componentes do Produto Interno Bruto
Produto Interno Bruto
2009 2010 2011 2012 2013
C - Ótica da renda
Total 3 333 039 3 885 847 4 373 658 4 805 913 5 316 455
Remuneração dos empregados 1 413 173 1 618 190 1 846 781 2 058 854 2 307 327
Salários 1 126 506 1 277 285 1 453 655 1 626 983 1 823 824
Contribuições sociais efetivas 239 770 290 193 338 487 374 647 421 108
Contribuições sociais imputadas 46 897 50 712 54 639 57 224 62 395
Excedente operacional bruto e rendimento 
misto bruto
1 391 478 1 641 762 1 824 617 1 976 046 2 171 851
Impostos sobre a produção e importação 528 389 625 895 702 260 771 013 837 277
5. Exercícios
Dados em bilhões de reais:
salários pagos ás famílias (w) ................................300
juros, aluguéis e lucros pagos (j+a+l) .....................450
depreciação de ativos fixos (d) .................................25
impostos indiretos (Ti) .............................................100
impostos diretos (Td) ................................................88
subsídios do governo a empresas privadas (sub).....10
outras receitas correntes do governo (ORec) ...........20
renda enviada ao exterior (RE)....................................7
renda recebida do exterior (RR)...................................2
pagamentos de aposentadoria (Tr)............................40
E sabendo-se que os valores dos L,T,CF,CM são brutos, no sentido de que 
ainda não foram descontados os impostos diretos, a depreciação e a 
renda enviada do exterior, e não incluída a renda recebida do exterior, 
pede-se: 
a) RIBcf
b) RILcf
c) RNLcf
d) PNBpm
e) PIBpm
f) Índice de CTB
g) Índice de CTL
5. Exercícios
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Teoria da Determinação da 
Renda: o Modelo Keynesiano
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso 
Pereira
Conteúdo da Aula
1. Introdução
2. A Oferta Agregada, o Desemprego e o Nível Geral de 
Preços
3. A Demanda Agregada
1. O consumo privado
2. O investimento privado
3. Os gastos do governo
4. A demanda de exportação e importação
4. A Renda Nacional de Equilíbrio
5. Exercícios
1. Introdução
Durante o século XIX predominou a chamada teoria 
clássica (encabeçada pela Lei de Say), em que os 
economistas acreditavam que a oferta determina a 
demanda.
O período de crise de 1873 até 1896 manifesta uma 
série de mudanças que vigorarão no século XX.
O surgimento da ciência, com a 2ª Revolução 
Industrial, possibilitou a busca pela inovação 
tecnológica. Surgiam os monopólios e oligopólios.
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1. Introdução
Em 1929 ocorre o crash da Bolsa de Valores de Nova 
York, juntamente com uma crise de superprodução
(Oferta > Demanda).
Portanto, o equilíbrio proposto pelos clássicos já 
não explicavam a economia da época. Foi então que 
entrou em cena a Teoria Keynesiana (Teoria do 
Emprego, do Juro e da Moeda), também conhecida 
como teoria do desequilíbrio, que vigorou durante 
grande parte do século XX.
A partir de agora, era a demanda que determinava a 
oferta, ou melhor, as expectativas de demanda.
2. A Oferta Agregada, o Desemprego 
e o Nível Geral de Preços
As empresas respondem aos acréscimos de demanda por 
meio de um aumento da produção física.
Podemos analisar duas situações:
a) situação de desemprego de fatores: o produto pode 
aumentar em resposta ao acréscimo de fatores, sem, 
contudo, variar o nível de preços da economia.
b) situação de pleno emprego: dada a utilização eficiente 
de todos os recursos disponíveis para se empregar o 
produto, este não mais pode crescer em resposta aos 
estímulos da demanda, mas apenas o nível geral de 
preços da economia tenderá a subir.
2. A Oferta Agregada, o Desemprego 
e o Nível Geral de Preços
Curva de Oferta
Lado Keynesiano
(Desemprego)
Lado Clássico
(Pleno Emprego)
Ye
Produto de Pleno Emprego
Nível Geral de 
Preços
Y
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2. A Oferta Agregada, o Desemprego 
e o Nível Geral de Preços
Qualquer renda nacional à esquerda da renda de 
pleno emprego (Ye) equivale a uma situação de 
desemprego na economia, e nesse intervalo 
apenas o produto real varia, permanecendo 
constante o nível de preços. Uma vez atingida a 
renda de pleno emprego, apenas os preços 
subirão.
2. A Oferta Agregada, o Desemprego 
e o Nível Geral de Preços
Pelo fato da análise macroeconômica ser de curto prazo, 
faremos as hipóteses de:
a) nenhuma mudança tecnológica deverá ocorrer no 
período;
b) o estoque físico produtivo do fator capital também 
permanecerá constante, e apenas o fator trabalho 
estará disponível para se empregar até a posição de 
pleno emprego, durante o período considerado.
Em outras palavras, a curto prazo, a curva de oferta 
agregada keynesiana não se deslocará.
3. A Demanda Agregada
A demanda agregada constitui-se nos dispêndios da 
coletividade em bens e serviços de consumo (C), 
investimento (I), despesas governamentais (G) e 
exportações (X), devendo-se subtrair o montante total 
das importações do país (M).
A demanda nacional agregada (Yd) ou dispêndio nacional é 
equivalente a:
Yd = C + I + G + (X – M)
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3. A Demanda Agregada
1. O consumo privado
A renda é o fator que, 
isoladamente, maior influência 
tem na determinação do 
consumo, isto é, a magnitude 
das despesas em consumo 
programado (intenção de 
consumir da coletividade) pela 
coletividade dependerá 
basicamente do nível de renda 
da economia.
A função consumo pode ser 
assim escrita:
C = C(Y)
c0
C(Y)
C
Y
3. A Demanda Agregada
1. O consumo privado
De acordo com a Teoria Econômica, os parâmetros da função consumo 
podem ser assim interpretados:
a) Quando Y = 0, significa que C = co, isto é, co é o consumo mínimo 
que a coletividade pode suportar, pois mesmo que a renda seja 
zero, a população necessita viver.
b) Podemos estudar a relação entre a renda e o nível de consumo: a 
propensão marginal a consumir (PMgC), que equivale à relação 
entre um acréscimo no consumo desejado em decorrência de um 
acréscimo na renda da coletividade:
3. A Demanda Agregada
1. O consumo privado
A PMgC tem seu valor entre zero e um, pois seria pouco 
sustentável uma situação em que a coletividade passassea 
aumentar seu consumo mais que seu acréscimo de renda.
Outros aspectos importantes a considerar:
a) a PMgC decresce com o aumento da renda, como podemos 
verificar inclinação cada vez menor da função consumo;
b) a PMgC é estável ao longo de algum tempo, ou seja, é pouco 
provável que a comunidade mude seu comportamento intencional 
de consumo num curto espaço de tempo.
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3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
Antes de iniciarmos a discussão sobre investimentos, abordemos o 
conceito de poupança.
Poupança nacional corresponde à parcela da renda nacional não 
gasta em bens e serviços de consumo produzidos na economia.
A função poupança, portanto pode ser obtida a partir da renda 
menos a função consumo:
S = Y - C
3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
É interessante associar o conceito de propensão marginal a 
poupar: corresponde ao quociente da variação absoluta na 
poupança pela variação absoluta na renda da coletividade.
A soma da propensão marginal a poupar e da propensão marginal a 
consumir é igual à unidade:
PMgC + PMgS = 1
Ou seja, a renda é destinada ao consumo ou à poupança.
3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
Define-se investimento na teoria keynesiana como o ato de 
aumentar a produção (investimento em bens de capital, por 
exemplo) de forma a corresponder ao aumento da demanda 
Princípio da Demanda Efetiva).
A realização do investimento pelo empresário capitalista se dá pela 
comparação da chamada eficiência marginal do capital (EMgK), 
correspondente à máxima taxa de retorno sobre os custos (é a 
rentabilidade esperada da realização do investimento), com a taxa 
de juros da economia.
Se EMgK > Taxa de juros  o investimento é realizado
Se EMg K < Taxa de juros  não se realiza o investimento
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3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
Observe a seguinte igualdade:
SR = IR
Devemos notar que, se a coletividade deseja realizar uma poupança 
igual à S e se os empresários desejam realizar os investimentos na 
mesma magnitude, a renda determinada Y será de equilíbrio, pois o 
montante de vazamento desejado e realizado do “fluxo circular de 
renda” é igual ao montante de injeção desejada e realizada pelos 
empresários.
Ou seja, o investimento realizado é igual à poupança realizada.
3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
O montante de investimento realizado pelos capitalistas 
gera um processo de aumento da renda nacional e esse 
aumento de renda é mensurado pelo multiplicador de 
investimento.
O multiplicador (k) é um coeficiente associado à 
variação dos investimentos que determina a magnitude 
de variação no nível da renda nacional.
3. A Demanda Agregada
2. O investimento privado
Dessa expressão, podemos verificar que, quanto maior a 
PMgC ou menor a PMgS, tanto maior será o multiplicador.
O valor do multiplicador pode variar de um até infinito.
Quanto maior o multiplicador, um pequeno aumento no 
investimento gera um aumento maior na renda nacional.
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3. A Demanda Agregada
3. Os gastos do governo
Gastos do governo incluem despesas em infraestrutura nacional, 
gastos com salários, subsídios, etc. 
Acréscimos nestes gastos governamentais possuem o mesmo efeito 
multiplicador dos investimentos privados, expandindo o nível de 
renda nacional pela expansão da demanda em bens e serviços de 
consumo.
Os gastos do governo (G) são predominantemente financiados pela 
arrecadação de tributos. Agora, as funções consumo e poupança 
devem ser tomadas sobre a renda disponível e não mais sobre a renda 
total:
C = C(Y – T)
S = (Y – T) - C
3. A Demanda Agregada
4. A demanda de importação e exportação
Ao abrirmos a economia para o comércio exterior, nosso modelo 
macroeconômico de curto prazo se completa, bastando para isso 
incorporarmos à demanda agregada os dispêndios com a exportação 
e a importação de bens e serviços.
Será considerado o movimento líquido das exportações sobre as 
importações em bens e serviços.
As exportações têm um efeito positivo sobre o nível de renda interna, 
pois, para se atender à demanda dos estrangeiros pelos nossos 
produtos, os empresários devem aumentar a produção e o emprego 
dos fatores disponíveis do país.
Fenômeno contrário se verifica quando importamos produtos do 
exterior, pois o efeito multiplicador de renda se dá nos países de 
origem das exportações.
4. A Renda Nacional de Equilíbrio
A partir da demanda agregada
Yd = C + I + G + (X – M)
estabelecidos os conceitos de consumo, 
investimento, gastos do governo e 
exportações líquidas (X – M) e introduzida a 
discussão sobre poupança, podemos 
determinar o produto de equilíbrio de acordo 
com a teoria keynesiana.
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4. A Renda Nacional de Equilíbrio
a) A partir das funções consumo e poupança:
4. A Renda Nacional de Equilíbrio
b) A partir da oferta e demanda agregadas:
5. Exercícios
1. Represente a curva de oferta agregada clássica e keynesiana e
explique a forma de cada uma.
2. Conceitue consumo e aborde a questão referente à propensão
marginal a consumir.
3. Imagine que ocorreu um aumento no consumo da ordem de 100
unidades monetárias e um aumento da renda nacional no
montante de 450 unidades monetárias. Qual foi a PMgC?
4. Em que um empresário se baseia para realizar um investimento?
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5. Exercícios
5. Explique o que ocorre com a renda de equilíbrio se:
a) Houver um aumento no nível de consumo da sociedade.
b) A taxa de juros exceder a eficiência marginal do capital.
c) O governo decide gastar mais.
d) Os residentes internos demandam mais produtos do exterior.
6. Considere uma economia fechada descrita pelas seguintes equações
comportamentais:
C=200 + 0,5 Yd 
I=400 + 0,2Y – 2000i
G=100
T=100
OA=DA
Y=C+I+G
Y=[200+0,5(Y-T)]+[400+0,2Y-100]+100
Y=200+0,5Y-50+400+0,2Y-100+100
Y-0,7Y=550
0,3Y=550  Ye=1833
Em que: C é o consumo agregado, Y é a renda, Yd é a renda disponível, I é o
investimento privado, i é a taxa de juros, T é a arrecadação tributária, G é o
gasto do governo. Supondo que a taxa de juros seja igual a 5% (0,05), calcule o
valor da renda, do consumo e do investimento.
Teoria Monetária
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso 
Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceito e Funções da moeda
1. Instrumento de troca
2. Reserva de valor
3. Unidade de conta
2. A Oferta de Moeda
1. O BACEN e os bancos comerciais
2. Instrumentos de controle do BACEN
3. A Demanda de Moeda
4. Equilíbrio Monetário
5. Exercícios
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1. Conceito e Funções da moeda
Usa-se o termo moeda para algo geralmente aceito em 
troca de bens e serviços.
Em outras palavras, moeda é um instrumento ou objeto 
que, pelo fato de ser aceito pela população em troca de 
bens e serviços, passa a ser usado como meio de troca.
Portanto, moeda é o conjunto de ativos da economia que 
as pessoas usam regularmente para comprar bens e 
serviços de outras pessoas.
1. Conceito e Funções da moeda
Na possibilidade de servir como meio de troca, qualquer bem pode 
funcionar como dinheiro, desde que possua a aceitação de todos 
(problema do duplo desejo), em pagamento de bens e serviços, ou no 
cumprimento de obrigações.
Na atualidade, papel-moeda, moedas metálicas e moeda bancária são 
aceitas como meio de troca.
O emprego generalizado de papel-moeda como meio de troca 
confirma a ideia de que o dinheiro é útil pelo que proporciona e não 
por sua utilidade intrínseca.
1. Conceito e Funções da moeda
Podemos considerar dois tipos de moeda:
a) moeda-mercadoria: moeda que toma a forma de uma 
mercadoria com valor intrínseco (significa que o item teria 
valor mesmo que não fosse usado como moeda).
b) moeda de curso forçado: moeda sem valor intrínsecoque é usada como moeda por decreto governamental.
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1. Conceito e Funções da moeda
Deve-se expressar o valor da moeda pela 
quantidade de bens e serviços que determinada 
quantidade de moeda pode comprar. A isso 
chama-se de poder de compra da moeda, que 
pode ser quantificado por:
1 / índice de preços
1. Conceito e Funções da moeda
Podemos classificar a moeda de acordo com as 
funções que exerce:
- Meio de troca
- Reserva de valor
- Unidade de conta
1. Conceito e Funções da moeda
1. Instrumento de troca
Um instrumento de troca, ou meio de troca, é algo que os 
compradores dão aos vendedores quando compram bens 
e serviços.
Essa transferência de moeda do comprador para o 
vendedor permite que a transferência ocorra.
Quando você entra em uma loja está confiante de que ela 
irá aceitar sua moeda em troca dos itens que estão à 
venda, porque a moeda é o meio de troca comumente 
aceito.
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1. Conceito e Funções da moeda
1. Instrumento de troca
A moeda é um ativo que possui uma propriedade especial: a liquidez.
Um ativo é líquido quando pode ser transacionado em curto prazo, 
com perda mínima. 
A moeda é o ativo mais líquido que existe, porém há custos em retê-la. 
O custo de reter moeda é o custo de oportunidade, medido pela taxa 
de juros.
1. Conceito e Funções da moeda
2. Reserva de valor
Uma reserva de valor é algo que as pessoas podem usar 
para transferir poder de compra do presente para o 
futuro; diz respeito à moeda como um ativo que pode 
ser escolhido para armazenar riqueza.
Quando um vendedor aceita moeda hoje em troca de 
um bem ou serviço, ele pode ficar com a moeda e 
tornar-se comprador de outro bem ou serviço em outro 
momento.
O termo riqueza é usado para fazer referência ao total 
de reservas de valor, incluindo tanto a moeda quanto os 
ativos não-monetários.
1. Conceito e Funções da moeda
3. Unidade de conta
Uma unidade de conta é um padrão comum de medida 
que as pessoas usam para anunciar preços e registrar 
débitos.
Os bens e serviços não são mensurados em termos de 
outros bens e serviços.
Quando queremos medir e registrar valor econômico, 
usamos a moeda como unidade de conta. Portanto, o 
preço de todos os bens são expressos em termos 
monetários.
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2. A Oferta de Moeda
A oferta de moeda é a quantidade de moeda disponível na economia.
O ativo mais óbvio para incluir é a moeda corrente – as notas e moedas 
de metal que estão nas mãos do público. A moeda corrente é, 
claramente, o meio de troca mais aceito em nossa economia.
Devemos incluir, também, os depósitos à vista – os saldos em conta 
corrente que os depositantes podem acessar simplesmente com a 
emissão de um cheque.
2. A Oferta de Moeda
Então, os meios de pagamento em uma economia são 
constituídos por papel-moeda (que compreende cédulas e 
moedas metálicas) e depósitos a vista em bancos comerciais, 
que é moeda escritural.
M1 = papel-moeda em poder do público + moeda escritural
Conceito de M1: montante de papel-moeda efetivamente em 
poder do público, pois é este o montante de papel-moeda que 
pode ser empregado em transações.
2. A Oferta de Moeda
Os novos conceitos de meios de pagamento ampliados 
representam mudança de critério de ordenamento de 
seus componentes, que deixaram de seguir o grau de 
liquidez, passando a definir os agregados por seus 
sistemas emissores. 
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2. A Oferta de Moeda
Conceitos anteriores
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à 
vista
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas 
de fundos de renda fixa de curto prazo + títulos 
públicos de alta liquidez
M3 = M2 + depósitos de poupança
M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras
2. A Oferta de Moeda
Nesse sentido, o M1 é gerado pelas instituições
emissoras de haveres estritamente monetários, o
M2 corresponde ao M1 e às demais emissões de
alta liquidez realizadas primariamente no
mercado interno por instituições depositárias - as
que realizam multiplicação de crédito. O M3, por
sua vez, é composto pelo M2 e captações
internas por intermédio dos fundos de renda fixa
e das carteiras de títulos registrados no Sistema
Especial de Liquidação e Custódia (Selic). O M4
engloba o M3 e os títulos públicos de alta liquidez
2. A Oferta de Moeda
Conceitos atuais
Meios de Pagamento Restritos:
M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista
Meios de Pagamento Ampliados:
M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de 
poupança + títulos emitidos por instituições 
depositárias
M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações 
compromissadas registradas no Selic
Poupança financeira:
M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez
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2. A Oferta de Moeda
SISTEMAS EMISSORES
M1: Consolidado monetário → passivo monetário restrito do 
Banco Central e bancos criadores de moeda escritural;
M2: Consolidado bancário menos fundos de renda fixa → passivo 
monetário restrito do Banco Central e passivo monetário 
ampliado emitidos primariamente pelas instituições depositárias;
M3: Consolidado bancário → passivo monetário restrito do Banco 
Central e passivo monetário ampliado das instituições 
depositárias e fundos de renda fixa;
M4: Consolidado bancário mais governos → passivo monetário 
ampliado do Banco Central, instituições depositárias, fundos de 
renda fixa e tesouros nacional, estaduais e municipais.
2. A Oferta de Moeda
ALGUNS CONCEITOS
Instituições depositárias:
bancos múltiplos, bancos comerciais, caixas econômicas, bancos de 
investimento, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, 
sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de 
crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo, 
companhias hipotecárias. As instituições financeiras não depositárias, 
como sociedades de arrendamento mercantil, corretoras e 
distribuidoras de títulos e de valores mobiliários, nessas definições de 
agregados monetários são consideradas empresas do setor produtivo.
2. A Oferta de Moeda
ALGUNS CONCEITOS
Consolidado monetário:
Banco Central, bancos múltiplos com carteira comercial, bancos 
comerciais e caixas econômicas. Por restrições operacionais, as 
cooperativas de crédito ainda não foram incluídas nesse consolidado.
Consolidado bancário: 
consolidado monetário, outras instituições depositárias e fundos de 
renda fixa.
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2. A Oferta de Moeda
1. O BACEN e os bancos comerciais
O banco comercial caracteriza-se por ser a única instituição que 
possui a capacidade de criar ou destruir meios de pagamentos.
Ao conceder empréstimos por crédito em conta corrente, um 
banco comercial cria meios de pagamentos, pois aumenta o saldo 
de moeda escritural.
O tomador do crédito, ao utilizar o saldo de sua conta, emitindo 
cheques em pagamento de transações, gera novos depósitos em 
contas dos favorecidos dos cheques emitidos.
Novos depósitos permitem aos bancos a capacidade de conceder 
novo crédito a outro cliente. A repetição desse mecanismo mostra 
a capacidade de multiplicar a moeda pelo setor bancário.
2. A Oferta de Moeda
1. O BACEN e os bancos comerciais
O coeficiente multiplicador dos depósitos bancários (k) é o inverso da 
taxa de compulsório (r):
k = 1 / r
Em um determinado exemplo, sendo r = 0,30 (ou seja, os bancos 
mantém em sua reserva 30% dos depósitos efetuados), o multiplicador 
k será:
k = 1 / 0,30 = 3,333...
Isso mostra que um depósito inicial de R$ 1.000,00, dado o percentual 
de reserva compulsória de 30%, pode permitir o aumento da moeda 
escritural (que é meio de pagamento) para R$ 3.333,33, no conjunto 
dos bancos comerciais, ou seja, 3,333 vezes as reservas adquiridas 
pelos bancos.
2. A Oferta de Moeda1. O BACEN e os bancos comerciais
O BACEN
OBJETIVO: Regular a moeda e o crédito, em níveis compatíveis com o 
crescimento do produto (manter a liquidez do sistema econômico).
FUNÇÕES: - Banco emissor de moeda (controlar a oferta de moeda)
- Banco dos bancos (os bancos depositam seus fundos 
e transferem entre eles (pela câmara de compensação
de cheques). Além disso, o BC empresta aos bancos
(redesconto bancário)
- Banco do governo (canal que o Governo tem para
implementar a Pol. Monetária. Recebe fundos do Gov. 
e emite títulos (obrigações) para a venda ao público)
- Banco depositário das reservas internacionais.
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2. A Oferta de Moeda
1. O BACEN e os bancos comerciais
Entende-se por política monetária ações do Banco Central 
para exercer o controle da expansão da moeda e do 
crédito, visando metas desejadas de taxa de juros, 
crescimento da economia, nível de emprego e estabilidade 
de preços.
POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA É AQUELA QUE ELEVA A LIQUIDEZ DA 
ECONOMIA, INJETANDO MAIOR VOLUME DE RECURSOS NOS MERCADOS E 
ELEVANDO, EM CONSEQÜÊNCIA, OS MEIOS DE PAGAMENTO.
ATRAVÉS DE UMA POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, AS AUTORIDADES 
MONETÁRIAS PROMOVEM REDUÇÕES DOS MEIOS DE PAGAMENTO DA 
ECONOMIA, RETRAINDO A DEMANDA AGREGADA (CONSUMO E 
INVESTIMENTO) E A ATIVIDADE ECONÔMICA.
2. A Oferta de Moeda
1. O BACEN e os bancos comerciais
A POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA SE APLICA PARA
DINAMIZAR O CONSUMO E O INVESTIMENTO
AGREGADOS, COM REFLEXOS POSITIVOS SOBRE A
EXPANSÃO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. APLICA-SE EM 
MOMENTOS DE RETRAÇÃO ECONÔMICA.
A POLÍTICA MONETÁRIA RESTRITIVA, VISA A RESTRIGIR
A OFERTA DE CRÉDITO E ELEVAR SEU CUSTO, DE FORMA
DE ADEQUAR O CONSUMO E O INVESTIMENTO
AGREGADOS À OFERTA MONETÁRIA DA ECONOMIA.
2. A Oferta de Moeda
2. Instrumentos de controle do BACEN
São instrumentos de política econômica:
a) Operações de mercado aberto (open-market)
b) Alteração do percentual de reservas compulsórias
c) Assistência financeira de liquidez
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2. A Oferta de Moeda
2. Instrumentos de controle do BACEN
a) Operações no mercado aberto (open-market):
O BACEN exerce o controle dos meios de pagamentos, através de operações 
de mercado aberto, comprando ou vendendo títulos de sua carteira.
Para conseguir os efeitos desejados sobre os meios de pagamentos, as 
operações de mercado aberto envolvem o Banco Central, os bancos 
intermediários e os agentes econômicos clientes dos bancos, afetando, em 
sequência: (1) o volume das reservas dos bancos comerciais, (2) a taxa de 
juros, (3) o volume dos empréstimos, e (4) o montante dos meios de 
pagamentos.
Se o BACEN desejar, por exemplo, expandir os meios de pagamentos, deverá 
comprar títulos em poder dos bancos, dando-lhes em troca moeda. A 
operação atua aumentando o volume das reservas dos bancos comerciais. 
Para contrair os meios de pagamentos, obviamente a operação deverá ser 
oposta à descrita. O BACEN deverá vender títulos e receber, em troca, 
reservas.
2. A Oferta de Moeda
2. Instrumentos de controle do BACEN
b) Alteração do percentual de reservas compulsórias:
Uma das formas de que dispõe o Banco Central de limitar a 
capacidade de os bancos comerciais criarem meios de 
pagamentos por meio de empréstimos é através do 
percentual de reservas compulsórias. 
Dado que o volume de empréstimos que o sistema 
bancário pode criar será igual ao volume das reservas 
vezes 1/r, sendo r o percentual de reservas compulsórias, 
maior a exigência de compulsório, menor será a 
capacidade de os bancos concederem empréstimos e de 
criarem, por consequência, meios de pagamentos.
2. A Oferta de Moeda
2. Instrumentos de controle do BACEN
c) Variação da taxa de redesconto:
O redesconto consiste em operação entre o BACEN e bancos comerciais, pela 
qual os bancos negociam ativos financeiros (duplicatas de seus clientes, 
por exemplo) em troca de liquidez (aumento de reservas).
A administração da taxa de juros cobrada na operação, que é a taxa de 
redesconto, constitui, então, o instrumento principal de que dispõe o Banco 
Central para agir sobre a demanda por reservas, por parte dos bancos 
comerciais.
Alta taxa de redesconto tende a desestimular a demanda de recursos por este 
tipo de assistência financeira de liquidez, influindo negativamente sobre o 
montante de reservas adicionais adquiridas pelos bancos, sobre o montante 
dos empréstimos que podem conceder e, em consequência, sobre os meios 
de pagamentos.
Baixa taxa de redesconto tende a motivar o interesse dos bancos, o que 
conduziria ao efeito final de aumento dos meios de pagamentos.
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3. A Demanda de Moeda
Segundo Keynes, a procura de dinheiro é uma procura de liquidez.
A liquidez pode ser analisada distinguindo os três diferentes móveis que 
determinam a dita preferência:
a) O motivo transação  a quantidade de dinheiro necessária para 
satisfazer a preferência por liquidez pelo motivo transação tem íntima 
relação com o volume de rendimento e de emprego (nível geral da 
atividade econômica). À medida que se elevam o total da produção e o 
emprego e aumentam os preços e os salários, cresce também a procura 
de dinheiro para transações.
b) O motivo precaução  surge porque os indivíduos e as empresas acham 
prático ter uma reserva de numerário em suplementação ao que 
necessitam para transações (incerteza ao futuro).
c) O motivo especulação  a espécie de preferência por liquidez que 
interessa com relação à taxa de juros é a que se origina do chamado 
motivo especulação, porque as reservas para especulação são 
particularmente sensíveis às variações das taxas de juros.
3. A Demanda de Moeda
Montemos uma relação matemática e um gráfico para analisarmos a demanda 
por moeda.
Como a quantidade de dinheiro que se tem pelo motivo transação e pelo de 
precaução (M1) depende primordialmente do nível geral da atividade 
econômica, que se pode medir pela renda (Y), a expressão abreviada disto é
M1 = L1(Y)
A expressão conveniente para a relação entre o dinheiro que se tem pelo 
motivo especulação e a taxa de juros é
M2 = L2(r)
Então, a equação M = M1 + M2 pode ser escrita por
M = L1(Y) + L2(r)
4. Equilíbrio Monetário
Por enquanto, nos deteremos ao simples conceito de 
equilíbrio monetário, em que:
OMOEDA = DMOEDA
No gráfico que ilustraremos, o eixo horizontal mostra a 
quantidade de moeda; o eixo vertical à esquerda 
mostra o valor da moeda (1/P) e o eixo vertical à 
direita mostra o nível de preços P.
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4. Equilíbrio Monetário
Valor da 
Moeda(1/P)
1
3/4
1/2
1/4
Nível de 
Preços(P)
1
1,33
2
4
DMoeda SMoeda
M
5. Exercícios
1). Quais são as funções da moeda? Explique uma.
2). O que constitui os meios de pagamentos?
3). Que entidades são responsáveis pela oferta de moeda
na economia?
4). Quais são as funções do BACEN?
5). Aborde política monetária expansionista.
6). Cite os três instrumentos de política econômica do
BACEN.
5. Exercícios
7). A partir dos seguintes fatos, diga se a oferta de moeda
aumentou ou diminuiu:
a) O BACEN compra títulos no mercado aberto.
b) O BACEN decide aumentar a taxa de redesconto.
c) O BACEN decide por diminuir a taxa de reserva
compulsória.
d) Os bancos comerciais aumentam sua taxa de reserva.
e) As pessoas decidem poupar menos.
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Inflação
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso 
Pereira
Conteúdo da Aula
1. Conceito de Inflação
2. Causas clássicas de inflação
1. Inflação de demanda
2. Inflação de custos
3. A Causa da Oferta de Moeda
4. Os Custos da Inflação
1. Imposto Inflacionário
2. Curva de Phillips
5. Índices de Preços
6. Exercícios
1. Conceito de Inflação
A inflação pode ser conceituada como umaumento contínuo e 
generalizado no nível geral de preços, além de que o fenômeno 
inflacionário exige a elevação contínua dos preços durante um 
período de tempo, e não meramente uma elevação esporádica 
dos preços.
Dado que a inflação representa uma elevação dos preços 
monetários, ela significa que o valor real da moeda é 
depreciado pelo processo inflacionário.
Assim, por definição, a inflação é um fenômeno monetário.
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1. Conceito de Inflação
A inflação é responsável por causar alguns efeitos na sociedade:
a) sobre a distribuição de renda: diz respeito à redução relativa do 
poder aquisitivo das classes que dependem de rendimentos fixos.
b) sobre o mercado de capitais: o valor da moeda deteriora-se 
rapidamente, de modo que ocorre um desestímulo à aplicação de 
recursos no mercado de capitais financeiros.
c) sobre o balanço de pagamentos: encarecem o produto nacional 
relativamente aos produtos externos, diminuindo o saldo do 
balanço comercial.
d) sobre as expectativas: causam maior incerteza quanto ao futuro
2. Causas Clássicas de Inflação
1. Inflação de demanda
Tal causa diz respeito ao excesso de demanda agregada em relação à 
produção disponível de bens e serviços.
Ela pode ser entendida como “dinheiro demais à procura de poucos 
bens”.
A probabilidade de inflação de demanda aumenta quanto mais a economia 
estiver próxima de um ponto de pleno emprego de recursos, uma 
vez que, quando do desemprego, um aumento da demanda 
aumentará, também, a renda nacional, pois os recursos antes 
desempregados, poderão ser usados, sem que ocorra 
necessariamente um aumento generalizado de preços.
2. Causas Clássicas de Inflação
1. Inflação de demanda
Como esse tipo de inflação está associado ao excesso de demanda 
agregada, e tendo em vista que, a curto prazo, a demanda é mais 
sensível a alterações de política econômica que a oferta agregada, a 
política preconizada para combatê-la assenta-se em instrumentos 
que provoquem uma redução da procura agregada por bens e 
serviços.
Inflação 
de 
demanda
COMBATE
Consumo
Investimento
Gastos Gov.
Componentes 
da Demanda 
Agregada
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2. Causas Clássicas de Inflação
1. Inflação de demanda
Observe como ocorre a inflação de demanda:
Nível Geral
de Preços
Y1Y0
DA0
DA1
OA
Y
P1
P0
2. Causas Clássicas de Inflação
1. Inflação de custos
Inflação de OFERTA. 
O nível de demanda permanece o mesmo, mas os custos de 
certos insumos aumentam e são repassados aos preços dos 
produtos. Está associada, também, ao monopólio e oligopólio 
(de certas empresas) que conseguem elevar seus lucros acima 
da elevação dos custos de produção.
2. Causas Clássicas de Inflação
1. Inflação de custos
Observe como ocorre a inflação de oferta:
OA2
OA1
DA
Nível Geral
de Preços
YY1Y2
P1
P2
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3. A Causa da Oferta de Moeda
Em um dos 10 Princípios de Economia, estabelecemos que se o governo 
começar a emitir moeda demais, haverá inflação na economia do 
país em questão.
Anteriormente, estabelecemos também o equilíbrio monetário.
Se o governo emitir moeda demais, aumentará a oferta de moeda e 
deslocará a curva para a direita:
Valor da 
Moeda(1/P)
1
3/4
1/2
1/4
Nível de 
Preços(P)
1
1,33
2
4
DMoeda
▲P
INFLAÇÃO
3. A Causa da Oferta de Moeda
S1 S2
M
4. Os Custos da Inflação
1. Imposto Inflacionário
Uma das principais consequências de elevadas taxas de 
inflação recai sobre a classe de menor renda, que não 
tem condições de se defender dos aumentos de 
preços. Sobre eles recai o imposto inflacionário. 
O imposto inflacionário representa uma receita para o 
governo, devido ao monopólio que possui sobre as 
emissões. O governo praticamente não é afetado pela 
perda do valor do estoque de moeda, pois, para pagar 
seus compromissos, basta emitir mais moeda.
O imposto inflacionário é justamente a receita que o BC 
obtém ao emitir moedas a custo zero. 
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4. Os Custos da Inflação
2. Curva de Phillips
A Curva de Phillips mostra que quanto mais alta a taxa de 
desemprego, menor a taxa de inflação, ou seja, menos 
desemprego pode ser alcançado obtendo-se mais 
inflação, ou a inflação pode ser reduzida permitindo-se 
mais desemprego. 
Utilizando o método das expectativas adaptativas ela 
indica que para que se mantenha a taxa de 
desemprego a níveis inferiores ao da taxa de 
desemprego natural, o que importa não é a taxa de 
inflação, mas sim sua variação, necessitando-se assim 
de taxas de inflação cada vez maiores para manter as 
taxas de desemprego abaixo da taxa natural. 
4. Os Custos da Inflação
2. Curva de Phillips
Inflação
Taxa de
Desemprego
Curva de Phillips
µ0
µ1
π0π1
5. Índices de preços
Fonte: Ipeadata
-10,00
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
19
79
.0
4
19
79
.1
2
19
8
0
.0
8
19
8
1.
0
4
19
8
1.
12
19
8
2.
0
8
19
8
3.
0
4
19
8
3.
12
19
8
4
.0
8
19
8
5.
0
4
19
8
5.
12
19
8
6
.0
8
19
8
7.
0
4
19
8
7.
12
19
8
8
.0
8
19
8
9
.0
4
19
8
9
.1
2
19
9
0
.0
8
19
9
1.
0
4
19
9
1.
12
19
9
2.
0
8
19
9
3.
0
4
19
9
3.
12
19
9
4
.0
8
19
9
5.
0
4
19
9
5.
12
19
9
6
.0
8
19
9
7.
0
4
19
9
7.
12
19
9
8
.0
8
19
9
9
.0
4
19
9
9
.1
2
20
0
0
.0
8
20
0
1.
0
4
20
0
1.
12
20
0
2.
0
8
20
0
3.
0
4
20
0
3.
12
20
0
4
.0
8
20
0
5.
0
4
20
0
5.
12
20
0
6
.0
8
20
0
7.
0
4
20
0
7.
12
20
0
8
.0
8
20
0
9
.0
4
20
0
9
.1
2
20
10
.0
8
20
11
.0
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Inflação - INPC (%a.m.)
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6. Exercícios de Inflação
1). Aborde um dos efeitos causados pela inflação.
2). Explique como combatemos a inflação de demanda.
3). A partir de um gráfico, aborde inflação de demanda e
inflação de custos.
4). O que é a Curva de Phillips.
Comércio Internacional e 
Câmbio
Economia 
Prof. Ângelo Cardoso 
Pereira
Conteúdo da Aula
1. Teorias do Comércio Internacional
2. Taxas de Câmbio
1. Câmbio Fixo e Flutuante
2. Câmbio Real e Nominal
3. Paridade do Poder de Compra
4. Balanço de Pagamentos
5. Exercícios 
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1. Teorias do Comércio Internacional
A Teoria das Vantagens Comparativas de Ricardo sugere que 
cada país deva especializar-se na produção daquela 
mercadoria em que é relativamente mais eficiente (ou que 
tenha um custo relativamente menor). Essa será a mercadoria a 
ser exportada. Por outro lado, esse mesmo país deverá importar 
aqueles cuja produção implicar um custo relativamente maior. 
Assim explica-se a especialização dos países na produção de 
bens diferentes e portanto a troca entre eles.
1. Teorias do Comércio Internacional
A Teoria do Comércio Internacional é relacionada aos aspectos da 
teoria da produção e da inovação tecnológica, o que, diga-se de 
passagem, a identifica com alguns fundamentos teóricos de 
microeconomia (CPP) e organização industrial; objetiva explicar os 
motivos pelos quais os países têm relações comerciais com o resto do 
mundo.
A moderna teoria de comércio internacional argumenta que a direção 
das relações comerciais dos países não é determinada somente pelo 
princípio da vantagem comparativa, mas também pelo surgimento de 
economias de escala.
Em outras palavras, são os retornos crescentes de produção que 
fornecem aos países os incentivos paraque ocorra especialização e, 
por conseguinte, comercialização da produção além de suas 
fronteiras.
2. Taxas de Câmbio
O mercado de câmbio registra as transações, seja de indivíduos, 
seja de empresas, de compra e venda de divisas estrangeiras.
O mercado de câmbio tem as seguintes funções:
- transferir poder aquisitivo de um país e moeda 
para outros;
- prover créditos de curto prazo para financiar o 
comércio externo;
- criar facilidades para evitar coberturas de risco de 
câmbio.
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2. Taxas de Câmbio
A taxa de câmbio expressa a quantidade de moeda estrangeira que 
pode ser adquirida com uma unidade de moeda doméstica. Em 
outras palavras, a taxa de câmbio é o preço pelo qual a moeda de 
um país pode ser convertida em moeda de qualquer outro país.
Analiticamente, a taxa de câmbio entre dois países A e B, que 
utilizem α e β como unidades monetárias de pagamento, pode ser 
assim expressa:
λ = x α
y β
Onde λ é a taxa de câmbio e x e y são, respectivamente, as 
quantidades de moeda dos países A e B utilizadas no processo de 
troca
2. Taxas de Câmbio
A taxa de câmbio é determinada pelos comportamentos 
de demanda e oferta por divisas estrangeiras, bem como 
pela intervenção das autoridades monetárias.
SMOEDA DMOEDA<
DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL
SMOEDA DMOEDA>
VALORIZAÇÃO CAMBIAL
2. Taxas de Câmbio
Taxa de 
Câmbio
Quantidade de divisas 
estrangeiras
λ
Q
D S
0
E
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2. Taxas de Câmbio
Pelo exposto, verifica-se que:
1) A taxa cambial tende a permanecer estável 
quando ocorrer qualquer das seguintes 
situações:
a) a oferta e a procura permanecem invariáveis;
b) a oferta e a procura aumentam em iguais 
proporções;
c) a oferta e a procura diminuem em iguais 
proporções.
2. Taxas de Câmbio
2) A taxa cambial tende a aumentar em qualquer dos casos 
abaixo:
a) a procura aumenta e a oferta permanece estável ou 
diminui;
b) a procura aumenta e a oferta também aumenta, 
porém em proporção menor;
c) a oferta diminui e a procura permanece estável;
d) a oferta diminui e a procura também diminui, porém 
em proporção menor.
2. Taxas de Câmbio
3) A taxa cambial tende a diminuir em qualquer dos casos 
abaixo:
a) a oferta aumenta e a procura permanece estável ou 
diminui;
b) a oferta aumenta e a procura também aumenta, 
porém em proporção menor;
c) a procura diminui e a oferta permanece estável;
d) a procura diminui e a oferta também diminui, porém 
em proporção menor.
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2. Taxas de Câmbio
Desvalorização cambial
A Taxa de câmbio sobe 
Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares,
compram mais produtos brasileiros 
Exportadores tendem a exportar mais. 
Importadores pagarão mais reais por dólar 
e tendem a importar menos.
2. Taxas de Câmbio
Valorização cambial
A Taxa de câmbio cai 
Compradores estrangeiros, com os mesmos dólares,
compram menos produtos brasileiros 
Exportadores têm desestímulo para a venda (exportam menos). 
Importadores pagarão menos reais por dólar
e tendem a importar mais.
2. Taxas de Câmbio
Conclusão: 
O Nível da Taxa de Câmbio é determinado 
pelos objetivos da política econômica do país.
A taxa de câmbio deve ser relativamente alta 
para estimular as exportações e relativamente 
baixa para não encarecer demasiado as 
importações, e pressionar a inflação.
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2. Taxas de Câmbio
Oferta de Divisas
Exportações e Entrada de Capitais
Taxa de câmbio (reais por dólar) (e) 
Índice de Preços internos – inflação interna (IPN)
Índice de Preços externos – inflação externa (IPRM)
Taxa de Juros Interna (iN)
Taxa de Juros Externa (iRM)
Renda Mundial (YRM) 
QODIVISAS=ƒ( e, YRM , IPN , IPRM , iN , iRM )
(+) (+) (-) (+) (+) (-) 
2. Taxas de Câmbio
Demanda por Divisas
Importações e Saída de Capitais
Taxa de câmbio (reais por dólar) (e) 
Índice de Preços internos – inflação interna (IPN)
Índice de Preços externos – inflação externa (IPRM)
Taxa de Juros Interna (iN)
Taxa de Juros Externa (iRM)
Renda Nacional (YN)
QDDIVISAS=ƒ( e, YN , IPN , IPRM , iN , iRM )
(-) (+) (+) (-) (-) (+) 
2. Taxas de Câmbio
O desaparecimento do padrão-ouro e as distorções provocadas pela inflação na 
maioria dos países destruíram completamente o sistema de paridades estáveis 
entre as várias moedas.
Desse modo, o novo tipo de câmbio deve refletir as modificações relativas dos 
preços em dois países considerados. Essa afirmativa pode ser consubstanciada na 
Fórmula da Correção da Taxa Cambial:
Ta,b = To PII
PI
Onde:
To = taxa cambial em um período base
a = unidade monetária do país I (país que dá o certo)
b = unidade monetária do país II (país que dá o incerto)
PII = nível geral de preços do país II
PI = nível geral de preços do país I
Ta,b = valos da moeda a em termos da moeda b
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2. Taxas de Câmbio
2. Câmbio Real e Nominal
A taxa de câmbio nominal é a taxa a qual uma 
pessoa pode trocar a moeda de um país pela de 
outro.
US$ 1,00 = R$ 1,601
(convenção do incerto: Consiste em cotar o preço 
da moeda 
estrangeira na moeda nacional - adotado no Brasil)
R$ 1,00 = US$ 0,625
(cotação do certo)
2. Taxas de Câmbio
2. Câmbio Real e Nominal
Quando a taxa de câmbio muda de modo que um dólar compra 
mais moeda estrangeira, essa mudança é chamada de 
apreciação do dólar. 
Se a taxa de câmbio muda de modo que um dólar compra 
menos moeda estrangeira, essa mudança é chamada de 
depreciação do dólar.
Quando uma moeda e aprecia, diz-se que ela está fortalecida e 
quando uma moeda e deprecia, diz-se que ele está enfraquecida.
2. Taxas de Câmbio
2. Câmbio Real e Nominal
A taxa de câmbio real é a taxa a qual uma pessoa 
pode negociar os bens e serviços de um país pelos 
bens e serviços de outro país.
As taxa de câmbio nominal e real estão 
estreitamente relacionadas. Consideremos um 
exemplo:
“Suponha que uma saca de arroz americano custe 
US$100,00 e que uma saca de arroz japonês custe 16 
mil ienes. Qual é a taxa de câmbio real entre o arroz 
americano e o arroz japonês? Considere a taxa de 
câmbio nominal de 80 ienes por dólar.”
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2. Taxas de Câmbio
2. Câmbio Real e Nominal
Podemos resumir esse cálculo da taxa de câmbio real com a seguinte 
fórmula:
Taxa de câmbio real = taxa de câmbio nominal x preço interno
preço externo
Usando os número do nosso exemplo, a fórmula é aplicada da 
seguinte forma:
Taxa de câmbio real = (80 ienes/dólar) x (US$100,00/saca de arroz americano)
16.000 ienes por saca de arroz japonês
= ½ saca de arroz japonês por saca de arroz americano
2. Taxas de Câmbio
2. Câmbio Real e Nominal
Portanto, para medir a taxa de câmbio real utilizamos índices de 
preços que medem o preço de uma cesta de bens e serviços. 
Usando um índice de preços para uma cesta do Brasil (P), um 
índice de preços para uma cesta estrangeira (P*) e a taxa de 
câmbio nominal entre o real e as moedas estrangeiras (e), 
podemos calcular a taxa de câmbio real geral entre o Brasil e 
outros países da seguinte maneira:
Taxa de câmbio real = (e x P)
P*
2. Taxas de Câmbio
0,0000
0,5000
1,0000
1,5000
2,0000
2,5000
3,0000
3,5000
4,0000
4,5000
19
9
4
.0
1
19
9
4
.0
6
19
9
4
.1
1
19
9
5.
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Taxa de Câmbio - R$/US$
Taxa de Câmbio - R$/US$ - comercial-compra-fim período
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3. Paridade do Poder de Compra
As taxas de câmbio variam substancialmente com o passar do 
tempo.
A Teoria Paridade do Poder de Compra declara que uma 
unidade de qualquer moeda dada deveria ser capaz de comprar 
a mesma quantidade de bens em todos os países, ou seja, um 
bem deve ser vendido pelo mesmo preço em todas as 
localidades.
Para entender a relação com a taxa de câmbio nominal usemos 
um pouco de matemática
3. Paridade do Poder de Compra
Suponha que P seja o preço de uma cesta de bens no Brasil, P* seja o preço de 
uma cesta de bens na Alemanha e e seja a taxa de câmbio nominal (o número 
de euros que um real pode comprar). 
No Brasil o nível de preços é P, de modo que o poder de compra de R$1,00 é 
1/P. No exterior um real pode ser trocado por e unidades da moeda 
estrangeira, que, por sua vez, tem poder de compra de e/P*. Para que o poder 
de compra do real seja o mesmo nos dois países é preciso que:
1/P = e/P* ou seja 1 = eP ou e = P*
P* P
De acordo com a Teoria da Paridade do Poder de Compra, a taxa de câmbio 
nominal entre as moedas dos dois países deve refletir os diferentes níveis de 
preços desses dois países.
4. Balanço de Pagamentos
O Balanço de Pagamentos de um país é o registro sistemático de 
todas as suas transações econômicas, seja de bens e serviços, seja de 
fluxos de capitais, com o resto do mundo.
Ou seja, é o registro contábil das transações entre residentes internos 
e residentes não internos.
Portanto, registra:
- o comércio de mercadorias (exportações, importações);
- os serviços (pagamentos de juros, royalties, remessa de lucros, 
turismo, pagamentos de fretes etc.); 
- o movimento de capitais (investimentos diretos estrangeiros, 
empréstimos e financiamentos, capitais especulativos)
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4. Balanço de Pagamentos
A. Balança Comercial
– Exportações
– Importações
B. Balança de Serviços
– Viagens internacionais, fretes, seguros, lucros, juros e 
dividendos, serviços governamentais e diversos
C. Transferências Unilaterais
D. Saldo em Conta Corrente (A+B+C)
E. Movimento de Capitais
– Investimentos, reinvestimentos, empréstimos, 
financiamentos, amortizações, outros
F. Erros e Omissões
G. Saldo do Balanço de Pagamentos (D+E+F)
H. Balanço de Capitais Compensatórios (-G)
4. Balanço de Pagamentos
O saldo do balanço de pagamentos consiste no somatório das 
contas transações correntes e de movimento de capitais e 
na rubrica erros e omissões. Podemos ter déficit, quando o 
saldo é negativo, ou superávit, quando o saldo é positivo.
Situações permanentes de superávit são indesejadas, uma vez 
que isso se verifica às expensas de déficits dos parceiros 
comerciais, comprometendo as relações comerciais e a 
própria política cambial.
Situações permanentes de déficit também são indesejáveis, 
uma vez que será necessária a tomada de empréstimos 
externos, o que endividará o país e o colocará num círculo 
vicioso.
Balanço de pagamentos
US$ milhões
Discriminação 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
TRANSAÇÕES 
CORRENTES
1551-28192 -24302 -47273 -52473-54249 -81227 -91288
Balança comercial (FOB) 40032 24836 25290 20147 29793 19395 2286 -3959
Exportação de bens 160649 197942 152995 201915 256040 242578 242034 225101
Importação de bens -120617 -173107 -127705 -181768 -226247 -223183 -239748 -229060
Serviços e rendas (líquido) -42510 -57252 -52930 -70322 -85251 -76489 -86879 -89251
Serviços -13219 -16690 -19245 -30835 -37932 -41042 -47101 -48928
Rendas -29291 -40562 -33684 -39486 -47319 -35448 -39778 -40323
Transferências unilaterais correntes 4029 4224 3338 2902 2984 2846 3366 1922
4. Balanço de Pagamentos
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Balanço de pagamentos
US$ milhões
Discriminação 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
CONTA CAPITAL E 
FINANCEIRA
89086 29357 71301 99912112381 70010 74353 98399
Conta capital 756 1055 1129 1119 1573 -1877 1193 590
Conta financeira 88330 28302 70172 98793 110808 71886 73159 97809
Investimento direto 27518 24601 36033 36919 67689 68093 67491 66035
Investimento brasileiro 
direto
-7067 -20457 10084 -11588 1029 2821 3495 3540
Investimento estrangeiro 
direto
34585 45058 25949 48506 66660 65272 63996 62495
Investimentos em carteira 48390 1133 50283 63011 35311 8770 25689 30691
Investimento brasileiro em 
carteira
286 1900 4125 -4784 16858 -7764 -8975 -2840
Investimento estrangeiro em
carteira
48104 -767 46159 67795 18453 16534 34664 33531
Derivativos -710 -312 156 -112 3 25 110 -1568
Outros investimentos 13131 2880 -16300 -1024 7805 -5001 -20131 2651
ERROS E OMISSÕES -3152 1804 -347 -3538 -1271 3138 947 3722
RESULTADO DO 
BALANÇO
87484 2969 46651 49101 58637 18900 -5926 10833
HAVERES DA 
AUTORIDADE 
MONETÁRIA (-=aumento)
-87484 -2969 -46651 -49101 -58637-18900 5926 -10833
5. Vantagens/Desvantagens do Regime Cambial
Regime Cambial Fixo
Vantagens  segurança
Desvantagens  IPN > IPRM (necessidade de desvalorização 
em intervalos cada vez menores). Não se pode utilizar a 
oferta de moeda como instrumento de política econômica.
Regime Cambial Flexível/Flutuante
Vantagens  assegura o equilíbrio automático do Balanço de 
Pagamentos e desonera o BACEN da tarefa de assegurar a 
estabilidade cambial. O BACEN pode utilizar a oferta de 
moeda como instrumento de Política Econômica .
Desvantagens  especulação de capitais internacionais 
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PEL = 1) Saldo credor dos empréstimos contraídos pelo país no exterior (principal menos amortizações 
pagas)
2) (-) Saldo credor dos empréstimos concedidos pelo país no exterior (principal menos 
amortizações recebidas)
3) (+) Investimentos de residentes do exterior no país
4) (-) Investimentos de residentes do país no exterior
5) (-) Saldo das Reservas Internacionais 
6) (=) Passivo Externo Líquido
PASSIVO EXTERNO = 1 + 3
ATIVO EXTERNO = 2 + 4 + 5
DÍVIDA EXTERNA BRUTA = 1
DÍVIDA EXTERNA LÍQUIDA = 1 - 5
PEL = PE - AE
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6. Exercícios
1). Quais as funções do mercado de câmbio?
2). Através dos comportamentos da oferta e da demanda por divisas
estrangeiras, estabeleça relações que expliquem a valorização e a
desvalorização cambial.
3). Através dos seguintes pontos, o que acontece com a taxa cambial
se:
a) a oferta e a procura permanecem invariáveis
b) a oferta aumenta e a procura permanece estável ou diminui;
c) a procura diminui e a oferta também diminui, porém em
proporção menor.
d) a procura aumenta e a oferta permanece estável ou diminui;
e) a oferta e a procura diminuem em iguais proporções.
5. Exercícios
4). Explique o que influencia as exportações e qual a relação da taxa
cambial com esta.
5). Consideremos dois países, Estados Unidos e Inglaterra. Em uma
época qualquer, que será tomada como o período base, o nível
geral dos preços nos dois países será igual a 100; a taxa cambial
no mercado americano é de £1,00 = US$2,00. Suponhamos, agora,
que em um período seguinte, o nível geral de preços dos Estados
Unidos eleve-se para 200, enquanto que na Inglaterra continua
fixado em 100. Qual deveria ser o novo valor da libra esterlina no
mercado americano, considerando a fórmula da correção da taxa
cambial?
6). Qual a diferença entre taxa de câmbio fixo e flutuante?
Noções de Crescimento e 
Desenvolvimento 
Econômico
Economia 
Prof. Ângelo

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