Buscar

Trabalho escrito - Artropodes de interesse médico: Siphonaptera - pulgas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 10 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
AYRA LARISSA BADER DE SOUZA BRASIL
BEATRIZ ARCANJO DE ASSIS
IZABELA VIÉGAS CUNHA
TATIANE CABRAL SIQUEIRA
SIPHONAPTERA
PORTO VELHO
2016
AYRA LARISSA BADER DE SOUZA BRASIL
BEATRIZ ARCANJO DE ASSIS
IZABELA VIÉGAS CUNHA
TATIANE CABRAL SIQUEIRA
SIPHONAPTERA
Trabalho apresentado à disciplina Parasitologia como requisito de avaliação do Curso de Enfermagem da Fundação Universidade Federal de Rondônia.
Professora: Eulália Gonçalves de Aquino
PORTO VELHO
2016
INTRODUÇÃO
As pulgas são insetos que atingem externamente tanto o homem quanto os animais. Podem ser parasitos propriamente ditos, vetores ou hospedeiros intermediários, permanentes ou temporários, dependendo do tempo de instalação na pele dos seus hospedeiros. Atualmente, são conhecidas aproximadamente 3.000 espécies incluídas em 238 gêneros e 15 famílias, entretanto, a maioria não representa perigo para a saúde pública.
Esses insetos estão incluídos taxonomicamente no Reino Animalia, Filo Arthropoda, Classe Insecta, Ordem Siphonaptera, que se divide em duas Famílias de interesse médico, Pulicidae, com as espécies Pulex irritans, Xenopsylla cheopis, Ctenocephalides canis e C. felis e Tungidae, com a espécie Tunga penetrans.
EPIDEMIOLOGIA
As pulgas possuem uma história evolutiva de 60 milhões de anos, sendo encontrados em mamíferos pré-históricos. Esses insetos foram responsáveis pela Peste Bubônica, infestação que dizimou 1/3 da população europeia na Idade Média. A partir daí, surgiu o interesse médico sobre as espécies Ordem Siphonaptera.
As pulgas apresentam distribuição geográfica mundial e sua taxa de incidência varia diretamente de acordo com as condições de higiene da população. A T. penetrans está distribuída, principalmente, em regiões tropicais, incluindo México, América do Sul, Índias Ocidentais e África. Normalmente, ocorrem em locais com areia, como praias, estábulos e fazendas.
MORFOLOGIA
As pulgas são insetos holometábolos, ou seja, possuem desenvolvimento completo, passando pela fase de ovo, larva, pupa e adulto. Possuem coloração castanha e o corpo achatado lateralmente, o que permite rápida locomoção no meio dos pelos do hospedeiro. Medem entre dois e meio e três milímetros, são ápteras, ou seja, não possuem asas, no entanto, a maior parte das espécies conhecidas apresenta ctenídios (= pentes) que são cerdas voltadas para trás destinadas à fixação e locomoção das pulgas entre os pelos dos hospedeiros. O último par de pernas é forte, adaptado para dar saltos e o aparelho bucal é do tipo picador-pungitivo. O dimorfismo sexual é acentuado, com as fêmeas maiores que os machos e apresentando a parte posterior arredondada. Os machos, pelo fato de possuírem o aparelho copulador nos últimos segmentos, apresentam a extremidade posterior voltada para cima.
Os ovos são ovoides ou elipsoidais, esbranquiçados, medindo entre 300 e 700 µm e, geralmente depositados nos ninhos dos hospedeiros. O número de ovos colocados varia de 400 a 1.800 de acordo com a espécie e o estado de nutrição das fêmeas.
As larvas são eucéfalas, vermiformes, ápodas e esbranquiçadas, com aparelho bucal mastigador. De modo geral, vivem livremente nas tocas e ninhos de seus hospedeiros, alimentando-se do excremento de pulgas adultas incorporados a detritos orgânicos e dejetos dos hospedeiros. Em cada estádio larvário, o comprimento é aumentado, atingindo mais que o dobro ao final do terceiro estádio. As larvas de primeiro estágio são portadoras de uma estrutura dorsal na cabeça, destinada a romper os ovos durante a eclosão. São geotacticamente positivas (seguem a gravitação), fototacticamente negativas (movem-se em direção contrária à luz) e tigmotacticamente positivas (reconhecem estímulos tácteis e reagem ao contato mecânico). Este comportamento permite que as larvas encontrem locais seguros e escondidos para protegerem-se contra a dessecação. Orientam-se também para fontes úmidas, sugerindo algum tipo de resposta higrotática. Em consequência de tais ações, mais de 80% das pulgas desenvolvem-se na base dos carpetes dos domicílios, onde se locomovem por mais de 46 cm. Quando confinadas à areia, as larvas penetram até 2,3 mm, de modo a evitarem a luz.
Após uma curta fase de pré-pupa em que o imaturo apresenta-se em forma de U, segue-se a pupa, que é o estádio de resistência e, posteriormente, o adulto pré-emergente que, normalmente, permanece dentro do casulo. As pupas podem ser nuas ou encasuladas, revestidas por material orgânico cimentado pelas glândulas salivares. A emergência dos adultos a partir das pupas é estimulada por pressão mecânica, como p. ex. o deslocamento dos hospedeiros nas proximidades ou seu pisoteio sobre os casulos, e aquecimento, proporcionado pela temperatura do corpo de um hospedeiro potencial assentado sobre elas. A abertura de portas ou janelas em ambientes fechados também favorece a emergência.
CICLO BIOLÓGICO
A duração total do ciclo biológico, em condições ambientais favoráveis, temperatura acima de 27°C, humidade relativa de 80% e hospedeiro disponível, será de aproximadamente três semanas.
As pulgas podem viver sobre o pelo de seu hospedeiro e neles alimentar-se intermitentemente, ou então, fora dele, geralmente em seu ninho. A maioria das espécies se enquadra no primeiro tipo, como X. cheopis, C. canis e C. felis, entretanto, podem penetrar sob a pele dos hospedeiros e alimentar-se permanentemente como a T. penetrans.
Como outros insetos holometábolos, um ciclo de vida é composto de quatro partes: ovos, larvas, pupas e adultos. Os ovos são eliminados pelas fêmeas no ambiente, cerca de três a quatro dias depois eclodem larvas que se alimentam de detritos orgânicos no ambiente, considerando que o número de estágios larvais varia entre as espécies. As larvas formam pupas, que estão em casulos frequentemente cobertos com detritos a partir do ambiente; essa fase leva aproximadamente três a quatro semanas para ser concluída. Em seguida, os adultos eclodem das pupas e buscam hospedeiros de sangue quente para realizar suas refeições. Os hospedeiros primários para C. felis e C. canis são cães e gatos, respectivamente, apesar de parasitarem outros mamíferos, incluindo os seres humanos. Os hospedeiros primários para X. cheopis são roedores, especialmente ratos, já para a P. irritans os seres humanos são os principais hospedeiros.
A T. penetrans difere por ter dois estágios larvais, antes de formar pupas. Os adultos ao eclodir de pupas procuram sangue para se alimentar, mas somente fêmeas acasaladas penetram na pele do hospedeiro, onde causam um inchaço nodular. As fêmeas não têm quaisquer órgãos escavadores especializados, simplesmente se agarram na epiderme depois de anexar com seus aparelhos bucais. Depois de penetrar no estrato córneo, que toca no estrato granuloso, com apenas a sua extremidade posterior exposta ao meio ambiente, as pulgas fêmeas continuam a se alimentar e os seus abdomens estendem-se até cerca de um cm. As fêmeas liberam cerca de 100 ovos durante um período de duas semanas, após o qual eles morrem e são descartados pela pele do hospedeiro. Em função disso, infecções bacterianas secundárias não são incomuns em casos de tungíase.
A transmissão pode ocorrer de varias maneiras dependendo da espécie. Uma delas é quando ao picar um hospedeiro a pulga regurgita o sangue contaminado em cima da ferida, esse, ao cair no sistema linfático, leva a bactéria aos linfonodos. Outra forma é quando a pulga pica o hospedeiro que ao coçar pode se contaminar com a saliva da pulga que contêm uma substância urticante. E pela inalação de gotas de líquido de espirros ou tosse de indivíduos doentes.
PATOGENIA
A hematofagia da pulga incomoda, pois além do passeio que fazem pelo corpo dos seus hospedeiros, sua picada pode provocar uma dermatite alérgica grave, especialmente em crianças sensíveis. Algumas espécies de pulgas são de maior importânciamédica, pois podem causar alguns danos ao homem e essas espécies são:
A P. irritans, é denominada “pulga dos humanos”, pois é muito encontrada em casa e cinemas mal cuidados. Em pessoas mais sensíveis sua picada pode causar uma reação dérmica generalizada, também chamada de pulicose. O caráter molesto desses insetos parece relacionado, em larga escala, com o processo de sensibilização dos pacientes à secreção salivar da pulga. No lugar da picada forma-se, em pessoas hipersensíveis, um pequenos edema, acompanhado, por vezes, de prurido e dor. Outras pessoas nada mais sentem que a cócega provocada pelo deambular do inseto na pele. Além do mais, podem picar outros animais, como cães, macacos, gambás etc. Eventualmente, pode servir de hospedeiro intermediário da Hymenolepis nana. O que a difere das outras espécies de pulga é o fato de apresentarem apenas uma única cerca na parte posterior da cabeça.
A X. cheopis é denominada “pulga dos ratos”, sendo um ectoparasito habitual desses roedores. Em sua morfologia a X. cheopis apresenta duas fileiras divergentes na parte posterior da cabeça, cujos pontos formam um v. A transmissão desse patógeno se dá primeiramente entre os ratos e, depois que esses morrem, as pulgas buscam novo hospedeiro para se alimentar, quando então picam os humanos e transmitem o agente da peste. É a principal transmissora da Yersinia pestis, agente da peste bubônica.
 A peste é uma zoonose de roedores domésticos e silvestres. O agente etiológico é um bacilo Gram-negativo. A Yersinia pestis, pode sobreviver e conservar sua infectividade nas fezes dessecadas da pulga e também nos solos dos ninhos de animais. Os bacilos que penetram no organismo humano são levados por vias linfáticas até os gânglios regionais, onde produzem uma linfadenite dolorosa (bulbão). Nos casos mais severos, os gânglios linfáticos são ultrapassados e os germes alcançam o baço, o fígado, os pulmões e até mesmo as meninges. As lesões parenquimatosas que se produzem são principalmente de tipo hemorrágico e necrótico. 
A X. cheopis foi responsável por grandes pandemias e grande mortalidade humana, pois na forma septicêmica, logo vem a prostração, delírio e choque, morrendo o paciente três a cinco dias depois do início dos sintomas. As formas pneumônicas têm curso mais fulminante, terminando pela morte em menos de três dias. Atualmente, está confinada a focos silvestres, podendo haver urbanização, daí a necessidade de uma permanente vigilância epidemiológica.
As espécies C. canis e C. felis são pulgas que convivem com cães e gatos, mas podem picar os humanos com facilidade. Em certas regiões do Brasil a C. felis é a que mais parasita os cães. Das quatro C. felis que existem no mundo, só uma é encontrada no Brasil a C. felis felis.
A T. penetrans é denominada “bicho de pé” ou também “bicho de porco”. Vivem em abundância em lugares arenosos, em ranchos, cabanas, entre outros lugares. Apesar de ambos os sexos desta espécie ser hematófago, apenas a fêmea é que penetra o tecido do hospedeiro após a cópula, para se alimentar e amadurecer os ovos, principalmente nos pés das pessoas. Podem penetrar também nas mãos de humanos, assim como patas de cães, gatos e suínos.
	As fêmeas fecundadas, após a penetração na pele do hospedeiro, introduzem a cabeça e o tórax na epiderme, deixando fora o segmento anal, para a postura dos ovos, e o estigma respiratório. Já fixadas, nutrem-se de sangue dos hospedeiros e os ovos se desenvolvem. O abdome da fêmea T. penetrans dilata-se enormemente, chegando a alcançar o tamanho de uma ervilha. Quando a pulga penetra, determina um prurido leve, mas resistente. Com o desenvolvimento do abdome do inseto, há intumescimento dos tecidos circunvizinhos e dor localizada. Expelido os ovos, o parasita costuma eliminar-se em consequência. Quando o parasitismo é muito intenso, o homem exibe centenas de parasitas, dando ao pé, um aspecto de favo de mel, devido aos numerosos tumores. As tungas podem provocar feridas que favorecem o desenvolvimento do tétano, gangrena gasosa e de micoses.
DIAGNÓSTICO
	O diagnóstico clínico é feito pela identificação das pulgas adultas e/ou ovos nas lesões. O médico pode fazer o requerimento de uma biópsia da pele, entretanto, normalmente é fácil notar a presença de pulgas ao analisar a pele do indivíduo. O diagnóstico da X. cheopis é feito pela pesquisa dos bacilos obtido por punção ganglionar, no escarro ou por hemocultura.
	
TRATAMENTO
Um dos erros frequentemente cometidos ao tentar eliminar as pulgas, é somente desparasitarem os animais, mas para realizar um tratamento eficiente precisamos levar em conta o tipo de ciclo de vida da pulga. Como elas têm um estágio de amadurecimento no ambiente, é necessário tratarmos não somente o ambiente, mas também o animal parasitado. As formas jovens da pulga são muito pequenas, portanto mesmo que não sejam vistas na habitação, é preciso tratar a casa também, e se atentar ainda mais nos locais onde o animal passa mais tempo.
As pulgas adultas passam a maior parte do seu tempo no animal. Só em casos de superinfestação elas começam a procurar outros hospedeiros, como o homem. Mesmo que os tipos das pulgas sejam diferentes, as formas de erradicá-las são quase as mesmas, o que difere são as consequências que as pulgas trazem, mas o tratamento não. Atualmente existem inúmeras formas de tratamento para determinados tipos de pulgas e doenças que as mesmas causam. O que geralmente é limitado à extração de toda a pulga da pele, utilizando uma agulha estéril. Cuidados devem ser tomados para não estourar a pulga, o que pode levar à uma inflamação grave. A pulga retirada deve ser morta no álcool, para não haver disseminação dos ovos e o buraco deixado deve ser tratado com um bacteriostático, tipo mertiolado ou Lugol. Os pacientes com evidência de superinfecção devem ser tratados topicamente com um antibiótico de largo espectro. O tratamento antibiótico deve ser sistémico, se a superinfecção é grave. A profilaxia para tétano é indicada para pacientes cujo estado de vacinação contra o tétano é desconhecido ou não foi feito até a data.
Há outros casos em que são necessárias outras formas de intervenção, tais como, crioterapia que utiliza o frio para o tratamento de disfunções inflamatórias e traumáticas, principalmente agudas, e para diminuição do edema, por medicamentos antiparasitários tópicos, como pomadas ou cremes, medicamentos antiparasitários orais, remoção por pinça e remoção por curetagem, caso o bicho de pé esteja cheio de sangue e não possa ser removido apenas com pinça, e após a remoção do bicho de pé, antibióticos tópicos são aplicados à ferida. Medidas mais simples bem como o uso de calçados, aplicação de inseticidas no ambiente.
Não é fácil se livrar de uma infestação de pulgas, elas podem ir e voltar por várias vezes se não for dada a devida atenção para as medidas preventivas. O tratamento basicamente implica em se livrar das pulgas, que no caso de uma infestação, pode ser complicado e necessário diversas tentativas. Para aliviar a coceira, é possível usar uma solução de hidrocortisona 1% ou anti-histamínicos via oral.
PROFILAXIA
O controle das pulgas domésticas pode ser feito usando “coleira antipulga” em cães e gatos, ou produtos para serem aplicados sobre o animal, animais domésticos devem sempre tomar banho e usar produtos de higiene que previnam as pulgas e comprimidos de acordo com a recomendação do veterinário e o ambiente em que ele vive. É necessário manter a moradia limpa e se possível com auxílio de um aspirador de pó, para evitar o acúmulo de poeira pelo ambiente e incinerar o pó recolhido, que pode estar repleto de ovos, larvas e pupas, depois da limpeza, o filtro do aspirador deve ser descartado para evitar que causem uma nova infestação. Se a casa tiver quintal ou jardim, eles devem ser limpos e a grama ou plantas podadas para evitar os ambientes úmidos, em que as larvas se reproduzem com maior facilidade, evitar manter areia ao redor da casa por muitos dias, também pode ser necessário o uso de pesticidasespecíficos. Emergencialmente faz-se o controle químico das pulgas e, combater os ratos, tomando o cuidado de aplicar inseticidas contra as pulgas, antes ou durante a desratização, em longo prazo, deve-se evitar a proliferação dos roedores nas habitações e depósitos de alimentos mediante adequada educação sanitária. Em casos de uma maior infestação pode ser necessário também buscar o auxilio de uma empresa dedetizadora.
CONCLUSÃO
As pulgas são insetos de distribuição geográfica mundial, e apesar de parecerem insignificantes podem ser parasitos propriamente ditos, vetores ou hospedeiros intermediários de diversas patologias graves. Por isso, o controle, tratamento e profilaxia são extremamente importantes para que não haja pandemias que podem gerar sérios problemas de saúde pública, elevados índices de mortalidade e/ou custos para tratamento. É importante considerar também os fatores socioeconômicos envolvidos nesse processo que costuma ser caracterizado como uma doença de países tropicais, subdesenvolvidos e de pouca de higiene.
	
REFERÊNCIAS
Centers for Diseases Control and Prevention. Disponível em: <http://www.cdc.gov/dpdx/fleas/>. Acesso em 24 de junho de 2016.
NEVES, D. P.; FILIPPIS, T. Parasitologia Básica. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2014. 238 	p.
NEVES, D. P. Parasitologia Humana. 11. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 496 p.
PORTUGAL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP. Departamento de Doenças Infeciosas. Centro de Estudos de Vetores e Doenças Infeciosas Doutor Francisco Cambournac. Doenças associadas a artrópodes vetores e roedores. Lisboa: Ministério da Saúde, 2014. 186 p.

Outros materiais