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Penal - Arts. 140-145

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PENAL III 
 
PROF.: ANA LUISA 
RAIMUNDO HERBESON (IV SEM GT MANHÃ FAP) 
88.997201010 
 
ESBOÇO PARA ESTUDO 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
Calúnia 
 Art. 138 
 § 1º 
 § 2º 
 
Exceção da verdade 
 § 3º 
 
Difamação 
 Art. 139 
 
Injúria 
 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Não há atribuição de fato, como a calúnia e a difamação. 
 
Quando o crime é cometido contra funcionário público e na sua presença: 
Desacato (art. 331) 
 
Não admite-se a exceção da verdade. Seria absurdo alguém chamar outro de burro e 
querer provar a veracidade dessa afirmativa. 
 Quanto a exceção da verdade, lembre-se: 
 Calúnia: cabível como regra 
 Difamação: cabível quando contra func. público em razão de sua função 
 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: fala-se aqui de perdão judicial 
 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
 É o xingamento como resposta a uma provocação, 
 A referida provocação deve ser considerada reprovável 
 Deve ter sido feita no naquele exato momento,na presença do ofensor 
 
 II - no caso de retorsão [revide] imediata, que consista em outra injúria. 
 Aqui ambos praticam o crime de injúria 
 
 Injúria real 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo 
meio empregado, se considerem aviltantes: [humilhante, quer seja pela natureza do ato – 
respar o cabelo – ou pelo meio empregado – atirar ovo quando alguém está palestrando]. 
 Pena - detenção, de três meses a um ano [Figura qualificada do crime de injúria], e 
multa, além da pena correspondente à violência. 
Se da violência empregada para ofender resultarem lesões corporais, ainda que 
leves, o agente responderá pelos dois crimes. 
 
 
 Injúria racial ou preconceituosa 
Verbo do tipo 
Afeta a autoestima. 
Afeta a moral da 
vítima. É o dizer que 
alguém é safado, 
ladrão, velhaco, 
vagabundo, golpista, 
corrupto, 
estelionatário, 
pedófilo, etc. 
 
Diz respeito a 
expressões que afetam 
os atributos físicos ou 
intelectuais: é o burro, 
idiota, ignorante, 
celerado, monstro, 
baleia, porco, canhão 
etc. 
 
Comentado [D1]: Objetividade jurídica: honra subjetiva 
(que cada um tem acerca de sus próprios atributos). 
 
Elemento subjetivo: dolo 
 
Consumação: apena quando chega ao conhecimento da 
vítima 
 
Tentativa: somente na forma escrita 
 
Meios de execução: verbal, escrito, gestual ou qualquer 
outro meio simbólico 
 
Formas de ofender: explícita ou implícita (chamar um 
homem de corno ofende indiretamente sua esposa) e 
imediata ou mediata 
 
Sujeito ativo: qualquer pessoa 
 
Sujeito passivo: qualquer pessoa, inclusive os desonrados, os 
menores de idade e doentes metais (desde que entendam o 
significado da ofensa). Os mortos e as pessoas jurídicas não 
podem ser pessoas passivas. 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação 
dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) 
O crime de injúria, assim como todos os demais crimes contra a honra, pressupõe 
que a ofensa seja endereçada a pessoa determinada ou, ao menos, a um grupo 
determinado de indivíduos. Assim, quando o agente se dirige a uma outra pessoa e a 
ofende fazendo referência à sua cor ou religião, configura-se a injúria qualificada. O 
crime de racismo, por meio de manifestação de opinião, estará presente quando o 
agente se referir de forma preconceituosa indistintamente a todos os integrantes de 
certa raça, cor, religião etc. 
 
Disposições comuns 
 
 Causas de aumento de pena 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer 
dos crimes é cometido: 
 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
Se o crime é de calúnia ou difamação, e for constatada motivação política, haverá 
crime específico, previsto na Lei de Segurança Nacional (art 26 c.c 1º e 2º, da Lei 
7.170/83) 
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
 
 III - na presença [inclui-se conversas na internet, desde que presentes no mínimo três 
pessoas] de várias pessoas [pelo menos três – exclue-se deste computo os autores, 
coautores, e quem não tenha capacidade de entendimento, tais como crianças, surdos, 
loucos],ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria 
[panfletos, cartazes, picação, auto-falantes, internet etc.]. 
 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no 
caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga [prévia em relação ao crime] 
ou promessa de recompensa [pagamento posterior], aplica-se a pena em dobro. 
 
Exclusão do crime 
 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
 
 I - a ofensa irrogada em juízo [pode ser juízo cível ou criminal, trabalhista ou 
falimentar], na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; 
 
O advogado, pela natureza de sua função, possui privilégio quando a exclusão do 
crime de injúria (Estatuto da OAB, art. 7º, § 2º): 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, no 
exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das sanções 
disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. 
 
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando 
inequívoca a intenção de injuriar ou difamar [não há imunidade absoluta]; 
 A ideia é conferir certa liberdade para os críticos 
 
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou 
informação que preste no cumprimento de dever do ofício. 
Quando um delegado de polícia menciona que o indiciado é um perigoso bandido, a 
fim de convencer o juiz a decretar-lhe a prisão preventiva, não incorre em crime de 
injúria. 
 
 Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação 
quem lhe dá publicidade. 
 
Retratação 
 
 Art. 143 - O querelado [denota a ideia de calúnia ou difamação apuradas mediante 
ação privada] quando a que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da 
difamação, fica isento de pena. 
 
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a 
difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim desejar o 
ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído pela Lei nº 13.188, 
de 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, 
quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo [Para que não componha uma 
queixa-crime temerária, o ofendido pode apresentar petição em juízo, notificando o autor do 
ato para que se explique]. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá 
satisfatórias, responde pela ofensa. 
 Se, se recusar, responderá pela ofensa 
 
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo [calúnia, difamação e injúria] somente se 
procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão 
corporal. 
Regra: A ação penal é privada, devendo ser proposta por meio de queixa-crime. 
 
 Parágrafo único. Procede-semediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do 
inciso I do caput do art. 141 deste Código [ofensa contra Presidente da República ou chefe 
de governo estrangeiro], e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do 
mesmo artigo [contra funcionário público], bem como no caso do § 3o do art. 140 deste 
Código [Injúria racial ou preconceituosa]. (Redação dada pela Lei nº 12.033. de 2009) 
 
 
Juazeiro do Norte, 09 de junho de 2016 
 
 
Acesse: 
http://revisadireito.blogspot.com.br/ 
https://www.facebook.com/revisao.direito/ 
https://www.youtube.com/channel/UCHDm9SKThZTZLHzvNPtwVmQ 
Que se trate 
de crime de 
calúnia ou 
difamação 
Que o crime 
em apuração 
seja de ação 
provada 
Que a 
retratação 
ocorra antes da 
sentença de 1ª 
instancia 
Que seja 
cabal 
Retratação: requisitos 
Comentado [D2]: Retratar significa voltar atrás no que 
disse, assumir que errou ao fazer a imputação. É necessário 
que a retratação seja cabal, isto é, total e incondicional. 
Comentado [D3R2]: A lei não exige que a parte ofendida a 
aceite. 
 
Deve ser realizada antes da sentença de 1ª instancia. A 
retratação feita em grau de recurso não gera efeito.

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