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EDs de Neurofisiologia - 16.1

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Compilação dos ED neurofisiologia
ED 1 - BIOELETROGENESE
Descrever o neurônio em repouso em relação ao aspecto bioelétrico.
O neurônio em repouso possui diferença de cargas internas e externas. Normalmente, a face intracelular é negativa e a externa, positiva, pela diferença de concentrações de Na+ e K+. O potencial de repouso do neurônio seria gerado não só pelo K+, mas também por outros íons. De fato, já sabemos que a membrana é também permeável ao Na+ e ao Cl- porque possui canais abertos para esses íons. As diferenças de permeabilidade entre os íons indicam que há mais canais abertos de K+ no neurônio que canais de Na+ e de Cl-, e é por isso que o potencial de repouso é mais próximo do potencial de equilíbrio do K+ do que do Na+ e do CI-. 
Essa situação de equilíbrio que resulta no potencial de repouso, ocorre em um espaço muito pequeno situado nas proximidades da face externa e da face interna da membrana neurona. O gradiente eletroquímico, entretanto, reflete as diferenças de concentração iônica em todo o volume intracelular e em todo o volume extracelular. Isso significa que os fluxos iônicos transmembranares não se interrompem quando a situação de equilíbrio elétrico é atingida. Esse equilíbrio é dinâmico, e os movimentos iônicos continuam indefinidamente. 
Esse trabalho é devido À ATPase Na+K+. 
2. Em relação ao potencial de ação, conceitue limiar.
Limiar é um nivel crítico de despolarização que, quando atingido, dispara o potencial de ação. Qd o limiar é atingido ocorre a abertura dos canais ionicos dependentes de voltagem.
Outra definição: - potencial da membrana a partir do qual uma despolarização provoca a deflagração de um potencial de ação. É mais baixo na zona de disparo do axônio, o que torna mais fácil e frequente a ocorrência de PAs nessa região.
3. Cite as diferentes fases do Potencial de Ação e explique cada uma delas.
O potencial de ação é o sinal gerado, conduzido e transmitido pelo neurônio e se divide em três fases. Na primeira, quando há estímulo (ex: por meio dos mecanorreceptores) ocorre a abertura dos canais de Na (quando for mecânico, serao os canais de estiramento) e inicia oprocesso de despolarização. Contudo, para haver a propagação dessa despolarização, é necessário atingir o limiar, abrindo os canais de Na volltagem-dependente (VD). Se a despolarizacao for intensa o suficiente pra atingir o limiar, haverá a abertura sequencial dos canais de Na VD.
Pico máximo: inativação dos canais de Na. Diferentemente do estado inativo, que é INSENSÍVEL a variações de voltagem, o fechado é sensível a estas variações.
Na segunda fase, estimulada pela gde quantidade de Na na celula, há a inativaçao dos canais de Na e abertura dos canais de K. Qd abertos, os canais de K permitem a saida deste para o meio extracel, tornando a celula novamente negativa no interior, quando a bomba Na-K transporta Na p fora e K para dentro. Essa é a repolarizaçao.
Por fim, há a hiperpolarização. Sob estímulos inibitórios, a célula deixa o K sair e o Cl- entrar, havendo a diferença de cargas entre o meio int (-) e o ext (+). Isso causa inibição na propagação de potencial de ação. Dura alguns milisegundos e a ddp pode chegar a -90mV.
4. O que é a bomba de Na+/K+ e qual a sua importância para o potencial da membrana neuronal
A ATPase de Na+/K+, apelidada comumente de "bomba de Na+K+" é uma molécula que faz parte de uma classe de proteínas integrais da membrana chamadas transportadores ativos, capazes, de translocar íons e moléculas pequenas de um lado a outro da membrana celular. A bomba é formada por duas subunidades diferentes: uma subunidade catalítica que atravessa a membrana (subunidade a), e uma subunidade glicoproteica reguladora (B). A subunidade a tem sítios intracelulares de ligação para Na+ e para uma molécula de alta energia, o ATP, e sítios extracelulares específicos para o K+. O ATP transfere fosfato para a subunidade a, em presença de Na+. do lado de dentro e de K+ do lado de fora. A energia dessa reação de fosforilação possibilita a exteriorização de três íons Na+, em troca de dois íons K+ levados ao interior do neurônio. Devemos perceber que esses movimentos iônicos se dão contra o gradiente eletroquímico, e por isso precisam da energia química fornecida pelo ATP. Além disso, devemos considerar a relevância da bomba de Na+/K+ como um mecanismo de reposição automática das concentrações iônicas, mutáveis pelo fluxo passivo que ocorre constantemente através dos canais iônicos abertos. Estima-se que a bomba de Na+/K+ consuma cerca de 20 a 40% de toda energia consumida pelo cérebro, o que dá uma medida de sua importância.
IMPORTÂNCIA: estabelecimento do potencial de repouso!!!
ED 2 - TRANSMISSÃO SINÁPTICA
Quais as características gerais da sinapse elétrica?
Ocorrem por meio de junções comunicantes. São importantes para sincronização celular. São estruturalmente mais simples que as químicas e transferem correntes iônicas/pequenas moléculas entre células acopladas por meio de conéxons – estruturas formadas por conexinas. Esses canais iônicos especiais podem gerar poros por onde passarão as espécies iônicas/moléculas, gerando uma transmissão ultrarrápida, transmissão de PA que passa diretamente de uma célula pra outra sem uso de intermediários qupimicos.
A variação de parâmetros metabólicos – como pH e Concentrações de Ca++, ou despolarização da membrana, causa uma reação dos conéxons – modificando sua conformação espacial p/ permitir a passagem da informação. Essas sinapses podem ser bidirecionais.
Quais as características da comunicação pela sinapse química? Descreva tanto as etapas que acontecem na região pré-sináptica quanto na região pós-sináptica.
A sinapse química ocorre por meio da liberação, por parte do neurônio pré-sináptico de neurotransmissores – moléculas de natureza química que, quando lançados à fenda sináptica, encontrarão o receptor correspondente na superfície da membrana pós-sináptica, podendo disparar ou não um PA. Dessa forma, pode disparar dois potenciais: INIBITÓRIOS ou EXCITATÓRIOS.
Na célula pré-sináptica, ocorre a expansão de uma PA, que causa abertura dos canais Ca++ voltagem dependente, bem como seu influxo. O Neurotransmissor dentro da célula pré-sináptica localiza-se numa vesícula e será liberado após o influxo de cálcio. O cálcio causa uma adesão das vesículas sinápticas aos locais de liberação, na membrana pré-sinap. Esse NT será liberado na fenda sináptica. 
Já na célula pós-sináptica, ocorre a abertura dos canais iônicos dos receptores ionotrópicos ou metabotrópicos – isso depende da natureza do NT, se será inibitória ou excitatória. Digamos que esse estímulo seja excitatório (por meio de Na ou Ca, por exemplo). Ocorrerá o influxo de Na pelos canais permeáveis da Na, gerando uma despolarização da célula pós-sináptica e PA da mesma, pois essa entrada de Na é concomitante à saída de K.
Por fim, a terminação: o NT poderá ser degradado, difundido ou absorvido na terminação pré-sináptica, a fim de cessar o estímulo na célula pós sináptica.
Cite duas diferenças importantes entre neurotransmissores clássicos e neuropeptídeos que atuam na sinapse química.
Os neurotransmissores clássicos são compostos por aa ou derivados e são de pequeno tamanho. Sua síntese é a partir dos sistemas enzimáticos nos terminais axônicos ou no corpo celular neuronal. Já os neuropeptídios são maiores e codificados no genoma. Seu mRNA é traduzido no RE, levado ao Golgi e aí sai para a fenda sináptica de forma difusa – não necessariamente direcionado para a fenda. Não são reabsorvidos, como no caso dos NT clássicos. Os neuropeptídios funcionam como neuromoduladores, influenciando a neurotransmissão clássica por meio da estimulação de lib. Dos NT em resposta a um PA (na pré-sináptica) e ainda alterando sua resposta a um neurotransmissor (na pós-sináptica). A última diferença é que os NP têm ação mais lenta em comparação ao NT clássico.
Quais são os 2 tipos de receptores pós-sinápticos e como estes podemdeterminar a geração de um potencial pós-sináptico? Cite exemplos reais ou hipotéticos.
Metabotrópicos: não são canais iônicos. Sua lig. Ao NT gera reações bioquímicas que resultam na abertura indireta dos canais iônicos, onde o receptor pós-sináptico é a proteína G. Esta por sua vez ativa outra proteína efetuadora, responsável por mudar a conformação de canal iônico ou atividade de enzima chave, modificadora do metabolismo neuronal pós-sinmáptico. A comunicação é mais lenta em relação aos ionotrópicos.
Para GABA, o receptor metabotrópico é o GABA b, levando a uma abertura de canais de saída K+. Nessa condição, GABA tem ação inibitória. Em ação excitatória, GABA a permite a abertura de canais de Cl-. A glicina, também de ação inibitória, possui receptores ionotrópicos que permitem a abertura de canais de Cl-.
Ionotrópicos: Podem ser de dois tipos: NMDA e não-NMDA (permitem passagem de Na e K, mas não Ca). 
Os NMDA conduzem Na, K e Ca e são bloqueados por Mg extracelular. O fluxo de cálcio através do canal depende da remoção deste bloqueador, q só é removido quando há despolarização da membrana pós-sináptica. Permitem a recepção à glutamato, excitatório.
Os não-NMDA tem sensibilidade à voltagem e conduzem cálcio.
GABA e Glicina são potenciais inibitórios, mas glicina tem receptores ionotrópicos que levam à abertura dos canais de cloreto.
EXCITATÓRIOS
Glutamato – IONO x METABOTRÓPICO
 NMDA X n-NMDA
 Passagem de Na, K e Ca Passagem de Na e K
INIBITÓRIOS
GABA – iono GABA a x metabo GABA b
Passagem Cl- Abertura de canais p/ K+
Glicina – IONOTRÓPICO
Abertura dos canais de Cl-
O que determina a classificação de um neurotransmissor como excitatório ou inibitório? Cite 2 neurotransmissores, um com ação excitatória e outro inibitória e quais os mecanismos envolvidos.
 Depende da interação do neurotransmissor com seu receptor e o que acontece depois, dentro da célula pós-sináptica, a partir daí.
No caso dos excitatório (como por exemplo, o Glutamato): na célula pós-sináptica, há a ligação do NT ao receptor, induzindo a abertura de canal catiônico e influxo de Na ou Ca, gerando a despolarização da célula pós-sináptica. Já os inibitórios diferem no íon que entra na célula: neste caso, há o influxo de Cl- e a saída de K+, gerando uma hiperpolarização que inibi a propagação do PA. Nesse caso, podemos citar a Glicina e o GABA como inibitórios.
Quais os possíveis mecanismos de término de resposta na comunicação através da sinapse química?
Por três maneiras: degradação enzimática (exemplo: acetilcolina – acetilcolinesterase), receptação na terminação pré-sináptica (por meio de proteínas transportadoras) ou difusão (menos comum). As proteínas de receptação podem ser ATPases, bem como cotransportadores iônicos.
ED 5 - Receptores Sensoriais, Somestesia e Dor
Qualquer informação do meio externo é transformada em sinal elétrico para que possa ser compreendida e processada pelo SNC (Transdução Sensorial). Como se dá essa transformação (escolha um receptor sensorial como exemplo)? De que forma essa informação é codificada?
Escolha uma determinada via somestésica e descreva-a em detalhes sem deixar de mencionar quais as sensibilidades carreadas
Como podemos relacionar a distribuição de receptores sensoriais em diferentes regiões da superfície corporal com as distâncias mínimas para a discriminação de dois pontos? Discuta como isso se relaciona ao mapa cortical correspondente.
Quais são os tipos de nociceptores quanto à energia de estímulo?
Defina dor referida e por que acontece.
ED 6 – Visão
Diferencie os sistemas de Cones e de Bastonetes.
O grupo dos cones possui três tipos diferentes de pigmentos, cada um deles absorvendo preferencialmente uma das três cores primárias. Os bastonetes possuem um único tipo de pigmento - a rodopsina -, cuja maior absorbância situa-se na faixa do verde.
Os cones se concentram na fóvea e preferem operar em condições fotópicas: são eles os receptores da visão cromática. Os bastonetes, ao contrário, têm maior sensibilidade a luzes de baixa intensidade, mas seu único pigmento não lhes permite informar ao cérebro sobre cores.
Diferencie as células ganglionares retinianas M e P.
As ganglionares do tipo P (parvocelular) possuem baixa resolução temporal, alta resolução espacial (campo receptor menor), ou seja, consegue ver com mais detalhes, além de axônios mais finos (gerando velocidade de condução menor).Além disso, há oposição cromática (vermelho-verde, azul-amarelo) e detecção de forma e cor dos objetos.
- LOCALIZA-SE NA FÓVEA
O QUE SÃO CAMPOS RECEPTORES?
Círculos concêntricos onde o centro e a periferia são antagonizados.+ + + +
- - - -
+ + ++
- - - 
-
-
--
Cada olho tem visão contralateral
As ganglionares do tipo M (magnocelular) possuem maior sensibilidade a brilho, alta resolução temporal (movimento), baixa resolução espacial (campo receptor maior). Dendritos de grande dimensão e axônios calibrosos (gerando velocidade condutória maior). Além disso, não detectam cor e forma de objetos.
- LOCALIZAÇÃO PERIFÉRICA
Caracterize as vias sub-corticais das eferências retinianas.
As regiões subcorticais estão relacionadas a ações reflexas
Diferencie as vias corticais de processamento visual.
As duas vias corticais são a via central – envolvida no reconhecimento de objetos (o que?), e a via dorsal – envolvida no trajeto da informação visual para gerar os movimentos. Ou seja, relações espaciais e movimentos (“onde?”)
A via ventral se estende desde o córtex visual primário até o lobo temporal. 
A via dorsal conecta o córtex visual primário ao lobo parietal e então com os lobos frontais.
A via ventral vai pelas células parvocelulares – tipo P, já a dorsal é a das células M.
Comente a organização hierárquico-paralela do processamento visual
A organização paralela está envolvida com as submodalidades que possuem duas vias privadas (Ventral P e dorsal M).
A organização hierárquica está envolvida com os níveis de processamento da informação que a cada nível fica mais complexa. A convergência da atividade de vários fotorreceptores faz com que as células ganglionares tenham propriedades mais complexas.
Vias paralelas estão interligadas compartilhando informações.
ED 7 – Introdução ao Movimento
Diferencie os mecanismos de controle motor compensatório e antecipatório.
Integração sensório-motora: “ao se mover, há esse movimento por uma razão”. Para entender a atividade motora é necessário haver o estudo dos sistemas sensoriais relacionados a ele.
Sinais compensatórios: correção de erros -> circuitos reflexos/automáticos, mais simples;
Sinais antecipatórios: mais fluidos. São mais eficientes que os compensatórios. Corrigem o que está errado antes de executar. ANALOGIA: quanto antes se preparar para uma prova, melhor; preparação enzimática das vísceras do sistema digestório para receber alimento; etc..
Os circuitos são mais sofisticados, envolvendo córtex, cerebelo.
Controle Postural: (compensatório)
Tronco encefálico. 
Num desequilíbrio, esse controle ajudar a tentar se equilibrar. O ANTECIPATÓRIO você sabe que vai frear e se segura em algum lugar. No compensatório, o ato já aconteceu e você está tentando se equilibrar.
Caracterize Unidade Motora.
Menor unidade funcional de controle da musculatura periférica. Quanto maior a unidade motora, menor a precisão de movimentos (EX: quadríceps). Constituída por motoneurônios alfa + fibras musculares inervadas por estes motoneurônios. Há uma co-operação entre a fibra e o neurônio. v
“Ou contrai todas as fibras ou nenhuma contrai”.
Comente as funções motoras da medula.
Reflexos medulares – COMPENSATÓRIOS (retroalimentação negativa)
Movimentos rítmicos (marcha) – circuitos INATOS de flexões/extensões que amadurecem ao longo da vida.
OSCIRCUITOS QUE GERAM REFLEXO MEDULAR SÃO TODOS DA MEDULA. COMO COMPROVAR?
Tirar a comunicação da medula com o resto e assim verificar se há o reflexo medular.
Circuito do reflexo miotático: 
estiramento -> SINAPSE (medula) -> contração muscular e inibição da musculatura antagonista
- único reflexo monossináptico (apenas um neurônio no processo)
FIBRA 1A: aferente. É a fibra mais grossa e mais rápida. Os reflexos proprioceptivos usam as fibras mais rápidas.
- Nesse reflexo, se alguma fibra contrai demais, há a imediata inibição dessa atividade a fim de que todas as demais estejam com a mesma velocidade de contração.
LEI DE DANIEL: Em toda sinapse, o motoneurônio só faz uma função (contrair ou flexionar).
Circuito do reflexo tendíneo:
Sinapse interneurônio inibitório -> relaxamento do motoneurônio.
ORGANIZAÇÃO DO FUSO NO MÚSCULO E TENDÃO
Em série (força) e em paralelo (comprimento).
Quanto maior a tensão, menor a força.
HIERARQUIA:
Os níveis mais “baixos” trabalham e os mais “altos” relaxam.
REFLEXO DOS RECEPTORES NOCICEPTIVOS
Reflexo de retirada. Conecta as duas metades da medula. Flexão muscular.
FUNÇÃO PROTETIVA; evita estimulo nocivo.
- reflexos polissinápticos de forma indireta;
Estimular um nociceptor é estimular musculatura flexora e inibir a extensora – já que esta ultima favoreceria uma resistência à retirada.
Comente as funções motoras do tronco cerebral.
COMO VERIFICAR O CONTROLE POSTURAL A NÍVEL CEREBRAL?
Isolamento do mesencéfalo e verificação da atividade postural.
VIAS DE POSTURA
Tecto Espinhal – origina-se no tecto do mesencéfalo (colículo superior) e termina na medula espinhal em neurônios, através dos quais se ligam aos neurônios motores situados medialmente na coluna anterior, controlando a musculatura axial, ou seja, do tronco, assim como a musculatura proximal dos membros. 
- informação visual. Olhar para um ponto fixo e assim, se concentrar/equilibrar.
EX: Slackline
Retículo-Espinhal – anterior e lateral: Suas fibras originam-se na formação reticular e terminam nos neurônios motores situados na parte medial da coluna anterior da medula espinhal, com funções semelhantes ao tracto vestíbulo-espinhal. 
 - informação proprioceptiva. Saber em que posição está o corpo a fim de manter a postura. Essa atividade é relacionada ao cerebelo.
Sistema Vestibular (vestíbulo-espinhal) - manter a coordenação entre cabeça, olhos e o corpo em equilíbrio, pela postura ereta e pela percepção consciente da orientação espacial e movimento. Quando o sistema vestibular, detecta desequilíbrios através das máculas do gânglio vestibular de Scarpa (parte do labirinto, leva comandos através de neurônios até Ponte de valório e então por medula espinhal até os motoneurônios que controlam músculos flexores e extensores necessários para restabelecer o equilíbrio.
Rubro-Espinhal - facilita o impulso para movimento dos neurônios motores flexores e inibie o impulso para os neurônios motores extensores. Se origina na parte caudal do núcleo rubro, cruza pela Decussação Tegmental Ventral do Mesencéfalo, envia eferências ao núcleo olivarinferior e segue por medula espinhal pelo cordão lateral, encostado com o Trato corticoespinhal lateral, em seu trajeto descendente até as placas motoras flexoras e extensoras. 
Comente a organização hierárquico-paralela do sistema motor.
 1 Medula 2 Tronco Cerebral 3 Córtex
Mov. Rítmicos (MARCHA) Equilibrio do mov. Medular Mov. Motor (VOLUNTÁRIOS) 
 Antecipatório!
EXEMPLO: Numa aula, o professor faz os seguintes movimentos:
1 Marchar enquanto dá aula. Manter o equilíbrio através de uma certa estrutura que está 2 lutando contra a força da gravidade. Enquanto isso, 3 outra estrutura preocupa-se com a fala, escrever no quadro, passar slides, etc.
Comente a participação do cerebelo no controle motor.
O cerebelo é responsável por um aprendizado rápido. Ele permite a adaptabilidade motora a situações cotidianas distintas, como por exemplo, calçar um calçado diferente.
SEQUÊNCIA MOTORA: Córtex.
MODIFICAÇÃO DOS CIRCUITOS COM MAIOR FINEZA: Cerebelo.
EX: Freios em carros diferentes
Uma pessoa que dirige consegue se adaptar a diferenças básicas nos carros graças ao cerebelo! O aprendizado de dirigir foi aprendido, mas a adaptação a pequenas variações dentro do aprendizado é graças ao cerebelo.
ED 8 – Controle Motor
A organização anátomo-funcional do córtex motor é descrita como somatotópica. Explique no que consiste esta organização e como ela pode ser entendida, considerando a realização de movimentos ecologicamente relevantes.
A somatotopia é a correspondência, ponto a ponto, de uma área do corpo em regiões específicas no SNC. O córtex motor primário tem uma representação somatotópica. Dito isso, essa organização está relacionada com movimentos direcionados, ditos ecologicamente relevantes, como: defesa, escalada, extensão de braço p/ alcançar alimento, etc. Ou seja, cada região possui sua especialização com relação a esses movimentos.
A somatotopia do córtex motor é muito influenciada pelas experiências motoras do indivíduo. Explique no que consiste este conceito descrevendo um experimento em que este princípio pode ser observado. 
Quando um indivíduo aprende algo novo, recruta mais áreas corticais para realizar tal ação do que uma pessoa que já pratica tal coisa há mais tempo. Um exemplo é o mapeamento cerebral de jogadores profissionais, de nadadores e pessoas amadoras: cada um possui recrutamento de áreas cerebrais distinto – quanto mais profissional na área, menor recrutamento.
Lesões corticais que comprometem o córtex motor frequentemente resultam em perda significativa do controle motor de mão e punho com menor comprometimento do controle proximal e axial dos movimentos corporais. Com base na projeção de motoneurônios corticais para a medula espinhal, explique porque esta deficiência acontece. 
A área Motora Primária ocupa a parte posterior do giro pré-central. Igualmente ao homúnculo sensitivo, a mão é representada desproporcionalmente, demonstrando que a extensão da representação cortical é proporcional à delicadeza dos movimentos realizados pelos grupos musculares envolvidos. Ou seja, nessa região, há maior representatividade de inervação para mãos e punho – envolvida com controle motor fino.
Motoneurônios da medula espinhal são inervados pelos neurônios motores inferiores, que por sua vez são inervados diretamente por neurônios motores superiores vindo diretamente da decussação piramidal do tronco encefálico. Essa inervação ocorre em músculos das extremidades, de controle motor fino. Ou seja, é por isso q há menor comprometimento axial/movimentos; essas áreas têm menor representação cortical.
~~Os músculos proximais axiais tem inervação bilateral (motoneurônios de um lado podem inervar do outro lado também). Hemisfério que não está lesado consegue compensar o outro que está lesado, devido a um padrão de divergência distinto.
No córtex pré-motor há neurônios com propriedades importantes para o aprendizado motor, denominados neurônios-espelho. Explique no que consistem tais neurônios explicando suas propriedades. 
A propriedade que surge quando um indivíduo, mesmo sem estar fazendo o movimento, consegue disparar seus neurônios responsáveis por dada função apenas pelo processo de observação. Isto foi observado em processos cognitivos, acreditando que estes neurônios podem ter importância na aquisição da linguagem. São observados na região do córtex pré-motor.
ED 9 - Sistema Nervoso Autônomo
Fale sobre os principais componentes do sistema nervoso visceral. Supondo-se uma entrada sensorial e uma saída motora, quais são estes componentes, em que regiões anatômicas são encontrados e quais seus papéis funcionais?Compare sistema nervoso visceral com o sistema nervoso somático, detalhando suas principais diferenças e semelhanças.
O sistema nervoso somático é responsável pela relação entre o corpo e o meio ambiente – constituído por uma parte aferente (sensitiva) e eferente (motora). O SNA também se divide em eferente e aferente – este conduzindo impulsos dos viscerorreceptores (que detectam estado interno do organismo e estão associados a terminações periféricas do neurônio sensorial primário) por fibras sensitivas que penteram o SNC. Já o eferente é responsável pela motricidade visceral e pela secreção glandular. 
No somático, os neurônios são SEMPRE pós-ganglionares. O antagonismo do SNS é a contração alternada dos músculos, ao passo que do SNA é o relaxamento de batimentos cardíacos, por exemplo. Além disso, apenas a medula da glândula suprarrenal é inervada pelo SNS.
Quais os efeitos do sistema nervoso parassimpático sobre os diferentes órgãos viscerais?
Pupila: miose; arteríolas: aumento da contração dos vasos; tubo digestivo: propulsão/peristaltismo; brônquios: bronquioconstrição; glândulas em geral: secreção; bexiga e uretra: propulsão; ereção.
Por que podemos dizer que o sistema nervoso autônomo (visceral) é responsável por organizar as respostas fisiológicas frente a uma situação interpretada pelo sistema nervoso como sendo de risco à integridade do organismo?
É importante lembrar que o SNA não responde apenas a estímulos internos. Ou seja, dependendo da situação – ex: fuga/perigo, é necessário utilizar energia armazenada para correr. Um exemplo é a estimulação de liberação de glicose por parte do fígado: aumentam os processos de glicólise e diminuem os de glicogenogênese. Nesses casos, há o estímulo à produção de adrenalina e noradrenalina, importantes agentes nessas respostas fisiológicas.
Por que a medula da glândula suprarrenal possui uma posição de destaque na fisiologia do sistema nervoso autônomo (SNA)?
A medula suprarrenal é inervada apenas pelo sistema nervoso simpático. As fibras adrenérgicas ligam o SNC à glândula suprarrenal, promovendo aumento da secreção de adrenalina – excitatória para alguns órgãos e inibitória para outros – de maneira, então, antagônica. Este antagonismo é importante no mecanismo de luta e fuga.

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