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Alienação Parental Trabalho Integrador PDF

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FACULDADE INTEGRADO DE CAMPO MOURÃO 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ALIENAÇÃO PARENTAL À LUZ DO DIREITO 
 
 
 
GABRIEL CARVALHO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMPO MOURÃO/PR 
MAIO/2016 
GABRIEL CARVALHO DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ALIENAÇÃO PARENTAL À LUZ DO DIREITO 
 
 
 
Trabalho Integrador, designado pela Faculdade 
Integrado de Campo Mourão, visionando a exposição 
do estudo sobre a temática proposta, como requisito 
para obtenção de nota na disciplina de Projeto 
Integrador, situada no curso de Direito. 
 
Orientadora: Andréia Ricci Silva Carvalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campo Mourão/PR 
2016 
RESUMO 
 
Amiúdes a família vem sofrendo evoluções, em consequência o Direito busca 
acompanhar esse processo evolutivo. Em entendimento ao fato, e da atual facilidade da 
desvinculação matrimonial, consequentemente, os processos não resolvidos no matrimônio, o 
presente trabalho vem trazer um estudo sobre um grave problema, a alienação parental. 
Expondo clara e didaticamente os aportes da alienação, a decorrente síndrome nos alienados, o 
papel do poder judiciário no presente quesito e a respectiva solução. 
 
 
Palavras-chaves: Alienação. Família. Legislação. Síndrome. Judiciário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 5 
2 PRINCÍPIOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL ............................................................................... 6 
2.1 CONCEPTUALIZAÇÃO ............................................................................................................. 7 
2.2 DISPOSIÇÕES GERAIS .............................................................................................................. 8 
3 DIREITO DE FAMÍLIA ................................................................................................................... 9 
3.1 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ....................................................................................... 9 
4 ALIENAÇÃO PARENTAL ............................................................................................................ 10 
4.1 ALIENAÇÃO PARENTAL CONTRA O IDOSO ..................................................................... 12 
4.2 COMPROVAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTAL ................................................................. 12 
5 SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL ............................................................................... 13 
5.1 IDENTIFICAÇÃO DA SÍNDROME ......................................................................................... 14 
5.2 DIFERENÇA ENTRE ALIENAÇÃO PARENTAL E SÍNDROME ......................................... 14 
6 O PODER JUDICIÁRIO................................................................................................................. 15 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 17 
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A família é um instituto em constante evolução, primordialmente havendo o conceito 
do pai como detentor do poder supremo, cabendo a esposa apenas os cuidados doméstico e dos 
filhos, sendo estes meros subordinados. Posteriormente, passando por um processo evolutivo 
pautado nos laços afetivos, em que ambos os integrantes do seio familiar possuem direitos, com 
o consentimento de lar, este um local de laços afetivos de carinho e amor. Portanto, o casamento 
se torna algo afetivo, principalmente com a evolução valorativa decorrente dos novos ideais de 
liberdade, consequentes da Revolução Francesa, em 1789. Embora novos direitos foram sendo 
adquiridos, no Código Civil de 1916 não havia possibilidades de divórcio, já com a Constituição 
Federal de 1988 houveram as concretizações dos direitos, possibilitando a união estável, as 
dissoluções extrajudiciais, a proteção da dignidade, dentre outros. Portanto, a família foi 
concretizando seus valores, atualmente sendo pautada na pluralidade, ou seja, não se tem mais 
a visão de apenas um pai, uma mãe e um filho, e sim outros aspectos, como a família 
homoafetiva, o concubinato, a monoparental, a poliafetiva, a substutiva, dentro outras. 
Todavia, mesmo com todo esse processo evolutivo, algo permanece inerente na base 
familiar, a alienação parental. Esta que desvitaliza toda a estrutura familiar, desmoralizando de 
forma drástica os alienados, acarretando como grave consequência uma síndrome. Em que, 
devidos processos instáveis no casamento, e permanecidos após o divórcio, este que possui uma 
facilidade legal para ocorrer, como mágoas e sentimentos de vinganças. Estes são passados para 
os filhos que estão sobre tutela, ocasionando a Síndrome da Alienação Parental, um abalo 
psicológico no filho dantesco, podendo desmoralizar toda uma vivência. Outro aspecto, é a 
alienação acometida contra o idoso, este que designou parte da sua vida aos seus parentes, e no 
momento existencial mais necessitante de cuidados é tratado como um mero deleite existencial, 
não importando mais sua permanência naquela família. 
Uma triste realidade apresentada nos seios familiares, em que o poder judiciário entra 
com os respectivos processos para mediar tais conflitos alienantes e, consequentemente, busca 
ilidir tais problemáticas. Como forma concreta de resolução, tem-se a Lei n.º 12.318, tipificada 
por Lei da Alienação Parental, que vem defender a criança e ao adolescente, tipificar e estipular 
punições para os processos decorrentes na alienação parental. 
 
6 
 
2 PRINCÍPIOS DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
 A Lei da Alienação Parental, tipificada por Lei n.º 12.318, sancionada em 26 de agosto 
de 2010, foi um marco evolutivo no Direito brasileiro, tornando este o principiante a introduzir 
uma lei específica na proteção de crianças e adolescentes contra as práticas de alienação 
parental. Todavia, previamente ao âmbito jurídico, esta problemática se apresentava nos tempos 
remotos da sociedade em que a mãe era encarregada do papel protetor em relação aos filhos, 
educando e criando. Consequentemente, geria os cuidados domésticos e ao marido era 
conferido precipuamente o dever de sustento e de gerência familiar, “[...] era o pai o titular do 
pátrio poder, cabendo à mãe a colaboração. ” (FACHIN, 2003, p. 244). Portanto, naturalmente, 
em caso de separação do casal, os filhos permaneciam sob a guarda da mãe, inclusive pelo lado 
afetivo, devido ao fato que esta era a tarefa que lhe foi incumbida no casamento. Ao longo da 
evolução histórica, principalmente com a Revolução francesa (1789) as mulheres foram cada 
vez mais adquirindo direitos trabalhistas e até mesmo humanitários, como a inserção das 
mulheres nos processos de produção e também a luta pelos direitos. Embora ainda continuassem 
submissas aos afazeres domésticos e ao próprio esposo, este que ainda era considerado o titular 
do pátrio poder, as mulheres começaram a adquirir autonomia e passaram, relativamente, 
afazeresdomésticos aos maridos, como os cuidados com animais domésticos ou a lavagem de 
uma louça. 
Consequentemente, o convívio do pai com o filho ficou ainda mais fragilizado, uma vez 
que não podia ver o filho enquanto estava trabalhando e minimamente possuía contato enquanto 
estava no lar. Esta nova estrutura de gestão familiar passou a proporcionar à criança uma visão 
de que ambos os genitores eram igualmente importantes no que se refere à autoridade. 
Conforme as lições de Rolf Madaleno, estruturada a nova família para uma concepção mais 
íntima, a sociedade pairava em uma nova formação familiar, voltada para a realização 
individual de seus membros (MADALENO, 2000, p. 17). 
 Sequencialmente no processo evolutivo, as obstruções encontradas na ruptura da 
sociedade conjugal foram morosamente sendo abolidas pela legislação, previamente vinculada 
a dogmas religiosos, estes que pregavam a indissolubilidade do vínculo matrimonial, ocorrendo 
posteriores mudanças no sentido de obter respaldo legal ao caráter volitivo de convivência entre 
os cônjuges. Paralelamente ao sentido, era um vitupério ao direito à liberdade a resistência 
injustificada da dissolução conjugal, limitando a autonomia privada, afrontando até mesmo a 
própria responsabilidade da pessoa humana, a boa-fé e a ética, estes princípios da dignidade da 
7 
 
pessoa humana (DIAS, 2010, p. 14). Atualmente o casal tem o apoio legal para realizar um 
divórcio com bem mais facilidade, permitindo dissoluções conjugais de forma compulsória. 
Contudo, algumas complicações no processo do divórcio decorrem no próprio casal, em 
que um luta para sair mais beneficiado ao outro, como a porcentagem da pensão, a divisão dos 
bens e a guarda do filho, enfoque do presente trabalho. Por exemplo, ao longo do processo 
evolutivo da família, os pais foram percebendo a assaz necessidade do convívio com o filho, 
atualmente, um pai deixa seus afazeres para realizar atividades junto ao filho, sendo assim, 
começa a estabelecer uma nova base familiar, pautada no convívio afetivo. 
Por conseguinte, ampliou-se o conceito de guarda, anteriormente focalizada na 
unilateral, já com os novos vínculos familiares, passa-se a ter ênfase a figura da guarda 
compartilhada. “O compartilhar da guarda dos filhos é o reflexo mais fiel do que se entende por 
poder familiar [...]” (MOTTA, 2011, p. 122). Designar aos progenitores as mesmas 
responsabilidades possibilita, em sua maioria, uma maior utilização do poder familiar em 
igualdade de condições, assim retirando o poder conferido pela guarda única, 
compulsoriamente utilizado com motivos que não encontram abrigo na defesa dos interesses 
dos filhos (MOTTA, op. cit., p. 122). O compartilhamento da guarda divide o poder entre ambos 
os genitores, equilibrando forças e evitando comportamentos lesivos aos interesses dos filhos 
(MOTTA, op. cit., p. 122). 
 
2.1 CONCEPTUALIZAÇÃO 
 
 Nesse âmbito familiar formado, e em virtude da guarda compartilhada, os genitores 
iniciam uma guerra psicológica no filho, desvitalizando a imagem do outro genitor, buscando 
que o filho ame um deles e repudie o outro. Portanto, faz-se necessário entender o conceito 
previsto na Lei n.º 12.318/2010, esta que veio no intuito de promover uma efetivação saudável 
da participação dos genitores na formação e educação dos seus filhos, em virtude da própria 
alteração sofrida pelo conceito de família. Por conseguinte, assim como a Constituição Federal, 
o ECA e o Código Civil, a lei vem para tutelar a criança e seus Direitos Fundamentais, 
preservando os direitos vivenciais com a família, e, consequentemente, vem preservar a moral 
da criança. A lei designa-se, em seu artigo 2º, por alienação parental, a interposição abusiva na 
formação psíquica da criança ou adolescente, visando repudiar o genitor ou causando prejuízo 
ao estabelecimento ou ainda, a manutenção saudável de vínculo com o genitor. Contudo, é de 
8 
 
suma importância ressaltar que a lei não restringe a autoria apenas aos genitores, e sim, a 
qualquer pessoa que tenha a criança ou adolescente sob sua autoridade, tutela ou cuidados, 
como os avós. A lei traz um leque de dispositivos para tipificar a alienação parental, podendo 
ser praticados de forma direta ou em auxílio de terceiros, porém, será discorrido tais pontos de 
forma detalhada mais à frente. 
 
2.2 DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Anteriormente à introdução das práticas alienadoras, há importância de tratar as 
implicações causadas sobre a criança concernentes à alienação. Demasiadamente os casos de 
separações vêm aumentando, consequentemente, os sentimentos traumáticos sobre o 
psicológico são dantescos, como o sentimento de abandono, rejeição e até mesmo de traição. 
Focalizando a relação entre pais e filhos, e, portanto, não havendo uma elaboração adequada 
do corte afetivo, inicia-se um processo de ódio, a busca pela destruição e desmoralização do 
ex-cônjuge. Desta forma, os filhos são levados ao patamar de fantoches, em que são usados 
para atingir ao outro genitor, devido a persistência maçante de difamações contra o outro 
genitor, os filhos sofrem lavagens psicológicas. Assim, passam a acreditar que as informações 
recebidas são verídicas, posteriormente a vinculação de falsas memórias, passam a repugnar o 
genitor, sentido ódio, rejeitando... consequentemente, tornam-se instrumentos de agressividade 
e vingança. O genitor usa o filho para superar o abandono, porém, impede o convívio saudável 
do filho com o outro genitor, causando uma realidade de instabilidade emocional e, desta forma, 
desvitalizando toda a evolução dos laços afetivos nas relações familiares. Acarretando uma 
morte inventada, em que o genitor deixa de existir para a criança, e esta passa anos sem 
estabelecer contato algum, devido uma batalha vingativa entre os pais. Todavia, envolta por 
toda essa batalha, a maior vítima é a própria criança, acarretando distúrbios psicológicos, estes 
que serão discorridos posteriormente, a criança passa a ficar em um ambiente de instabilidade, 
aumentando compulsoriamente o ódio por um dos genitores. 
 
 
 
9 
 
3 DIREITO DE FAMÍLIA 
 
 Ao entendimento dos fatos explanados nos itens anteriores, é de suma importância o 
discorrimento das implicações concernentes aos casos de dissoluções das relações afetivas. Em 
um embasamento legal, no Código Civil de 2002, são previstos no artigo 1572, algumas causas 
para a separação conjugal, como o adultério, abandono do lar, uma conduta desonrosa e até 
mesmo algum crime cometido, assim impossibilitando uma vida em comum entre os cônjuges. 
Muitas situações podem interferir no cotidiano do casamento, ocasionando desavenças e 
formulações de discussões, estas que podem atingir, posteriormente, o vínculo matrimonial. 
Neste âmbito, em entendimento a opção do término conjugal, não é necessária maior 
complicação para que a relação seja legalmente desfeita, podendo perceber uma desmoralização 
do âmbito familiar, tornando-se mero deleite social. Ao término do processo conjugal, com a 
presença de filhos ao longo do mesmo, as dissoluções conturbadas começam a dar gênese aos 
processos de alienação parental. Desta forma, a dor é transferida para os filhos, estes que passam 
ao patamar de moedas de trocas. 
 
3.1 DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
 
Analisado o processo do término conjugal, é importante destacar os valores adquiridos 
ao ser humano, de forma didática, a dignidade da pessoa humana. Com a nova formulação da 
Constituição Federal, em 1988, o ser humano foi disposto como ente principal do Direito, ou 
seja, base dos processos sociais, assim recebendo uma disposição ampla de direitos. Dentre eles 
os princípios inerentes à conservação da imagem, como exposição maisclara, o artigo 5º da 
Constituição Federal, dispondo diversos incisos que criminalizam a injuria e difamação sobre 
a imagem de terceiros. Portanto, o processo alienante acometido por um genitor ou familiar 
sobre o outro, designa processos de danos morais e até mesmo reclusões com multas, por 
desmoralizarem os direitos fundamentais tutelados ao ser humano. Em outro entendimento, 
singularizando a proteção ao filho, tem-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, que expõe 
diversos direitos fundamentais que são abalados quando um genitor torna o filho alienado, 
desvinculando o processo harmonioso que a família deve proporcionar. Como os artigos 7º e 
17º do ECA, que protegem os direitos de um desenvolvimento sadio e harmonioso, protegendo 
também o aspecto físico, psíquico e moral da criança e do adolescente. 
10 
 
4 ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
A alienação parental, como previsto nos termos anteriores, possui diversos impactos e 
formas de acontecimentos, sendo a mais comum nos casos de dissoluções conjugais. Em que o 
desejo de vingança leva o cônjuge que não concorda com a separação ao patamar de ódio, 
principalmente na formulação de uma nova família pelo outro cônjuge. Buscando assim de 
qualquer forma desmoralizar a imagem deste, usando o filho como base para cometer a 
alienação, e o filho e o outro cônjuge se tornam os alienados, ou seja, fantoches. Com a 
insistência maçante das informações, o filho chega a entendê-las como verdades concretas, 
realmente desmoralizando a imagem do seu pai ou mãe por conta própria. Assim há a criação 
de uma morte inventada, em que o filho já não tem mais interesse no convívio com o outro 
parente. Também há uma disposição imaginária do filho alienado, que se ele manter laços com 
o pai, por exemplo, poderá magoar a mãe, porque esta não ficaria feliz com a relação, perdendo 
assim o amor da sua mãe. Em uma forma mais didática, a alienação parental é a desconstituição 
da figura parental de um dos genitores ante a criança. É uma campanha de desmoralização, de 
marginalização desse genitor. (SILVA, 2011, p. 328). Normalmente existem mágoas ou 
ressentimentos, uma dor que é transferida aos filhos, comumente feitas pela figura da mãe. 
Sendo assim, é necessário entender quais são os atos considerados como formas 
exemplificativas de alienação parental, dentre os incisos do artigo 2º da Lei n.º 12.318. Dentre 
os principais, tem-se a desqualificação da conduta do genitor, podendo ser no exercício da 
paternidade ou maternidade; dificultar o habitual exercício da autoridade; uma das mais graves, 
tipificada por dificultar o contato da criança ou adolescente com o genitor; como também 
dificultar o exercício do convívio familiar; omitir ao genitor informações pessoais relevantes 
sobre a criança ou adolescente, como informações médicas ou escolares; apresentar falsa 
denúncia; e por último, porém não menos grave, a mudança de domicílio, sem justificativa, 
com o intuito de dificultar o convívio da criança ou adolescente com o genitor, ferindo os 
direitos inerentes à autoridade parental ou decorrentes da tutela da guarda. 
Ao entendimento dos atos, têm-se os direitos que são feridos em relação a alienação, 
estipulado no artigo 3º da Lei de Alienação Parental, designando que há o ferimento dos direitos 
fundamentais da criança e do adolescente, como a relação saudável da convivência familiar. 
Constituindo abuso moral contra a criança ou o adolescente, inclusive ferindo os direitos 
estabelecidos na Constituição Federal e no Estatuto da Criança e do Adolescente, como o direito 
ao desenvolvimento saudável e harmonioso. 
11 
 
Retornando ao processo do término matrimonial, focalizando o filho, é de entendimento 
comum que este tem um grande abalo emocional no respectivo processo, principalmente 
quando um dos genitores constituem uma nova família, até então desconhecida pelo filho. Este 
fica à mercê de uma nova constituição familiar, e no processo residencial tem um dos genitores 
difamando constantemente o outro, sendo natural que o filho, já abalado pelo novo processo, 
comece a acreditar na difamação. O filho se sente abandonado, como alguém que perdeu o amor 
de seu pai, portanto, começa a formulação de ideais e contestações que vão contra ao papel, até 
então amoroso, que possuía o pai. Em paralelo, tem uma mãe que também sente o mesmo 
processo de abandono, pelo sentimento de ser trocada, esta então, junto com seus pais, por 
exemplo, começa um processo de difamação e injúrias contra o genitor que constituiu a nova 
família. 
Posteriormente a formulação que o filho criou em seu psicológico, há identificação do 
genitor como patológico, o filho se torna órfão deste pai. Desta forma, o alienador, que ajudou 
a destruir a imagem e a relação do filho com o outro, é elevado ao patamar de única pessoa 
confiável e amorosa, assumindo o controle total, o filho e o alienador tornam-se inseparáveis. 
E o pai passa a ser considerado apenas um invasor, alguém que o filho já não confia mais e 
deve ser afastado de qualquer forma, porque agora apenas a mãe é detentora do seu amor. Nestas 
sucessivas manobras o alienador vai conferindo prazeres com a situação, sentindo-se vitorioso 
na sua trajetória de promover a destruição do antigo cônjuge e ter o filho como bem supremo. 
Nesta loteria de manipulações, em uma insistência em falsas verdades que vão sendo 
recebidas pelo filho, este quando tem o convívio com o pai, está tão abalado pelos 
acontecimentos que cria um sentimento de ódio. Por conseguinte, difamando o pai e até mesmo 
criando acontecimentos falsos para afastá-lo, como o relato de abusos físicos e sexuais. Desta 
forma, começando um processo chamado de morte inventada, em que a persistência nas falsas 
memórias leva o filho a repugnar o outro genitor, assim inventando sua morte no seu 
psicológico, não querendo mais vê-lo. Outra possibilidade é quando um genitor, na intenção de 
acabar com o convívio do outro com o filho, que já estão separados pela distância, cria a morte 
intencional do outro genitor, aludindo que este não existe mais. 
 
 
 
12 
 
4.1 ALIENAÇÃO PARENTAL CONTRA O IDOSO 
 
 Na seara do idoso, este que, em alguns fatos, é detentor de dificuldades físicas, não tem 
a mesma possibilidade de expressar sua vontade e recorrer aos seus direitos como uma pessoa 
mais jovem. No caso do divórcio entre uma pessoa idosa, principalmente uma vulnerável que 
possui uma idade mais avançada, e uma pessoa mais jovem. Esta, também na maioria mulheres, 
acaba fazendo da pessoa idosa o alienado, com discursos difamatórios e desmoralizantes e 
afastando o direito do convívio saudável do idoso com seus filhos. Usando como justificativa 
que o idoso já não tem mais papel algum na formação do filho, servindo apenas desvitalizar o 
crescimento saudável deste. Consequentemente, exerce uma formulação na cabeça do filho, 
desmoralizando a imagem do pai idoso, que possui suas debilitações, ocasionando uma 
separação do filho com o pai. Portanto, o idoso se torna vítima do ato de vingança pelas 
sucessivas tentativas de alienação, tendo a dissolução dos laços afetivos com o filho. 
 
4.2 COMPROVAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
A alienação parental está envolta por uma grande problematização, a comprovação da 
sua existência, sendo de suma importância, o suporte de profissionais, como psicólogos e 
psiquiatras, para juntamente aos operadores do Direito chegarem em uma conclusão fática. A 
união da prática forense e a própria legislação são os meios probantes mais adequados, como 
recursos tem a possiblidade de obtenção de uma confissão, uma prova que pode ser obtida 
através de um terceiro não inserido no processo e até mesmo a prova pericial que examina, 
vistoriaou avalia o caso. Como também a avaliação psicológica do menor, do alienado e do 
alienador, em uma ação conjunta das equipes multidisciplinares. Ao enfoque da legislação que 
rege a alienação parental, em seu artigo 5° há uma disposição sobre a realização de análise 
psicológica, quando tem indícios de alienação parental, como forma de comprovação, 
possibilitando maior segurança nos dados coletados, ilidindo paixões alienantes e falsos 
testemunhos. 
 
 
13 
 
5 SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL 
 
A alienação parental possui um leque de implicações sociais e jurídicas, dentre a 
principal, o processo de manter uma criança ou adolescente afastado de um ou ambos os 
genitores. Richard Gardner, um psiquiatra estadunidense, descreveu em seus estudos, a partir 
da década de 80, os efeitos deste processo de separação, designado por Síndrome de Alienação 
Parental. Os efeitos são referenciados por reações emocionais negativas de crianças ou 
adolescentes nos relacionamentos com seus genitores. Richard apresenta que a primeira 
manifestação é um projeto de difamação contra um dos progenitores por parte do menor, em 
que muitas vezes não possui justificação ou motivo conceitual. 
A temática da Síndrome é complexa e extremamente polêmica, delineada em 1985, por 
Richard Gardner, médico e professor de psiquiatria infantil da Universidade de Colúmbia, para 
buscar compreender a situação da disputa de guarda, nos casos de dissolução conjugal. A 
Síndrome de Alienação Parental, também tipificada por SAP, é caracterizada por um conjunto 
de sintomas que aparecem na criança geralmente juntos, especialmente nos tipos moderado e 
severo (GARDNER, 2002). Como o processo de difamação contra a genitor alienado, a 
depreciação constante, intensiva privação da formulação de conceitos que a criança faz sobre 
seus genitores, a ausência de culpa sobre a crueldade contra o genitor alienado, o uso constante 
de encenações pelo anseio de promoção pessoal. Contudo, nos casos leves, pode‐se não se ver 
todos os sintomas. (GARDNER, op. cit.). Quando os casos leves progridem para moderado ou 
severo, é altamente provável que a maioria dos sintomas estejam presentes. 
Essas concordâncias resultam em semelhanças entre as os menores com SAP, são por 
causa dessas considerações que se consegue um diagnóstico relativamente claro, que pode 
facilmente ser feito (GARDNER, op. cit.). Gardner entende a Síndrome da Alienação Parental 
como um processo de lavagem cerebral, incluindo fatores conscientes e inconscientes que 
motivam um genitor a conduzir seu filho ao desenvolvimento dessa síndrome, muitas vezes 
pelos constantes processos de difamação e a alienação em si. A criança, tendo esta como 
enfoque para os seguimentos posteriores, responde facilmente a constante alienação, chegando 
ao ponto de aceitação completa daquilo que é passado pelo genitor alienador, portanto, a criação 
dos sentimentos maléficos em relação ao genitor alienado. 
Neste âmbito, exemplificando que o genitor usa da ingenuidade da criança para aspectos 
escusos, como meio de propagação vingativa, tornando, como já discorrido anteriormente, a 
14 
 
criança um mero fantoche, suscetível às vontades deste genitor. Análogo ao entendimento, 
Gardner define a SAP como um subtipo da alienação parental, sendo que esta pode ocorrer por 
inúmeras circunstâncias, até mesmo por motivos fáticos, como o abuso físico e psicológico ou 
a negligência, ocasionando um afastamento advindo de uma reação natural. Porém, é 
importante salientar que a SAP advém da ação de um terceiro, intencional ou não, que 
ocasionará uma programação psicológica na criança de forma negativa, em que as estratégias 
usadas para tais fins são diversas e desenvolverão a patologia, conforme menciona Richard 
Gardner nos apontamentos em seus estudos sobre a temática. 
 
5.1 IDENTIFICAÇÃO DA SÍNDROME 
 
A alienação parental decorre de forma silenciosa, consequentemente, a síndrome 
também terá sua formação de forma mascarada, sendo dificultada a chegada verídica dos fatos. 
Portanto, assim como na identificação da alienação parental, é necessário a presença de 
profissionais especializados, no processo de exames, testes, entrevistas, consultas e avaliações, 
para concretizar a identificação da síndrome. Posteriormente, a estipulação dos procedimentos 
cabíveis para realizar o tratamento com alienado, e da melhor forma possível, buscar a resolução 
do caso sem advir constrangimentos ainda maiores. 
 
5.2 DIFERENÇA ENTRE ALIENAÇÃO PARENTAL E SÍNDROME 
 
É de suma importância salientar que a Síndrome de Alienação Parental difere da 
alienação parental, eis que esta é contemplada pela legislação e surge primeiramente, e 
desencadeia quando o detentor da guarda sobre o menor começa a afastá-lo de qualquer 
relacionamento com o outro genitor. A partir deste processo em que o menor é transferido para 
o outro genitor, pode ter início ao processo da síndrome, surgida quando o menor começa a 
demonstrar forte, e até mesmo exclusiva ligação, com o genitor alienador e se afasta do outro 
genitor. Sendo assim, inicia um processo de complicações psicológicas, dificuldades no 
crescimento e desenvolvimento saudável, podendo ter o desenvolvimento de sequelas. 
 
15 
 
6 O PODER JUDICIÁRIO 
 
A alienação parental e a consequente Síndrome da Alienação Parental são dois fatores 
com consequências dantescas para o âmbito familiar e seus integrantes. Portanto, 
imprescindível é a importância do Direito para gerir normas que visam o equilíbrio da relação 
familiar, ilidindo os atos alienadores. Nesta seara entra o papel do Poder Judiciário, com as 
evoluções ocorridas na base familiar, e as consequentes facilidades para as dissoluções 
familiares, os números de casos envolvendo a alienação parental aumentaram constantemente. 
Portanto, a criação da Lei n.º 12.318 se tornou de assaz necessidade, pois já não era mais 
viável a continuidade de processos sem uma legislação específica para delimitar o que o 
magistrado deveria seguir. Iniciando as medidas tomadas pelo juiz, uma das mais comuns, ao 
fato das alegações de repúdio que o menor faz em relação ao genitor alienado, o magistrado 
determina que as visitas entre o filho e este genitor sejam suspensas. Seguidamente, o juiz 
solicita estudos psicossociais para ferir a veracidade das alegações feitas pelo menor. Porém, 
esses procedimentos são longos, e pelo fato de durante todo esse período cessar o convívio do 
genitor alienado com o filho, inúmeras são as sequelas que são acarretadas pela cessação das 
visitas. Por isso deve ser ressaltada a importância da realização de exames, antes da 
determinação judicial para a cessação da visita, para comprovar a presença fática da alienação. 
 
Previamente ao discorrimento dos outros entendimentos do Poder Judiciário, é 
necessário explicar o instituto da guarda que em virtude do poder conferido ao pai e à mãe, tem-
se a prerrogativa de terem a guarda de seus filhos. Já que a dissolução conjugal não representa 
o desvinculo com os filhos, estes que sempre farão parte ao convívio com ambos e necessitam 
de proteção. Portanto, a guarda está intrinsecamente ligada à autoridade exercida pelos pais, 
atualmente entendida por poder familiar. Ao longo do processo evolutivo do Brasil, diversas 
transformações ocorreram nas searas econômicas, sociais e políticas, portanto, não poderia ser 
diferente no quesito familiar. Por conseguinte, o Direito foi resguardando os direitos que a 
família necessitava, dentre eles, o novo aspecto valorativo à guarda. Esta inicialmente era 
designada para a mãe, ao entendimento que passava maior tempo com o filho, possuindo assim 
laços afetivos concretos. Sendo nomeada por guarda unilateral,em que apenas um dos parentes, 
o pai ou a mãe, teria a guarda do filho, muitas vezes atendida pelo juiz a guarda para a mãe 
16 
 
(embora possa ser concedida ao pai, ou ainda para um terceiro), em que o pai possuía datas 
específicas para visitas. 
Porém, nesse aspecto singular de guarda, a alienação ocorre com maior incidência, ao 
entendimento de que apenas um dos pais possui a tutela do filho, em um convívio diário. 
Portanto tem possibilidades efetivas de desvincular a imagem do outro progenitor, sob a 
insistência massiva de informações, o filho as toma como verdades concretas, criando um papel 
do outro progenitor, chegando ao entendimento de não querer mais vê-lo. Em um aspecto 
beneficiário ao filho, este está inserido em apenas uma base familiar, ou seja, possui uma única 
realidade, com regras e rotinas estipuladas, porém, na guarda unilateral, tem como malefício a 
facilitação da alienação por um dos progenitores. 
Consequentemente, o judiciário, visionando os direitos dos filhos e os processos 
alienantes dentro da guarda unilateral, optou pelo consentimento da guarda compartilhada. Esta 
que tem por posicionamento a guarda permitida aos progenitores como um todo, ou seja, ao pai 
e à mãe, em que o filho tem estipulado um tempo para passar com um progenitor e outro tempo 
com o outro, dando continuidade ao processo dos laços afetivos. Muito embora seja uma opção 
de justiça ao filho, que pode ter o amor e convívio de ambos os progenitores, alguns aspectos 
desmoralizam a guarda compartilhada. Como o fato do filho ter que se adaptar em duas rotinas 
e realidades diferentes, não podendo ter o seu convívio em apenas uma regra familiar. Outro 
aspecto, no âmbito da alienação, é o fato que com a guarda compartilhada permite dois 
alienantes, em que com o convívio com a mãe, esta difama a imagem do pai, e com o convívio 
com este, há a difamação contra a imagem da mãe. 
Em outro aspecto, com a comprovação da conduta de alienação, a Lei de Alienação 
Parental determina a utilização de instrumentos processuais para inibir os efeitos, e poder ilidir 
a prática da alienação. Os atos podem ser dos mais leves até os mais graves, de acordo com a 
incidência e o abalo sobre os alienados, assim as punições são determinadas de acordo com a 
gravidade de cada caso. As principais medidas são estipulações de multas, advertências, 
acompanhamentos psicológicos, a alteração da guarda em sua caracterização e até mesmo, em 
casos graves, a suspensão da guarda ao genitor alienador. Comprovando que as práticas 
alienantes, mesmo que necessitem de uma comprovação concreta, possuem punibilidade na 
legislação brasileira, salientando a constante evolução do Direito como um todo. 
 
 
17 
 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 A alienação parental é algo que permaneceu inerente ao âmbito familiar, mesmo com 
todo o processo evolutivo ocorrido, e os eventuais direitos adquiridos aos membros do seio 
familiar. Porém, a alienação parental desvitaliza todo o processo evolutivo, em que o alienador 
se torna um abutre, com a função de degenerar o convívio saudável do filho com o genitor 
alienado, ferindo os direitos fundamentais e a dignidade da pessoa humana. Portanto, a 
estipulação da Lei n.º 12.318 é um grande marco para o Direito brasileiro, que vem proteger as 
crianças e adolescentes, para que estes tenham tutelados seus direitos de convívio e formação 
saudáveis. Já que muitas vezes o alienante fica obcecado por seus desejos de vingança e não 
percebem o impacto sobre o menor, este que é o maior prejudicado na relação alienante, ao 
entendimento que cria um sentimento de ódio herdado do alienador e desvitaliza todo seu 
processo de convívio com o outro genitor. As consequências da prática são drásticas e acarretam 
diversos distúrbios, e a consequente Síndrome da Alienação Parental, além de atingir diversas 
pessoas que possuem o convívio com o menor. Assim como o caso análogo presente no 
entendimento da alienação parental contra o idoso, que também é colocado à mercê dos atos 
alienantes de quem passa a exercer o poder. 
 Por conseguinte, tem-se a assaz necessidade dos exames psicológicos para identificação 
dos atos e os seguintes tratamentos, como também no auxílio dos processos judiciais. Neste 
âmbito, o Poder Judiciário mantém um papel vital, nos segmentos do Juizado da Infância e da 
Juventude, no apoio da Lei n.º 12.318 que vem tipificar as minúcias da alienação parental. Ao 
fato da alienação parental ser uma problemática delicada, a legislação se torna imprescindível 
para tutelar o Direito de família, a família em si e seus respectivos integrantes. 
Portanto, mister é o fato do Poder Judiciário ter que estipular cada vez mais processos 
evolutivos para que o Direto possa acompanhar a constante evolução da família. Em primeira 
instância, intensificando os cuidados com os alienados e as buscas pelos tratamentos com os 
alienadores, fazendo com que os casos não sejam estipulados como ilusórios. Seguidamente, a 
especialização dos integrantes do judiciário nas varas especializadas, para estarem aptos nos 
acompanhamentos dos processos decorrentes, evitando a determinação de processos que 
acarretem em ainda mais problemáticas aos alienados, como a estipulação da suspensão de 
visitas. As comunidades sociais e jurídicas devem lutar juntas para ilidir o processo da alienação 
parental do âmbito familiar, denunciando e conscientizando, caso o contrário, filhos, pais e 
idosos, tornar-se-ão meros deleites formais do convívio familiar, sem consciências próprias. 
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