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Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 1 de 39 AULA 0 (demonstrativa): LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA SUMÁRIO PÁGINA 1. APRESENTAÇÃO 2 2. CRONOGRAMA DAS AULAS E CONTEÚDO DA MATÉRIA 2 3. ATUALIZAÇÃO DA LOJ (IMPORTANTE!) 3 4. FÓRUM DE DÚVIDAS 5 5. AULA DEMONSTRATIVA 5 6. INTRODUÇÃO 5 7. NATUREZA HÍBRIDA DA JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL 6 8. ESQUEMA BÁSICO DO PODER JUDICIÁRIO 7 9. NUNCA DIGAM ISTO! 8 10. DETALHAMENTO DA JUSTIÇA DE PRIMEIRO GRAU 9 11. ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO DF E DOS TERRITÓRIOS 13 12. COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA DO DF E DOS TERRITÓRIOS 13 13. CONSELHO ESPECIAL 14 14. TJDFT 15 15. ÓRGÃOS DE DIREÇÃO DO TRIBUNAL 16 16. SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE 16 17. SUBSTITUIÇÃO DE DESEMBARGADORES 18 18. RESTRIÇÃO DE ASSENTOS 18 19. DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL 18 20. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL (JURÍDICA) 19 21. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TJDFT (ADMINISTRATIVA) 22 22. COMPETÊNCIA EM GRAU DE RECURSO 24 23. LEGISLAÇÃO ESTUDADA NA AULA DE HOJE 24 24. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS 28 25. LISTA DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS NA AULA DE HOJE 33 26. GABARITO 35 27. RESUMO DA AULA DE HOJE 36 Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 2 de 39 1. APRESENTAÇÃO Ol@’! Sejam todos muito bem-vindos ao curso! Meu nome é Tatiana Santos. Sou advogada e especialista em ensino à distância. Aqui, no Estratégia Concursos, sou professora de Legislação Específica, Direito Penal e Direito Processual Penal. O nosso foco é o concurso do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios). A banca examinadora é o CESPE e a prova está marcada para o dia 24 de março de 2013. Neste curso vamos estudar a Lei Federal de Organização Judiciária da Justiça no Distrito Federal e Territórios, a Lei 11.697, de 13 de junho de 2008 (teoria e exercícios), para todos os candidatos A TODOS OS CARGOS do presente certame. 2. CRONOGRAMA DAS AULAS E CONTEÚDO DA MATÉRIA Organização Judiciária do DF e Territórios p/ TJDFT Período: de 27/01/2013 a 24/03/2013 Duração: 2 meses Concurso: TJDFT Professora: Tatiana Santos Matéria: Legislação Específica Aula 0 (em 27.01.2013): Introdução, apresentação da Lei 11.697/08, Poder Judiciário (esquema geral), Instâncias, natureza Jurídica da Lei de Organização Judiciária, Estrutura da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, composição do Tribunal, competência do Tribunal. Aula 1 (em 10.02.2013): competência do Tribunal e de seus órgãos internos, atribuições dos membros da direção do Tribunal, dos procedimentos e do julgamento do Tribunal, composição do 1º grau de jurisdição do Distrito Federal, competência das Varas de Direito em geral. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 3 de 39 Aula 2 (em 24.02.2013): competência das Varas de Direito em geral, Justiça Militar do Distrito Federal, Juizados Especiais (referências), dos Juízes de Direito e dos Juízes de Direito Substitutos, das substituições. Aula 3 (em 10.03.2013): do Juiz de Paz; Regime Jurídico dos Magistrados do Distrito Federal: normas gerais, provimento dos cargos, antiguidade, férias, recessos, feriados, ajuda de custo, deveres e sanções; Dos Serviços Auxiliares: classificação, Secretarias, Ofícios Judiciais, Diretores de Secretaria, Oficiais de Justiça, Contadores-partidores, Distribuidores, Depositários Públicos; Dos Serviços Notariais e de Registro no DF; Regime Jurídico dos Servidores da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, provimento dos cargos; disposições gerais e finais da lei. 3. ATUALIZAÇÃO DA LOJ (IMPORTANTE!) Prezados alunos, tenho uma informação muito importante para passar para vocês. Fiz um levantamento do edital do concurso anterior e cheguei à seguinte conclusão. Vejam! Repare a data em que o edital do concurso anterior foi publicado: Agora vejam que o edital anterior cobrou dos candidatos a Lei de Organização Judiciária. Reparem que foi cobrado dos candidatos a ANTIGA LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA! Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 4 de 39 A LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA PARA ESTE CONCURSO, VALE DIZER, PARA O CONCURSO ATUAL, DE 2013, NÃO É A LEI 8.185/91 E SIM A LEI 11.697/08 !!! ENTÃO, CUIDADO PARA NÃO ESTUDAR EM MATERIAL DESATUALIZADO! CUIDADO, TAMBÉM, AO ESTUDAR PROVAS ANTERIORES, OU DO CONCURSO ANTERIOR. A Atual Lei de Organização Judiciária do Distrito Federal e Territórios REVOGOU EXPRESSAMENTE E TOTALMENTE A LEI ANTERIOR. Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos LEI Nº 11.697, DE 13 DE JUNHO DE 2008. Dispõe sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios e revoga as Leis n os 6.750, de 10 de dezembro de 1979, 8.185, de 14 de maio de 1991, 8.407, de 10 de janeiro de 1992, e 10.801, de 10 de dezembro de 2003, exceto na parte em que instituíram e regularam o funcionamento dos serviços notariais e de registro no Distrito Federal. Neste edital, o edital ATUAL, a nossa matéria é a ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS (Lei nº 11.697/2008 e alterações). **** Outra observação decorrente da informação passada diz respeito às questões e exercícios que vamos desenvolver, pois serão apenas e tão-somente inspiradas em provas anteriores, com a devida atualização, é claro. Manteremos o estilo da questão, conforme a banca examinadora, mas com as devidas e necessárias atualizações. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 5 de 39 4. FÓRUM DE DÚVIDAS Prezados alunos, parte importantíssima do processo ensino- aprendizagem nos cursos à distância consiste na interação professor- aluno. Aproveite a ferramenta que o Estratégia Concursos coloca à sua disposição para você tirar suas dúvidas da matéria: é uma linha direta com a professora. Participe do fórum! Mesmo que você não tenha alguma dúvida, invente uma! Crie! Revise! Discuta! Estou à sua disposição para lhe atender da melhor forma possível e com a maior brevidade possível. Vamos conversar sobre a matéria nos fóruns do Estratégia, ok? 5. AULA DEMONSTRATIVA Os objetivos da aula demonstrativa são os seguintes: 1) iniciar os estudos da matéria e 2) servir de modelo para que você veja o “jeitão” do como as demais aulas serão disponibilizadas. Bons estudos! Abraço grande! Professora Tatiana Santos. 6. INTRODUÇÃO A Lei de Organização Judiciária (Lei 11.697/08) é norma federal, decorrente de determinação constitucional, pois está escrito no art. 21, inciso XIII, da Lei Maior que compete à União organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Públicoe a Defensoria Pública do Distrito Federal e dos Territórios. Compete à União... ORGANIZAR A JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL... Por meio da edição da LOJ – a Lei 11.697/08. MANTER FINANCEIRAMENTE A JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL... Por meio de repasses de verbas orçamentárias ao TJDFT. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 6 de 39 7. NATUREZA HÍBRIDA DA JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL O que é ser “híbrido”? É ser “misturado”. Sim! A Justiça no Distrito Federal e nos Territórios é misturada. Como assim? Em parte a Justiça no DF é federal e em parte é estadual. Veja: JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL PARTE FEDERAL PARTE ESTADUAL A Justiça no Distrito Federal é “federal” no que diz respeito à sua Lei de Organização Judiciária e no que diz respeito ao seu orçamento. A Justiça no Distrito Federal é “estadual” no que diz respeito à sua competência, à nomenclatura de seus membros e órgãos. E ATENÇÃO!... O DISTRITO FEDERAL, ENQUANTO PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO INTERNO, NÃO TEM PODER JUDICIÁRIO. A JUSTIÇA QUE ESTÁ AQUI NÃO É DAQUI. A JUSTIÇA NO DISTRITO FEDERAL ATUA, É CLARO, NOS LIMITES GEOGRÁFICOS DO DISTRITO FEDERAL, ONDE A SUA JURISDIÇÃO ALCANÇA, MAS A JUSTIÇA QUE ESTÁ E ATUA AQUI É DA UNIÃO. NESSE SENTIDO, OS JUÍZES (MAGISTRADOS) E SERVIDORES QUE LÁ ATUAM SÃO CONSIDERADOS “FEDERAIS” PARA TODOS OS EFEITOS LEGAIS. CONSEQUENTEMENTE, OS SERVIDORES QUE TRABALHAM NA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL SÃO REGIDOS PELA LEI FEDERAL N. 8.112/90 QUANTO AOS SEUS DIREITOS, DEVERES E OBRIGAÇÕES!... Prezados alunos, eu posso provar para vocês que o Distrito Federal, internamente, de “per si”, não tem Poder Judiciário. Está escrito na Lei Orgânica do DF (uma espécie de “Constituição Estadual”), no art. 53, que são Poderes do Distrito Federal o Executivo e o Legislativo. Nada é dito quanto ao Judiciário. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 7 de 39 8. ESQUEMA BÁSICO DO PODER JUDICIÁRIO Queridos, observem atentamente o seguinte esquema: O Poder Judiciário no Brasil tem “4 níveis”. Cada “nível” é chamado de “instância”. Em especial, a primeira instância (o primeiro nível) pode ser chamado também de 1º grau. A segunda instância (o segundo nível) pode ser chamado também de 2º grau. No 1º grau de jurisdição, na “justiça do tipo estadual” atuam os Juízes de Direito e os Juízes de Direito Substitutos. No 2º grau de jurisdição, na “justiça do tipo estadual” atuam os tribunais de justiça. No nosso caso, é o TJDFT. ATENÇÃO!... NO CONTEXTO DA JUSTIÇA ESTADUAL... Quais são os órgãos jurisdicionais de 2ª instância (2º grau)? Os TRIBUNAIS DE JUSTIÇA! Quais são os órgãos jurisdicionais de 1ª instância (1º grau)? São os Juízes de Direito e os Juízes de Direito Substitutos. CONCLUSÃO... TRIBUNAL ≠ JUIZ DE DIREITO (E JUIZ SUBSTITUTO) INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA Aqui atua o STF INSTÂNCIA SUPERIOR Aqui estão os tribunais superiores A Segunda Instância da Justiça no DF A LOJ 2ª INSTÂNCIA (2º GRAU) é regida pelo Regimento Interno do DISCIPLINA Aqui atua o TJDFT TJDFT. A JUSTIÇA DE SEGUNDA E DE Esse nível da Justiça PRIMEIRA 1ª INSTÂNCIA (1º GRAU) é regido pelo INSTÂNCIAS Aqui atua o Juiz de Direito PROVIMENTO GERAL DA NO CORREGEDORIA. DISTRITO FEDERAL Poder Judiciário Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 8 de 39 Prezados alunos, na primeira instância temos os Juízes de Direito e os Juízes de Direito Substitutos. Na segunda instância temos o Tribunal de Justiça, composto por Desembargadores. Por sua vez, o Tribunal de Justiça é formado por Desembargadores (isso na Justiça Estadual, como é o nosso caso, sob certo ângulo). 9. NUNCA DIGAM ISTO! Eu vejo muita gente confundindo as estações! São raros os que têm cuidado de definir rigorosamente os termos. Por isso, nunca digam que o Tribunal de Justiça é formado por 2 instâncias! NÃO!... NÃO É ISSO!... O TRIBUNAL ESTÁ NA SEGUNDA INSTÂNCIA. O CERTO É DIZER QUE A JUSTIÇA ESTADUAL É FORMADA POR DUAS INSTÂNCIAS!... NA SEGUNDA INSTÂNCIA ESTÁ O TRIBUNAL E NA PRIMEIRA INSTÂNCIA ESTÃO OS JUÍZES DE DIREITO (E OS JUÍZES DE DIREITO SUBSTITUTOS). É B E M S I M P L E S: SEGUNDA INSTÂNCIA = TRIBUNAL PRIMEIRA INSTÂNCIA = JUIZ DE DIREITO PRONTO!... O servidor público que trabalha, por exemplo, na 1ª Vara Cível da Circunscrição Judiciária Especial de Brasília NÃO TRABALHA NO TRIBUNAL. Ele trabalha num órgão de primeira instância. Por sua vez, o servidor público que trabalha, por exemplo, no gabinete de Desembargador, aí sim, trabalha no Tribunal, pois o tribunal é órgão de segunda instância. Fisicamente, o prédio do Tribunal (TJDFT) encontra-se no Palácio da Justiça, no Eixo Monumental, em Brasília-DF. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 9 de 39 10. DETALHAMENTO DA JUSTIÇA DE PRIMEIRO GRAU Do ponto de vista estrutural, a justiça no Distrito Federal é igual à justiça dos Estados. A questão é que o DF não é Estado e no DF não há municípios. Daí algumas nomenclaturas serem diferentes. Por exemplo: o que a Justiça Estadual nos Estados chama de “comarca”, nós aqui do Distrito Federal chamamos de “circunscrição judiciária”. Pessoal, veja você mesmo uma informação que retirei do sítio do TJDFT: Circunscrições e Regiões Administrativas Atualmente, a Justiça de primeiro grau encontra-se à disposição da população em várias Regiões Administrativas do Distrito Federal. As Circunscrições Judiciárias do Guará, Itapoã, Águas Claras e Recanto das Emas, criadas pela Resolução 14/2010, ainda não dispõem de um Fórum de Justiça. Assim, até a implantação dessas circunscrições, as respectivas áreas de jurisdição permanecerão vinculadas às circunscrições definidas pelas Resoluções 004/2008 e 002/2012. Acompanhem, na relação abaixo, as atuais circunscrições judiciárias instaladas e as áreas de competência de cada Fórum (Resoluções 004/2008, 13/2009 e 002/2012 e Portaria Conjunta 52/2008). CIRCUNSCRIÇÃO REGIÃO ADMINISTRATIVA ATENDIDA BRASÍLIA RA I BRASÍLIA RA X GUARÁ *veja observação abaixo RA XI CRUZEIRO RA XVI LAGO SUL RA XVIII LAGO NORTE RA XXII SUDOESTE/OCTOGONAL RA XXIII VARJÃO RA XXV SCIA - SETOR COMPLEMENTAR DE INDÚSTRIA E ABASTECIMENTO RA XXVII JARDIM BOTÂNICO RA XXIX SIA - SETOR DE INDÚSTRIA E ABASTECIMENTO Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 10 de 39 TAGUATINGA RA III TAGUATINGA RA XX ÁGUAS CLARAS RA XXX VICENTE PIRES GAMA RA II GAMA SOBRADINHO RA V SOBRADINHO RA XXVI SOBRADINHO II RA XXXI FERCAL PLANALTINA RA VI PLANALTINA BRAZLÂNDIA RA IV BRAZLÂNDIA CEILÂNDIA RA IX CEILÂNDIASAMAMBAIA RA XII SAMAMBAIA RA XV RECANTO DAS EMAS PARANOÁ RA VII PARANOÁ RA XXVIII ITAPOÃ SANTA MARIA RA XIII SANTA MARIA SÃO SEBASTIÃO RA XIV SÃO SEBASTIÃO NÚCLEO BANDEIRANTE RA VIII NÚCLEO BANDEIRANTE RA XIX CANDANGOLÂNDIA RA XXIV PARK WAY RIACHO FUNDO RA XVII RIACHO FUNDO I RA XXI RIACHO FUNDO II (*) OBSERVAÇÃO: Mesmo não havendo Fórum, existem dois Juizados Especiais instalados na Região Administrativa do Guará. Os Juizados Especiais do Guará atendem as seguintes Regiões Administrativas: RA X – Guará RA XXV – Setor Complementar de Indústria e Abastecimento/Estrutural – SCIA RA XXIX – Setor de Indústria e Abastecimento – SIA Então, hoje, na Justiça do Distrito Federal de 1º Grau, temos as seguintes Circunscrições Judiciárias: Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 11 de 39 1. BRASÍLIA 2. TAGUATINGA 3. GAMA 4. SOBRADINHO 5. PLANALTINA 6. BRAZLÂNDIA 7. CEILÂNDIA 8. SAMAMBAIA 9. PARANOÁ 10. SANTA MARIA 11. SÃO SEBASTIÃO 12. NÚCLEO BANDEIRANTE 13. RIACHO FUNDO Em cada circunscrição dessas que citamos acima há uma sede. A sede da circunscrição fica num prédio, chamado de fórum. Olha só a foto dos fóruns do Distrito Federal: Então, é assim: em cada circunscrição judiciária há um prédio, chamado de fórum e que representa o local físico da sede dessa circunscrição judiciária. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 12 de 39 Dentro do prédio, há setores administrativos e jurídicos. A “parte jurídica” do prédio é feito de Varas de Direito. Cada sala, onde atua um Juiz de Direito Titular e um Juiz de Direito Substituto, se chama de Vara de Direito. Dentro da Vara de Direito, temos o Gabinete do Juiz, a sala da assessoria jurídica do Juiz, a Secretaria de Vara (também chamada de cartório judicial) e a Sala de Audiências. A autoridade máxima da Vara de Direito é o Juiz Titular. Abaixo dele, há o chefe da Secretaria, chamado de Diretor de Secretaria (também conhecido por “Escrivão”). O Fórum tem uma parte administrativa e uma parte “jurídica”. Na parte jurídica encontram-se as Varas de Direito. As Varas de Direito têm as seguintes partes. Veja: PARTE PARTE ADMINISTRATIVA JUDICIAL DO FÓRUM DO FÓRUM O PRÉDIO-SEDE DE CADA CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA É O FÓRUM VARA VARA VARA VARA VARA VARA VARA Gabinete Sala de do Audiências JUIZ Diretor de Secrataria (Escrivão) Assessoria do Juiz Secretaria da Vara ou... Cartório Judicial Balcão de Atendimento VARA DE DIREITO Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 13 de 39 11. ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO DF E DOS TERRITÓRIOS A Lei 11.697/2008 organiza a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e regula o funcionamento dos seus serviços auxiliares, dos seus servidores e da estrutura dos serviços notariais e de registro. O que a lei chama de “serviços auxiliares”, nós entendemos como sendo serviços administrativos e de apoio à atividade jurisdicional. A atividade administrativa é chamada de “atividade-meio” e ocorre tanto no Tribunal (órgão jurisdicional de segunda instância) como nas Varas de Direito, estrutura de primeira instância. A atividade específica do juiz chamamos de “atividade-fim”. É a atividade jurisdicional. É a atividade onde o juiz julga os processos a ele distribuídos. PODER JUDICIÁRIO PARTE JURÍDICA ATIVIDADE FIM JULGAMENTO DOS PROCESSOS PARTE ADMINISTRATIVA ATIVIDADE MEIO SERVIÇOS AUXILIARES DE APOIO ADMINISTRATIVO Os serviços notariais e de registro são os serviços dos cartórios extrajudiciais, onde fazemos autenticações de documentos, registro de nascimento, de casamento, óbito, compra de imóveis etc. 12. COMPOSIÇÃO DA JUSTIÇA DO DF E DOS TERRITÓRIOS Compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: I – o Tribunal de Justiça (órgão de segunda instância); II – o Conselho Especial (órgão de segunda instância); III – o Conselho da Magistratura (órgão de segunda instância); IV – os Tribunais do Júri (apesar do nome “tribunal”, o Tribunal do Júri é órgão de primeira instância); V – os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios (órgãos de primeira instância); Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 14 de 39 VI – os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal (órgãos de primeira instância); VII – a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar (órgão de primeira instância). A competência dos magistrados, em geral, fixar-se-á pela distribuição dos processos, alternada e obrigatória, na forma da lei. Na hora em que um processo é distribuído (“sorteado”) a um juiz, o juiz (Desembargador ou Juiz de Direito) fixa sua competência. 13. CONSELHO ESPECIAL A existência do “Conselho Especial” na segunda instância da Justiça no DF decorre de determinação constitucional. Está escrito na Constituição da República, no seu art. 93: XI - nos tribunais com número superior a vinte e cinco julgadores, poderá ser constituído órgão especial [também chamado de “Conselho Especial”], com o mínimo de onze e o máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) Esse é justamente o caso do TJDFT, pois, em face de determinação da Lei 12.434, de 2011, o Tribunal tem hoje 40 membros (Desembargadores). Por isso, encontra-se na regra do art. 93, XI, da CF. No Regimento Interno do TJDFT está escrito assim: Art. 6º O Conselho Especial, constituído de dezessete desembargadores, respeitada a representação de advogados e de membros do Ministério Público, e presidido pelo Presidente do Tribunal, é integrado: I – pelos nove desembargadores mais antigos, entre eles o Presidente do Tribunal, o Vice-Presidente e o Corregedor da Justiça; II – por oito desembargadores eleitos pelo Tribunal Pleno. §1º As vagas por antiguidade serão providas pelos membros mais antigos do Pleno, nas respectivas classes, mediante ato do Presidente do Tribunal. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 15 de 39 §2º A eleição prevista no inciso II será realizada em votação secreta do Pleno, e a apresentação das candidaturas ocorrerá no início da sessão convocada para essa finalidade. Nas vagas destinadas ao quinto constitucional, será atendida a alternância determinada no art. 100, §2º, da Lei Orgânica da Magistratura Nacional. §3º Será eleito o desembargador que obtiver maioria simples dos votos dos membros integrantes do Tribunal Pleno. No caso de empate, prevalecerá odesembargador mais antigo no Tribunal. §4º Serão considerados suplentes, na ordem decrescente da votação, os membros não eleitos; na falta destes, observar-se-á a antiguidade. §5º Até que seja editado novo Estatuto da Magistratura, o mandato dos membros eleitos será de dois anos, admitida uma recondução. “Historicamente”, o Conselho Especial, na Constituição da República chamado de “Órgão Especial”, veio pela Emenda Constitucional n. 45, de 2004, em harmonia com a ideia do “princípio da celeridade”. Os Tribunais que têm mais de 25 membros são considerados “grandes” e isso causava lentidão no julgamento dos feitos (dos processos) nos respectivos Plenários. Quando o Plenário se reúne, reúnem-se todos os membros de um Tribunal. Cada processo julgado precisa do voto de cada um dos membros do tribunal. Cada membro pode votar e fundamentar o seu voto, o que tornava o julgamento dos processos judiciais muito lento. Aí o poder constituinte derivado pensou em “reduzir o Plenário”. Assim, por exemplo, o Plenário do TJDFT tem 40 membros. O Conselho Especial do TJDFT tem 17 membros. As competências jurídicas do Pleno do TJDFT foram “transferidas” ao Conselho Especial. Assim, agora, os processos mais complexos são julgados por um número menor de desembargadores, tornado o julgamento de cada processo mais rápido. 14. TJDFT O Tribunal de Justiça, com sede na Capital Federal, compõe-se de 40 (quarenta) desembargadores e exerce sua jurisdição no Distrito Federal e nos Territórios. A sede do Tribunal é o seu “domicílio político”. Repare que na LOJ é dito claramente que a sede é na Capital Federal. Se na sua prova vier uma Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 16 de 39 questão dessa questão, conforme a LOJ, responda que a sede do TJDFT é na capital federal. Mas, se nada for dito nesse sentido, pode responder que a sede do TJDFT é em Brasília, pois o art. 18, §1º, da CF diz que Brasília é a capital federal. Isso é importante, pois isso prova que nós não temos TJDFT em Taguatinga. Não temos um TJDFT no Gama. Não temos um TJDFT na Ceilândia. O TJDFT ESTÁ EM BRASÍLIA. 15. ÓRGÃOS DE DIREÇÃO DO TRIBUNAL Os órgãos de direção do Tribunal são: o Presidente, os dois Vices e o Corregedor. O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos por seus pares (seus colegas), na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional - LOMAM, para um período de 2 (dois) anos (mandato), vedada a reeleição (para o mesmo cargo, no período subsequente, no ciclo regimental). Em linhas gerais, um Desembargador pode ficar até 4 anos na Direção do Tribunal, exceto se o Desembargador for só Presidente. Então, um Desembargador pode ser, por exemplo, Corregedor (2 anos) e 2º Vice-Presidente (2 anos). Pronto! Ficou os 4 anos nos órgãos de Direção. Não pode ser mais eleito, enquanto não girar o ciclo regimental. Outro exemplo: um Desembargador pode ser Corregedor e Presidente OU 2º Vice e 1º Vice OU 1º Vice e Presidente... O fato é que poderá ficar 4 anos nos órgãos de Direção. Se um Desembargador for só PRESIDENTE (2 anos), NESSE CASO, NÃO PODE SER MAIS OUTRA COISA NO CICLO REGIMENTAL. 16. SOLUÇÃO DE CONTINUIDADE Sim, é obvio que os órgãos de direção não podem ficar vagos. Nesse caso, a LOJ nos traz o que chamamos de “solução de continuidade” para o caso de vacância definitiva de um de seus cargos. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 17 de 39 Vagando os cargos de Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes ou Corregedor, realizar-se-á nova eleição para completar o mandato, salvo se faltarem menos de 6 (seis) meses para o seu término, caso em que a substituição do Presidente será feita pelo Primeiro e Segundo Vice- Presidentes, sucessivamente, e a destes ou do corregedor pelo desembargador mais antigo, observado o disposto no parágrafo único do art. 102 da Lei Complementar no 35, de 14 de março de 1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional. A LOMAN, no seu art. 102 e seu parágrafo único, diz o seguinte: Art. 102 - Os Tribunais, pela maioria dos seus membros efetivos, por votação secreta, elegerão dentre seus Juízes (magistrados) mais antigos, em número correspondente ao dos cargos de direção, os titulares destes, com mandato por dois anos, proibida a reeleição para o mesmo cargo. Quem tiver exercido quaisquer cargos de direção por quatro anos, ou o de Presidente, não figurará mais entre os elegíveis, até que se esgotem todos os nomes, na ordem de antiguidade (esse é o ciclo regimental). É obrigatória a aceitação do cargo, salvo recusa manifestada e aceita antes da eleição. Parágrafo único - O disposto neste artigo não se aplica ao Juiz (magistrado) eleito, para completar período de mandato inferior a um ano. Então, se um Desembargador for eleito para completar o mandato de seu sucessor (mandato tampão) por, por exemplo, 10 meses, poderá ser Presidente nas próximas eleições, sem problema. Vamos fazer um quadro-resumo para visualizarmos a regra contida na LOJ: Vacância definitiva do... (FALTANDO 6 MESES PARA FINALIZAR O MANDATO...): Quem substitui? Presidente 1º e 2º Vice, sucessivamente... 1º Vice Desembargador mais antigo 2º Vice Desembargador mais antigo Corregedor Desembargador mais antigo Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 18 de 39 17. SUBSTITUIÇÃO DE DESEMBARGADORES A substituição de desembargador processar-se-á na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno. A convocação de juízes de primeiro grau para compor o Tribunal far-se-á dentre os Juízes de Direito do Distrito Federal, nos termos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno. 18. RESTRIÇÃO DE ASSENTOS Não poderão ter assento na mesma Turma ou Câmara do Tribunal de Justiça desembargadores cônjuges ou parentes em linha reta ou colateral, inclusive por afinidade, até o 3º (terceiro) grau. Os graus de parentesco podem ser em linha reta ou colateral. Em linha reta ascendente os graus podem ser pais, avós, bisavós. Em linha reta descendente podem ser filhos, netos e bisnetos. O parentesco colateral pode ser irmão, tio, sobrinho. O mesmo raciocínio se aplica ao cônjuge. Por exemplo: a mãe do meu marido é minha mãe também, para os efeitos legais. O irmão de meu marido é meu irmão também, para os efeitos legais e assim por diante. 19. DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL Essa é uma área importantíssima da matéria. O CESPE sempre cobra alguma coisa sobre competência de órgãos. Há muitos termos técnicos e detalhes fundamentais. Para iniciarmos, observe o seguinte esquema: Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 19 de 39 Queridos, existem processos que entram no Tribunal em grau de recurso, ou seja, processos que começam sua tramitação na primeira instância e sobem para o tribunal, via recurso. Agora, existem, também, processosque entram diretamente no Tribunal. É a competência originária. Nesse caso, o processo “nasce” diretamente no segundo grau, entra diretamente no Tribunal. A competência originária pode, ainda, ser de natureza jurídica e de natureza administrativa. 20. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TRIBUNAL (JURÍDICA) Compete ao Tribunal de Justiça: Processar e julgar ORIGINARIAMENTE: Nos crimes comuns e de responsabilidade, os Governadores dos Territórios, o Vice-Governador do Distrito Federal e os Secretários dos Governos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (NÃO ESTÁ AQUI O GOVERNADOR DO DF, MAS TODOS AS DEMAIS AUTORIDADES DO ALTO ESCALÃO DO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS, SIM!) COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA TJDFT COMPETÊNCIA EM GRAU DE RECURSO JUIZ DE DIREITO Poder Judiciário Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 20 de 39 Lembre-se de que as competências, nesses casos, já “nascem” diretamente no TJDFT. Não passam pela primeira instância. Os casos são entrada diretamente no Tribunal. Nos crimes comuns, os Deputados Distritais, e nestes e nos de responsabilidade, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; (REPARE QUE AS AUTORIDADES DO LEGISLATIVO NÃO RESPONDEM POR CRIME DE RESPONSABILIDADE NO TJDFT) Os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Presidente do Tribunal e de qualquer de seus órgãos e membros, do Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dos Juízes do Distrito Federal e dos Territórios, do Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios, do Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal e de qualquer de seus membros, do Procurador-Geral do Distrito Federal e dos Secretários de Governo do Distrito Federal e dos Territórios; Os habeas corpus, quando o constrangimento apontado provier de ato de qualquer das autoridades indicadas no item anterior, exceto o Governador do Distrito Federal; Os mandados de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade do Distrito Federal, quer da administração direta, quer da indireta; Os conflitos de competência entre órgãos do próprio Tribunal (quando ocorre dúvida a respeito de qual órgão jurisdicional é o corretamente competente para processar e julgar a causa); As ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados (essas ações têm por objetivo desconstituir, desfazer, a coisa julgada se houver alguma falha prevista em lei) – a coisa julgada é a decisão que transitou em julgado...; Os pedidos de uniformização de sua jurisprudência; Os embargos infringentes de seus julgados (esses embargos têm por objetivo rejulgar uma causa, dentro do próprio Tribunal, se a primeira decisão colegiada não foi unânime); Os embargos declaratórios a seus acórdãos (esses embargos têm por objetivo esclarecer a redação de uma decisão nas hipóteses em que a redação da Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 21 de 39 decisão seja eventualmente contraditória, obscura ou incompleta); As reclamações formuladas pelas partes e pelo Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contra ato ou omissão de juiz de que não caiba recurso ou que, importando em erro de procedimento, possa causar dano irreparável ou de difícil reparação; As representações por indignidade para o Oficialato da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dos Territórios; A ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica; A ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica (temos aqui um sistema de controle de constitucionalidade de lei originariamente no TJDFT em face da Lei Orgânica do DF). Queridos, observem com cuidado o quadro acima. Nos dois primeiros tópicos, nós chamamos de competência “ratione personae”, ou seja, em razão da pessoa. CUIDADO! Para que uma pessoa seja julgada originariamente no TJDFT, há que se ter em mente que o problema é de natureza penal ou “de responsabilidade”. Só a competência penal que gera a responsabilidade originária do TJDFT. E a hipótese de competência por prerrogativa de função. TODAS AS AUTORIDADES DO ALTO ESCALÃO DO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL, NO EXECUTIVO E NO LEGISLATIVO E DO PRÓPRIO JUDICIÁRIO ESTÃO SUJEITOS À COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA “RATIONE PERSONAE” DO TJDFT, EXCETO O GOVERNADOR DO DF. ATENÇÃO!... Repare que o Governador do DF não está na lista de competências originárias do TJDFT, pois o seu foro por prerrogativa de função nas hipóteses penais é o STJ (Superior Tribunal de Justiça). Governador de Território está sujeito à competência do TJDFT. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 22 de 39 FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO no TJDFT AUTORIDADES DO PODER EXECUTIVO AUTORIDADES DO PODER LEGISLATIVO RESPONDEM POR CRIME COMUM E DE RESPONSABILIDADE RESPONDEM APENAS POR CRIME COMUM. Também compete ORIGINARIAMENTE AO TJDFT: Julgar as arguições de suspeição e impedimento opostas aos magistrados e ao Procurador-Geral de Justiça; Julgar a exceção da verdade nos casos de crime contra a honra em que o querelante tenha direito a foro por prerrogativa da função; Julgar os recursos das decisões dos membros do Tribunal nos casos previstos nas leis de processo e em seu Regimento Interno (esses aqui são os recursos originários); Executar as decisões que proferir, nas causas de sua competência originária, podendo delegar aos juízes de primeiro grau a prática de atos não decisórios. 21. COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO TJDFT (ADMINISTRATIVA) Segue a lista de competências originárias e de natureza administrativa do TJDFT. Então, compete ao TJDFT: Aplicar as sanções disciplinares aos magistrados; decidir, para efeito de aposentadoria, sobre sua incapacidade física ou mental, bem como quanto à disponibilidade e à remoção compulsória de Juiz de Direito (abre-se aqui um processo administrativo sujeito ao principio do devido processo legal, onde é dada à parte interessada ampla defesa e possibilidade de contraditório); Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 23 de 39 Aplicar pena de demissão ou perda da delegação, se for o caso, aos integrantes dos serviços auxiliares da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (mediante o devido processo administrativo disciplinar, assegurado ao acusado ampla defesa e contraditório); Decidir sobre a perda de posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças; Elaborar lista tríplice para o preenchimento das vagas correspondentes ao quinto reservadoaos advogados e membros do Ministério Público, bem como para a escolha dos advogados que devem integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (lembre-se que é o Tribunal de Justiça que indica os advogados para a composição do Tribunal Eleitoral); Eleger os desembargadores e juízes de direito que devam integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal; Indicar ao Presidente do Tribunal o juiz que deva ser promovido por antiguidade ou merecimento e autorizar permutas; Indicar ao Presidente do Tribunal os juízes que devam compor as Turmas Recursais dos Juizados Especiais (as Turmas Recursais são uma espécie de segunda instância dos Juizados); Promover o pedido de Intervenção Federal no Distrito Federal ou nos Territórios, de ofício ou mediante provocação; Elaborar o Regimento Interno do Tribunal (ESSA É UMA COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA-NORMATIVA. É competência indelegável...); Aprovar o Regimento Administrativo da Secretaria e da Corregedoria; Organizar os serviços auxiliares, provendo os cargos, na forma da lei (essa é a parte administrativa interna do Tribunal); Decidir sobre matéria administrativa pertinente à organização e ao funcionamento da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; Organizar e realizar os concursos para o ingresso na Magistratura do Distrito Federal e dos Territórios; Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 24 de 39 Organizar e realizar concursos públicos para provimento dos cargos do Quadro do Tribunal de Justiça; Organizar e realizar concursos públicos para o exercício da atividade notarial e de registro; Dispor sobre normas e critérios para o concurso de remoção dos notários e oficiais de registro; Propor ao Congresso Nacional o Regimento de Custas das Serventias Judiciais e dos Serviços Notariais e de Registro a viger no Distrito Federal e Territórios; Designar, sem prejuízo de suas funções, até 2 (dois) Juízes de Direito para Assistentes da Presidência do Tribunal e até 4 (quatro) Juízes de Direito para Assistentes do Corregedor de Justiça, a eles podendo ser delegadas funções correicionais em cartórios judiciais e Serviços Notariais e de Registro. Convém lembrar que a competência normativa se sujeita à regra do art. 13 da Lei 9.784/99 segundo a qual a atribuição é INDELEGÁVEL. 22. COMPETÊNCIA EM GRAU DE RECURSO Compete ao TJDFT julgar os recursos e remessas de ofício relativos a decisões proferidas pelos Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios. Como exemplo, posso citar aqui a competência do Tribunal para julgar as apelações das sentenças dos juízes de primeiro grau. A remessa de ofício é uma espécie de apelação. Ocorre quando a Fazenda Pública é sucumbente no primeiro grau. Então, haverá remessa de ofício quando a Fazenda Pública do DF perde uma ação no primeiro grau. Antes de pagar algo ao particular, o caso deve ser, necessariamente, revisado pelo Tribunal. 23. LEGISLAÇÃO ESTUDADA NA AULA DE HOJE Presidência da República Casa Civil Subchefia para Assuntos Jurídicos Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 25 de 39 LEI Nº 11.697, DE 13 DE JUNHO DE 2008. Dispõe sobre a organização judiciária do Distrito Federal e dos Territórios e revoga as Leis nos 6.750, de 10 de dezembro de 1979, 8.185, de 14 de maio de 1991, 8.407, de 10 de janeiro de 1992, e 10.801, de 10 de dezembro de 2003, exceto na parte em que instituíram e regularam o funcionamento dos serviços notariais e de registro no Distrito Federal. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LIVRO I DA ESTRUTURA DA JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS TÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1o Esta Lei organiza a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios e regula o funcionamento dos seus serviços auxiliares, dos seus servidores e da estrutura dos serviços notariais e de registro. Art. 2o Compõem a Justiça do Distrito Federal e dos Territórios: I – o Tribunal de Justiça; II – o Conselho Especial; III – o Conselho da Magistratura; IV – os Tribunais do Júri; V – os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios; VI – os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal; VII – a Auditoria e o Conselho de Justiça Militar. Art. 3o A competência dos magistrados, em geral, fixar-se-á pela distribuição dos feitos, alternada e obrigatória, na forma da lei. TÍTULO II DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS CAPÍTULO I DA COMPOSIÇÃO DO TRIBUNAL Art. 4o O Tribunal de Justiça, com sede na Capital Federal, compõe-se de 40 (quarenta) desembargadores e exerce sua jurisdição no Distrito Federal e nos Territórios. (Redação dada pela Lei nº 12.434, de 2011) Art. 5o O Presidente, o Primeiro Vice-Presidente, o Segundo Vice-Presidente e o Corregedor serão eleitos por seus pares, na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional - LOMAM, para um período de 2 (dois) anos, vedada a reeleição. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 26 de 39 § 1o Vagando os cargos de Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes ou Corregedor, realizar-se-á nova eleição para completar o mandato, salvo se faltarem menos de 6 (seis) meses para o seu término, caso em que a substituição do Presidente será feita pelo Primeiro e Segundo Vice-Presidentes, sucessivamente, e a destes ou do corregedor pelo desembargador mais antigo, observado o disposto no parágrafo único do art. 102 da Lei Complementar no 35, de 14 de março de 1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional. § 2o A eleição do Segundo Vice-Presidente proceder-se-á somente quando da composição total do número de desembargadores definido no art. 4o desta Lei. Art. 6o A substituição de desembargador processar-se-á na forma da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno. Parágrafo único. A convocação de juízes far-se-á dentre os Juízes de Direito do Distrito Federal, nos termos da Lei Orgânica da Magistratura Nacional e do Regimento Interno. Art. 7o Não poderão ter assento na mesma Turma ou Câmara do Tribunal de Justiça desembargadores cônjuges ou parentes em linha reta ou colateral, inclusive por afinidade, até o 3o (terceiro) grau. CAPÍTULO II Seção I Da Competência Art. 8o Compete ao Tribunal de Justiça: I – processar e julgar originariamente: a) nos crimes comuns e de responsabilidade, os Governadores dos Territórios, o Vice-Governador do Distrito Federal e os Secretários dos Governos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; b) nos crimes comuns, os Deputados Distritais, e nestes e nos de responsabilidade, os Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios, os Juízes de Direito Substitutos do Distrito Federal e dos Territórios, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral; c) os mandados de segurança e os habeas data contra atos do Presidente do Tribunal e de qualquer de seus órgãos e membros, do Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, dos Juízesdo Distrito Federal e dos Territórios, do Governador do Distrito Federal, dos Governadores dos Territórios, do Presidente do Tribunal de Contas do Distrito Federal e de qualquer de seus membros, do Procurador-Geral do Distrito Federal e dos Secretários de Governo do Distrito Federal e dos Territórios; d) os habeas corpus, quando o constrangimento apontado provier de ato de qualquer das autoridades indicadas na alínea c deste inciso, exceto o Governador do Distrito Federal; e) os mandados de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição de órgão, entidade ou autoridade do Distrito Federal, quer da administração direta, quer da indireta; f) os conflitos de competência entre órgãos do próprio Tribunal; g) as ações rescisórias e as revisões criminais de seus julgados; Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 27 de 39 h) os pedidos de uniformização de sua jurisprudência; i) os embargos infringentes de seus julgados; j) os embargos declaratórios a seus acórdãos; l) as reclamações formuladas pelas partes e pelo Ministério Público, no prazo de 5 (cinco) dias, contra ato ou omissão de juiz de que não caiba recurso ou que, importando em erro de procedimento, possa causar dano irreparável ou de difícil reparação; m) as representações por indignidade para o Oficialato da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dos Territórios; n) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica; o) a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo do Distrito Federal em face de sua Lei Orgânica; II – julgar as arguições de suspeição e impedimento opostas aos magistrados e ao Procurador-Geral de Justiça; III – julgar os recursos e remessas de ofício relativos a decisões proferidas pelos Juízes de Direito do Distrito Federal e dos Territórios; IV – julgar a exceção da verdade nos casos de crime contra a honra em que o querelante tenha direito a foro por prerrogativa da função; V – julgar os recursos das decisões dos membros do Tribunal nos casos previstos nas leis de processo e em seu Regimento Interno; VI – executar as decisões que proferir, nas causas de sua competência originária, podendo delegar aos juízes de primeiro grau a prática de atos não decisórios; VII – aplicar as sanções disciplinares aos magistrados; decidir, para efeito de aposentadoria, sobre sua incapacidade física ou mental, bem como quanto à disponibilidade e à remoção compulsória de Juiz de Direito; VIII – aplicar pena de demissão ou perda da delegação, se for o caso, aos integrantes dos serviços auxiliares da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; IX – decidir sobre a perda de posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças; X – elaborar lista tríplice para o preenchimento das vagas correspondentes ao quinto reservado aos advogados e membros do Ministério Público, bem como para a escolha dos advogados que devem integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, observado o disposto no inciso III do art. 120 da Constituição Federal; XI – eleger os desembargadores e juízes de direito que devam integrar o Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal; XII – indicar ao Presidente do Tribunal o juiz que deva ser promovido por antiguidade ou merecimento e autorizar permutas; XIII – indicar ao Presidente do Tribunal os juízes que devam compor as Turmas Recursais; XIV – promover o pedido de Intervenção Federal no Distrito Federal ou nos Territórios, de ofício ou mediante provocação; Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 28 de 39 XV – elaborar o Regimento Interno do Tribunal; XVI – aprovar o Regimento Administrativo da Secretaria e da Corregedoria; XVII – organizar os serviços auxiliares, provendo os cargos, na forma da lei; XVIII – decidir sobre matéria administrativa pertinente à organização e ao funcionamento da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios; XIX – organizar e realizar os concursos para o ingresso na Magistratura do Distrito Federal e dos Territórios; XX – organizar e realizar concursos públicos para provimento dos cargos do Quadro do Tribunal de Justiça; XXI – organizar e realizar concursos públicos para o exercício da atividade notarial e de registro; XXII – dispor sobre normas e critérios para o concurso de remoção dos notários e oficiais de registro; XXIII – propor ao Congresso Nacional o Regimento de Custas das Serventias Judiciais e dos Serviços Notariais e de Registro a viger no Distrito Federal e Territórios; XXIV – designar, sem prejuízo de suas funções, até 2 (dois) Juízes de Direito para Assistentes da Presidência do Tribunal e até 4 (quatro) Juízes de Direito para Assistentes do Corregedor de Justiça, a eles podendo ser delegadas funções correicionais em cartórios judiciais e Serviços Notariais e de Registro. 24. DAS QUESTÕES GABARITADAS E COMENTADAS 1. Roberto e Paula ocupam, respectivamente, os cargos de vice- presidente e corregedora do TJDFT. Nessa situação, se faltarem menos de 6 meses para o término dos mandatos e houver vacância do cargo de vice-presidente, este será substituído por Paula. (CESPE, TJDFT, Analista Judiciário área administrativa, 2008) Comentários: Aplica-se nesta questão a seguinte regra: Vagando os cargos de Presidente, Primeiro e Segundo Vice-Presidentes ou Corregedor, realizar-se-á nova eleição para completar o mandato, salvo se faltarem menos de 6 (seis) meses para o seu término, caso em que a substituição do Presidente será feita pelo Primeiro e Segundo Vice-Presidentes, sucessivamente, e a destes ou do corregedor pelo desembargador mais antigo, observado o disposto no parágrafo único do art. 102 da Lei Complementar no 35, de 14 de março de 1979 – Lei Orgânica da Magistratura Nacional. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 29 de 39 Repare que esta questão, do concurso anterior, não citou que tipo de Vice-Presidente. Não sabemos se a substituição é do 1º ou do 2º Vices. Mas vamos tentar aproveitar a questão. Roberto = Vice. Paula = Corregedora. Vacância menos de 6 meses da Vice. Quem substitui? SOLUÇÃO = deve substituir Roberto o Desembargador mais antigo do Tribunal (que não seja do órgão de direção). Gabarito: ERRADO. 2. Conforme dispõe a lei em apreço, para cada região administrativa do DF corresponde uma área de jurisdição das circunscrições judiciárias do DF. (CESPE, TJDFT, Analista Judiciário área administrativa, 2008) Comentários: Na verdade, a circunscrição judiciária não corresponde exatamente a 1 região administrativa do DF. Em outras palavras, não podemos dizer que para cada região administrativa do DF há 1 circunscrição judiciária. Não!... A CIRCUNSCRIÇÃO JUDICIÁRIA abrange, na regra, a área física geográfica de mais de 1 região administrativa. Esse vocabulário é próprio da realidade do DF. Mas, para você fazer ligações com a matéria, a circunscrição judiciária é como se fosse uma “comarca” e a região administrativa é como se fosse um “município”. No DF NÃO EXISTEM COMARCASE MUNICÍPIOS, mas escrevi assim apenas para compararmos os termos. Então, na realidade, uma comarca abrange mais de 1 município. Aqui no DF dizemos a mesma coisa da seguinte forma: 1 circunscrição judiciária abrange mais de 1 região administrativa (na regra, pois há exceções). Gabarito: ERRADO. 3. Juliano, nomeado para o cargo de secretário do governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é do Conselho Especial. (CESPE, TJDFT, Técnico Judiciário área administrativa, 2008) Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 30 de 39 Comentários: A competência original do TJDFT em face de um fato-crime é “ratione personae”, isto é, em razão da pessoa e, no caso acima, à consideração de que Juliano é Secretário de Estado do Governo do DF, a competência é do TJDFT, pois o Secretário de Estado tem foro por prerrogativa de função. No popular, o povão chama isso de “foro privilegiado” (esse termo não seu usa tecnicamente!... o correto é dizer “foro por prerrogativa de função”!)... Como as competências jurídicas do Pleno foram delegadas ao Conselho Especial, a questão está correta. Gabarito: CERTO. 4. Uma lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais criou nova região administrativa, pelo desmembramento de região já existente. Nessa situação, a nova região permanecerá sob a área de jurisdição da circunscrição judiciária da qual tiver sido desmembrada. (CESPE, TJDFT, Técnico Judiciário área administrativa, 2008) Comentários: O item está certo, pois o “mapa” geográfico do Distrito Federal não altera o “mapa” jurídico da Justiça no DF. O “mapa” jurídico da Justiça do DF é definido pela LOJ (lei federal). O DF não tem competência para alterar o “mapa” jurídico da justiça no DF. Gabarito: CERTO. 5. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios tem jurisdição no Distrito Federal, mas recebe verbas federais, via convênio, da União. Comentários: As verbas federais que o TJDFT recebe vêm diretamente da União, por determinação constitucional. Nada, na lei, é dito a respeito de um convênio para o repasse dessas verbas. Gabarito: ERRADO. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 31 de 39 6. Quanto à natureza de sua jurisdição, o TJDFT é órgão federal do Poder Judiciário. Comentários: Na verdade, o TJDFT, quanto à natureza da sua jurisdição, é órgão estadual. Gabarito: ERRADO. 7. João, na faculdade, noticia ao seu colega, com muita satisfação, que agora trabalha no TJDFT, pois acabara de tomar posse. Pedro, ao lhe perguntar onde exatamente está trabalhando, ouviu de João que ele foi lotado na 2º Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Taguatinga. Pedro corrigiu o colega dizendo-lhe que ele não trabalha no TJDFT. Pedro está com razão ao afirmar isso. Comentários: Sim, Pedro está com a razão sim, pois se João trabalha no Fórum de Taguatinga, então ele não trabalha no TJDFT. Não podemos confundir TJDFT com a primeira instância. A 2º Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Taguatinga é estrutura de 1º Instância. O TJDFT é órgão de segunda instância. São coisas totalmente diferentes. Gabarito: CERTO. 8. Ao criar o Conselho Especial, a Emenda Constitucional 45, de 2004, teve a intenção de ampliar a estrutura do TJDFT, pois o Conselho Especial tem as mesmas competências do Plenário do Tribunal. Comentários: Na verdade, o Conselho Especial recebeu, por delegação, as competências jurídicas do Plenário. Recebeu, também, algumas poucas competências administrativas do Plenário. O fato é que o Conselho Especial não tem as mesmas competências do Plenário. Depois que o Plenário passa as suas competências para o Conselho Especial, o Plenário não assume mais tais competências. Na prática, hoje, o Plenário é mais administrativo e o Conselho Especial é mais jurídico, Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 32 de 39 nos termos legais. Gabarito: ERRADO. 9. Todos os Desembargadores que assumem os órgãos de Direção do TJDFT poderão ficar, no máximo, por dois mandatos, o equivalente a 4 anos de atuação nesses órgãos, salvo se substitui o colega, na direção, por período menor do que 1 ano, nos termos da lei. Comentários: O erro da questão está em generalizar a regra, pois o que foi dito no comando desta questão não se aplica ao Presidente do Tribunal. Um Desembargador que assumir só a Presidência do TJDFT não pode ficar 4 anos no poder. O Desembargador que ficar só na Presidência, em princípio, só pode ficar 2 anos no poder, salvo se substituiu colega, na presidência, por período inferior a 1 ano. Nesse caso, o tempo de substituição menor de 1 ano não impede o Desembargador a assumir a Presidência. Gabarito: ERRADO. 10. Faltando 3 meses para terminar o seu mandato, vamos supor que o 1º Vice do Tribunal teve que se aposentar, deixando, inclusive, o cargo de direção definitivamente vago. Nesse caso, a solução de continuidade não está no procedimento de substituição da 1ª Vice-Presidência pela 2ª Vice. Comentários: O item está certo, pois, nesse caso, terminar o mandato de seu antecessor, será deslocado para a 1ª Vice o desembargador mais antigo do Tribunal. Gabarito: CERTO. 11. Compete ao TJDFT, em grau de recurso, processar e julgar mandado de segurança com ato do Procurador-Geral da Justiça Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 33 de 39 do DF. Comentários: Atenção! Essa competência não é em grau de recurso e sim uma competência originária!... Gabarito: ERRADO. 12. Se dado constrangimento, sanável por habeas corpus, for praticado pelo Governador do DF, o julgamento deste remédio constitucional não é da competência originária do TJDFT. Comentários: O habeas corpus, nesse caso, deverá ser julgado pelo STJ. Gabarito: CERTO. 13. Compete originariamente ao TJDFT o julgamento da constitucionalidade de lei ou ato normativo da Câmara Legislativa do DF em face da Constituição Federal. Comentários: Se o ato impugnado for questionado em face da Constituição Federal, a competência para o julgamento da ação direta de inconstitucionalidade é do STF e não do TJDFT. Gabarito: ERRADO. 25. LISTA DAS QUESTÕES DESENVOLVIDAS NA AULA DE HOJE 1. Roberto e Paula ocupam, respectivamente, os cargos de vice- presidente e corregedora do TJDFT. Nessa situação, se faltarem menos de 6 meses para o término dos mandatos e houver vacância do cargo Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santoswww.estrategiaconcursos.com.br 34 de 39 de vice-presidente, este será substituído por Paula. (CESPE, TJDFT, Analista Judiciário área administrativa, 2008) 2. Conforme dispõe a lei em apreço, para cada região administrativa do DF corresponde uma área de jurisdição das circunscrições judiciárias do DF. (CESPE, TJDFT, Analista Judiciário área administrativa, 2008) 3. Juliano, nomeado para o cargo de secretário do governo do Distrito Federal (DF), foi acusado da prática de crime de porte ilegal de arma. Nessa situação, a competência para processá-lo e julgá-lo é do Conselho Especial. (CESPE, TJDFT, Técnico Judiciário área administrativa, 2008) 4. Uma lei aprovada pela maioria absoluta dos deputados distritais criou nova região administrativa, pelo desmembramento de região já existente. Nessa situação, a nova região permanecerá sob a área de jurisdição da circunscrição judiciária da qual tiver sido desmembrada. (CESPE, TJDFT, Técnico Judiciário área administrativa, 2008) 5. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios tem jurisdição no Distrito Federal, mas recebe verbas federais, via convênio, da União. 6. Quanto à natureza de sua jurisdição, o TJDFT é órgão federal do Poder Judiciário. 7. João, na faculdade, noticia ao seu colega, com muita satisfação, que agora trabalha no TJDFT, pois acabara de tomar posse. Pedro, ao lhe perguntar onde exatamente está trabalhando, ouviu de João que ele foi lotado na 2º Vara Cível da Circunscrição Judiciária de Taguatinga. Pedro corrigiu o colega dizendo-lhe que ele não trabalha no TJDFT. Pedro está com razão ao afirmar isso. Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 35 de 39 8. Ao criar o Conselho Especial, a Emenda Constitucional 45, de 2004, teve a intenção de ampliar a estrutura do TJDFT, pois o Conselho Especial tem as mesmas competências do Plenário do Tribunal. 9. Todos os Desembargadores que assumem os órgãos de Direção do TJDFT poderão ficar, no máximo, por dois mandatos, o equivalente a 4 anos de atuação nesses órgãos, salvo se substitui o colega, na direção, por período menor do que 1 ano, nos termos da lei. 10. Faltando 3 meses para terminar o seu mandato, vamos supor que o 1º Vice do Tribunal teve que se aposentar, deixando, inclusive, o cargo de direção definitivamente vago. Nesse caso, a solução de continuidade não está no procedimento de substituição da 1ª Vice-Presidência pela 2ª Vice. 11. Compete ao TJDFT, em grau de recurso, processar e julgar mandado de segurança com ato do Procurador-Geral da Justiça do DF. 12. Se dado constrangimento, sanável por habeas corpus, for praticado pelo Governador do DF, o julgamento deste remédio constitucional não é da competência originária do TJDFT. 13. Compete originariamente ao TJDFT o julgamento da constitucionalidade de lei ou ato normativo da Câmara Legislativa do DF em face da Constituição Federal. 26. GABARITO 1 ERRADO Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 36 de 39 2 ERRADO 3 CERTO 4 CERTO 5 ERRADO 6 ERRADO 7 CERTO 8 ERRADO 9 ERRADO 10 CERTO 11 ERRADO 12 CERTO 13 ERRADO 27. RESUMO DA AULA DE HOJE A matéria do curso é a Lei de Organização Judiciária da Justiça do Distrito Federal – Lei 11.697/08; O curso da LOJ atende a todos os candidatos do atual certame; Teremos, ao todo, 4 aulas (aula 0 – demo + 3 aulas); Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 37 de 39 A atual LOJ não foi cobrada no concurso anterior e, por isso, a matéria e as provas anteriores devem ser atualizadas; É importantíssimo que os alunos participem dos fóruns; A LOJ é norma federal, de iniciativa da União, por determinação constitucional (art. 21, XIII, da CF); Compete à União organizar e manter a Justiça no Distrito Federal; A justiça no Distrito Federal é híbrida, pois, em parte, é federal e em parte é estadual; Quanto à Lei de Organização e o orçamento, a Justiça no DF é federal e, da mesma forma, o regime jurídico dos juízes e servidores; Quanto à competência, a Justiça no DF é estadual; O DF não tem Poder Judiciário, pois o Poder Judiciário que está aqui, não é daqui; O Poder Judiciário, como um todo, possui 4 níveis de atuação da sua jurisdição; A justiça estadual, quanto à sua competência, tem duas instâncias; Os órgãos jurisdicionais de primeira instância são os Juízes de Direito e os Juízes de Direito Substitutos; Os órgãos jurisdicionais de segunda instância são os Tribunais de Justiça, formados por Desembargadores; O Regimento Interno do TJDFT é a norma de regência da segunda instância; O Provimento-Geral da Corregedoria é norma de regência da primeira instância; A Lei de Organização Judiciária é norma de regência mais ampla e refere-se tanto à primeira como à segunda instâncias; A primeira instância é dividida em áreas de atuação dos Juízes de Direito, chamadas de “Circunscrição Judiciária”; Cada Circunscrição Judiciária abrange a área de 1 ou mais Regiões Administrativas; Lei de Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 38 de 39 Cada Circunscrição Judiciária tem uma sede; A sede da Circunscrição Judiciária fica num prédio chamado Fórum; Dentro do Fórum há setores administrativos e judiciários; Os setores judiciários dos Fóruns são formados por salas chamadas de Varas de Direito; As Varas de Direito são divididas, basicamente, em: gabinete do juiz, secretaria da Vara e sala de audiências; O Conselho Especial foi criado no TJDFT por determinação constitucional e representa o órgão que recebe, por delegação, as competências jurídicas do Plenário do TJDFT; O TJDFT, órgão jurisdicional de segunda instância (segundo grau), tem sede da Capital Federal e é composto por 40 Desembargadores; São órgãos de Direção do TJDFT: Presidente, 1º Vice-Presidente, 2º Vice-Presidente, Corregedor-Geral de Justiça; Na regra, os Desembargadores ficam 4 anos nos órgãos de Direção, exceto se o Desembargador assumir unicamente a Presidência, pois, nesse caso, não poderá assumir outro cargo de direção; Nas ausências definitivas dos órgãos de direção, a solução de continuidade dar-se-á por novas eleições, salvo se faltarem 6 meses para o término do mandato... nesse caso, o Presidente é substituído pelo 1º ou 2º Vice. Os Vices e o Corregedor serão substituídos pelos Desembargadores mais antigos da Casa; Parentes até o 3º grau não podem ter assento na mesma Turma ou Câmara do Tribunal; As competências do Tribunal são originárias ou em grau de recurso; As competências do Tribunal podem ser administrativas ou jurídicas. **** Despeço-me de todos com um abraço grande!... Bons estudos!... Obrigada por sua presença nesta aula! Espero ver você na próxima aula e nos fóruns, combinado? Professora Tatiana Santos. Leide Organização Judiciária do TJDFT Teoria e exercícios – todos os cargos Professora Tatiana Santos – aula 0 Prof.Tatiana Santos www.estrategiaconcursos.com.br 39 de 39 PS: ACOMPANHE OS ARTIGOS QUE PUBLICO A RESPEITO DOS TEMAS DO NOSSO CURSO!
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