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Antônia Cristina Jorge 
 
 
 
 
 
 
ENFERMAGEM 
PSICOLOGIA APLICADA AO CUIDADO 
 REVISÃO GERAL 
CONCEITO DE CUIDADO EM SAÚDE 
 É o tratar, o respeitar, o acolher, o atender o ser humano em seu sofrimento 
em grande medida fruto de sua fragilidade social, mas com qualidade e 
resolutividade de seus problemas. 
 É uma atitude interativa que inclui o envolvimento e o relacionamento entre 
as partes, compreendendo acolhimento como escuta do sujeito, respeito 
pelo seu sofrimento e história de vida. 
 É uma ação integral com efeitos e repercussões de interações positivas 
entre usuários, profissionais e instituições, que são traduzidas em atitudes, 
tais como: tratamento digno e respeitoso, com qualidade, acolhimento e 
vínculo. 
BRASIL, 2012 
 
 CONCEPÇÃO 
MODELO BIOMÉDICO 
 Estruturando durante o século XIX, sendo influenciado pelo Paradigma 
Newtoniano-cartesiano. Reduz o processo saúde-doença apenas aos 
aspectos e variáveis biológicas e somáticas, considerando que toda 
doença é causada por um patógeno. 
 A ênfase dada aos fatores físico-químicos, e a desconsideração da 
interferência de outros fatores como, por exemplo, os fatores 
psicológicos e socioculturais no processo saúde-doença, pode ser 
considerada uma abordagem reducionista. 
ROUQUEYROL, 2013 
CONCEITO DE PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 
 CONCEPÇÃO 
MODELO BIOMÉDICO 
 
 O modelo biomédico ainda é vigente na saúde, sendo regido por 
variáveis biológicas que analisam o corpo como uma máquina, através 
da relação causa-efeito, minimizando aspectos sociais, psicológicos e as 
dimensões humanas da doença. 
 É caracterizado por diagnósticos que determinam o modo de tratamento, 
monopolizado pelo médico, no qual se privilegia a doença e não o 
doente. 
 
ROUQUEYROL, 2013 
CONCEITO DE PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 
 CONCEPÇÃO 
MODELO BIOPSICOSSOCIAL 
 O modelo biopsicossocial é um modelo de compreensão do processo 
saúde doença que defende que, para podermos compreender uma 
doença, precisamos ir além da perspectiva restritamente biológica e 
física. É o modelo adotada pela Psicologia. 
“A saúde não deve ser vista somente como a ausência de doenças ou mesmo 
de sintomas físicos desagradáveis. Pois, a saúde deve ser compreendida 
como um estado de completo bem-estar biopsicossocial, envolvendo não 
apenas a dimensão física, mas também as dimensões psicológicas e sociais”. 
 
 
OMS, 2002 
CONCEITO DE PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
 A doença é multicausal, devendo ser identificados os múltiplos 
fatores determinantes e condicionantes que estão relacionados 
ao processo saúde-doença. 
 Para podermos ter uma compreensão correta de como os 
fatores relacionadas ao estilo de vida influenciam o processo 
saúde-doença e o aumento da incidência das doenças crônicas 
não transmissíveis, precisamos desenvolver uma visão 
multicausal do processo saúde-doença e compreender como os 
fatores biopsicossociais, bem como os aspectos econômicos e 
políticos estão influenciando esse processo. 
CUIDANDO DO CUIDADOR CONCEITO DE PROCESSO SAÚDE DOENÇA 
MODELO BIOPSICOSSOCIAL 
 Respeitar a lógica e os sentimentos 
dos outros; 
 Fazer concessões, das menos 
importantes para as mais 
importantes; 
 Diagnosticar as causas dos 
impasses; 
 Prever saídas para possíveis 
imprevistos; 
 Fazer simulação da negociação 
(na preparação). 
 
Princípios da negociação de conflitos 
COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE 
 
 
 
Estilo Persuasão 
• Caracterizado pelo uso de informação e raciocínio para alcançar os seus 
objetivos. Os comportamentos típicos desse estilo são o de fazer 
sugestões, apresentar propostas, argumentar e justificar a partir de dados 
e fatos. 
Estilo Afirmação 
• O negociador alcança seus objetivos usando assertividade. Normalmente 
faz conhecer seus desejos e expectativas, explica suas condições para 
negociar e emite julgamento de valor sobre o outro. seus comportamentos 
afirmativos extremos, podem trazer perdas. 
Estilo Ligação 
• Caracterizado pelo uso da empatia para compreender os objetivos do 
outro. Os comportamentos típicos desse estilo são o de pedir sugestões e 
opiniões, dando importância a colocações e sentimentos do outro e 
procurando pontos de acordo. 
 
Estilos de negociação 
COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE 
 
 
 
 
Estilo Atração 
• Caracterizado por um conjunto de comportamentos que levam o 
negociador a estimular e motivar o outro, influenciando-o com seu 
próprio comportamento, reconhecendo os seus erros e limitações. Por 
outro lado, enfatiza atributos e qualidades do outro. 
 
Estilo Recuo 
• Caracterizado pela utilização do recuo estratégico quando a 
negociação não está fluindo, em seguida, retoma-se a negociação, 
após analisar cautelosamente os argumentos da outra parte envolvida. 
Busca-se, portanto, a convergência da negociação, através dos recuos 
estratégicos para destensionar o embate e posteriormente retomar a 
negociação. 
Estilos de negociação 
COMUNICAÇÃO PROFISSIONAL PACIENTE 
 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
 A doença é vista pelo indivíduo como uma ameaça do destino. Ela 
modifica a relação do paciente com o mundo e consigo mesmo. 
 Ela afeta o imaginário e o significado existencial da pessoa e a 
percepção que tem de si mesma. 
 Desencadeia uma série de sentimentos como impotência, 
desesperança, desvalorização, temor, apreensão... 
 É uma dolorosa ferida no sentimento de onipotência e de 
imortalidade. 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
A Subjetividade e a pessoa como sujeito do adoecer 
No processo de adoecimento é importante reconhecermos a 
pessoa na sua condição de sujeito que, na tensão das 
subjetividades individual e social, é capaz de produzir sentidos 
subjetivos que lhe permitam avançar em relação a uma 
condição objetiva que muitas vezes a limita. 
Geralmente, quando se representa a pessoa como doente, ela 
não é considerada como alguém capaz de tomar decisões em 
relação ao seu processo de saúde-doença, sendo excluída deste 
processo. 
(GONZÁLEZ REY, 2004) 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
A Subjetividade e a pessoa como sujeito do adoecer 
A pessoa sempre ressignifica a doença, através de suas 
experiências individuais. 
Ela revalida sua identidade diante da doença, através da 
representação que tem de si mesmo, incluindo seu modelo de 
mundo, seu mapa mental, sua história de vida e sua imagem 
corporal. 
A Psicologia considera que toda doença, além de 
apresentar características objetivas (sintomas, etiologia, etc.) 
inevitavelmente também apresenta características subjetivas, 
ou seja, que são singulares e próprias àquela pessoa. 
 
 (BOCK, 2002) 
O que o adoecimento provoca no ser humano? 
 
Modifica a identidade da pessoa. 
Torna a doença muito maior que os sintomas físicos, trazendo 
sofrimento físico e psicológico. 
Faz pensar nas limitações físicas, psicológicas e sociais. 
Faz rever o projeto de vida, revalidando metas a curto e médio prazo. 
Revela a fragilidade da condição humana. 
Traz restrições das possibilidades do existir consigo e com o mundo 
de relações, pois a pessoa deixar de ser produtiva e modifica 
significativamente a sua rotina. 
 
 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
(GONZÁLEZ REY, 2007) 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
A reação psíquica determinada pela experiência com o adoecimento 
e a morte foi descrita por Elisabeth Kubler-Ross como tendo cinco 
estágios: 
1.Negação 
2.Raiva 
3.Barganha 
4.Depressão 
5.Aceitação 
 
Originalmente aplicou esses estágiospara qualquer forma de 
perda pessoal catastrófica, desde a morte de um ente querido até 
um divórcio mal resolvido. 
Pois qualquer mudança pessoal significativa na vida da pessoa que 
envolva perda pode levar a esses estágios. 
(KUBLER-ROSS, 1969) 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Primeiro Estágio: Negação e isolamento 
 
 A Negação e o Isolamento são mecanismos de defesas 
temporários do Ego contra a dor psíquica diante da morte. 
 A intensidade e duração desses mecanismos de defesa dependem 
de como a própria pessoa que sofre e as outras pessoas ao seu 
redor são capazes de lidar com essa dor. 
 A Negação é uma forma de se defender das más notícias, uma 
espécie de para-choque. 
 O paciente pode desconfiar dos exames e da competência dos 
profissionais de saúde. 
 Em geral, a Negação e o Isolamento não persistem por muito 
tempo. 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Segundo Estágio: Raiva 
 
 Por causa da raiva, que surge devido à impossibilidade do Ego manter 
a Negação e o Isolamento, os relacionamentos se tornam 
problemáticos e todo o ambiente é hostilizado pela revolta de quem 
sabe que vai morrer. 
 Junto com a raiva, também surgem sentimentos de revolta, inveja e 
ressentimento. Nessa fase, a dor psíquica do enfrentamento da 
morte se manifesta por atitudes agressivas e de revolta; – porque 
comigo? 
 A revolta pode assumir proporções quase paranóides; “com tanta 
gente ruim pra morrer porque eu, eu que sempre fiz o bem, sempre 
trabalhei e fui honesto”… 
 A raiva muitas vezes se projeta no ambiente, na equipe de saúde e 
nos familiares, tornando difícil lidar com o paciente. 
 É importante, nesse estágio, haver compreensão dos demais sobre a 
angústia transformada em raiva na pessoa que sente interrompidas 
suas atividades de vida pela doença ou pela morte. 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Terceiro Estágio: Barganha 
 
 Havendo deixado de lado a Negação e o Isolamento, “percebendo” 
que a raiva também não resolveu, a pessoa entra no terceiro 
estágio; a barganha. A maioria dessas barganhas é feita com Deus 
e, normalmente, mantidas em segredo. 
 
 Como dificilmente a pessoa tem alguma coisa a oferecer a Deus, 
além de sua vida, e como Este parece estar tomando-a, quer a 
pessoa queira ou não, as barganhas assumem mais as 
características de súplicas. 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Quarto Estágio: Depressão 
 
 A Depressão aparece quando o paciente toma consciência de sua 
debilidade física, quando já não consegue negar suas condições de 
doente, quando as perspectivas da morte são claramente sentidas. 
 
 É o sofrimento e a dor psíquica de quem percebe a realidade nua e 
crua, como ela é realmente, é a consciência plena de que nascemos 
e morremos sozinhos. Aqui a depressão assume um quadro clínico 
mais típico e característico; desânimo, desinteresse, apatia, tristeza, 
choro, etc. 
 Há dois tipos de depressão: A reativa, aflição ao enfrentar a ideia de 
morte; e a preparatória, que aparece no doente crônico com a 
morte simbólica, isto é, as perdas impostas pelo próprio processo de 
adoecimento. 
 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
Quinto Estágio: Aceitação 
 
 Nesse estágio o paciente já não experimenta o desespero e nem 
nega sua realidade. Esse é um momento de repouso e serenidade 
antes da longa viagem. 
 
 É claro que interessa, à psiquiatria e à medicina melhorar a 
qualidade da morte (como sempre tentou fazer em relação à 
qualidade da vida), que o paciente alcance esse estágio de 
aceitação em paz, com dignidade e bem estar emocional. 
 
 Assim ocorrendo, o processo até a morte pôde ser experimentado 
em clima de serenidade por parte do paciente e, pelo lado dos que 
ficam, de conforto, compreensão e colaboração para com o 
paciente. 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
 
A cura da doença e o alívio do sofrimento, desde o nascedouro da 
medicina hipocrática, são aceitos como sendo os objetivos da 
Medicina. 
 
No entanto, enquanto hoje a medicina está até que bem 
aparelhada para combater a dor, no que tange ao lidar com o 
sofrimento encontra-se ainda num estágio bastante rudimentar. 
 
A doença destrói a integridade do corpo, e a dor e o sofrimento 
podem ser fatores de desintegração da unidade da pessoa. 
 
Então qual a diferença entre DOR e SOFRIMENTO? 
 
 
PROCESSO DE ADOECIMENTO X SOFRIMENTO PSÍQUICO 
SOFRIMENTO 
 Ocorre quando existe a possibilidade de uma destruição iminente da 
pessoa, continua até que a ameaça de desintegração passa ou até que 
a integridade da pessoa é restaurada novamente de outra maneira. 
 É uma questão subjetiva e está mais ligado aos valores da pessoa. 
 
DOR 
 A dor refere-se a uma experiência emocional e sensorial desagradável 
associada com dano potencial ou atual de tecidos, descrita em termos 
de tais danos. Existe dois tipos de dor: Aguda e Crônica. 
 A dor aguda tem um início definido de início, sinais físicos objetivos e 
subjetivos e atividade exagerada do sistema nervoso. 
 A dor crônica continua além de um período de seis meses, com o 
sistema nervoso adaptando-se a ela. 
 
OBS: Pode haver dor sem sofrimento e sofrimento sem dor. 
 
 CONCEPÇÃO 
 Política que destaca o aspecto subjetivo constituinte de qualquer ato de 
cuidado, voltando-se para a alteração de modelos de atenção e de gestão. 
 Altera o modo tradicional com que habitualmente se constroem as relações 
entre as instâncias efetuadoras do SUS, buscando uma gestão 
compartilhada. 
 Alteração dos modelos de atenção e de gestão comprometidas com a 
melhoria da qualidade da saúde, tanto para usuários, quanto para 
trabalhadores. 
BRASIL, 2005 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
CONCEPÇÃO DE HUMANIZAÇÃO 
 
“(...) Implica uma mudança na gestão dos sistemas de saúde e seus 
serviços. Essa mudança altera o modo como usuários e trabalhadores da 
área da saúde interagem entre eles e tem como um dos seus principais 
objetivos fornecer um melhor atendimento dos beneficiários e melhores 
condições para os trabalhadores.” 
BRASIL, 2003 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
 A concepção de humanização do atendimento deve buscar assistir o ser 
humano de maneira integral, preocupando-se com o sofrimento físico, a 
angústia e a necessidade espiritual. 
 O atendimento em saúde para ser humanizado deve promover o 
reconhecimento dos direitos, da subjetividade e da cultura do paciente, 
ao mesmo tempo em que buscamos também valorizar o profissional da 
saúde. 
 As ideias centrais de humanização do atendimento na saúde são as de: 
oposição à violência, compreendida como a negação do outro, em sua 
humanidade, necessidade de oferta de atendimento de qualidade, 
articulação dos avanços tecnológicos com acolhimento, melhorias nas 
condições de trabalho do profissional e ampliação do processo de 
comunicação. 
MELLO, 2008 
CONCEPÇÃO DE HUMANIZAÇÃO 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
 As pesquisas de satisfação e insatisfação aplicadas aos usuários dos 
serviços de saúde no país apontam para a grande insatisfação da 
população com o atendimento prestado, e diversas reportagens na mídia 
sobre o “estado da saúde” mostram um triste panorama nas 
organizações de saúde brasileiras. 
 Em muitos momentos o comportamento do profissional de saúde 
considerado desumanizado funciona como um mecanismo de defesa 
involuntário, uma espécie de calosidade profissional, ou seja, uma 
maneira de se distanciar do sofrimento do outro para não sofrer 
também. 
 
BRASIL, 2005 
CONCEPÇÃO DE HUMANIZAÇÃO 
POLITICA NACIONALDE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
 É importante compreender que ao desumanizar o outro, também 
me desumanizo, pois, ao não reconhecê-lo como meu semelhante, 
igualmente faço de mim mesmo algo sem resquícios mínimos de 
humanidade. 
 Muitas vezes testemunhamos nos hospitais brasileiros que a 
pessoa (cliente do serviço de saúde), longe de ser considerada 
humana, tornou-se um mero objeto de intervenções técnicas ou, 
no caso dos hospitais acadêmicos, um objeto de estudo. 
 A desumanização do cuidado em saúde acontece quando os 
profissionais da saúde não reconhecem o paciente como um 
semelhante, ou seja, como uma pessoa igual a ele. 
 
BRASIL, 2005 
CONCEPÇÃO DE HUMANIZAÇÃO 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
 A troca e a construção de saberes; 
 O trabalho em rede com equipes multiprofissionais; 
 A identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes sujeitos 
do campo da saúde; 
 O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e 
municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação das políticas públicas 
de saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como entre gestores, 
trabalhadores e usuários desta rede; 
 O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no 
SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos 
e protagonistas das ações de saúde; 
 Construção de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do 
SUS. 
BRASIL, 2004 
Estratégias propostas pela Política Nacional de Humanização para a 
resolução das dificuldades e desafios do SUS: 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 Valorização da dimensão subjetiva e social em todas as práticas de 
atenção e gestão, fortalecendo/estimulando processos 
integradores e promotores de compromissos/responsabilização. 
 Estímulo a processos comprometidos com a produção de saúde e 
com a produção de sujeitos. 
 Fortalecimento de trabalho em equipe multiprofissional, 
estimulando a transdisciplinaridade e a grupalidade. 
 Atuação em rede com alta conectividade, de modo cooperativo e 
solidário, em conformidade com as diretrizes do SUS. 
 Utilização da informação, da comunicação, da educação 
permanente e dos espaços da gestão na construção de autonomia 
e protagonismo de sujeitos e coletivos. 
 CONCEPÇÃO 
Princípios norteadores 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
Aspectos que dificultam a implantação efetiva de modelos 
humanizados de atendimento e de intervenção em saúde: 
Condições precárias para o exercício profissional e baixa 
remuneração dos profissionais de saúde. 
Hierarquização e centralização da atenção em saúde nos 
profissionais médicos. 
Gestão autoritária. 
 CONCEPÇÃO 
Dificuldades na PNH 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
 A interdisciplinaridade compõe-se por um grupo de disciplinas 
conexas e com objetivos comuns. Ocorre intensa troca entre 
especialistas. Busca o campo unitário do conhecimento, a negação 
e a superação das fronteiras disciplinares, a interação 
propriamente dita. 
 Ela é substituição de uma concepção fragmentada para uma 
concepção integrada do ser humano." 
 Para que possamos compreender como os inúmeros fatores, 
sejam eles biológicos, psicológicos, socioculturais, políticos ou 
econômicos, afetam o processo saúde doença precisamos 
desenvolver uma atitude interdisciplinar. 
 
 
 
 
(LAGE; MONTEIRO, 2007). 
Humanização e o Trabalho Interdisciplinar 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
 
 CONCEPÇÃO 
São características da interdisciplinaridade: 
 
Impõe a cada especialista que transcenda sua própria especialidade, 
tomando consciência de seus próprios limites para acolher as contribuições 
das outras disciplinas. 
Ações conjuntas, integradas e interrelacionadas. 
Compreensão de que os fenômenos que afetam o humano apresentam 
diversas dimensões, uma vez que a realidade é multifacetada. 
Tanto a interdisciplinaridade como a multidisciplinaridade buscam superar 
a fragmentação dos saberes acerca dos fenômenos e da realidade. No 
entanto, na interdisciplinaridade a interação entre as disciplinas é mais 
forte, sendo impregnada por articulações mais profundas entre os 
diferentes elementos participantes. 
 
 
 
 (LAGE; MONTEIRO, 2007). 
Humanização e o Trabalho Interdisciplinar 
POLITICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO (PNH) 
 
“ Cuidado ativo e total para pacientes cuja doença não é responsiva a 
tratamento de cura. Controle da dor, de outros sintomas e de 
problemas psicossociais e espirituais são primordiais. O objetivo do 
Cuidado Paliativo é proporcionar a melhor qualidade de vida possível 
para pacientes e familiares.” 
(OMS, 1986) 
 
“ Cuidado Paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de 
pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a 
continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento. 
Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da 
dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.” 
 
(OMS, 2002) 
Concepção 
CUIDADOS PALIATIVOS 
 O artigo 59 do Código de Ética Médica brasileiro proíbe o 
profissional “Deixar de informar ao paciente o diagnóstico, o 
prognóstico, os riscos e objetivos do tratamento, salvo quando 
a comunicação direta ao mesmo possa provocar-lhe dano, 
devendo, neste caso a comunicação ser feita ao seu 
responsável legal.” 
 
 Princípios relevantes da atenção aos pacientes terminais: 
Veracidade, proporcionalidade terapêutica, duplo efeito, 
prevenção e do Não-abandono. 
 Princípios que regem a atuação da equipe multiprofissional de 
Cuidados Paliativos: 
1. Promover o alívio da dor e de outros sintomas desagradáveis; 
2. Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente 
viver ativamente até o momento da morte. 
 
Quanto à atuação profissional 
CUIDADOS PALIATIVOS 
 O tratamento em Cuidados Paliativos requer uma abordagem global e 
holística do paciente, sendo necessário reunir as competências de 
uma equipe multiprofissional. 
 Os Cuidados Paliativos incluem medidas terapêuticas para o controle 
dos sintomas físicos do paciente, além de intervenções 
psicoterapêuticas e de apoio espiritual, desde o momento do 
diagnóstico até o óbito. 
 Para os familiares, o tratamento em Cuidados Paliativos deve incluir 
apoio social e espiritual, além de intervenções psicoterapêuticas, 
desde o momento do diagnóstico até o período do luto. 
 Para os profissionais da equipe multiprofissional deve ser garantido 
um programa adequado com medidas de sustentação espiritual e de 
psicoterapia, além de educação permanente na área. 
Quanto à atuação profissional 
CUIDADOS PALIATIVOS 
FASES DO PROCESSO DE LUTO 
 A equipe de enfermagem, em contato com o sofrimento, 
vive conflitos sobre como se posicionar frente à dor, que 
nem sempre consegue aliviar. 
 O convívio com a dor, perda e morte traz ao profissional a 
vivência de seus processos internos, sua fragilidade, 
vulnerabilidade, medos e incertezas, que podem gerar um 
processo de adoecimento crônico. 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
COMO OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE REAGEM? 
MECANISMOS DE DEFESA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE 
Mas o que são mecanismos de defesa? 
 
As diversas situações vivenciadas podem desencadear 
sentimentos inconscientes, provocando reações menos 
racionais e objetivas e ativando então os diferentes 
mecanismos de defesa, com a finalidade de proteger o Ego de 
um possível desprazer psíquico, anunciado por esses 
sentimentos de ansiedade, medo, culpa, entre outros. 
 
MECANISMOS DE DEFESA DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE Fragmentação da relação profissional-paciente; 
 Despersonalização e negação da importância da 
pessoa; 
 Distanciamento e negação de sentimentos; 
 Instituição de rotinas e protocolos; 
 Tentativa de eliminar decisões; 
 Reduzir o peso da responsabilidade. 
Síndrome de Burnout 
 
 É um distúrbio psíquico decorrente de um estado de tensão 
emocional e estresse crônico provocados por condições de 
trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. 
 Doença que surge devido ao estresse crônico vivenciado no 
ambiente de trabalho, que tem três componentes 
relacionados: 
Exaustão emocional; 
Despersonalização e; 
Diminuição da realização pessoal. 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
Podem surgir sintomas psicológicos e comportamentais: 
O sintoma típico é a sensação de esgotamento físico, emocional e 
psicológico, que se reflete em atitudes negativas, como ausências 
no trabalho, desinteresse e isolamento. 
Os sintomas somáticos incluem: Exaustão, fadiga, cefaleias, 
distúrbios gastrintestinais, insônia, dispneia, palpitação, pressão 
alta, dores musculares, dificuldade de concentração e lapsos de 
memória. 
Os sintomas psíquicos podem incluir: Mudanças bruscas de 
humor, irritabilidade, agressividade, ansiedade, tristeza, rigidez, 
negativismo, ceticismo, pessimismo, baixa autoestima. 
Há relatos de sentimentos negativos, desconfiança e até 
paranoia. Em mulheres, é comum alterações no ciclo menstrual. 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
CAUSAS 
Podem causar o transtorno: 
Demandas excessivas; 
Grandes jornadas de trabalho; 
Baixa remuneração; 
Contato frequente com o sofrimento e a morte; 
Constante exposição ao risco; 
Conflitos no relacionamento com colegas, pacientes e 
gestores; 
 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
CAUSAS 
Os estressores ocupacionais para enfermeiros estão 
relacionados: 
 À atuação profissional; 
 Ao ambiente de trabalho; 
 À administração de pessoal; 
 Ao relacionamento interpessoal (clientes, familiares e 
demais profissionais); 
 À assistência prestada e; 
 À vida pessoal. 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
Estressores ocupacionais para enfermeiros: 
 
Relacionados à atuação profissional – falta de autonomia; falta de controle 
sobre o trabalho; conflito de papel; ambigüidade de papéis; insatisfação no 
trabalho; rotina e monotonia; falta de oportunidade de crescimento na 
carreira; baixos salários; 
Relacionados ao ambiente de trabalho – reestruturação organizacional; 
falta de suporte organizacional; powerless; sobrecarga de trabalho; poucos 
recursos materiais e humanos; ausência de treinamento para uso de novas 
tecnologias; pressão no tempo; exposição a riscos ocupacionais e a doenças 
infecciosas; 
Relacionados à administração de pessoal – realização de escalas de 
trabalho; absenteísmo dos colaboradores; falta de envolvimento da equipe; 
turnover de enfermeiros e técnicos de enfermagem; número reduzido de 
enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem; 
 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
Estressores ocupacionais para enfermeiros: 
 
Relacionados ao relacionamento interpessoal – conflito com pacientes, 
familiares, colegas e superiores; conflito com equipe médica e de 
enfermagem; violência no local de trabalho; 
 
Relacionados à assistência prestada – lidar com a dor, sofrimento e morte; 
lidar com pacientes gravemente enfermos ou fora de possibilidades 
terapêuticas; lidar com os sentimentos dos pacientes e familiares; 
fragmentação do cuidado; menor tempo de e familiares; fragmentação do 
cuidado; menor tempo de permanência com o paciente; 
 
Relacionados à vida pessoal - trabalho em turnos; rodízio de horário e de 
unidade de trabalho; privação do sono. 
 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
São estratégias de prevenção do transtorno: 
 Manter uma alimentação equilibrada, incluindo alimentos 
naturais, ricos em vitaminas e sais minerais; Praticar atividades 
físicas regularmente; Procurar dormir bem e de forma 
contínua. 
 Melhorar a qualidade de vida; Garantir momentos de 
relaxamento diário; Priorizar momentos de lazer em família e 
com os amigos; Manter interesse pela vida social. 
 Buscar satisfação profissional; Priorizar um ambiente de 
trabalho adequado às necessidades pessoais e profissionais; 
Evitar sobrecarga de trabalho; Ressignificar as atitudes diante 
do trabalho. 
CUIDANDO DO CUIDADOR 
BOA PROVA !!! 
Antônia Cristina Jorge

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