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Gabarito da AP2 2015.1 de Legislação Social Profa. Verônica Wander Bastos 1) Resposta: O contrato de trabalho pode ser: bilateral: decorre da livre manifestação de vontade das partes; oneroso: o empregador deve pagar ao menos um salário mínimo ao empregado, a prestação de serviço é realizada mediante salário; de direito privado: a relação entre empregado e empregador tem origem no Direito Civil, no princípio da autonomia da vontade, sendo a liberdade de contratar e de estabelecerem seus próprios regulamentos limitada pelas normas trabalhistas; comutativo: deve existir equilíbrio e equivalência entre a prestação de trabalho e a contraprestação dos serviços; consensual: o contrato de trabalho não é solene, pois a lei não exige forma especial para sua validade, salvo algumas exceções, bastando o consentimento das partes tácito ou expresso para o contrato gerar seus efeitos; sinalagmático: é um contrato bilateral onde cada parte se obriga a uma prestação; de trato sucessivo: não se esgota com a realização de um único ato singular, pressupõe continuidade, decorre de uma série de prestações sucessivas, mês após mês, e tem uma execução continuada; subordinação jurídica: estado de dependência real, criada por um direito decorrente do contrato de trabalho; intuitu personae ou caráter personalíssimo: esta característica tem relação com o empregado, isto significa que a prestação de serviço tem que ser prestada pelo empregado, só sendo sua substituição por outrem possível com a aquiescência do empregador. 2) Resposta: A equiparação salarial decorre do princípio da isonomia salarial. Esse princípio é expressão característica da justiça social, pois procura evitar situações de injustiça e de exploração, além de impedir o nepotismo e a discriminação dos empregados. Rita tem o direito à equiparação salarial, uma vez que esta desenvolve a mesma função com o mesmo horário e as mesmas obrigações que Marta. Vale ressaltar ainda, que a empresa deverá devolver a Rita o valor equiparado de todo o tempo de serviço prestado, ou seja, deverá ter seu salário equiparado, desde 2010, devendo receber as diferenças salariais, mês a mês, além de seus recolhimentos fundiários e previdenciários serem regularizados. 3) Resposta: Você deve listar os direitos da funcionária em relação a proteção à maternidade, como por exemplo, licença-gestante de 120 dias, além da estabilidade de 30 dias, após o retorno ao trabalho. A empresa deve, em posse do documento da funcionária, informar ao INSS sobre seu estado gravídico, para que esta faça jus a licença- maternidade, sob pena de ficar responsável pela indenização correspondente ao período de afastamento. As normas de proteção à maternidade são imperativas, não-suscetíveis de disponibilidade, logo, nem mesmo com assentimento da empregada gestante, exige-lhe trabalho durante a licença, sob pena de pagamento de salário e de multa administrativa. 4) Resposta: A rescisão contratual feita pelo empregado em razão de atos faltosos praticados pelo empregador denomina-se dispensa indireta. Consiste na dispensa do empregador por justa causa. Na dispensa indireta devem ser observados os mesmos requisitos da justa causa do empregado, como taxatividade, proporcionalidade, gravidade, causalidade etc. Ocorrendo a dispensa indireta, o empregado terá direito as mesmas verbas rescisórias da dispensa sem justa causa: aviso prévio de no mínimo 30 dias, saldo de salário, 13º salário proporcional, férias vencidas e/ou proporcionais mais 1/3 constitucional, saque do FGTS, multa de 40% sobre os depósitos de FGTS, além das guias de seguro-desemprego para que o trabalhador possa receber o benefício.
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