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CRIMINOLOGIA TEORIA DO ETIQUETAMENTO RAIMUNDO HERBESON (IV SEM GT MANHÃ FAP) 88.997201010 RESUMO Essa teoria fundamenta-se no interacionismo simbólico, que diz que as pessoas agem em relação às coisas baseando-se no significado que essas coisas tenham para elas; e esses significados são resultantes da sua interação social e modificados por sua interpretação. Herbert Blumer (1969) selecionou três premissas básicas dessa perspectiva que ampliam a compreensão usual do é a motivação, a tradição e suas transformações (re-significações): 1. "Os seres humanos agem em relação às coisas com base nos significados que eles atribuem a essas coisas"; 2. "O significado de tais coisas é derivado de, ou é anterior à, interação social que uns têm com outros e com a sociedade"; 3. "Esses significados são controlados em, e modificados por, um processo interpretativo usado pelas pessoas interagindo entre si e com as coisas que elas encontram (em função do consenso que, no mínimo, torna a comunicação possível)". Ao abordar a teoria do labelling approach, devemos citar o que chamamos de cifra oculta ou cifra negra. São condutas praticadas contra as normas penais, tipificadas como crime, que o sistema repressivo do Estado não consegue identificar, registrar. Dessa forma muitas pessoas cometem crimes, porém poucos são tratados como criminosos. Assim muitos são os criminosos e poucos são os considerados como tais. O risco de ser etiquetado, ou seja, "aparecer no claro das estatísticas", não depende da conduta, mas da situação do indivíduo na pirâmide social. Por isso o sistema penal é seletivo, pois funciona segundo os estereótipos do criminoso, os quais são confirmados pelo próprio sistema. A classe selecionada é aquela estigmatizada como criminosa e encarcerada, ou seja, uma população jovem, pobre e geralmente negra. Os selecionados pelo sistema, geralmente são aqueles que cometem o microcrime, que são aqueles crimes previstos no código penal vigente. Aqueles que cometem crimes e estão na classe social dominante, geralmente praticam o macrocrime e esses crimes são muito difíceis de serem esclarecidos pelo sistema repressivo do Estado. Para H. Becker (1963), o desvio não está no ato cometido, nem tampouco naquele que o comete, mas na consequência visível da reação social a um dado comportamento. SELL (2007) traz um exemplo que retrata a teoria do etiquetamento: Imaginemos uma mulher que tenta sair de uma joalheria com um caro, e não pago, bracelete quando é barrada pelos seguranças. Se essa aparente tentativa de subtração à coisa alheia móvel (art. 155 do Código Penal) será tomada como crime, sintoma compreensível de cleptomania ou mera distração, vai depender menos dos detalhes da conduta tentada do que do perfil da apontada infratora. A tese da distração cai bem, por exemplo, se a suposta tentativa fosse realizada por uma cliente habitual da joalheria; assim como a tese da cleptomania se adequaria perfeitamente se a acusada fosse uma famosa atriz de novela. Já para uma empregada da loja, a única tese “compatível com a realidade das coisas” é a de tentativa de furto puro e simples. Percebe-se que a conduta é a mesma, a ausência de provas também, só o que variará, neste caso, são as suposições socialmente consideradas adequadas ao caso. Fontes: http://radardacidade.com.br/2013/08/labelling-approach-a-teoria-do-etiquetamento- social/. Acessado em 07 de junho de 2016 às 22h30min. http://diegobayer.jusbrasil.com.br/artigos/121943199/teoria-do-etiquetamento-a- criacao-de-esteriotipos-e-a-exclusao-social-dos-tipos. Acessado em 07 de junho de 2016 às 22h50min. https://pt.wikipedia.org/wiki/Interacionismo_simb%C3%B3lico. Acessado em 07 de junho de 2016 às 23h00min. Juazeiro do Norte, 07 de junho de 2016 Acesse: http://revisadireito.blogspot.com.br/ https://www.facebook.com/revisao.direito/ https://www.youtube.com/channel/UCHDm9SKThZTZLHzvNPtwVmQ
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