2016414 213512 AULA+12+ +filiação+ +97+2003

Prévia do material em texto

Nadinne Callou, ME.
“O vínculo da paternidade não é 
apenas um dado, tem a natureza de 
se deixar construir” 
(Luiz Edson Fachin)
Parentesco. Filiação. 
Reconhecimento dos filhos. 
Investigação de paternidade e 
maternidade. 
PARENTESCO
 NATURAL
 Consaguíneo
 CIVIL
 Adoção
 Inseminação artificial heteróloga
 Filiação socioafetiva
 POR AFINIDADE
 Vínculo que liga um cônjuge ou companheiro 
aos parentes do outro
 LINHA RETA
 Pessoas que descendem umas das outras
 229, CF
 1521,CC
 1694,CC
 1829,CC
 LINHA COLATERAL
 Pessoas que descendem de um tronco comum sem
descenderem umas das outras
 Limite: 
 Regra: 4º grau (1592, CC)
 Por afinidade: 2º grau (1595 §1º CC)
 1521,CC
 1697,CC
 1839,CC
 1840,CC
PRESUNÇÃO DE PATERNIDADE
1597, CC
1. 180 dias após estabelecida sociedade 
conjugal
2. 300 dias após dissolver sociedade conjugal
3. Fecundação artificial homóloga post mortem
4. Com embriões excedentários homólogos, a 
qq tempo
5. Inseminação artificial heteróloga
BARRIGA DE ALUGUEL
 Art. 199, §4º CF (veda comércio)
 Art. 104, II, CC (negócio inválido por objeto ilícito)
 Art. 242, CP (crime de parto suposto)
 Resolução nº 2.121 de 2015 do CFM: cessão 
temporária do útero
 Sem fins lucrativos
 Cedente = Parente de um dos parceiros até 4º grau
Avó ‘barriga de aluguel’ deve dar à luz nesta 
quinta
Mãe e avó esperam a chegada dos gêmeos Antônio Bento e Vítor 
Gabriel. 
Compras para enxoval começaram no quinto mês de gestação.
A agente de saúde Rosinete Palmeira 
Serrão, de 51 anos, deve dar à luz os 
netos gêmeos na tarde desta quinta-feira 
(27). O médico Cláudio Leal Ribeiro disse 
ao G1 que a cesariana já está marcada e 
que as crianças e a avó estão em boas 
condições de saúde.
Rosinete, que mora no Recife, aceitou o 
pedido da filha, a dona-de-casa Claudia 
Michelle Serrão Pereira, de 27 anos, e 
é "barriga de aluguel" de seus netos. 
Claudia tem útero rudimentar e não pode 
engravidar. Ela está ansiosa e com o 
enxoval pronto. 10
Notícia veiculada em 27/09/07 no site www.globo.com
POSSE DO ESTADO DE FILHO 
AFETIVO
 Situação jurídica que não corresponde à verdade 
biológica na qual:
 “Alguém assume o papel de filho em face de alguém 
que desempenha função de pai, independentemente 
de existir vínculo biológico ou não entre eles” 
(Paulo Lôbo)
 Requisitos:
 Nomen
 Tractus
 Fama 
 Filiação socioafetiva = parentesco civil*
 “filhos de criação”
ADOÇÃO À BRASILEIRA
 Art. 242, CP
 “Dá-se com declaração falsa e consciente de 
paternidade e maternidade de criança nascida 
de outra mulher, casada ou não, sem 
observância das exigências legais para 
adoção.” (Paulo Lôbo)
 Filiação socioafetiva
AÇÃO NEGATÓRIA DE 
PATERNIDADE
1601,CC
 Imprescritível (27, ECA)
 LEGITIMAÇÃO:
 Ativa: pai presumido, com exclusividade (ação 
personalíssima)
 Passiva: filho/herdeiros deste + mãe que o 
registrou
AÇÃO NEGATÓRIA DE 
MATERNIDADE
1608,CC
 Causa de pedir:
 Falsidade do termo
 Das declarações nele contidas
 LEGITIMAÇÃO:
 Ativa: mãe
 Passiva: filho/herdeiros deste
AÇÃO ANULATÓRIA DO REGISTRO
1604, CC
 Erro, fraude etc.
 Inexistência de filiação socioafetiva
 Não cabe em caso de concepção artificial 
heteróloga
PROVA DA FILIAÇÃO
1603, CC
 Certidão do registro
 Art. 54, LRP
 Art. 1605 = meios subsidiários de prova
 DNA
RECONHECIMENTO
 Somente os filhos decorrentes do casamento 
não precisam ser reconhecidos
 Puro e simples
 Personalíssimo
 Procurador com poderes especiais (LRP, art. 59)
 DE FILHO:
 Menor de 18 anos  pode impugnar nos 4 anos 
seguintes*
 Maior de 18 anos  depende do seu 
consentimento
 Ação de Investigação de Paternidade
 VOLUNTÁRIO (1609)
 Declaração no registro de nascimento
 Escritura pública
 Escrito particular (averbado em cartório)
 Testamento
 Manifestação direta e expressa perante o juiz
 Art. 2º Lei 8560/92
 JUDICIAL
 Ação de investigação de paternidade
AÇÃO IMPUGNATÓRIA
1614, CC
 “Ação de investigação de paternidade às 
avessas” (MBD)
 Prazo de 4 anos
 STJ (REsp.256.171)
 Se por vontade, simplesmente: 4 anos
 Se erro, falsidade: Imprescritível (STF, Súm. 149)
 Denúncia vazia (Paulo Lôbo, Zeno Veloso, 
Maria Berenice)
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE 
PATERNIDADE*
 Características:
 Ação de estado
 Imprescritível
 Declaratória
 Efeitos:
 Retroativos 
 Investigação de Paternidade c/c Alimentos
 Alimentos provisórios
 Retroação à data da citação (Súm.277, STJ)
 Legitimidade ativa
 Filho
 Morre antes de iniciar ação  ação personalíssima*
 Morre no curso da ação  substituição processual
 Vários filhos, mesmo pai  Litisconsórcio ativo
 Nascituro ?
 Adotado em face do pai biológico?
 MP ?
* Investigação avoenga?
 Legitimidade passiva:
 Suposto pai 
 Se falecido  Herdeiros (descendentes, ascendentes, 
colaterais, cônjuge)
 C/C Petição de Herança
o Anulação de partilha
 Súm. 149, STF
 Se já registrado em nome de alguém  litisconsórcio 
unitário necessário
 Se dúvida qto a quem seja o pai  Litisconsórcio passivo 
alternativo eventual 
 Contestação:
 Exceptio plurium concubentium
 Meios de prova
 Súm. 301, STJ
 Inseminação artificial e art. 27 do ECA
 Efeitos da revelia (320, II, CPC)
 Desistência da ação
 Investigante maior: sim
 Investigante menor: não
 Curador especial
 MP
 Coisa julgada relativizada
AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO DE 
MATERNIDADE
1604,CC
 Nos casos de:
 Falsidade do registro
 Das declarações nele constantes
DIREITO À INVESTIGAÇÃO 
GENÉTICA
 Direito à identidade genética como direito da 
personalidade
 Não é direito de família
 Res. CFM nº 2121/15 = anonimato do doador 
em face do receptor e vice-versa
http://www.youtube.com/watch?v=9eEh7ib-
V7I
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE 
OFICIOSA
 Lei nº 8.560/92
 Vara dos Registros Públicos
Iniciativa do tabelião
Juiz ouve genitora e indaga se ela sabe quem é o pai
Notificação do pai
Lavratura do termo de reconhecimento ou
encaminhamento ao MP
EFEITOS DO 
RECONHECIMENTO
 PESSOAIS
 Parentesco
 Apelidos de família
 Poder familiar
 PATRIMONIAIS
 Sucessão
 Alimentos recíprocos
Atividade Complementar
 Análise do artigo Direito ao estado de filiação 
e direito à origem genética. Paulo Lôbo.
Fim da apresentação !