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Máquinas e Equipamentos Utilizados Em Mineração Subterrânea Andorinha, 2011 CETEP – Centro Territorial de Educação Profissional do Norte do Itapicuru EXTENSÃO – Colégio Estadual de Andorinha CURSO – Técnico em Mineração Professor: Jean Atoni Ernesto Araújo de Lima Emanuella Rangel Almeida Pereira Maria de Fátima Pereira Soares Reis Carlos Vieira Figueiredo Andorinha, 2011 Equipamento de Contenção do Maciço Rochoso Este trabalho tem por objetivo elencar de forma sucinta as utilizações, características e princípios de funcionamento do Robô projetor de concreto Meyco Cobra Basf 1.0 Introdução 1.1 Contenção A contenção é todo elemento ou estrutura destinada a contrapor-se a empuxo ou tensões gerado e maciço cuja condição de equilíbrio foi alterada por algum tipo de escavações corte ou aterro . O minério pode ser extraído a céu aberto ou em subsolo. Através da mineração subterrânea, quando abrimos as galerias para a retirada do bem mineral, acontece a deformação do teto, que tende a fechar o espaço vazio, podendo causar o fenômeno chamado subsidência. Por isso precisamos escorar, formando uma sustentação do teto, através de alguns métodos, garantindo assim a segurança de todos.·. Para retirar s rocha a qual se tem interesse, é necessário quebrá-lo em pequenos blocos, através do desmonte, utilizando explosivos. Para o teto não cair, por causa do peso das rochas e das vibrações, é necessário o escoramento tanto do teto quanto das laterais. Uma das maneiras mais usadas para conter o maciço rochoso (rocha frágil) é o concreto projetado, podendo ser empregado manualmente e através de robô pulverizador de concreto (equipamento este que retratar adiante). 1.2 Rocha Frágil É aquela que apresenta ruptura frágil. Esta é definida a partir do ponto em que a capacidade de resistir as cargas diminui simultaneamente com aumentos de deformação, e por essas características são essa rocha que mais necessitam de um programa de contenção competente. 1.3 História do Concreto Os primeiros materiais a serem empregados nas construções antigas foram a pedra natural e a madeira, por estarem disponíveis na natureza. O ferro, o aço e o concreto só foram empregados nas construções séculos mais tarde. O material considerado ideal para as construções é aquele que apresenta conjuntamente as qualidades de resistência e durabilidade. A pedra, muito usada nas construções antigas, tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas a durabilidade é limitada. O ferro e o aço têm resistência elevada, mas a durabilidade também é limitada em consequência da corrosão que podem sofrer. O concreto surgiu da necessidade de aliar a durabilidade da pedra com a resistência do aço, com as vantagens do material composto poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e com o aço envolvido e protegido pelo concreto para evitar a sua corrosão. Os materiais de construção feitos à base de cimento, chamados “materiais cimentícios”, podem ser considerados os materiais mais importantes produzidos pelo 4 homem, porque lhe possibilitou construir as edificações se todas as principais obras de que necessitava para viver, como por exemplo, as habitações, fortificações, aquedutos, barragens, obras sanitárias, pontes, rodovias, escolas, hospitais, teatros, igrejas, museus, palácios, entre tantos outros tipos e construção. A abundância das matérias primas em quase todas as regiões, somada à sua grande versatilidade para aplicação nas mais variadas formas, foram os principais motivos para o seu desenvolvimento, desde os tempos primórdios até a atualidade. Na antiguidade foram os romanos os que mais se destacaram na aplicação dos concretos e argamassas, que lhes possibilitou criar espaços amplos em forma de arco, abóbadas e cúpulas, de grandes dimensões. Combinando o concreto da época com tijolos de argila, pedra e outros materiais naturais, conseguiram produzir obras magníficas, inéditas até aquele período, que trouxeram grande desenvolvimento e revolucionaram a Arquitetura da época. Como exemplos mais marcantes de construções romanas que aplicaram o concreto existente na época podem ser citados o Panteão e o Coliseu. O Panteão foi construído em 27 a.C com concretos de diferentes materiais, em forma de abóbada de concreto com diâmetro de 43,3 m. O Coliseu foi construído entre 69 e 79 d.C., sendo a maior obra construída pelos romanos, mesclando pedras e concreto. O consumo mundial total de concreto, no ano de 1963, foi estimado em 3bilhões de toneladas, ou seja, uma tonelada por ser humano vivo. O homem não consome nenhum outro material em tal quantidade, a não ser a água. Dentre fatores de seu alto consumo é a facilidade e disponibilidade de encontrar os materiais que o compõem e a um custo relativamente baixo; facilidade de execução; adaptação a praticamente todo tipo de forma e tamanho; excelente resistência à água e a diversas ações; e ainda, o fato de se apresentar como um material “ecologicamente correto”. 1.3.1 Tipos de Concreto Concreto é basicamente o resultado da mistura de cimento, água, pedra e areia, sendo que o cimento ao ser hidratado pela água forma uma pasta resistente e aderente aos fragmentos de agregados (pedra e areia), formando um bloco monolítico. Com isto surgem vários tipos de concreto como: Concreto Convencional, Concreto Pré-moldado, Concreto Armado, Concreto Protendido, Concreto Rolado, Concreto Resfriado, entre outros muito, Falaremos sobre o Concreto Projetado. 1.3.1.1 Concreto Projetado Concreto que é lançado por equipamentos especiais e em alta velocidade sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a aderência do mesmo a esta superfície. São utilizados para revestimentos de túneis, paredes, pilares, contenção de encostas, etc. Este Concreto pode ser projetado por via seca ou via úmida, alterando desta forma à especificação do equipamento de aplicação e do traço que será utilizado. 1.3.1.1.1 Aditivos Os aditivos são produtos que, adicionados em pequena quantidade aos concretos de cimento, modificam algumas propriedades, no sentido de melhorar esses concretos 5 para determinadas condições. Os principais tipos de aditivos são: plastificantes, retardadores de pega, aceleradores de pega, plastificantes retardadores, plastificantes aceleradores, incorporadores de ar, superplastificantes, superplastificantes retardadores e superplastificantes aceleradores. 1.4 Fibras Concreto reforçado com fibras pode ser definido como um material feito com cimento agregados, e contendo fibras descontínuas misturadas. A utilização de fibras como intuito de reforçar matrizes frágeis é uma prática utilizada desde a antiguidade, quando se usava palha ou capim como reforços de tijolos de barro secos ao sol, sendo que Asbestos foi primeira fibra inorgânica usada provavelmente em 2500 a.C. Fibras como reforço de matrizes frágeis cimentíceas, de um modo mais sistemático, inicialmente utilizando apenas fibras de aço retas, atualmente são empregadas industrialmente vários tipos de fibras como: poliméricas, vegetais, metálicas e minerais. 1.4.1 Fibras Metálicas As fibras metálicas mais comuns são as de aço. Sua resistência atração é de aproximadamente 200GPa. Dependendo do meio onde estão inseridas, apresentam problemas relacionados à corrosão. Uma técnica utilizada para minimizar tal problema é o banho de níquel. Há uma grande variedade de formas e comprimentos, (Anexo 1) dependendo do processo de manufatura.1.4.1.1 Fibra de Aço As fibras de aço são produzidas a partir de fios de aço trefilados, que são cortados e comercializados em diversos comprimentos e diâmetros. As destinadas ao reforço do concreto possuem comprimentos variando entre 6,7 e 76mm e fator de forma variando entre 20 e 100, sendo desta forma suficientemente curtas para se dispersarem aleatoriamente numa mistura fresca de concreto. (Anexo 2). Os concretos reforçados com fibras de aço vêm encontrando cada vez maior aceitação e, portanto, a utilização de fibras deste tipo de está progressivamente se expandindo em nível internacional. No Brasil, atualmente, as fibras deformadas nas extremidades são as mais facilmente encontradas. 2.0 Desenvolvimento 2.1 Equipamento de Pesquisa Robô Pulverizador de Concreto MEYCO COBRA (Anexo 3) 2.1.1 Características Gerais O Meyco Cobra é perfeito para aplicações de concreto molhado pulverizado em 6 minas, ou em qualquer lugar onde há perfis restritos. Com todos os componentes necessários dispostos sobre um chassi e a capacidade de chegar a qualquer área de uma mina rapidamente, aumentando assim a eficiência, não só da pulverização mas também da mina como um todo. Dentro dos apertados horários de trabalho é fundamental que a pulverização set-up possa ser rapidamente instalado e pronto para começar a realizar dentro de minutos, e imediatamente após a pulverização concluída o equipamento deve ser removido de modo que o ciclo de trabalho seguinte possa começar com o Meyco cobra isso é totalmente possível pela sua capacidade de manobrar em torno de túneis sinuosos, sendo que a execução de pulverização em varias faces é simplificada graças ao compressor integrado a maquina. 2.2 Componentes Padrão »Manipulador de Pulverização »Suprema Pulverizador-bomba de betão »Sistema de dosagem de aditivos »PUAS- veiculo transportador para unidade de mineração, de 4 rodas com articulação »Deutz motor a diesel com sistema de combate a incêndios »Cabo com controle remoto (opção de rádio) »Estabilizadores hidráulicos »Bobina de cabo com acionamento hidráulico e montagem articulada »Cabo de alimentação elétrica »Lubrificação central (opção) »Sistema bocal »Tanque de liquido acelerador »Luzes de trabalho »Alta pressão de agua »Carretel da mangueira de agua + bocal »Lançamento de bomba de óleo 2.3 Motor Diesel DEUTZ refrigerado a agua BF4M 1012Cilindradas com 106 Cv. Existem outras opções de motores. 2.4 Sistema Elétrico »Transformador de tensão (de acordo com o requisito do cliente) »Todos os componentes elétricos são rotulados para facilitar a identificação no diagrama de circuito »Luzes de trabalho: 24volts com vidro temperado resistente a mudança de temperatura »Todas as luzes de condução protegida por barras de aço (Anexo 4) » Total para todos os motores elétricos-----------------------------------142kW »Tensão da alimentação de entrada---------------------------------------- 3 x 400/50 V/Hz » E-cabo 400/690 volts comprimento padrão-----------------------------60/90metros 7 2.5 Chassi »PAUS universa 50, modificado, Fabricado em folhas grossas de aço. »Estabilizadores para operação de pulverização » Peso total do Meyco cobra----------------------------------12.000Kg 2.6 Desempenhos 2.6.1 Vazão de concreto projetado » Vazão Máxima---------------------------------------------------4/20 m³/h »Pressão de vasão------------------------------------------------50 bar »Distancia horizontal de vasão---------------------------------300m »Distancia vertical de vasão------------------------------------100m A distancia de vasão horizontal e vertical são dependentes da constituição da mistura de concreto, por exemplo, da granulometria, do teor de cimento no concreto, da plasticidade do cimento etc., sendo assim os valores acima são aproximados. 2.6.2 Braço de Pulverização (anexo 5) »Alcance Vertical-----------------------------------------------------9m »Alcance da lança paralela----------------------------------------4,7m »Alcance Horizontal--------------------------------------------------9,2m »Curso da lança-------------------------------------------------------1,5m »Ângulo de rotação da mesa giratória---------------------------270° »Sistema de agulhetas-----------------------------------------------max.65mm 8 Todas as funções importantes do braço são operadas por meio de controle remoto 2.6.3 Compressor »Quantidade de ar-------------------------------------------------------12m³/h »Pressão de ar------------------------------------------------------------7bar »Impulso elétrico---------------------------------------------------------75kW »RPM-----------------------------------------------------------------------1770rpm 2.6.4 Sistema doseador (anexo 6) »Quantidade máx. de dosagem----------------------------------------12/20 l/mim »Pressão---------------------------------------------------------------------máx. 10 bar »Impulso elétrico------------------------------------------------------------0,75kW »Fluximetro------------------------------------------------------------------12/20 l/mim, 10 VDC »Tanque de aditivo----------------------------------------------------------400 l 2.6.5 Lavadora de jato de água de alta pressão »Quantidade de produção-------------------------------------------------820 l/h »Pressão-----------------------------------------------------------------------10/155 bar »Impulso elétrico-------------------------------------------------------------4,7 kW, 3 x 400 V 9 2.7 Controle remoto (anexo 7) Assim como já foi dito todas as funções da lança de pulverização são operados através de controle remoto, que pode ser a rádio ou cabo. Vejamos essas funções: 2.8 Movendo o veiculo Para movimenta o veiculo o transportador da lança de engate e a lança devem encontra-se sempre completamente retraídos. O manipulador de espalhamento deve ser rotacionado para posição de transporte e transportador de lança de engate apoiado no estribo quando se pretende deslocar a grandes distâncias. 10 2.9 Dimensões (milímetros) 2.9.1 Articulação 11 3.0 Vantagens A principal vantagem é no âmbito humano, pois como a pulverização realizada com o robô o operador ganha exponencialmente em Segurança do Trabalho, uma vez que a maioria dos acidentes em minas subterrâneas é oriunda de desmoronamentos que ocorrem na execução da contenção do maciço. O trabalhador por operar o equipamento a distancia (controle remoto) podendo assim fica protegido em áreas já contidas. O ganho em produtividade e eficiência da projeção de concreto é inegável, o ciclo produtivo não fica comprometido devido a boa mobilidade e fácil entrada em operação. 4.0 Desvantagens Por ser um equipamento um tanto sofisticado necessita de uma mão de obra qualificado, tanto para manutenção quanto para operação, O treinamento bem realizado torna-se essencial. Existe um custo um tanto alto para sua aquisição porem seus pontos positivos sobressaísse nesse ponto. 5.0 Conclusão Qualquer empresa de mineração, majoritariamente subterrâneas, que primam pela segurança dos seus colaboradores assim como pela eficiência no que tange a contenção do maciço rochoso através de pulverização de concreto é inconcebível não ter o Meyco Cobra na sua frota de equipamentos de operação. 12 Anexos Anexo 1 Anexo 2 Anexo 3 Anexo4 Anexo 5 Anexo 6 Anexo 7 7.0 Referencias Site: www.meyco.basf.com Acesso em: 01 de outubro de 2011 Site: www.galenicaltda.com.br/agulha-diamante.htm Acesso em: 03 de outubro de 2011 Site: www.cornealring.com/instrume.php Acesso em 03 de outubro de 2011 Site: www.abnt.com.br Acesso em: 04 de outubro de 2011 Site: www.dnpm-pe.gov.br/Legisla/nrm_01.htm Acesso em: 04 de outubro de 2011 Sumário 1. Introdução .................................................................................................................... 4 1.1 Contenção .............................................................................................................. 4 1.2 Rocha Frágil ...........................................................................................................4 1.3 História do Concreto ..............................................................................................4 1.3.1 Tipos de Concreto ......................................................................................5 1.3.1.1 Concreto Projetado ...............................................................................5 1.3.1.1.1 Aditivos .....................................................................................5 1.4 Fibras ......................................................................................................................6 1.4.1 Fibras Metálicas .........................................................................................6 1.4.1.1 Fibra de Aço .........................................................................................6 2. Desenvolvimento.......................................................................................................... 6 2.1 Equipamentos de Pesquisa .................................................................................... 6 2.1.1 Características Gerais ................................................................................ 6 2.2 Componentes Padrão ............................................................................................. 7 2.3 Motor ..................................................................................................................... 7 2.4 Sistema Elétrico ..................................................................................................... 7 2.5 Chassi .................................................................................................................... 7 2.6 Desempenhos ........................................................................................................ 8 2.6.1 Vazão de Concreto Projetado ....................................................................... 8 2.6.2 Braço de Pulverização .................................................................................. 8 2.6.3 Compressor ................................................................................................... 9 2.6.4 Sistema dosador ............................................................................................ 9 2.6.5 Lavadora de jato de água de alta pressão ..................................................... 9 2.7 Controle Remoto .................................................................................................. 10 2.8 Movendo o Veículo .............................................................................................. 10 2.9 Dimensões (Milímetros) ....................................................................................... 11 2.9.1 Articulação ................................................................................................. 11 3. Vantagens ................................................................................................................... 12 4. Desvantagens .............................................................................................................. 12 5. Conclusão ................................................................................................................... 12 Referências Anexos
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