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Penal Arts. 140-148, 154 A, 155-159, 168, 171, 181-183

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PENAL III 
 
PROF.: ANA LUISA 
ALUNO: RAIMUNDO HERBESON (IV SEM GT MANHÃ FAP) 
88.997201010 
 
ESBOÇO PARA ESTUDO 
 
 
CAPÍTULO V 
DOS CRIMES CONTRA A HONRA 
 
 
Calúnia 
 Art. 138 
 § 1º 
 § 2º 
 
Exceção da verdade 
 § 3º 
 
Difamação 
 Art. 139 
 
Injúria 
 
 Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
Não há atribuição de fato, como a calúnia e a difamação. 
 
Quando o crime é cometido contra funcionário público e na sua presença: 
Desacato (art. 331) 
 
Não admite-se a exceção da verdade. Seria absurdo alguém chamar outro de 
burro e querer provar a veracidade dessa afirmativa. 
 Quanto a exceção da verdade, lembre-se: 
 Calúnia: cabível como regra 
 Difamação: cabível quando contra func. público em razão de sua função 
 
 § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: fala-se aqui de perdão judicial 
 
 I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; 
 É o xingamento como resposta a uma provocação, 
 A referida provocação deve ser considerada reprovável 
 Deve ter sido feita no naquele exato momento,na presença do ofensor 
 
 II - no caso de retorsão [revide] imediata, que consista em outra injúria. 
 Aqui ambos praticam o crime de injúria 
 
 Injúria real 
 § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou 
pelo meio empregado, se considerem aviltantes: [humilhante, quer seja pela natureza 
do ato – respar o cabelo – ou pelo meio empregado – atirar ovo quando alguém está 
palestrando]. 
Verbo do tipo 
Afeta a 
autoestima. 
Afeta a moral da 
vítima. É o dizer que 
alguém é safado, 
ladrão, velhaco, 
vagabundo, golpista, 
corrupto, 
estelionatário, 
pedófilo, etc. 
 
Diz respeito a 
expressões que afetam 
os atributos físicos ou 
intelectuais: é o burro, 
idiota, ignorante, 
celerado, monstro, 
baleia, porco, canhão 
etc. 
 
Comentado [D1]: Objetividade jurídica: honra subjetiva 
(que cada um tem acerca de sus próprios atributos). 
 
Elemento subjetivo: dolo 
 
Consumação: apena quando chega ao conhecimento da 
vítima 
 
Tentativa: somente na forma escrita 
 
Meios de execução: verbal, escrito, gestual ou qualquer 
outro meio simbólico 
 
Formas de ofender: explícita ou implícita (chamar um 
homem de corno ofende indiretamente sua esposa) e 
imediata ou mediata 
 
Sujeito ativo: qualquer pessoa 
 
Sujeito passivo: qualquer pessoa, inclusive os desonrados, os 
menores de idade e doentes metais (desde que entendam o 
significado da ofensa). Os mortos e as pessoas jurídicas não 
podem ser pessoas passivas. 
 Pena - detenção, de três meses a um ano [Figura qualificada do crime de injúria], 
e multa, além da pena correspondente à violência. 
Se da violência empregada para ofender resultarem lesões corporais, ainda 
que leves, o agente responderá pelos dois crimes. 
 
 Injúria racial ou preconceituosa 
 § 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de 
deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 
1997) 
O crime de injúria, assim como todos os demais crimes contra a honra, 
pressupõe que a ofensa seja endereçada a pessoa determinada ou, ao menos, 
a um grupo determinado de indivíduos. Assim, quando o agente se dirige a 
uma outra pessoa e a ofende fazendo referência à sua cor ou religião, 
configura-se a injúria qualificada. O crime de racismo, por meio de 
manifestação de opinião, estará presente quando o agente se referir de forma 
preconceituosa indistintamente a todos os integrantes de certa raça, cor, 
religião etc. 
 
Disposições comuns 
 
 Causas de aumento de pena 
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se 
qualquer dos crimes é cometido: 
 
 I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; 
Se o crime é de calúnia ou difamação, e for constatada motivação política, 
haverá crime específico, previsto na Lei de Segurança Nacional (art 26 c.c 1º e 
2º, da Lei 7.170/83) 
 II - contra funcionário público, em razão de suas funções; 
 
 III - na presença [inclui-se conversas na internet, desde que presentes no mínimo 
três pessoas] de várias pessoas [pelo menos três – exclue-se deste computo os 
autores, coautores, e quem não tenha capacidade de entendimento, tais como 
crianças, surdos, loucos] ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da 
difamação ou da injúria [panfletos, cartazes, picação, auto-falantes, internet etc.]. 
 
 IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, 
exceto no caso de injúria. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga [prévia em relação ao 
crime] ou promessa de recompensa [pagamento posterior], aplica-se a pena em dobro. 
 
Exclusão do crime 
 
 Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível: 
 
 I - a ofensa irrogada em juízo [pode ser juízo cível ou criminal, trabalhista ou 
falimentar], na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador; 
 
O advogado, pela natureza de sua função, possui privilégio quando a exclusão 
do crime de injúria (Estatuto da OAB, art. 7º, § 2º): 
O advogado tem imunidade profissional, não constituindo injúria, 
difamação ou desacato puníveis qualquer manifestação de sua parte, 
no exercício de sua atividade, em juízo ou fora dele, sem prejuízo das 
sanções disciplinares perante a OAB, pelos excessos que cometer. 
 
 II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando 
inequívoca a intenção de injuriar ou difamar [não há imunidade absoluta]; 
 A ideia é conferir certa liberdade para os críticos 
 
 III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou 
informação que preste no cumprimento de dever do ofício. 
Quando um delegado de polícia menciona que o indiciado é um perigoso 
bandido, a fim de convencer o juiz a decretar-lhe a prisão preventiva, não 
incorre em crime de injúria. 
 
 Parágrafo único - Nos casos dos ins. I e III, responde pela injúria ou pela 
difamação quem lhe dá publicidade. 
 
Retratação 
 
 Art. 143 - O querelado [denota a ideia de calúnia ou difamação apuradas 
mediante ação privada] quando a que, antes da sentença, se retrata cabalmente da 
calúnia ou da difamação, fica isento de pena. 
 
 Parágrafo único. Nos casos em que o querelado tenha praticado a calúnia ou a 
difamação utilizando-se de meios de comunicação, a retratação dar-se-á, se assim 
desejar o ofendido, pelos mesmos meios em que se praticou a ofensa. (Incluído 
pela Lei nº 13.188, de 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou 
injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo [Para que não 
componha uma queixa-crime temerária, o ofendido pode apresentar petição em juízo, 
notificando o autor do ato para que se explique]. Aquele que se recusa a dá-las ou, a 
critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
 Se, se recusar, responderá pela ofensa 
 
 Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo [calúnia, difamação e injúria] 
somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da 
violência resulta lesão corporal. 
Regra: A ação penal é privada, devendo ser proposta por meio de queixa-
crime.Parágrafo único. Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso 
do inciso I do caput do art. 141 deste Código [ofensa contra Presidente da República 
Que se trate 
de crime de 
calúnia ou 
difamação 
Que o crime 
em apuração 
seja de ação 
provada 
Que a 
retratação 
ocorra antes da 
sentença de 1ª 
instancia 
Que seja 
cabal 
Retratação: requisitos 
Comentado [D2]: Retratar significa voltar atrás no que 
disse, assumir que errou ao fazer a imputação. É necessário 
que a retratação seja cabal, isto é, total e incondicional. 
Comentado [D3R2]: A lei não exige que a parte ofendida a 
aceite. 
 
Deve ser realizada antes da sentença de 1ª instancia. A 
retratação feita em grau de recurso não gera efeito. 
ou chefe de governo estrangeiro], e mediante representação do ofendido, no caso do 
inciso II do mesmo artigo [contra funcionário público], bem como no caso do § 3o do 
art. 140 deste Código [Injúria racial ou preconceituosa]. (Redação dada pela Lei nº 
12.033. de 2009) 
 
 
 
CAPÍTULO VI 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE INDIVIDUAL [consiste na faculdade de 
autodeterminação, de fazer o que quiser, dentro, evidentemente, dos limites legais] 
SEÇÃO I 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE PESSOAL 
 
Constrangimento ilegal 
 
 Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência [emprego de força física ou de 
atos agressivos sobre a vítima – socos, pontapés etc.] ou grave ameaça [é a 
promessa de mal grave a ser causado no próprio agente ou em terceiro que lhe é 
querido], ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de 
resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
 
O constrangimento ilegal possui caráter 
subsidiário, cedendo lugar sempre que a violência 
ou grave ameaça empregadas visarem fins 
específicos, descritos em outro tipo penal. 
 
Ex.: Extorção, estupro, tortura, sequestro etc. 
 
Por outro lado há crimes que são absorvidos pelo constrangimento ilegal, tais 
como a ameaça e a violação de domicílio (quando alguém ingressa em casa 
alheia para praticar o constrangimento ilegal). 
 
Quando o agente obriga a vítima a fazer algo lícito, como pagar uma dívida, 
responderá pelo crime de exercício arbitrário das próprias razões (art. 345, 
CP). 
 
 
Aumento de pena 
 
 § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a 
execução do crime, se reúnem mais de três pessoas [mínimo de 4], ou há emprego de 
armas [ou doutrinadores interpretam esta palavra, no plural, como gênero e não ao 
número. As armas podem ser próprias ou impróprias]. 
 
 § 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência. 
Havendo violência, as penas dos dois crimes deverão ser somadas. 
 
 Excludente de tipicidade 
 § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo: 
 
 I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu 
representante legal, se justificada por iminente perigo de vida; 
 
 II - a coação exercida para impedir suicídio. 
Ex.: É o caso de alguém com força 
física avantajada que manda a 
vítima mudar de assento em um 
estádio de futebol pois, caso 
contrário, irá agredi-la. 
Comentado [D4]: Objetividade jurídica: A liberdade das 
pessoas de fazer ou não fazer o que bem lhes aprouver, 
dentro dos limites legais. 
Ver art. 5º, II, CRFB 
 
Tipo objetivo: Constranger, coagir, obrigar a fazer ou não 
fazer algo. 
 
Não admite a forma omissiva. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa que tenha capacidade de 
determinação. Pessoa jurídica não podem ser sujeito ativo, e 
sim o representante da empresa. 
 
Elemento subjetivo: Dolo 
 
Consumação: Estamos diante de um crime material, logo a 
consumação só ocorre quando a vítima, coagida, faz o que o 
agente mandou que ela fizesse, ou deixa de fazer o que ele 
ordenou que não fizesse. 
 
Tentativa: Quando o agente emprega a violência ou grave 
ameaça ou a violência imprópria e não obtém, por 
circunstancias alheias à sua vontade, a ação ou omissão da 
vítima. 
 
Ação penal: Pública incondicionada 
 
 
Ameaça 
 
 Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio 
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave [o mal prometido deve ser injusto, 
contrário ao direito, caso contrário será atípico]: 
A injustiça da ameaça é o elemento normativo do crime 
 
Como se dá a ameaça? 
 Palavras: Na presença da vítima, por gravação, por telefone etc. 
 Por escrito: carta, bilhete, e-mail etc. 
 Gestos: Apontar uma arma, pássaro dedo no pescoço simulando um 
degolamento etc. 
 Meio simbólico: Enviar um pequeno caixão para a vítima. 
 
A doutrina ainda diz que a ameaça pode ser: direta, indireta, explícita e 
implícita. 
 
O crime tem caráter subsidiário 
 
 Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
 
 Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
 
 
Seqüestro e cárcere privado 
 
 Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere 
privado: (Vide Lei nº 10.446, de 2002) 
 Pena - reclusão, de um a três anos. 
 
Como a liberdade é bem 
disponível, o consentimento exclui 
o crime. 
 
Tem caráter subsidiário quando 
estiver presente alguma finalidade prevista como crime mais grave: 
 Se o sequestro visa o pedido de resgate em troca da libertação da 
vítima, o crime é o de extorsão mediante sequestro (art. 159). 
 Se o sequestro for realizado com o fim de praticar crime de tortura, 
teremos o crime de tortura agravado (art. 1º, §4º, III, da Lei n. 9.455/97). 
 Se o agente subtrai criança ou adolescente (art. 237 da Lei 8.069/90). 
 
 Figuras qualificadas 
 § 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos: 
 
 I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou 
maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 A norma é taxativa, não admitindo analogias ou interpretações extensivas. 
 E se o sequestrador for tio, genro, irmão, aplica a qualificadora? 
o Não, porque o rol é taxativo! 
 E se a vítima tiver menos de 60 anos quando capturada, sendo mantida 
em cativeiro até superar tal idade, aplica-se a qualificadora? 
Sequestro: a vítima é deixada em lugar aberto com 
possibilidade de considerável movimentação (Ex.: uma 
chácara). 
Cárcere privado: a vítima é privada da liberdade em local 
fechado (em um quarto fechado) 
Comentado [D5]: Objetividade jurídica: A liberdade das 
pessoas no que tange à tranquilidade ou sossego. 
 
Tipo objetivo: Ameaçar, intimidar, anunciar a provocação. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa. 
 
Sujeito passivo: Qualquer pessoa, desde que possa 
compreender o significado da ameaça. 
 
Ação penal: Ação penal condicionada à representação. 
 
Elemento subjetivo: Dolo 
 
Consumação: No momento em que a vítima toma 
conhecimento do teor da ameaça. 
 
Tentativa: É possível nos casos de ameaça feita por carta ou 
pela remessa de fita com a ameaça que não chega ao 
destinatário. 
 
Ação penal: Condicionada à representação. 
 
 
Comentado [D6]: Objetividade jurídica: A liberdade de 
locomoção. 
 
Tipo objetivo: Privar alguém de sua liberdade. 
 
Elemento subjetivo: Dolo 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa (crime comum). 
 
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
 
Consumação: Quando a vítima for privada de sua liberdade 
por tempo juridicamente relevante. 
É crime permanente, pois sua consumação se prolonga no 
tempo. Por isso a prisão em flagrante é possível a todo 
momento (art. 303 CPP). 
 
Tentativa: Quando priva a liberdade por tempo inferior ao 
juridicamente relevante. 
 
Ação penal: Pública incondicionada.o Sim, porque o sequestro é crime permanente. 
 
 II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou 
hospital; 
Crime com emprego de fraude, enganando os profissionais da área médica 
com exames falsos. 
 
 III - se a privação da liberdade dura mais de quinze dias. 
 
 IV – se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos; (Incluído 
pela Lei nº 11.106, de 2005) 
 
 V – se o crime é praticado com fins libidinosos. (Incluído pela Lei nº 11.106, 
de 2005) 
O crime de sequestro qualificado é formal, pois se consuma no momento da 
captura da vítima, ainda que o agente não consiga realizar com ele nenhum 
dos atos libidinosos que pretendia. Caso consiga realizar tais atos com 
emprego de violência ou grave ameça, responderá por crime de estupro, em 
concurso material com o de sequestro. 
 
 § 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, 
grave sofrimento físico ou moral: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Local frio, úmido, quente, com ratos, baratas, exposta a falta de alimento, muito 
tempo sem luz solar. 
 
 
 
SEÇÃO IV 
DOS CRIMES CONTRA A INVIOLABILIDADE DOS SEGREDOS 
 
Divulgação de segredo 
 Art. 153 
 
Violação ao segredo profissional 
 Art. 154 
 
 Invasão de dispositivo informático 
 Art. 154-A. Invadir dispositivo informático alheio, conectado ou não à rede de 
computadores, mediante violação indevida de mecanismo de segurança e com o fim 
de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou 
tácita do titular do dispositivo ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem 
ilícita: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa. (Incluído pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
 
 § 1o Na mesma pena incorre quem produz, oferece, distribui, vende ou difunde 
dispositivo ou programa de computador com o intuito de permitir a prática da conduta 
definida no caput. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 
 Causa de aumente de pena da figura simples 
 § 2o Aumenta-se a pena de um sexto a um terço se da invasão resulta prejuízo 
econômico. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 
 Figura qualificada 
Comentado [D7]: Objetividade jurídica: Segurança nas 
operações informáticas e o sigilo das informações e dados 
dos usuários. 
 
Tipo objetivo: Invadir dispositivo informático. 
 
Elemento subjetivo: Dolo 
 
Consumação: No exato momento da invasão. 
 
Tentativa: É possível (ex.: quando a vítima não abre um e-
mail contendo arquivo espião, ou quando o antivírus impede 
invasão). 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa (crime comum). 
 
Sujeito passivo: O dono do computador invadido ou 
qualquer outra pessoa cujos dados sejam copiados ou 
danificados por estarem nos arquivos do computador 
afetado. 
 
Ação penal: Mediante representação, salvo se cometido 
contra a administração pública direta ou indireta de 
qualquer dos poderes da União, Estados, DF ou Municípios 
ou contra empresas concessionárias de serviços públicos, 
quando a ação será pública incondicionada. 
 § 3o Se da invasão resultar a obtenção de conteúdo de comunicações 
eletrônicas privadas, segredos comerciais ou industriais, informações sigilosas, assim 
definidas em lei, ou o controle remoto não autorizado do dispositivo 
invadido: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 
 Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa, se a conduta não 
constitui crime mais grave [o próprio tipo penal prevê sua absorção diante de delitos 
mais graves – subsidiariedade expressa]. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 
2012) Vigência 
 
 Aumento de pena da figura qualificada 
 § 4o Na hipótese do § 3o, aumenta-se a pena de um a dois terços se houver 
divulgação, comercialização ou transmissão a terceiro, a qualquer título, dos dados ou 
informações obtidos. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
Ex.: O agente que invade o computador de uma atriz e copia fotografias 
sensuais particulares e comercializa as fotografias com sites pornográficos ou 
com revistas. 
 
Ex2.: O agente consegue, com a invasão, o texto de um livro que está sendo 
redigido por um famoso escritor ou uma música que será gravada por uma 
famosa banda e divulga a música ou o livro. 
 
 Causas gerais de aumento de pena 
 § 5o Aumenta-se a pena de um terço à metade se o crime for praticado 
contra: (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 
 I - Presidente da República, governadores e prefeitos; (Incluído pela Lei nº 
12.737, de 2012) Vigência 
 
 II - Presidente do Supremo Tribunal Federal; (Incluído pela Lei nº 12.737, de 
2012) Vigência 
 
 III - Presidente da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, de Assembleia 
Legislativa de Estado, da Câmara Legislativa do Distrito Federal ou de Câmara 
Municipal; ou (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012)Vigência 
 
 IV - dirigente máximo da administração direta e indireta federal, estadual, 
municipal ou do Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 12.737, de 2012) Vigência 
 
 
 
TÍTULO II 
DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO 
CAPÍTULO I 
DO FURTO 
Furto 
 
 Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
 
Observações: 
 É possível furtar parte de bem imóvel, como por exemplo, as telhas de 
uma casa. Nesse caso o agente mobiliza parte do bem imóvel. 
 Os animais domésticos, quando tiverem dono, e os semoventes (bois, 
porcos, cabras) podem ser objetos de furto. 
Comentado [D8]: Objetividade jurídica: Esse crime afeta o 
patrimônio e, eventualmente a posse. É um crime simples. 
 
Tipo objetivo: As elementares podem ser divididas em 
quatro: 
1.Conduta típica: subtrair. 
2. Objeto material: móvel. 
3. Elemento normativo: coisa alheia. 
4. Elemento subjetivo: Assenhoreamento definitivo da 
coisa subtraída. 
 
Sujeito ativo: Crime comum. 
 
Sujeito Passivo: O dono do bem subtraído 
 
Consumação: Quatro teorias: 
1. Concretatio, segundo a qual tocar coisa alheia consuma 
o furto. 
2. Apprehensio, em que é necessário o agente segurar a 
coisa. 
3. Amotio, que exige o deslocamento físico do bem. 
4. Abratio, que pressupõe que o agente coloque o bem no 
local em que pretendia. Foi adotada uma orientação que 
chamamos de teoria da inversão da posse. Essa corrente 
exige que a vítima perca a posse e o agente a obtenha. 
 
Tentativa: É possível em todas as modalidades de furto – 
simples, privilegiado e qualificado. 
 
Pena: A pena de furto simples é cumulativa: multa e 
privativa de liberdade (reclusão, de um a quatro anos). Como 
a pena mínima não supera um ano, é cabível a suspensão 
condicional do processo, se presentes os demais requisitos 
do art. 89 da Lei 9,099/95. 
 
Ação penal: Pública incondicionada. 
Comentado [D9]: Fim de assenhoreamento definitivo 
(elemento subjetivo) O furto exige que o agente o pratique o 
verbo do tipo com o fim de obter o bem para si ou para 
outrem. O crime pressupõe a intenção de manter a coisa em 
seu poder. É o que chamamos de animus rem sibi havendi ou 
animus furandi. 
 
Para que a coisa seja considerada alheia, é necessário que 
ela tenha dono. Assim, por não ter dono, não pode ser 
objeto de furto a coisa de ninguém (res nullius). 
 
Comentado [D10]: Apenas a coisa móvel pode ser objeto 
de furto, uma vez que somente ela pode ser transportada e 
tirada da esfera de vigilância da vítima. 
 
 O art. 155,§3º, do Código Penal, equipara a coisa móvel a energia 
elétrica e outras formas de energia que tenha valor econômico, de 
modo que podem ser produto de furto. 
 Os seres humanos não podem ser objeto material de furto, mas de 
sequestro (art. 148), extorsão mediante sequestro (art. 159) e subtração 
de incapaz (art. 249). 
 A extração, não autorizada, de órgão ou tecido humano, para fim de 
transplante, constitui crime específico, previsto na Lei n. 9.434/97 (art. 
14). 
 
 
 
 
 
 
 
Subtração de objetos enterrados com o cadáver 
A doutrina fala de furto e de violação a sepultura (art. 210, CP). 
 No primeiro caso (furto) dizem que os bens possuem aos herdeiros, e a 
subtração constitui furto, qualificado pelo rompimento de obstáculo. 
 No segundo caso o objeto equipara-se à coisa abandonada, assim tipificado no 
art. 210, do CP. Fim de assenhoreamento definitivo (elemento subjetivo) O 
furto exige que o agente o pratique o verbo do tipo com o fim de obter o bem 
para si ou para outrem. O crime pressupõe a intenção de manter a coisa em 
seu poder. É o que chamamos de animus rem sibi havendi ou animus furandi. 
 
 
Absorção 
 Quando o agente ingressa em casa alheia para cometer crime de furto, o delito 
de violação de domicílio por se tratar de crime-meio. 
 Se o agente, após furtar o objeto, o destrói, o crime de dano é considerado 
post factum impunível, pois não houve novo prejuízo à vítima. 
 Se o agente, após furtar um objeto, passando-se por seu legítimo dono, o 
vende a um terceiro, deveria responder por dois crimes (furto e disposição de 
coisa alheia como própria – art. 171, §2º, I, CP), mas responderá apenas por 
furto, porque obteve apenas uma vantagem. 
 
Furto famélico 
É aquele cometido por quem se encontra em estado de extrema penúria e, não tenho 
outra forma de conseguir alimento para si ou para seus familiares, subtrai pequena 
quantidade de mantimento ou um animal para se alimentar. 
 
 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso 
noturno. 
Não é cabível a suspenção condicional do processo porque a pena mínima em 
abstrato é de um ano e quatro meses por conta do aumento. 
 
 Furto privilegiado 
 § 2º - Se o criminoso é primário [Toda e qualquer pessoa que não seja 
considerada reincidente pelo juiz na sentença], e é de pequeno valor [até um salário 
mínimo] a coisa furtada, o juiz pode 1) substituir a pena de reclusão pela de detenção, 
2) diminuí-la de um a dois terços, ou 3) aplicar somente a pena de multa. 
 
 
E as coisas perdidas? 
 A res desperdicta tem dono, contudo, só são assim consideradas aquelas que estão fora da esfera de 
vigilância do dono porque foram perdidas em local público ou aberto ao público. Neste caso não se fala 
em furto, mas em apropriação de coisa achada (art. 169, parágrafo único, II). 
Comentado [D11]: É aquele vigente à época do crime. 
Necessária avaliação formal, que deverá ser ordenada pelo 
delegado de Polícia, normalmente feita pelos peritos da 
própria Polícia Civil. 
 § 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha 
valor econômico. 
 
Furto qualificado 
 
 § 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido: 
 
 I - com destruição [destruição completa] ou rompimento [danificação parcial] de 
obstáculo à subtração da coisa; 
 
 II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; 
 
 III - com emprego de chave falsa; 
 
 IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas. 
 
 § 5º - A pena é de reclusão de três a oito anos, se a subtração for de veículo 
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior [é 
necessário que exista, já no momento da subtração, intenção de transportar o veículo 
– entendimento de Victor Eduardo Rios Gonçalves]. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 
1996) 
 
Furto de coisa comum 
 
 Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a 
quem legitimamente a detém, a coisa comum: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa. 
Em relação ao sujeito ativo, deve-se ressaltar sua natureza de crime próprio, 
que só pode ser cometido por condômino (de bem móvel), coerdeiro e sócio. 
 
Quando o agente já está na posse do bem e não restitui, o crime é o de 
apropriação indébita. 
 
 § 1º - Somente se procede mediante representação. 
 
 Exclusão do crime 
 § 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível [é aquela que pode ser 
substituída por outra da mesma espécie, quantidade e qualidade], cujo valor não 
excede a quota a que tem direito o agente [Dessa forma não terá causado prejuízo 
para o condômino, coerdeiro e sócio.]. 
 
 
 
CAPÍTULO II 
DO ROUBO E DA EXTORSÃO 
Roubo 
Esta figura criminosa abrange o roubo simples (que pode ser próprio ou 
impróprio), cinco causas de aumento de pena e duas qualificadoras. 
 Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave 
ameaça [promessa de mal grave e iminente a ser provocado no próprio dono do bem 
ou em terceiro (filho, cônjuge etc.)] ou violência [emprego de força física ou ato 
agressivo] a pessoa [o próprio dono do bem ou terceiro e nunca contra a coisa], ou 
depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 
Comentado [D12]: Objeto material: Coisa comum 
 
Sujeito ativo: Só pode ser cometido pelo condômino (de 
bem móvel), coerdeiro e sócio. 
 
Sujeito passivo: Só pode ser cometido pelo condômino (de 
bem móvel), coerdeiro e sócio. 
 
Ação penal: Considerando que nas hipóteses desse artigo as 
partes muitas vezes são parentes ou amigos próximos, 
decidiu que a ação penal é pública, mas depende de 
representação. 
Comentado [D13]: Objetividade jurídica: Crime complexo 
na medida em que atinge mais de um bem jurídico: o 
patrimônio e a incolumidade física ou a liberdade individual. 
 
Tipo objetivo: Subtrair coisa móvel, alheia, com o fim de 
assenhoreamento. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa, exceto o próprio dono do 
bem, já que a lei exige que a coisa seja alheia. 
 
Sujeito passivo: O proprietário, bem como o possuidor ou 
detentor do bem. 
 
A PJ também pode ser sujeito passivo do roubo. 
 
Consumação: No momento em que o agente se apossa do 
bem da vítima, com a inversão da posse da res. 
 
Tentativa: É possível quando é empregada e violência ou 
grave ameaça, sem conseguir se apoderar do bem visado. 
 
Ação penal: Pública incondicional. 
Comentado [D14]: A simulação de arma constitui grave 
ameaça. 
 
Grave ameaça = vis relativa 
Comentado [D15]: Se o agente o fez com a intenção de 
matar a vítima, responde por crime de latrocínio, consumado 
ou tentado, dependendo do resultado. 
 
Violência = vis absoluta 
Não existe roubo privilegiado, mesmo que o réu seja primário e a coisa 
roubada seja de pequeno valor. 
 
 Roubo impróprio 
 § 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega 
violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime 
ou a detenção da coisa para si ou para terceiro. 
No roubo impróprio o agente queria inicialmente cometer um furto, e depois de 
se apoderar do bem emprega violência ou grave ameaça a fim de garantir sua 
impunidade ou a detenção do referido bem. 
 
No roubo próprio a violência e a grave ameaça são meios, sendo empregados 
antes e durante o roubo. 
 
O roubo impróprio não admite a violência impropria do caput. 
 
 Causas de aumento de pena 
 § 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade: 
 
 Emprego de arma 
 I - se a violência ou ameaça é exercida comemprego de arma [abrange arma 
própria e imprópria]; 
 
 Concurso de agentes 
 II - se há o concurso de duas ou mais pessoas; 
 
 Vítima em serviço de transporte de valores 
 III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal 
circunstância. 
 
 Transporte de veículos roubado para outro estado ou país 
 IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para 
outro Estado ou para o exterior; (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
 Restrição da liberdade da vítima 
 V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua 
liberdade. (Incluído pela Lei nº 9.426, de 1996) 
 
 Roubo qualificado 
 § 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a 
quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem 
prejuízo da multa. (Redação dada pela Lei nº 9.426, de 1996) Vide Lei nº 8.072, de 
25.7.90 
 
 
Extorsão 
 
 Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o 
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar 
que se faça ou deixar de fazer alguma coisa: 
 Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa. 
 
 Distinções: 
Comentado [D16]: Como o texto legal exige o emprego, 
mesmo que o agente esteja portando, se não apontar nem 
mostrar, não configurará a causa de aumento. 
Comentado [D17]: O dispositivo em análise refere-se à 
restrição de liberdade, que não se confunde com privação de 
liberdade – elementar do crime de sequestro ou cárcere 
privado. Esta é mais duradoura, exige que a vítima seja 
mantida em poder do sequestrador por tempo juridicamente 
relevante. 
 
Na restrição a vítima fica por poucos minutos em poder do 
roubador. 
Comentado [D18]: As LCNG são aquelas descritas no art. 
129, §§1º e 20, CP. 
Comentado [D19]: É a figura conhecida como latrocínio. 
 
As qualificadoras aplicam-se tanto no roubo próprio quanto 
ao impróprio. 
 
De acordo com o art. 1º, II da Lei n. 8.072/90, o latrocínio, 
consumado ou tentado, é crime hediondo. 
Por ser hediondo: 
1.O agente não pode receber anistia, graça ou indulto. 
2.A progressão para regime mais brando só pode ocorrer 
após o cumprimento de 2/5 da pena, se primário, e 3/5, se 
reincidente. 
3.O livramento condicional só é admitido se cumprido 2/3 
da pena e se o agente não for reincidente específico. 
4.O regime inicial deve ser o fechado. 
Comentado [D20]: Objetividade jurídica: Patrimônio, 
incolumidade física e a liberdade individual. 
 
Tipo objetivo: Obrigar, coagir a vítima a fazer algo(entregar 
dinheiro), tolerar que se faça algo (usar algo sem pagar) ou 
deixar de fazer algo (não entrar em uma concorrência). 
 
Elemento subjetivo: A intenção de obter indevida vantagem 
econômica. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa. Crime comum. 
 
Sujeito passivo: Todos os que sofreram a violência ou grave 
ameaça, como aqueles que sofreram a lesão patrimonial. 
 
Consumação: Súmula 96, STJ “o crime de extorsão consuma-
se independentemente da obtenção da vantagem indevida”. 
 
Tentativa: É possível. A vítima assinou o cheque mediante 
grave ameaça, mas o agente não conseguiu o valor descrito 
na folha. 
 
Ação penal: Pública incondicionada. 
 Extorsão e estelionato: no estelionato a vítima entrega os bens ao 
agente por engano, pelo ludibrio, já na extorsão por sofrer violência ou 
grave ameaça. 
 Extorsão e roubo: Segundo Nelson Hungria, “a infalível distinção entre 
extorsão e roubo é que neste o agente toma para si mesmo, enquanto 
naquela faz com que se lhe entregue, ou ponha à sua disposição, ou se 
renuncie a seu favor”. 
 Extorsão e concussão: Na concussão o sujeito ativo sempre é 
funcionário público, e a vítima cede às exigências deste por temer 
represálias decorrentes do exercício do cargo. A extorsão pode ser 
cometida por qualquer pessoa, inclusive por funcionário público, desde 
que presente o elemento violência ou grave ameaça. 
 
 Causas de aumento de pena 
 § 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de 
arma, aumenta-se a pena de um terço até metade. 
 
 Extorsão qualificada pela lesão grave ou morte 
 § 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do 
artigo anterior [20 a 30 anos]. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 
 Extorsão qualificada pela restrição da liberdade (sequestro-relâmpago) 
 § 3o Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa 
condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de 
reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave 
ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, 
respectivamente. (Incluído pela Lei nº 11.923, de 2009) 
 
Extorsão mediante seqüestro 
 
 Art. 159 - Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer 
vantagem, como condição ou preço do resgate: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Vide 
Lei nº 10.446, de 2002) 
 Pena - reclusão, de oito a quinze anos.. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 
25.7.1990) 
 
 Figuras qualificadas 
 § 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é 
menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por 
bando ou quadrilha. Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 (Redação dada pela Lei nº 10.741, 
de 2003) 
 Pena - reclusão, de doze a vinte anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, de 
25.7.1990) 
 
 Qualificadoras decorrentes de lesão grave ou morte 
 § 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: Vide Lei nº 8.072, de 
25.7.90 
 Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos. (Redação dada pela Lei nº 
8.072, de 25.7.1990) 
 
 § 3º - Se resulta a morte: Vide Lei nº 8.072, de 25.7.90 
 Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos. (Redação dada pela Lei nº 8.072, 
de 25.7.1990) 
 
 Delação eficaz 
Comentado [D21]: Estamos diante de um crime de 
extorsão qualificada, em que se deve aplicar a pena de um 
crime de extorsão mediante sequestro qualificado. 
Comentado [D22]: Objetividade jurídica: Patrimônio e a 
liberdade. Crime complexo. 
 
Natureza hedionda: Tanto em sua figura simples quanto em 
suas formas qualificadas. 
 
Tipo objetivo: Sequestrar. 
 
Elemento subjetivo: Dolo de obter qualquer vantagem 
econômica como condição ou preço do resgate. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa. Crime comum. 
 
Sujeito passivo: Qualquer pessoa. 
 
Consumação: No exato momento em que a vítima é 
capturada. Note que o efetivo pagamento do resgate 
constitui mero exaurimento do crime de extorsão mediante 
sequestro. 
 
Tentativa: É possível, desde que os agentes já tenham feito a 
abordagem visando sequestrar, mas não conseguiram por 
circunstancias alheias à sua vontade. 
 
Competência: É a do local de onde se deu a captura (art. 70 
CPP), podendo ser também na cidade onde a vítima 
permaneceu cativa (art. 71 CPP). 
 
Ação penal: Pública incondicionada. 
 
 
Comentado [D23]: Basta uma destas hipóteses 
Comentado [D24]: Da pessoa sequestrada 
 § 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente [abrange tanto o 
coautor quanto o partícipe] que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do 
sequestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços. (Redação dada pela Lei nº 
9.269, de 1996) 
 
 
 
CAPÍTULO V 
DA APROPRIAÇÃO INDÉBITA 
 
Apropriação indébita 
 
 Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
A principal diferença entre aAI e o estelionato é que no primeiro o dolo é 
posterior e no estelionato, anterior. 
 
Aumento de pena 
 
 § 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa: 
 
 I - em depósito necessário; 
1ª Modalidade: Depósito necessário legal – Existe, contudo, consenso na 
doutrina no sentido de que, em tal caso, o agente recebe p bem no 
desempenho de função pública e, caso dela se aproprie, comete o crime de 
peculato (art. 312, caput). NÃO É O CASO NESTE INCISO! 
2ª Modalidade: É o caso de alguém receber bem alheio por este não ter onde 
guardar, em função de alguma catástrofe, enchente, incêndio, chamado de 
depósito miserável. APLICÁVEL O AUMENTO DO INCISO EM QUESTÃO! 
3ª Modalidade: É a figura do depósito necessário por equiparação, descrito no 
art. 649 do CC, que se refere às bagagens dos viajantes ou hóspedes nas 
hospedarias onde estiverem, nas situações em que as bagagens estejam sob a 
responsabilidade dos funcionários. Lembre-se necessária se faz a posse para 
configurar o crime. HÁ DIVERGÊNCIAS DOUTRINÁRIAS 
 
 II - na qualidade de tutor [pessoa nomeada judicialmente a quem compete cuidar 
de menor de idade e administrar seus bens, caso seus pais tenham falecido, sido 
declarados ausentes ou destituídos do poder pátrio], curador [É a pessoa nomeada 
judicialmente para administrar os bens de pessoas com deficiência mental, enfermas, 
dependentes de álcool ou drogas, pródigas ou que não podem, por qualquer causa, 
exprimir sua vontade], síndico [substituído na atual Lei de Falências pela figura do 
administrador judicial], liquidatário [figura abolida de nossa legislação pela Lei das 
Falências], inventariante [pessoa a quem compete a administração da herança, desde 
a assinatura do compromisso até a homologação da partilha], testamenteiro [quem 
tem a incumbência de cumprir as disposições de ultima vontade contidas em 
testamento] ou depositário judicial [pessoa nomeada pelo juiz para a guarda e 
conservação de bens penhorados, arrestados, sequestrados ou arrecadados por 
ordem do juízo.]; 
 
 III - em razão de ofício, emprego ou profissão. 
 
Apropriação indébita previdenciária (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Quem deixar de repassar previdência social as contribuições recolhidas dos 
contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional. 
 
Comentado [D25]: Quanto maior a colaboração prestada, 
maior a redução 
Comentado [D26]: Objetividade jurídica: O patrimônio e 
eventual posse. 
 
Tipo objetivo: Quebra de confiança. 
 
Sujeito ativo: Qualquer pessoa que tenha a posse lícita de 
uma coisa alheia. 
 
Sujeito passivo: Normalmente o proprietário, mas também 
podem sê-lo o possuidor, o usufrutuário etc. 
 
Consumação: No momento em que o agente exterioriza 
inequivocamente de que passou a se comportar como dono. 
 
Tentativa: Não se aplica. 
 
Elemento subjetivo: Dolo. 
 
Objeto material: Apenas as coisas móveis podem ser objeto 
do crime. 
 
Ação penal: Pública incondicionada. 
 
Comentado [D27]: Alguns doutrinadores Damásio de 
Jesus e Nélson Hungria consideram esta hipótese abarcada 
pelo inciso III do mesmo artigo. 
 
 
CAPÍTULO VI 
DO ESTELIONATO E OUTRAS FRAUDES 
 
Estelionato 
 
 Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, 
induzindo [o agente procura ludibriar a vítima] ou mantendo [A vítima se engana e o 
agente, ao perceber a situação o mantem neste estado], alguém em erro, mediante 
artifício [quando se usa algum artefato par enganar], ardil [é a conversa enganosa], ou 
qualquer outro meio fraudulento [forma genérica. Ex.: o silêncio]: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos 
de réis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Forma privilegiada 
 § 1º - Se o criminoso é primário [toda e qualquer pessoa que não seja 
considerada reincidente pelo juiz na sentença], e é de pequeno valor [aquela que não 
ultrapassa um salário mínimo] o prejuízo, o juiz pode [leia-se: deve] aplicar a pena 
conforme o disposto no art. 155, § 2º. 
 
 § 2º - Nas mesmas penas incorre quem: 
 
Disposição de coisa alheia como própria 
 
 I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia 
como própria [este rol é taxativo]; 
 
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria 
 
 II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável 
[que não pode ser vendida em razão de determinação legal, convenção ou disposição 
testamentária], gravada de ônus [aquela sobre a qual pesa um direito real em 
decorrência de cláusula contratual ou disposição legal (art. 1.225 do CC)] ou litigiosa 
[aquele objeto com cláusula de inalienabilidade], ou imóvel que prometeu vender a 
terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas 
circunstâncias; 
 
Defraudação de penhor 
 
 III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, 
a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado; 
 
Distinções do estelionato com outros crimes em relação ao sujeito passivo: 
1. Estelionato e crimes contra a economia popular: 
O estelionato requer prejuízo alheio, assim necessária se faz a identificação de pessoa 
ou pessoas determinadas. Nos crimes contra a economia popular o golpe visa 
pessoas indeterminadas (ex.: adulteração de taxímetro, de bomba de combustível). 
2. Estelionato e abuso de incapazes: 
Se a vítima não tem discernimento (menor, alienada ou débil mental) o crime é o de 
abuso de incapaz, previsto no art. 173, CP. 
É pacífico que, estando presentes os 
requisitos legais, a aplicação de alguma das 
consequências do privilégio é obrigatória por 
se tratar de direito subjetivo do réu. 
Comentado [D28]: Objetividade jurídica: O dispositivo 
tutela o patrimônio. 
 
Tipo objetivo: Obter mediante artificio, ardil ou qualquer 
outro meio fraudulento. 
 
Consumação: Como o crime é de natureza material, sua 
consumação se dá mediante a efetiva obtenção da vantagem 
ilícita almejada. 
 
Tentativa: É possível desde que o agente já tenha dado início 
à execução do delito e não tenha conseguido obter a 
vantagem visada. 
 
Sujeito ativo: Todo aquele que emprega a fraude como 
aquele que dolosamente recebe a vantagem ilícita. 
 
Sujeito passivo: Os que sofrem o prejuízo patrimonial e 
todos os que foram enganados pela fraude perpetrada. 
 
Ação penal: Pública incondicionada. 
Comentado [D29]: À época do crime. 
Comentado [D30]: O juiz pode substituir de pena de 
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, 
ou aplicar somente a pena de multa. 
Comentado [D31]: Elementar do crime. 
Comentado [D32]: Direito real em que a coisa móvel dada 
em garantia fica sujeita ao cumprimento das obrigações. 
 
Crime próprio, uma vez que somente o devedor que tem a 
posse do bem empenhado pode cometê-lo. 
 
 
Fraude na entrega de coisa 
 
 IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a 
alguém; 
 
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro 
 
 V – [1]destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou [2]lesa o próprio 
corpo ou a saúde, ou [3]agrava as consequências da lesão ou doença, com o intuito 
de haver indenização ou valor de seguro; 
Três hipóteses levantada pelo legislador: 
 Destruir ou ocultar coisa própria 
 Lesiona o próprio corpo ou saúde 
 Agrava as consequências da lesão ou doença 
 
 
Fraude no pagamento por meio de cheque 
 
 VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe 
frustra o pagamento. 
 
 Causas de aumento de pena 
 § 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimentode 
entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou 
beneficência. 
 
Estelionato contra idoso 
 
 § 4o Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra 
idoso. (Incluído pela Lei nº 13.228, de 2015) 
 
 
 
CAPÍTULO VIII 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Escusas absolutórias 
 Art. 181 - É isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste 
título, em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 I - do cônjuge, na constância da sociedade conjugal; 
 
 II - de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja 
civil ou natural. 
 
 Imunidades relativas 
 Art. 182 - Somente se procede mediante representação, se o crime previsto neste 
título é cometido em prejuízo: (Vide Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 I - do cônjuge desquitado ou judicialmente separado; 
 
 II - de irmão, legítimo ou ilegítimo; 
 
Comentado [D33]: O crime de fraude contra seguro é 
formal, isto é, consuma-se no momento em que o agente 
realiza a conduta típica, ainda que o agente não consiga 
receber o que pretendia. 
 
O efetivo recebimento do valor do seguro é mero 
exaurimento do delito. 
Comentado [D34]: Total isenção da pena. 
 III - de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita. 
 
 Exceções 
 Art. 183 - Não se aplica o disposto nos dois artigos anteriores: 
 
 I - se o crime é de roubo ou de extorsão, ou, em geral, quando haja emprego de 
grave ameaça ou violência à pessoa; 
 
 II - ao estranho que participa do crime. 
 
 III – se o crime é praticado contra pessoa com idade igual ou superior a 60 
(sessenta) anos. (Incluído pela Lei nº 10.741, de 2003) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Juazeiro do Norte, 12 de junho de 2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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