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FUNDAMENTOS Livro de bolso de enfermagem

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Todos os conteúdos apresentados são propriedade 
dos referidos autores 
 
 
 
 
Retirado de: 
 
 
Comunidade On-line de Enfermagem 
 
 
www.forumenfermagem.org
 
 
 
 
 
 
Escola Superior de Saúde 
Portalegre 
 
2008 
 
 
 5ª Licenciatura B 
 
David Pinhal 
 Enfermagem: Breves Noções 
2 
Índice: 
Sinais Vitais………………………. 3 
Nota de Enfermagem……… 4 
Emergência………………………… 5 
Suporte Básico de Vida…… 6 
Hemorragias……………………… 7 
Choque Hipovolémico………. 8 
Traumatologia…………………… 9 
Punção Venosa Periférica. 12 
Algaliação………………………… 13 
Oxigenoterapia……………… 15 
Aspiração de Secreções….15 
Entubação Nasogástrica… 16 
Enema de Limpeza…………… 18 
Posicionamentos………………..19 
Ligaduras……………………………20 
Cuidados ao Morto……………21 
Cateter Venoso Central… 22 
Avaliação da P.V.C…………… 22 
 
 
 
 
 
Drenagem Torácica…… 23 
Cardiologia…………………… 24 
ECG…………………………………26 
Neurológico……………………30 
Endócrino……………………… 33 
Diabetes Mellitus…………34 
Colesterol………………………36 
Pré-Operatório…………… 37 
Pós-Operatório…………… 38 
Bloco Operatório………… 39 
Renal……………………………… 42 
Oncologia……………………… 43 
Pediatria…………………………44 
Obstetrícia……………………45 
Terapêutica……………………46 
Antibioticoterapia……… 47 
Farmacologia………………… 48 
Vacinação……………………… 51 
SOAP……………………………… 52 
 Enfermagem: Breves Noções 
3 
Sinais Vitais: 
 
 
 
 
TA 
HTA: 140/90 
HTA: 100/115 
10 – 30: 110/75 
30 – 40: 125/80 
40 – 60: 140/90 
+60: 150/90 
FC 
H: 60 - 70 
M: 70 - 75 
I: 80 -85 
FR 
Taquipneia 
Criança: 25/30 
Adulto: 16/20 
Temp. 
36 a 37: Apirético 
<36: hipotermia 
37 a 38 hipert. ligeira 
38 a 39 mod; 
 >39 elevada. 
Pulso: 70 a 80 
É inf à FC 
Bradisfigmia: < 50; 
Taquisfigmia: >90 
PaO2 80 – 100 <50 insf resp 
PaCO2 35 – 45 >50 insf resp 
HCO3- 22 - 26 
pH 7,36 – 7,44 
RIM/Pulmão = pH (7,4) = HCO3-/CO2 
Glicose 
Jejum: 
<100 >126 
2h dps: 
< 140 > 200 
Colesterol <200 200 a 250; > 250 
Trigliceridos <200 200 a 300; > 300 
 Enfermagem: Breves Noções 
4 
Nota de Enfermagem: 
 
1 - Estado de consciência e orientação 
 
2 – Estado geral: o que o caracteriza (de acordo com a 
patologia): asténico, dispneico, edemas, dor hemiplegia… 
 
3 – AVD: tipos de dependência 
 3.1 Cuidados de Higiene: local e tipo de ajuda 
 3.2 Mobilização: n.º, tipo de ajuda e decúbito 
 3.3 Alimentação: tipo de ajuda e quantidade e dieta 
 3.4 Eliminação (vesical/intestinal): tipo de ajuda e caracter. 
 
4 – Tratamentos: 
 4.1 Pensos: Localização, execução e evolução 
 4.2 Soros: localização e nível 
 4.3 SNG; O2; Algalia 
 
5 – Terapêutica: SOS, reacções e recusas 
 
6 – Intercorrências: febres, queixas, agravamento e SOS 
 
7 – ECD/Colheita de dados ou de Especímenes 
 
8 – Sinais Vitais: TA; Temp; FR (16-20); Pulso (70-80) 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
5 
Emergência: 
 
Avalie o estado de consciência: 
Abane suavemente; Chame em voz alta; Se inconsciente grite; PLS se consciente 
A – Via Aérea 
� Manter a permeabilidade da via aérea; Desaperte a roupa e exponha o tórax; 
� Verifique corpos estranhos na boca (comida, próteses dentárias soltas, 
secreções, etc.) 
� Próteses fixas não remover. 
� Abertura da Via Aérea: Extensão da cabeça e Sub-luxação da mandíbula 
B – Ventilação 
� Pesquise a ventilação espontânea – VOS durante 10 segundos 
� Se ventilar normalmente continue o exame ou PLS 
C – Circulação 
� Pesquise sinais de circulação: Pulso carotídeo; Mantenha a via aérea 
permeável; Pesquise se respira – “V.O.S.”; Existência de movimentos; Tosse; 
Pesquisa de sinais evidentes de choque 
D – Nível de consciência 
E – Exposição: 
� Nas vítimas de trauma nunca despir mas sim cortar as roupas 
� Manter o respeito pela privacidade e decoro 
� Manter a temperatura corporal 
 
Observação sistematizada: 
� Cabeça e face 
� Avaliação Pupilar: Pupilas Normais; Miose: contraídas; Midríase: Dilatadas; 
Anisocória: assimétricas 
� Expor a vítima: retirar roupa 
� Colocação do colar cervical 
� Omoplatas e clavículas 
� Esterno e grelha costal 
� Abdómen (em quadrantes) 
� Dorso e cintura pélvica 
� Membros inferiores 
� Membros superiores 
 Enfermagem: Breves Noções 
6 
Suporte Básico de Vida: 
 
 Conjunto de medidas utilizadas para restabelecer a vida de uma vítima em 
paragem ventilatória e em paragem circulatória. O objectivo é recuperar vítimas 
de paragem cárdio-respiratória, para uma vida comparável à que tinham 
previamente ao acontecimento. No primeiro minuto 98% de sucesso; 4º min – 
50%; 6º min – 11%. 
Algoritmo SBV (adulto/ >8 anos) 
A – Via Aérea: Extensão da cabeça e Sub-luxação da mandíbula 
 
B – Ventilação: VOS durante 10 segundos 
Se não ventilar: 2 insuflações eficazes – cada insuflação 2s 
Se o ar não entrar... 
� Verifique a boca novamente 
� Reposicione a cabeça 
� Tente insuflar de novo ate 5 tentativas 
 
C – Circulação: Pesquise sinais de circulação: Pulso carotídeo 
Se a vítima não ventila, mas tem sinais de circulação... Mantenha as insuflações 
� Ritmo de 10 por minuto 
� Cada insuflação com 2 segundos 
� Aguarde 4 segundos 
� Avalie de novo sinais de circulação ao fim de 1 minuto (10 insuflações) 
Se a vítima não ventila, e não tem sinais de circulação... Inicie compressões 
torácicas () 
� 30 Compressões torácicas 
� 2 Insuflações Eficazes 
� Os braços devem manter-se esticados e perpendiculares ao externo da vítima. 
� O esterno deve baixar de 4 a 5 centímetros. 
� Nunca suspender as manobras de reanimação por mais de 30 segundos; 
� Nunca deslocar a vítima sem verificar que se mantêm as condições para 
continuar as manobras de reanimação. 
 
Vítima consciente, mas não respira, não tosse, não fala: 5 pancadas 
interescapulares; 5 compressões abdominais 
 Enfermagem: Breves Noções 
7 
Hemorragias: 
 
Sinais e sintomas: 
� Saída evidente de sangue 
� Ventilação rápida e superficial 
� Pulso rápido e fino 
� Pressão arterial baixa (graves) 
� Pele pálida e suada 
� Hipotermia 
� Mal-estar geral 
� Sede 
� Zumbido nos ouvidos 
� Ansiedade e agitação 
� Alterações da consciência 
 
Métodos de controlo das hemorragias: 
� Pressão directa: Comprimir directamente com uma compressa esterilizada; Se 
necessário colocar outras compressas por cima e nunca retirar as 
primeiras; Passar uma ligadura para segurar e manter a pressão. 
� Pressão indirecta: Quando existe um corpo estranho ou uma fractura; 
Comprimir nas artérias (raiz dos membros) 
� Elevação do membro: Pode ser associado aos outros métodos; A força da 
gravidade contrária a corrente sanguínea 
� Imobilização: Auxilia a diminuir a circulação 
� Aplicação de frio: Diminui o calibre dos vasos (vasoconstrição); Utilizado 
essencialmente nas hemorragias internas: Compressas frias, gelo químico 
ou saco com gelo protegido com um pano ou toalha 
� Garrote: Utilizar só em último recurso; Aplicar qd todos os outros métodos 
falharem; Amputação; Nunca aliviar; Deixar o membro garrotado à vista; 
Registar a hora da garrotagem; Usar material largo e não elástico 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
8 
Choque Hipovolémico: 
 Síndrome que se define por um conjunto de sinais e sintomas clínicos que 
evidenciam profundas alterações circulatórias, em queocorre hipoperfusão dos 
tecidos, resultante de diminuição do débito cardíaco e, que a manter-se, provoca 
compromisso da função celular e falência dos órgãos vitais e morte. 
 
Sinais e sintomas: 
� Alterações do estado de consciência 
� Taquicardia e Taquipneia 
� Oliguria (30 ml/h) 
� Pressão arterial baixa 
� Pele pálida, suada, fria e pode aparecer cianose 
� Náuseas e vómitos 
� Sede e secura das mucosas 
� Alterações pupilares 
 
Cuidados de emergência 
� Chamar o médico 
� Manter as vias aéreas permeáveis 
� Administrar oxigénio a 15 l/m 
� Posicionar a vítima: dorsal com elevação dos MI 
� Cateterizar e colocar Lactato de Ringer 
� Estado de Consciência, SV e PVC, Pele e mucosas, Diurese e Debito urinário 
� Manter a temperatura corporal 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
9 
Traumatologia: 
Alterações dos sinais vitais: 
� Ventilação rápida e superficial: Devido a lesões na cabeça, pescoço e tórax 
� Pulso rápido e fino: Devido a choque 
� Hipertermia: Devido a T.C.E. 
� Hipotermia: Devido a choque ou T.V.M. 
 
Lesões fechadas 
� Aplicação de frio na zona afectada 
� Imobilizar o membro atingido 
� Reavaliar os sinais vitais 
� Prevenir o choque 
 
Lesões abertas 
� Controlar hemorragias 
� Lavar abundantemente com soro fisiológico 
� Cobrir a ferida com um penso esterilizado 
� Não retirar objectos empalados: imobilizar o corpo estranho; 
Não efectuar qualquer compressão no local 
� Nas amputações: Transportar o segmento amputado para o hospital em 
ambiente frio e longe da vista da vítima 
� Nas eviscerações: Não colocar as vísceras para o interior; 
Lavar e manter húmidas com soro fisiológico 
 
Queimaduras: 
� Não utilizar gorduras 
� Não arrancar roupas agarradas 
� Nos M mergulhar em água fria 
� Em zonas de contacto por pensos a separar 
� Retirar as roupas 
� Não tapar 
� Em queimaduras químicas lavar abundantemente para retirar pós ou líquidos 
 
Traumatismos oculares: 
� Proteger 
� Penso ocular 
� Imobilizar 
� Tapar os dois olhos 
� Tranquilizar a vítima 
 
Traumatologia dos membros 
� Dor e Impotência funcional 
� Deformidade 
� Crepitação 
� Edema 
� Equimoses ou hematomas 
� Exposição dos topos ósseos 
 Enfermagem: Breves Noções 
10 
Cuidados de emergência: 
� Controlar possíveis hemorragias 
� Imobilizar sempre que exista a suspeita de fractura 
� Imobilizar correctamente para diminuir a dor 
� Imobilizar sempre a articulação acima e abaixo do foco de fractura 
� Efectuar tracção, alinhamento e imobilização 
� Em articulações não traccionar, imobilizar na posição em que se encontra 
� Preferencialmente utilizar talas de madeira almofadadas 
� Após a imobilização, avaliar a coloração, o pulso, a temperatura e a 
sensibilidade da extremidade do membro 
� Nas fracturas abertas, lavar abundantemente os topos ósseos e a ferida, 
cobrindo dps com compressas húmidas 
 
Traumatismos crânio-encefálicos: 
Quando o cérebro sofre um traumatismo pode edemaciar. Como está dentro da 
caixa craniana pode ficar comprimido. Esta situação pode levar a alterações 
graves do sistema nervoso central, bem como, dos centros que coordenam as 
funções vitais. 
 
Sinais e sintomas: 
� Alterações da consciência 
� Sonolência 
� Cefaleias 
� Tonturas 
� Desorientação espaço-temporal 
� Irritabilidade 
� Ausência da sensibili/ à mobilidade 
� Desorientação no espaço e no tempo 
� Náuseas e/ou vómitos 
� Saída de líquido céfalo-raquidiano 
� Perturbações da visão 
� Lesões evidentes (feridas, edemas,...) 
� Incontinência dos esfíncteres 
Cuidados de emergência: 
� Manter a vítima em repouso 
� Controlar eventual hemorragia 
� Imobilizar a vítima como um todo 
� Caso de otorragia, colocar compressa 
s/ compressão 
� Prevenir a aspiração nas hemorragias 
pelo nariz boca 
� Elevar a cabeceira da maca cerca 30º 
� Administrar oxigénio a 15 l/m 
� Manter vigilância apertada do estado 
de consciência 
� Reavaliar os sinais vitais 
� Efectuar 1 transporte calmo e seguro 
 Enfermagem: Breves Noções 
11 
Traumatismos vértebro-medulares: 
Os traumatismos da coluna são situações potencialmente graves pois podem 
lesar a espinal medula. É das situações em que a intervenção do tripulante pode 
determinar significativamente a qualidade de vida da vítima. 
 
Sinais e sintomas: 
� Dor local 
� Diminuição da sensibilidade e/ou mobilidade ao nível dos membros 
� Parestesias (sensação de formigueiro) 
� Incontinência dos esfíncteres 
� Dificuldade ou paragem ventilatória 
� Pulso rápido e fino 
� Priaprismo 
 
Cuidados de emergência: 
� Levar o equipamento à vítima e não a vítima ao equipamento 
� Movimentar a vítima sempre como um bloco 
� Efectuar um transporte calmo e seguro, evitando trepidação 
� Manter vigilância dos sinais vitais 
� Manter um perfeito alinhamento da coluna (eixo nariz-umbigo-pés) 
� Assim que existir alinhamento colocar o colar cervical (de 4 apoios) 
� Manter uma atitude calma e segura 
� Administrar oxigénio 15 l/m 
� Garantir a tracção e alinhamento 
� Recorrer ao equipamento + adequado à situação em que a vítima se encontra 
� Nunca movimentar a vítima s/ estar imobilizada excepto se houver risco vida 
� Transportar a vítima imobilizada preferencialmente em maca de vácuo, ou em 
alternativa, em plano duro com imobilizadores de cabeça 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
12 
Punção Venosa Periférica: 
Material: 
� Garrote 
� Desinfectante 
� Compressas 
� Resguardo 
� Luvas 
� Cateteres 
� Penso ou adesivo 
� Soro e Sistema 
� Prolongamento 
� Torneira de 3 vias 
� Dial-flow se necessário 
� Contentor perfurante 
 
Técnica: 
1. Lavar mãos 
2. Suporte de soro com sistema já expurgado 
3. Abocate (14 + grosso; 22 + fino) ou butterfly 
4. Colocar resguardo 
5. Pôr o garrote cerca de 5 a 10 cm acima do local 
6. Pedir para abrir e fechar a mão repetidamente 
7. Calçar luvas 
8. Desinfectar 
9. Repuxar a pele 
10. Introduzir o cateter com ângulo de 30 a 45º da pele 
11. Reduzir a inclinação após perfuração da pele 
12. Compressa por debaixo do abocate 
13. Tirar garrote com o mandril 
14. Retirar o mandril e colocar o sistema em perfusão 
15. Fixar o cateter com adesivo e Regular o ritmo da perfusão 
 
Complicações: 
� Hematoma – derrame de sangue nos tecidos. Perfuração da veia. Cor azulada. 
� Flebite – inflamação da veia – localizada quando aparece ao pé da punção 
sinais (dor, calor, rubor e por vezes edema); também pode surgir um vergão 
vermelho devido à inflamação da veia toda. 
� Embolia gasosa – introdução de ar na circulação. 
� Choque anafilático – hipersensibilidade a determinada substancia. 
Sinais: Diafurese; palidez acentuada; diminuição da TA e � da FR e FC. 
� Infiltração – Derrame de líquido nos tecidos. Abocate sai da veia e o sangue 
venoso passa po espaço intersticial. Sinais: Soro com dificuldade em correr; 
Dor; Pele mais fria; Descoloração da pele; Edema 
 Enfermagem: Breves Noções 
13 
Algaliação: 
 
 Introdução de um cateter através da uretra até a bexiga. Tem que ter 
prescrição médica. Nunca se deve deixar sair mais de ½ litro seguido pq os 
músculos da bexiga posem colapsarem. Deve-se deixar 500ml, clampar e esperar 
10 min e voltar a deixar sair 500ml. 
 
Utiliza-se em situações de: 
� Retenção de urina 
� Medição rigorosa da diurese 
� Lavagem vesical 
 
� Avaliar o volume residual de urina 
� Colheita estéril de urina 
� Para evitar globo vesical 
 
Material: 
� Tabuleiro 
� Aparadeira (homem) / Arrastadeira 
� Campo com buraco esterilizado� Luvas descartáveis 
� Luvas esterilizadas 
� Saco Colector de urina e suporte 
� Seringa pelo menos de 10 cm3 
� Lubrificante (lidocaína gel) 
� Compressas esterilizadas 
� Betadine 
� Algalia. Adulto – 16; criança – 8. 
Algalia Fowly: + barata, flexível e amarela (10/10 dias); 
Algália de silicone: + caras e duradouras – Brancas (3 meses); 
Algália de Bekyle: + finas e rígidas – vermelhas 
 
Técnica: 
1. Preparar o doente explicar. 
2. Preparar o ambiente para privacidade; 
3. Destapar o doente o mínimo possível. 
4. Homem colocar em decúbito dorsal c as pernas distendidas; Mulher – pos. 
Ginecológica; 
5. Colocar a aparadeira reniforme entre as pernas e à frente à zona genital no 
Homem; arrastadeira na mulher 
6. Calçar as luvas descartáveis e Pegar nas compressas nas pontas 
7. Pôr a cetrimida nas compressas; primeiro deixa-se correr um bocado; 
8. Lavar bem a glande c a compressa de dentro pa fora. O meato dela é de 
cima pa baixo. 
 Enfermagem: Breves Noções 
14 
9. Abrir o pacote do campo e pegar-lhe só nos cantos para não o conspurcar. 
Desdobra-lo e pegar nas duas pontas e colocar o campo na zona genital. 
10. Calçar as luvas esterilizadas 
11. Pedir a uma colega para abrir o saco da algália e Tirar a algália; 
12. O colega coloca o lubrificante na ponta da algália 
13. Colocar a algália (10 cm há resistência devido à curvatura do escroto para a 
resolver deve-se endireitar o pénis. Podem existir mais resistências devido 
a esfíncteres). O aparecimento de urina revela que a algália esta dentro da 
bexiga, seguidamente deve-se introduzir mais 5cm de algália. Se sair urina 
imediatamente a ponta da algália é posta na aparadeira e depois liga-se ao 
saco colector antes que a aparadeira encha. 
14. Apanhar a seringa e colocar soro fisiológico (10cm3). 
15. Injectar o soro na algália, para formar o balão para evitar a saída. 
16. Se enquanto enchemos a algália c/ ar ou soro, se o utente se queixa é pq 
está na uretra. 
17. Tirar o campo e Ligar o saco 
18. Prender com adesivo a algalia à coxa (desvantagem: dificulta a drenagem 
devido à altura) 
 
Como desobstruir a algália? 
� Encher uma seringa de 100cm com soro fisiológico; 
� Retirar o saco colector e colocar na mesma entrada a seringa; 
� Injectar o soro fisiológico; 
� Verificar quando deixa de haver resistência; 
� Se não funcionar, temos de tirar a algália e realgaliar. 
 
Colheita Asséptica de Urina: 
� Num doente algaliado – clampar com a pinça e esperar 1h. Desclampa-se e 
deixa-se sair os primeiros 5 a 10 cm para fora e depois coloca-se a ponta num 
recipiente esterilizado. 
 
� Num utente não algaliado – com uma compressa molha em cetrimida lava-se 
o meato e pedimos ao utente para uma primeira tentativa de modo a retirar os 
microrganismos e depois posteriormente pedimos que a micção seja efectuada 
para dentro de um recipiente estéril. 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
15 
Oxigenoterapia: 
O2 a mais: rubor facial; mau estar; Bradipneia; Cefaleia 
O2 a menos: Astenia, confusão mental; cianose e taquipneia 
 
Sonda nasal: 
� Visa administrar concentrações baixas a moderadas de O2. N é claustrofóbico. 
� Cuidados a ter com a sonda: Mudar a sonda de 24 em 24 horas, os adesivos 
devem ser mudados todos os dias; Ver se há ferimentos nas narinas; Ter 
cuidado com o deslocamento do cateter. 
Mascara de Venturi: 
É o método + seguro e exacto para libertar a concentração necessária de O2. O 
O2 mistura-se com o ar vindo das aberturas laterais para obter a diluição 
pretendida. Quantidades + exactas. A máscara administra O2 diluído com o ar e 
está humidificado. 
� Cuidados a ter com a máscara: Ver se a máscara está bem colocada (Sem 
Fugas); 3 em 3 horas tirar a máscara do doente e massajar as zonas de pressão. 
Óculos Nasais: É empregado qd o doente necessita de 1 concentração 
média/baixa de O2 puro. � traumatizante. 
� A diferença em que o médico leva a prescrever a sonda ou a mascara é devido 
ao paciente e quanto à sua necessidade de O2 puro. Por exemplo num doente 
com DPOC, a administração de altas concentrações de O2 eliminara o 
estímulo respiratório, ficando apneico. 
� O O2 puro desidrata a mucosa do sistema respiratório. 
 
Aspiração de Secreções: 
A pressão de aspiração não deve ultrapassar: 
� 60-80 mmHg para crianças com menos de 1 ano. 
� 80-120 MmHg para crianças com idade entre 1 a 8 anos. 
� 120-150 MmHg para os adultos. 
� 80-120 MmHg para adultos com mais de 75 anos. 
� A duração de cada aspiração não deve ultrapassar os 13 segundos. 
� Para permitir a aspiração do brônquio esquerdo, roda-se a cabeça do doente 
para o lado direito, alinhando o queixo com o ombro direito. A aspiração do 
brônquio direito faz-se de forma inversa. 
 Enfermagem: Breves Noções 
16 
Entubação Nasogástrica: 
 
Não se deve utilizar a Entubação nasogástrica: 
� Situações ileon-paralitico (sem movimentos peristálticos): grandes queimados 
� Obstrução a nível intestinal. 
� Estenose pilórica – estreitamento do piloro. 
 
Material: 
� Tabuleiro 
� Sonda nasogástrica 
� Luvas descartáveis 
� Adesivo para fixar 
� No caso de aspiração um saco colector 
� Estetoscópio ou papel azul tornesol 
� Seringa de 100cm3 
� Lubrificante (lidocaína em gel – analgésico) 
 
Técnica: 
1. Cabeceira elevada (semi-fowler) – porque a sonda ao passar na orofaringe 
pode provocar vómito e desta forma é evitado que este vá para os pulmões. 
2. Dizer ao doente o que tem e depois dizemos o que vamos fazer, pedindo a sua 
colaboração, dizer para resistir ao vómito e pedir para ir engolindo para 
ajudar a penetração da sonda. 
3. Calçar as luvas 
4. Medir a sonda (nariz ao lobo da orelha e deste ao apêndice xifóide) 
5. Colocar o lubrificante 
6. Introduzir a sonda com os mesmos princípios da oxigenoterapia à 1º 
resistência; 2º resistência, vómito, retirar a sonda 0,5 cm para estabilizar o 
doente. 
7. Colocar o doente em hipoextensão da cabeça para fechar as vias respiratórias. 
8. Pedir para engolir e empurrar a sonda simultaneamente. 
9. Se não houver colaboração: 
10. Deixar descansar para parar o reflexo do vómito; 
11. Dar água para estimular a deglutição 
12. Ver a boca do doente 
 Enfermagem: Breves Noções 
17 
13. Pôr a seringa na sonda 
14. Pôr o estetoscópio no apêndice xifoideu 
15. Empurrar o ar 
16. Ouvir borbulhar 
17. Papel nos bebés – aspirar suco gástrico e ver se o papel fica vermelho. 
 
Complicações da entubação nasogástrica: 
� Mecânicas (directamente associadas a entubação nasogástrica): 
� Obstrução da sonda – Diluir com a sopa e Empurrar com a seringa. 
� Ulcerações a nível da asa do nariz 
� A sonda não estar no tubo digestivo e estar na árvore respiratória 
� Metabólicas (uso da entubação): 
� Diarreias – preparados muito concentrados fazem aumentar a pressão 
osmolar o que provoca a entrada de água para o intestino. – Juntar água aos 
preparados. 
� Náuseas ou vómitos – diminuir na quantidade 
 
Cuidados de manutenção: 
� Estar alerta para complicações 
� Mudar adesivo todos os dias (alergias) 
� Mudar a sonda (10 em 10 dias) 
� Lavar a boca do utente (+ ou - 2 vezes por turno). 
 
Cuidados a ter: 
� Observar a quantidade e o aspecto (com resto de alimentos; sangue; bilioso) 
� Uma vez por turno devemos mobilizar a sonda para que esta possa apanhar 
alguns sucos e porque devido à corrosão esta pode vir a colar às paredes do 
estômago. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
18 
Enema de Limpeza: 
 É a introdução de uma solução aquosa a nível da ampola rectal e do cólon 
descendente (parte final). Utilizado em situações de obstipação e limpeza da 
parte terminal do intestino e ampola rectal, para se fazerem ECD. 
 
Material: 
� Tabuleiro 
� Irrigador e respectivo suporte 
� Tubo de ligação e torneira 
� Sonda de enteroclise 
� Lubrificante(Vaselina ou parafina) 
� Resguardo 
� Arrastadeira 
� Papel higiénico 
� Preparação da solução aquosa: 
� Adulto 1000-1300; Criança 250-400cm3 
� Água tépida misturada com gordura 
� Adicionar 20 cm3 de vaselina 
 
Técnica: 
1. Explicar a técnica e para que serve e promover Privacidade do ambiente 
2. Destapar o doente o mínimo possível 
3. Colocar o doente em decúbito lateral esq. (por causa do cólon descendente) 
4. Flectir a perna direita 
5. Colocar resguardo e a arrastadeira 
6. Por a sonda 7 a 10 cm no adulto, 4 a 7 cm na criança. 
7. O irrigador deve estar 30 a 45 cm acima do nível do recto 
8. Abrir a torneira (metade), o irrigador deve demorar cerca 5 a 10 min a 
esvaziar. Se a agua não correr: 
Cólicas – reduzir a velocidade do enema ou paramos e tentamos noutra altura 
Se a agua não baixar, devemos aumentar a altura do irrigador – 10cm 
Se não funcionar mobilizamos a sonda – puxamos 1/2 cm e rodamos 
Se sair muita água põe-se a sonda mais para dentro 
Se o doente não aguenta, baixamos o ritmo ou o enema este é retirado 
9. Reter o enema durante 5 a 10 minutos, se o enema correu bem. 
10. Colocar arrastadeira: flectir as pernas e levantar o rabo - em decúbito dorsal 
11. Tirar a arrastadeira 
12. Ver o conteúdo 
13. Por vezes o enema fica retido e por isso deve-se: Pôr mais água 150 cm3 nos 
adultos; 50 a 100 cm3 nas crianças 
14. Colocar 1 sonda de enteroclise e deixando-a lá ficar. 
 Enfermagem: Breves Noções 
19 
Posicionamentos: 
 Posicionamento é a postura correcta de repouso, que permite 1 adequado 
alinhamento dos diferentes segmentos do corpo, garantindo a integridade e o 
equilíbrio músculo-esquelético, com um mínimo dispêndio de energia. 
Objectivos dos posicionamentos 
� Proporcionar conforto e bem-estar; 
� Manter o equilíbrio músculo-esquelético, alinhando os vários segmentos 
(coluna, ombros e cristas ilíacas); 
� Prevenir deformidades; 
� Prevenir contracturas e atrofias musculares; 
� Facilitar a respiração e a drenagem brônquica; 
� Garantir a integridade cutânea, a nível das proeminências ósseas; 
� Prevenir a estase venosa; 
� � o tempo de internamento, por complicações originadas pela imobilidade; 
� Alternar o campo visual do doente; 
 
Orientações quanto à execução: 
1. Deve-se vigiar regularmente as zonas de apoio, evitando as zonas de rubor. 
2. As mudanças de posição devem obedecer sempre a um plano regular: 
DD�DLD�DSDD�DLE�DSDE, excepto se existir alguma CI e/ou 
preferência do doente. 
3. A doentes hemiplégicos, quando posicionados em decúbito lateral, devem ser 
colocados sobre o lado comprometido, quando as condições pulmonares, 
cardíacas e esqueléticas o permitam; 
4. Após efectuado o posicionamento, deve-se observar o estado hemodinâmico e 
verificar a saturação de O2 do doente, pois podem indicar a intolerância do 
doente à nova posição. Nunca desvalorizar as queixas do doente, se este n se 
sentir confortável, averiguar porque e se preciso, efectuar novo posicionamen. 
Prevenir úlceras de pressão: 
1. Variando as posições de 2 em 2 horas; Massajar as zonas de pressão creme 
2. Verificar se há zonas de pressão (aparecimento de eritema) 
3. Proteger as zonas de pressão (Algodão no calcâneo; almofadas; 
4. Atençao a magros e aos obesos 
5. Alimentação 
6. Hidratação 
7. Lençóis bem esticados 
8. Pele limpa e seca 
9. Pequenos objectos 
 Enfermagem: Breves Noções 
20 
Ligaduras: 
 
� Volta circular – áreas pequenas 
� Espiral – ligadura elástica, por norma básica. A passagem da seguinte 
sobrepõe sempre a meio da anterior. 
� Espinha – aumenta a compressão e sustentabilidade 
� Volta em 8 – imobilização de articulações 
� Proteger as proeminências ósseas com algodão cardado 
� A direcção deve ser a da circulação venosa 
� Nunca ligar duas superfícies de pele em contacto uma com a outra sem as 
isolar previamente com algodão ou gaze (ex. entre os dedos, axilas, sob os 
seios) 
� Quando se colocam ligaduras na articulação, aplicar a ligadura com a 
articulação em ligeira flexão quando não se pretende imobilizá-la 
� Nas ligaduras dos membros, sempre que possível deixar a descoberto uma 
porção das extremidades 
� Durante a execução da ligadura e após a sua aplicação perguntar sempre ao 
doente como se sente. Em caso de doentes inconscientes e crianças deverá 
fazer-se uma observação cuidada e constante 
 
Circulares: 
� Cabeça 
� Pescoço 
� Tornozelo 
� Cintura 
� Tronco 
Oblíquas 
ou espirais: 
� Tronco 
� Membros 
 
 
Cruzados: 
� Omoplatas 
� Cotovelo 
� Punho 
� Joelho 
� Períneo e Pé 
Recorrentes: 
� Cabeça 
� Mãos 
� Pés 
� Amputações 
 
Espiga: 
� Ombro 
� Polegar 
� Virilha 
 
� Espiral de um dedo da mão 
� Espiga do polegar 
� Cruzado posterior e anterior 
� Espiga do antebraço 
� Circular do antebraço 
� Cruzado (anterior e posterior) 
� Espiga do ombro 
� Ligadura de entorse 
� Cruzado do joelho 
� Espiga do MI 
� Espiga do MS 
� Leque do calcanhar 
� Leque do cotovelo 
� Ligadura suspensora do escroto 
� Ligadura de gerdy e ou velpeau 
� Capacete de Hipócrates 
 Enfermagem: Breves Noções 
21 
Cuidados ao Morto: 
 
� Lençol na diagonal 
� Tirar cateteres, sondas e algalias. Os pensos ficam e podem ser reforçados 
� Verificar a higiene do corpo e fazer se necessário. 
� Tapar todos os orifícios naturais com algodão 
� Colocar ligaduras na boca, braços e pernas 
� Colocar a etiqueta na perna. 
� Enrolar o corpo no lençol segurando com adesivo e colocar a segunda etiqueta 
� O corpo deve ficar totalmente envolvido pelo lençol 
� Colocar os bens materiais num saco preto ao espólio do correspondente. 
� Avisar a família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
22 
Cateter Venoso Central: 
 O Enfermeiro tem o dever de colaborar na colocação e manipulação do 
material. Após proceder à lavagem das mãos, deve avaliar os SV. O doente deve 
ficar em decúbito dorsal, ligeiramente inclinado com a cabeça baixa, e com um 
rolo na região dorsal, de forma a que os ombros “caiam” para trás e façam subir 
a clavícula. Realizar a tricotomia se necessário, preparar o sistema e expurga-lo e 
posteriormente colocar o adesivo e avaliar os SV. 
Complicações: 
Imediatas: Traumatismo local, Hematoma, Embolia Gasosa, Pneumo-hemotorax. 
Tardias: Trombose venosa, Obstrução do cateter, Infecção localizada/Sistémica. 
 
Avaliação da Pressão Venosa Central: PADRÃO: 8 a 12 cm3: H2O 
Consiste na medição da pressão sanguínea na AD ou veia cava superior. 
Material: 
� Soro Fisiológico 
� Sistema de administração de soro 
� Régua de PVC (manómetro de agua) 
� Torneira de 3 vias 
� Prolongamento 
� Material para nivelar o ponto zero da escala com o nível da AD: régua comum 
 
Procedimento: 
� Posicionar o doente ou cabeceira elevada até 30º 
� Colocar a régua fixa ao suporte de soros de modo a q o zero fique a nível da 
AD (linha media axilar, 4º espaço) 
� Preencher o sistema da régua virando a torneira de 3 vias de maneira que o SF 
preencha a régua ate 2/3 acima do nível esperado que o valor de PVC, isto 
interrompendo o fluxo de líquidos. 
� Interromper o circuito da régua para o sistema de perfusão, rodando a 
torneira no sentido régua-doente. 
� Aguardar a descida do soro fisiológico na régua ate que este estabilize 
indicando o valor da PVC. Se houver oscilação regista-se o valor mais elevado. 
� Reposicionar a torneira de 3 vias de modo a que se interrompa no sentido 
regua-doente e q permite a perfusão 
� Proceder ao controlo do ritmo da gota de acordo com a prescrição 
� Posicionar o doente; Providenciar arrumação do material e lavagem das mãos 
 Enfermagem: Breves Noções 
23 
Drenagem Torácica: 
Os drenos torácicos são inseridos no espaço pleural para remoção de líquidos 
e/ou ar e, consequentemente,reinstalar a pressão negativa intrapleural e 
permitir a reexpansão da totalidade ou parte do pulmão colapsado 
 
Utiliza-se: Pneumotórax; Hemotórax; Hemopneumotórax; Derrame pleural 
• Remoção de ar - parede torácica anterior, ao nível do 2º ou 3º espaço 
• Remoção de líquido - colocados na posição inferior da cavidade torácica, ao 
nível do 6º, 7º ou 8º espaço. 
 
A drenagem torácica pode fazer-se de duas formas: activa e passiva. 
 
� Explicar ao doente em que consiste o procedimento a que vai ser sujeito 
� Preparar o sistema de drenagem torácica e colaborar na inserção do tubo 
� Verificar se o tubo mais longo está submerso 2 cm no líquido. Se estiver menos de 2 cm 
mergulhado, pode haver entrada acidental de ar, se estiver mais mergulhado há uma maior 
dificuldade em expelir o ar devido á diferença de pressões. 
� Observar o funcionamento do sistema de drenagem através da oscilação do líquido no tubo. 
Qd não há oscilação do líquido no tubo deve-se verificar: 
o Tubos dobrados 
o “Mungir” suavemente o tubo 
o Mudar o doente de posição 
o Pedir ao doente que inspire profundamente ou tussa 
o Verificar as conexões para nos assegurar-mos que o sist. está hermético 
� Marcar o nível inicial do líquido no frasco para avaliação posterior da quantidade drenada 
� Manter sempre 2 clampes na cabeceira da cama do doente, para clampagem em caso de 
necessidade 
� Clampar os tubos de drenagem apenas em situações de emergência 
� Nunca levantar o frasco de drenagem acima do nível do tórax do doente 
� Manter o frasco de drenagem fixo num suporte da cama do doente 
� Ao fazer a mudança do frasco de drenagem deve-se: 
o Explicar ao doente o que lhe vai ser feito 
o Preparar o novo sistema de drenagem 
o Clampar o dreno torácico após a expiração, colocando os dois clampes perto do local de 
inserção e em posições opostas 
o Substituir o sistema de drenagem e desclampar o dreno torácico. Verificar se o sistema 
de drenagem está funcionante 
o Marcar o nível do selo de água 
o Realizar penso do local de inserção dos tubos 
 Enfermagem: Breves Noções 
24 
Cardiologia: 
 
CRISE HIPERTENSIVA: Situação clínica em que a hipertensão se associa a 
danos irreversíveis em órgãos vitais, e representa uma ameaça para a vida, após 
um curto período de tempo. Uma pressão diastólica superior a 130 mmHg é, 
habitualmente, designada como hipertensão grave. 
 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: 
Estado fisiopatológico no qual uma alteração da função cardíaca é responsável 
pela incapacidade do coração em bombear um volume de sangue proporcional 
ao retorno venoso ou às necessidades metabólicas dos tecidos. A insuficiência 
cardíaca congestiva (ICC) é uma sobrecarga circulatória secundária à IC e uma 
sobrecarga de fluídos que surgem em consequência de mecanismos 
compensatórios. As manifestações clínicas da IC resultam da hipoperfusão dos 
tecidos e da “congestão” dos órgãos. 
 
� Insuficiência ventricular esquerda: Taquipneia, Taquicardia, Tosse, 
Crepitação de ambas as bases pulmonares, � da pressão artéria pulmonar, 
Hemoptise, Cianose, Edema pulmonar, Fadiga, Dispneia, Ortopneia. 
� Insuficiência ventricular direita: Edema periférico, Hepatomegália, 
Esplenomegália, Ascite, Ingurgitamento jugular, Aumento da pressão venosa 
central, Hipertensão pulmonar, Fraqueza, Anorexia, Aumento de peso. 
� Tratamento: Diuréticos, Digitálicos, Agentes inotrópicos positivos como a 
dopamina e a dobutamina. 
 
ANGINA DE PEITO: 
A angina é a resposta sensorial a uma falta transitória de oxigénio no miocárdio. 
Não constitui uma doença sendo antes um sintoma de doença coronária. Varia 
de 30 segundos a 30 minutos. Esta dor alivia com nitroglicerina sublingual, 
habitualmente entre 45 segundos a 5 minutos após a administração. Defini-se 
angina estável, instável ou Angina variante ou de Prinzmetal 
 
ENDOCARDITE: A endocardite infecciosa resulta da infecção de uma 
vegetação de fibrina e plaquetas na superfície do endotélio cardíaco por um 
microorganismo. 
 Enfermagem: Breves Noções 
25 
ENFARTE AGUDO DO MIOCÁRDIO: 
Termo utilizado para descrever danos celulares irreversíveis e necrose do 
miocárdio, secundário a uma diminuição súbita ou interrupção do aporte 
sanguíneo coronário a uma determinada área do miocárdio. O enfarte atinge 
com mais frequência o ventrículo esquerdo e a necrose do miocárdio deve-se 
principalmente à oclusão de um ou mais vasos coronários. A aterosclerose é 
responsável pela maioria dos enfartes do miocárdio, já que provoca o 
estreitamento do lúmen dos vasos e a redução do fluxo sanguíneo, com a 
consequente diminuição do aporte de oxigénio ao miocárdio. A área do 
miocárdio onde ocorre morte celular e necrose muscular é denominada zona de 
enfarte (à medida que se evolui para a cura, estas células são substituídas por 
tecido cicatricial). A zona de enfarte encontra-se envolvida por uma área de 
tecido danificado mas potencialmente viável, denominado zona de lesão. A zona 
mais externa é a zona de isquémia, que é constituída por células viáveis. Apesar 
da repolarização desta zona estar afectada, pode tornar-se normal. 
 
Manifestações clínicas: Dor torácica prolongada e intensa, que se associa a 
náuseas, vómitos e diaforese, Esta dor, com duração igual ou superior a 30 
minutos, localiza-se na região pré-cordial esquerda ou sub-esternal. A dor pode 
ser descrita como a mais intensa alguma vez sentida pelo indivíduo. A dor pode 
irradiar para as costas, pescoço, maxilar ou braço esquerdo. A dor não cede ao 
repouso nem aos nitratos. Taquicárdia, Bradicárdia, Hipotensão, Dispneia, 
Inquietação/agitação/ansiedade/agressividade. 
 
Tratamento do enfarte do miocárdio: Os principais objectivos do tratamento do 
enfarte do miocárdio são aliviar a dor, controlar as disritmias e preservar o 
miocárdio. As primeiras seis horas após o inicio da dor torácica constituem o 
período crucial para a recuperação do miocárdio. Reperfusão da área de enfarte 
com trombólise intravenosa ou intracoronária, PTCA de urgência ou cirurgia de 
bypass das artérias coronárias 
 
CHOQUE CARDIOGÉNICO: Sempre que se verifica uma perda funcional do 
miocárdio superior a 40%, desenvolve-se um síndrome caracterizado por: 
Hipoperfusão, Hipotensão, Diminuição ou ausência de débito urinário, 
Obnubilação, Sudorese, Palidez, Taquicardia. Estamos perante uma situação de 
choque cardiogénico. 
 Enfermagem: Breves Noções 
26 
ECG: 
Sistema de condução: O nódulo sino-auricular é considerado o «pacemaker» 
natural do coração por ter o mais elevado grau de automatismo ou ritmicidade 
cardíaca intrínseca. Estrutura fusiforme e localiza-se junto à raiz da veia cava 
superior, na parede posterior da aurícula direita. A despolarização auricular dá-
se, não só célula a célula, mas também, por quatro feixes condutores: 
 
Feixe de Bachaman – dirige-se para a aurícula esquerda; 
Vias inter-nodais – dirigem-se ao nódulo aurículo-ventricular; 
 
HOLTER: A monitorização de Holter, tb conhecido como electrocardiografia 
ambulatória contínua, é uma técnica que regista o electrocardiograma dos 
doentes, enquanto desenvolvem as suas actividades habituais 
 
ELECTROCARDIOGRAMA DE ESFORÇO: Criada uma situação que provoca 
esforço ao doente, ao mesmo tempo que é impresso um ECG em intervalos de 1 
minuto. A prova de esforço termina: Cansaço, se ocorrerem sintomas (dor 
torácica, dispneia, tonturas, etc.), se surgirem alterações significativas no ECG, 
hipotensão ou hipertensão. 
 
Um ECG de 12 derivações consiste em 6 derivações standart dos membros e 6 
derivações torácicas. 
 
Amarelo: BE; Vermelho: BD; Preto e verde: um de cada pé ou do mesmo lado. 
V1: vermelho - 4º espaço intercostal no bordo direito do esterno 
V2: amarelo - 4º espaço intercostal no bordo esquerdo do esterno 
V3: verde - equidistante entre v2 e v4 
V4: castanho – Mamilo; 5º espaçointercostal, na linha média clavicular esquerda 
V5: preto - linha axilar anterior, na mesma linha horizontal que v4 
V6: roxo - linha axilar média, na mesma linha horizontal que v4 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
27 
O que antecede a P, é o nódulo sino auricular, a P é a aurícula a contrair, do pico 
da P ate a onda PR, nódulo AV, representa o tempo que o impulso leva do NS 
até ao NAV. O que precede a Q feixe de Purkinje, QRS, ventrículo a contrair, T é 
a repolarização dos V. 
 
Onda P: Despolarização (contracção) das aurículas. 
A frequência sinusal normal oscila entre os 60 e os 100 bpm; Frequências 
inferiores a 60 bpm: bradicardia; Frequências superiores a 100 bpm: taquicardia. 
A regularidade ou não do ritmo cardíaco (distância entre os sucessivos 
complexos) pode ser sugerida pela simples observação. 
 
Complexo QRS: Despolarização dos ventrículos. É fundamental a avaliação da 
sua largura; Quando o QRS é estreito significa que é de origem supraventricular 
e que o miocárdio ventricular foi activado por um estímulo normalmente 
conduzido; Quando o QRS é largo pode ser de origem supraventricular na 
presença de um transtorno na condução intraventricular ou de origem 
ventricular; Em condições normais a cada onda P deve seguir-se um QRS. 
 
Onda T: Repolarização (relaxamento) dos ventrículos. 
A bradicardia sinusal inferior a 60 batimentos por minuto. 
A taquicardia sinusal superior a 100 batimentos por minuto. 
Passos para ler um ECG: 
1. Procurar ondas P: são iguais? Seguida de um QRS? Formato e frequência da P. 
2. Ritmo: Regular ou arritmia 
3. Calcular as Frequências A e V: numa faixa de 6s, conta-se os complexos e 
multiplica-se por 10. Ondas R-R rítmicas. 
4. Verificar intervalos: Intervalo PR (.12 a .20); QRS: (.04 a .10); QT (.32 a .44) 
5. Eixo; Hipertrofia; Enfarte (lesão: ST elevado; Enfarte: Q tem a largura de uma 
quadricula; isquémia: T invertida emv2 e v6). 
 
 
 
DISRITMIAS: Disritmia pode ser definido como qualquer perturbação do 
trajecto normal da condução cardíaca. A primeira coisa a observar numa tira de 
ritmo é a frequência ventricular. Num coração saudável, as frequências auricular 
e ventricular são iguais, o que não acontece na maioria. 
 Enfermagem: Breves Noções 
28 
DISRITMIAS AURICULARES: As disritmias auriculares têm origem num foco 
ectópico (que não o nódulo sinusal) localizado na aurícula. O impulso ectópico 
dá-se prematuramente, antes do que competiria ao impulso sinusal. 
Normalmente, a onda P prematura origina um QRS normal. Esta onda P é quase 
sempre diferente da onda P sinusal, surgindo muitas vezes invertida. 
EXTRASSISTOLES AURICULARES: As contracções auriculares prematuras 
são batimentos isolados e precoces, originados num foco ectópico auricular, 
mantendo-se o ritmo de base, geralmente sinusal. A frequência auricular, é de 
aproximadamente 150 a 250 bpm. O ritmo regular é interrompido por uma onda 
P prematura e de configuração normal. Se o impulso chegar ao nódulo auriculo-
ventricular depois de este se encontrar completamente repolarizado, será 
conduzido para os ventrículos. Se, por sua vez, estes estiverem tb repolarizados, 
a condução dar-se-á normalmente, registando-se no ECG um QRS normal. 
 
TAQUICARDIA AURICULAR PAROXÍSTICA: Interrupção repentina do ritmo 
sinusal devido a um foco ectópico que dispara repetitivamente 150 a 200 vezes 
por minuto e que normalmente pára de uma forma tão repentina como começou. 
O ritmo é perfeitamente regular, pois todos os batimentos são iniciados pelo 
mesmo foco. 
TAQUICARDIA AURICULAR MULTIFOCAL: Numerosos focos irritáveis que 
disparam intermitentemente, gerando o impulso. A frequência auricular é 
superior a 100 batimentos por minuto, embora geralmente não exceda 160. A 
característica que permite distingui-la no ECG, é a existência de, pelo menos, 3 
formatos diferts de onda P, indicativos de, no mín, 3 diferentes focos ectópicos. 
 
FLUTTER AURICULAR: Causado por um trajecto circular fixo, através da qual 
a onda de despolarização se desloca continuamente. A frequência auricular do 
flutter varia entre 250 e 350 batimentos por minuto. Nesta freq, perde-se a 
individualização das ondas P, que se fundem umas nas outras dando origem a 
um padrão dentado. 
 
FIBRILHAÇÃO AURICULAR: Quando na aurícula vários pontos disparam 
espontânea e rapidamente, torna-se impossível a propagação organizada da 
despolarização e surge F.A. Pequenas porções musculares são activadas 
individualmente, provocando tremores na aurícula e n 1 contracção eficaz. 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
29 
DISRITMIAS VENTRICULARES: Resultam de um foco ectópico no miocárdio 
ventricular. O trajecto de condução ventricular não é utilizado e a onda de 
despolarização propaga-se célula a célula, prolongando o complexo QRS para 
além de 0,12 segundos. Assim, é importante a amplitude do QRS e não a sua 
altura, para o diagnóstico de uma ectopia ventricular. 
 
EXTRASSISTOLES VENTRICULARES: É um impulso ectópico isolado 
originado nos ventrículos. Algumas são muito pequenas em altura mas têm 
amplitude superior a 0,12 segundos. A forma do QRS é variável, dependendo da 
localização do foco ectópico. Em geral as disritmias ventriculares têm 
implicações mais sérias que as auriculares e só raramente ocorrem em indivíduos 
saudáveis. Uma extrassistole ventricular tem origem numa célula ventricular que 
por qualquer razão se tornou anormalmente permeável ao sódio e que por isso 
atinge o limiar de despolarização antes de receber um impulso vindo do nódulo 
sinusal. Uma vez atingido o limiar, a célula despolariza automaticamente, 
iniciando a despolarização de todo o ventrículo. Normalmente o impulso não é 
conduzido retrogadamente pelo nódulo auriculo-ventricular, razão pela qual o 
nódulo sinusal não é afectado e continua a despolarizar as aurículas, produzindo 
uma onda P normal. 
 
FIBRILHAÇÃO VENTRICULAR: A fibrilhação ventricular é o resultado de 
uma rápida descarga de impulsos, de um ou de múltiplos focos ventriculares, 
incapacitando os ventrículos para uma resposta completa e efectiva. Estes apenas 
vibram, não impulsionando o sangue para a corrente sanguínea. Sem ejecção de 
sangue, não há pulsos palpáveis nem sons cardíacos audíveis. No ECG, a 
fibrilhação ventricular surge como uma ondulação grosseira da linha. 
 
Bloqueios Cardíacos são bloqueios eléctricos que detêm a passagem de 
estímulos eléctricos: 
Normalmente, o nódulo SA refula a despolarização eléctrica do coração. A partir 
dele, o impulso propaga-se pelos trajectos inter-nodais até ao nódulo AV, onde o 
impulso é atrasado para permitrir a contracção A antes que seja conduzida ao 
feixe de His, seus ramos e rede de Purkinje. Clinicxamente, a capacidade de 
condução do nódulo AV é avaliada pela medição do intervalo P-R e pela relação 
entre as ondas P e os complexos QRS. O intervalo PR normal, medido entre o 
inico da onda P e o inciio do QRS, varia de .12 a .20. 
 Enfermagem: Breves Noções 
30 
BLOQUEIO SINO-AURICULAR 
Ocorre no nódulo SA e faz com que o marca-passo pare temporariamente, pelo 
menos por um ciclo, retomando de seguida a sua actividade de estimulação. As 
ondas P são idênticas antes e depois do bloqueio. Causas: isquémia perto do 
nódulo SA; Intoxicação medicamentosa 
 
BLOQUEIO AURÍCULO-VENTRICULAR 
O bloqueio AV retarda o impulso A ao nível do nódulo AV, produzindo uma 
pausa maior que a normal antes da estimulação dos V. Assim, a pausa normal de 
um décimo de segundo entre a despolarização auricular e a estimulação do 
nódulo AV, aumenta. Quando este é estimulado, a despolarização prossegue 
normalmente. No ECG, o atraso produzido pelo bloqueio AV prolonga o 
intervalo P-R que se mede no começo da onda P até ao inicio do complexo QRS. 
Este intervalo deve medir menos que um quadrado grande ou menos de 0.2s. 
Quando se identifica um intervalo P-R prolongado,deve-se determinar o tipo de 
bloqueio AV existente. A gravidade do bloqueio é identificada por graus. 
 
O bloqueio de grau I verifica-se quando o intervalo PR se prolonga por mais de 
0,20 segundos, indicando atraso na condução. Todos os impulsos A são 
conduzidos aos V. Este tipo de bloqueio não causa preocupações imediatas, mas 
requer uma vigilância da sua evolução. Causa: Doença do sistema de condução; 
intoxicação digitalica; antiarritmicos (aquinidina e amiodarona) e EAM. 
 
O bloqueio de grau II, Este acontece, quando são necesarios dois ou mais 
impulsos A para estimular o nódulo AV. Aparece no ECG como 2 ou mais ondas 
P antes de cada complexo QRS. O n. de impulsos A (P) necessários para 
estimular a resposta V (QRS), assim se trata de um bloqueio AV2:1; 3:1; 4:1… 
 - O Mobitz tipo I é caracterizado por um intervalo PR, que se alonga 
progressivamente até a onda P deixar de ser seguida por um complexo QRS. 
Como prevenção, pacemaker temporário. Causas: estimulação vagal, pós-Enfarte 
de miocárdio; Medicação (Digitálicos, beta-bloqeadores…) 
 - O Mobitz tipo II é caracterizado pela não condução dos impulsos sinusais, 
apesar de apresentar intervalos PR constantes. Os complexos QRS são 
geralmente alargados devido a um bloqueio do ramo fascicular. É mais perigoso 
que o tipo I e progride frequentemente para bloqueio AV completo. Causas: 
EAM, hipoxia, HTA, doença cardíaca isquémia. 
 Enfermagem: Breves Noções 
31 
 
Bloqueio dos ramos esquerdo e direito: Considera-se que existe um bloqueio de 
ramo quando a duração do QRS é superior a 0,12 segundos. 
 
ASSÍSTOLIA: Ausência da actividade eléctrica; 
 
 
 
Neurológico: 
 
AVC: Situação de início brusco ou progressivo que corresponde ao aparecimento 
de sintomas neurológicos causados pela interrupção de circulação sanguínea no 
cérebro, com o consequente défice de oxigenação das células cerebrais. 
Basicamente existem dois tipos de A.V.C., Isquémico e Hemorrágico. Cuja causa 
pode ser, Trombose cerebral, Embolia cerebral, Hemorragia cerebral. 
Sinais e Sintomas: 
� Náuseas e vómitos 
� Cefaleias 
� Alteração do estado e 
reactividade das pupilas 
� Disartria 
� Hemiparésia 
� Desvio da comissura labial 
� Parestesias 
� Incontinência de esfíncteres � Convulsões 
� Hipertermia 
� Alteração do estado de consciência com desorientação e/ou agitação que 
pode evoluir para a inconsciência 
Actuação: 
� Manter uma atitude calma e segura 
� Acalmar a vítima 
� Executar o Exame da Vítima na sua totalidade 
� Avaliar e registar os sinais vitais 
� Oxigenoterapia a 3 litros/minuto 
� Não dar nada a beber ou comer 
� Manter vigilância apertada mm durante o transporte, estando calmo e seguro 
� Vítima em d. dorsal c/ a cabeça elevada a 30º mantendo a via aérea permeável 
 Enfermagem: Breves Noções 
32 
� Se houver risco de vómito transportar em decúbito lateral para o lado oposto à hemiparésia 
 
AIT – Perturbação transitória da perfusão durante tempo insuficiente pa 
provocar enfarte. Recupera progressiva/. 
Arteriosclerose – processo patológico definido pela aterosclerose (processo), 
processa-se por um enrijamento das artérias e formação das placas de ateroma 
(coágulos, gordura ou fibrina). A sedimentação vai � ao longo dos anos. 
Processo de Aterosclerose – traduz-se no aumento da dificuldade da passagem 
de sangue entre as artérias, as paredes ficam cada vez mais rígidas conduzindo a 
um défice de passagem de oxigénio. O ventrículo esquerdo tem que fazer mais 
força para vencer a resistência das artérias que é maior, tem que consumir mais 
O2 e por isso aumenta a freq respiratória e cardíaca (taquipneia). A pressão 
intracardiaca é maior (nos ventrículos) – hipertensão. 
Embolia – Oclusão do lúmen de uma artéria por um corpo estranho em 
circulação. Provoca isquemia cerebral. 
Trombose – oclusão do vaso se desenvolve no próprio local da oclusão. Placa de 
ateroma – Arteriosclerose. 
 
Exame Neurológico: 
� Abertura dos olhos: anisocoria (interrupção fibras); midriase unilateral: 1 hemisfério afectado 
� Resposta verbal 
� Resposta motora: avaliar o tonus muscular dos M; estímulos dolorosos; hemiparesias/plegias 
� Função Cardio-respiratória 
 
Cuidados de Enfermagem: 
� Manter as vias áreas desobstruídas: lateralizar a cabeça; prótese fora; aspirar 
secreções; Tubo de mayo 
� Observar a função respiratória: relacionado com agravamento da lesão 
cerebral 
� Administrar oxigénio: hipoxia cerebral 
� Fazer colheita de sangue arterial para gazometria 
� Realizar o Exame neurológico 
� Avaliação dos SVs: Hipertensão e Hipertermia indicam aumento da PIC, AVC 
hemorrágico e edema cerebral 
� Elaborar um Balanço Hídrico: previne o edema cerebral 
� Colocar SNG: pode haver ausência de reflexo de deglutição 
 Enfermagem: Breves Noções 
33 
� PVP 
� Algaliação 
� Vigiar o funcionamento intestinal 
� Posicionar frequentemente o doente 
� Executar mobilizações activas e passivas 
� Cuidados de higiene e conforto 
� Estabelecer uma comunicação adequada 
� Ensinar os familiares e amigos a comunicar 
Sempre que exista hemorragia cerebral é necessário repouso no leito com plano 
da cabeceira elevado a 30º. 
Alterações Posturais: 
� Inclinação lateral da cabeça para o lado afectado com rotação para o lado são; 
� Membro Superior: Retracção da omoplata; aduçao e rotação interna da 
escapulo umeral; flexão do cotovelo; pronação do antebraço; flexão do punho; 
flexão e aduçao dos dedos. 
� Inclinação lateral do tronco para o lado afectado; 
� Báscula anterior da bacia; 
� Membro Inferior: Extensão da coxo-femural com rotação externa; extensão do 
joelho; extensão e inversão do pé. 
 
Padrão Anti-Espastico – decúbito semi-dorsal ou lateral para o lado afectado 
para estimular a sensibilidade profunda ou superficial. 
� Manter a cabeça alinhada com o corpo; 
� Protacçao da omoplata; 
� Rotação externa e abdução da articulação escapulo-umeral 
� Extensão do cotovelo, punho e dedos com abdução destes 
� Supinação doa antebraço 
� Extensão do tronco com báscula posterior da bacia 
� Rotação interna e flexão da coxa, joelho e tornozelo. 
C7; D12; L5; S5; C4 – D1 – acima tetraplégica 
 
Agnósia: dificuldade em descodificar estímulos; 
Anasognia: não reconhece a lado afectado; 
Apraxia: perda da capacidade de realizar voluntariamente movimentos aprend; 
Ataxia: perturbação da coordenação dos movimentos; 
Hemianópsia: não vê metade do campo visual; 
 Enfermagem: Breves Noções 
34 
Cegueira cortical: tem os olhos abertos, diz que vê, mas vai contra os objectos; 
Afasia: lesão no hemisfério esquerdo (dominante), ausência da fala; 
Disartria: dificuldade na articulação das palavras; 
Labilidade Emocional: Instabilidade comportamental; 
Tonus Muscular: contracção moderada e permanente do músculo esquelético 
com a enervação normal; 
Hipertonia: � do tonus muscular e manifesta-se por elasticidade ou rigidez; 
Hipotonia: � do tonus e manifesta-se por músculos moles e flácidos, sem 
resistência ao movimento 
Elasticidade: permite ao músculo voltar à fase inicial após ter sido esticado 
 Enfermagem: Breves Noções 
35 
Endócrino: 
 
NeuroHip
ofise – 
Lobo 
anterior 
H. Crescimento – 
GH 
Estimula o crescimento dos tecidos e ossos e síntese 
proteica 
Prolactina Estimula o crescimento e a lactação do tecido mamário 
H. Tireotrofico TSH Estimula a tiróide 
H. Gonodotrofinas 
(LH e FSH) 
Afecta o crescimento, a maturidade e o funcionamento 
dos órgãos sexuais primários e secundários 
H.Adrenocort. 
(ACTH) 
Estimula a produção de gluco e mineralcorti. pelo córtex 
adrenal 
H.Melanocitos MSH Estimula o córtex adrenal e pode afectar a pigmentação 
AdenoHip
ofise – 
lobo 
Posterior 
H. Antidiurética 
ADH, vasopressin 
Promove a reabsorção de água, diminuindo a eliminação 
de urina. 
Ocitocina Estimulaa ejecção de leite; estimula a contracções 
uterinas 
Tiróide Tiroxina (T4) 
Triiodotironina 
(T3) 
Aumenta a actividade metabólica das células, gorduras, 
proteínas e carbo-hidratos 
Tirocalcitonina Diminui o cálcio serico e aumenta o fosfato 
Paratiroide Paratormonio 
(PTH) 
� O cálcio serico e diminui o fosfato - � a reabsorção 
óssea 
Pâncreas Insulina Promove o metabolismo das gorduras, proteínas e carbo-
hidratos – diminui os níveis de glicose sanguíneos 
Glucagon Mobiliza estoques de glicogénio, � a glicose sanguínea 
Somatostatina � A secreção de insulina, glucagon, GH, gastrina e 
secretina 
Supra-
renal: 
Cortex 
Glicocorticóides 
(Cortisol) 
Promove o metabolismo das gorduras, proteínas e carbo-
hidratos, � a resposta ao stress; anti-inflamatoria; 
imunossupressor. 
Mineralocorticoide
s (Aldosterona) 
� A retenção de sódio e a excreção de potássio 
Androgenos 
(H. masculinos) 
Controlam características sexuais secundárias 
Supra-
renal: 
Medula 
Epinefrina (80%) Importante para a defesa contra o stress e danos 
Norepinefrina 
(20%) 
Eleva a TA; converte glicogénio em glicose; � a 
contractilidade cardíaca e broncodilatador 
Ovários Estrógenos e 
Progesterona 
Controlam características sexuais secundárias e repara 
endometrio 
Testículos Testosterona Controlam características sexuais secundárias 
masculinas 
 Enfermagem: Breves Noções 
36 
Diabetes Mellitus: 
Diabetes Tipo 1 – destruição das células beta do pâncreas, levando a 
insulinopénia absoluta. Autoimune Idiopática. 
Diabetes Tipo 2 – insulinoresistencia, com insulinopenia relativa, ou por um 
defeito secretor predominante. 
Sintomas da DM: 
� Hiperglicemia em jejum e pós-prandial 
� Poliúria 
� Polidipsia: Sede intensa. 
� Polifagia 
� Perda de peso. 
� Fadiga, irritabilidade, fraqueza e sonolência; Visão Turva 
 
Hiperglicémia: 
� A glicose ultrapassa o limiar renal (160-180) 
� Urina com cheiro a cetona 
� Cetonúria 
� Cetonémia 
� Acidose e Desidrataçao 
� Perda de peso 
 
Hipoglicémia: 
� Glicemia inferior a 45/50 
� Neuroglicopenia 
� Convulsoes 
� Confusão mental 
� Perda de consciência 
� Coma 
� Palidez, astenia, tremores, taquicardia, polifagia, suores. 
 
� Na tipo I: Produçao de corpos cetonicos por metabolizar proteínas. Podendo 
levar à cetoacidose diabetica 
� Hipoglicemia, 1 pacote de açúcar e dps 1 refeição lenta de HC. Se não deglute: 
Glucagon SC ou soro hipertónico 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
37 
Complicações: 
� Retinopatia diabética: lesão da retina 
� Nefropatia 
� Infecções e lesões dos tecidos. � da capacidade do sistema imunitário e a 
lesão dos capilares �a irrigação. 
� Neuropatia - lesão nos nervos do organismo; 
� Hipertensão arterial e Dislipidemias; 
� Pé diabético - arteriopatia, neuropatia; 
� Doenças cardiovasculares/Macroangiopatia - angina de peito, ataques 
cardíacos e AVC e M. Inferiores; 
� Infecções diversas e persistentes - boca e gengivas, infecções urinárias, 
infecções das cicatrizes dps das cirurgias. 
 
Tratamento: 
� Controlo rigoroso da glicemia, da tensão arterial e dos lípidos; HbA1 Inferior 
a 1% 
� Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos 
periféricos, entre outros; Bons hábitos alimentares, reduzindo o sal; 
� Prática de exercício físico; 
� Não fumar e cuidado com o álcool; 
� Cuidar da higiene e vigilância dos pés. 
 
 
Tipo 1: Insulina; 
Tipo 2: Magro: Insulina ou Sulfonilureias: Estimula a insulino-secreçao (desde 
que o pâncreas produza alguma) 
Tipo 2: Obeso: Biguanidas (Metformina): Reduzem a insulinoresistencia, 
associado a Sulfonilureias/Insulina 
Acarbose: actuam no delgado, atrasando a absorção dos HC, reduzindo a 
glicemia pós-prandial. 
 Enfermagem: Breves Noções 
38 
Colesterol: 
 O colesterol é uma gordura produzida naturalmente pelo fígado. O 
funcionamento normal do organismo, incluindo o fabrico de hormonas e 
vitaminas, sais biliares e parede celular, requer pequenas quantidades de 
colesterol. No entanto, níveis elevados de colesterol depositam-se no interior das 
nossas artérias o que faz com que o coração trabalhe em excesso para manter a 
circulação. Conduzindo a HTA, aterosclerose (endurecimento das artérias), ou 
mesmo enfarte do miocárdio. 
 Em relação ao colesterol no sangue, já sabe que deverá tentar mantê-lo em 
níveis pouco elevados, idealmente até aos 200 mg/dl, mas estará bem até aos 
220-230 mg/dl num indivíduo de média idade, em particular se não existir outro 
factor de risco coronário associado. 
 
 As medidas mais simples que deverá adoptar relacionam-se principalmente com 
os seus hábitos de vida: 
� Melhor o IMC, peso ideal em relação á sua altura, 
� Fazer exercício físico regularmente, e 
� Não fumar. 
� Deve-se evitar alimentos ricos em colesterol: carnes gordas, ovos e lacticínios. 
� Incluir mais peixe na sua dieta 
� Utilizar carnes mais magras como o peru e frango sem pele 
� Aumente o consumo de hidratos de carbono complexos. 
� Prefira o pão de farinha integral, cereais, massa, arroz, fruta e legumes. 
� Tomar a medicação prescrita; 
 
Obesidade: 
Riscos relativos: 
� Ligeiros: cancro da mama, pós-menopausa; quisto ovárico; alterações 
hormonais, diminuição da infertilidade, dor lombar, risco anestésico, más 
formações fetais. 
� Moderado: Doença coronário, hipertensão, osteoartrite (joelho), hiperuricemia 
e gota. 
� Elevado: DM tipo 2; Doenças vesicular; dislipidémias; insuliresistencia, 
dispneias e apneia do sono. 
 Enfermagem: Breves Noções 
39 
Pré-Operatório: 
Tempo que medeia a proposta para a cirurgia ate cerca de 48h antes da cirurgia. 
� Promover a melhor condição física e psicossocial da pessoa 
� Prevenir desconfortos e complicações pós-operatórias 
 
Ensinos ao cliente: 
� Exercícios respiratórios: respiração profunda e tosse 
� Mobilização dos membros inferiores 
� Mobilização total 
 
1. Alimentação do doente (deve estar 8h em jejum) 
2. Na véspera da cirurgia podem fazer-se enemas de limpeza 
3. Dependendo da cirurgia fazem-se tricotomias 
4. O doente toma banho 
5. Colocar meias de contenção elástica – profilaxia de fenómenos 
tromboembolicos; da raiz do pé ate à coxa. 
6. Coloca-se soro em curso e administra-se a medicação necessária 
7. O doente deve urinar antes de ir para o bloco (algaliar se necessário) 
8. A cama deve ser feita. O resguardo deve ser colocado na cabeceira da cama 
porque podem surgir pequenos vómitos 
9. Verificar todo o processo clínico do doente 
10. Avaliar os Sinais Vitais 
11. Deve ser o Enf. responsável pelo doente a levá-lo e a buscá-lo ao bloco 
12. Normalmente os doentes vêm com frio pelo que se deve colocar 1 ou 2 
cobertores na cama 
13. Todos os adornos dos doentes devem ser retirados e guardados, à excepção 
da prótese auditiva que só se retira à entrada do bloco 
14. Deve-se ter cuidado com o transporte do doente, este deve levar uma toca e 
camisa aberta atrás 
15. Dar uma última palavra de ânimo ao doente 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
40 
Pós-Operatório: 
 
� Ajudar o assistido operado a recuperar o equilíbrio fisiológico e psíquico. 
� Os cuidados iniciam-se com a recepção do operado até à preparação da alta 
� Informar-se do que se passou com no BO 
� Levar o doente para a enfermaria e observá-lo: 
o Saber o posicionamento em que o doente nos chega e a razão 
o Estado de consciência (sonolento, confuso, orientado, acordado) 
o Características da pele (corada, suada, quente, fria, cianosada) 
o Sinais Vitais: primeiras 2h – 15/15 min; após 2h – 30/30 min; e 
depois 4/4h ate às 24h pós-cirurgia. 
o Prescrições necessárias 
o Entubações 
o Algaliações 
o Cateteres (centrais ou periféricos) 
o Observar a ferida operatória para ver a evolução da mesma ao 
longo dotempo 
o Permeabilidade das vias aéreas (secreções, medo de respirar ou 
tossir – recomeçar o ensino da respiração e tosse) 
� Registar todas as observações 
� Posição do doente: decúbito dorsal com lateralização da cabeça, mais tarde 
poderá levantar-se a cabeceira da cama (caso o estado do doente o permita) 
� Observar calmamente o processo do doente 
� Observar complicações, nomeadamente ao nível da ferida: 
� Exsudado da sutura 
� Aumento da temperatura (pode ser ou não sinal de infecção) 
� Ao fim de 24 horas o doente faz o seu primeiro levante o que permite maior 
risco de complicações respiratórias 
� A primeira Micção; retenção e globo vesical; débito urinário (> 30 ml/h); 
balanço hídrico; eliminação intestinal. 
� Flebite nos cateteres 
� Tolerância á ingestão hídrica e alimentar – esta é avaliada através da presença 
de náuseas e vómitos e do retorno do peristaltismo gastrointestinal. A 
alimentação entérica após o retorno do peristaltismo; 
� Continuação da observação de todas as drenagens. 
 Enfermagem: Breves Noções 
41 
Bloco Operatório: 
 
ENFERMEIRO INSTRUMENTISTA: 
 
� Confirmar o programa cirúrgico 
� Colaborar com Enf. Circulante na selecção do material que vai ser necessário 
� Preparar as mesas cirúrgicas 
� Responsabilizar-se pela técnica asséptica cirúrgica 
� Responsabilizar-se por todos os instrumentos, compressas, suturas, 
procedendo à sua contagem 
� Ajudar a equipa cirúrgica a vestir-se 
� Colaborar na preparação do campo operatório 
� Proceder à conexão material estéril/não estéril 
� Conhecer os tempos operatórios pa se antecipar ás necessidades do cirurgião 
� Separar o material limpo do sujo e contaminado 
� Fazer o penso operatório 
� Retirar o material das mesas operatórias 
� Deixar a sala preparada para a cirurgia seguinte 
� No fim do turno repor todo o material consumido 
 
ENFERMEIRO CIRCULANTE: 
� Ver a limpeza das superfícies lisas, sistemas de iluminação e outros aparelhos 
� Colaborar no posicionamento do doente 
� Assistir a equipa cirúrgica durante a desinfecção e no vestir 
� Colocar o eléctrodo neutro do electrocautério 
� Colaborar na desinfecção do campo operatório 
� Ajustar luzes, mesas de instrumentos, ... 
� Proceder à ligação dos aparelhos 
� Fornecer os materiais necessários ao enf. instrumentista, com assepsia 
� Prevenir acidentes ao doente ou equipa cirúrgica 
� Colaborar na transferência do doente 
� Acondicionar, rotular e providenciar o envio dos produtos colhidos pa análise 
� Preparar a sala para a cirurgia seguinte 
� No final do turno, colaborar na reorganização da sala e reposição de stocks, de 
modo a q fique funcionante 
 Enfermagem: Breves Noções 
42 
ENFERMEIRO DE ANESTESIA: 
 
� Visita pré-operatória 
� Conhecer as necessidades do doente e esclarecer eventuais dúvidas 
� Verificar e testar o funcionamento dos aparelhos e equipamentos necessários à anestesia 
� Providenciar a chegada do doente ao bloco 
� Receber o doente na zona de transfer 
� Identificar o doente 
� Receber informações do enfermeiro do internamento 
� Colaborar no transfer e posicionamento na mesa op. 
� Proceder à monitorização e cateterismo venoso 
� Preparar os fármacos a administrar durante a anestesia 
� Rotular adequadamente as seringas 
� Preparar o material para indução anestésica: Laringoscópio com lâmina adequada; Tubos 
endotraqueais (estancamento cuff); Máscaras de diversos números e conexões; Tubos de 
mayo, de acordo com o doente 
� Fornecer todo o material necessário ao anestesista 
� A administração de fármacos far-se-á à solicitação do anestesista e na sequência por este 
determinada 
� Efectuar todos os registos, de uma forma continua 
� Durante a indução e manutenção da anestesia deve: Colaborar com o anestesista; Assegurar a 
ventilação; Manter a permeabilidade das vias; Manter o silêncio na sala; Manter uma 
vigilância intensiva; Efectuar registos 
� Depois da intervenção deve: Colaborar no acordar do doente; Colaborar na mudança do 
doente; Transmitir as informações necessárias ao enfermeiro de recobro; Assegurar a limpeza 
da sala e equipamentos; Repor os stocks e preparar a sala para nova cirurgia. 
 
ENFERMEIRO DE RECOBRO: 
 
� Posicionamento do doente 
� Ventilação e permeabilidade das vias aéreas 
� Presença de dor 
� Pele (coloração, temperatura, humidade) 
� Mucosas (coloração e humidade) 
� Membros (edemas, coloração das extremidades) 
� Permeabilidade dos cateteres (venosos, arteriais, epidural, ...) 
� Diurese 
� Penso operatório (seco, repassado, drenos, ...) 
� Permeabilidade e funcionamento das sondas, drenos 
� Observação e medição dos produtos de drenagem 
� Observação contínua das funções vitais do doente 
� Efectuar registos 
 Enfermagem: Breves Noções 
43 
CUIDADOS DE ENFERMAGEM NO RECOBRO: 
As complicações pós-operatórias devidas à agressão cirúrgica e ao acto 
anestésico podem surgir de imediato ou numa fase mais tardia. Ao terminar a 
intervenção cirúrgica e a ida do doente para uma unidade de recobro: 
� Prevenir e tratar precocemente as complicações 
� Ajudar o doente a recuperar as suas funções normais, com o máximo de 
segurança e conforto. 
� Posicionamento: decúbito lateral ou dorsal com a cabeça lateralizada. 
� Ventilação: administração de oxigénio por máscara ou sujeito a ventilação 
mecânica. 
� Obstrução das vias aéreas: por queda da língua ou secreções. 
� Amplitude respiratória: capacidade em tossir 
� Sinais vitais: monitorizar o traçado cardíaco, pulso, temperatura, tensão 
arterial, frequência respiratória... 
� Dor: características e localização 
� Pele e mucosas: coloração, temperatura, humidade 
� Membros: edemas, temperatura, coloração das extremidades 
� Cateteres: garantir a permeabilidade dos acessos venosos e/ou arteriais. 
� Diurese 
� Penso operatório: seco, repassado, presença de drenos, características do 
líquido drenado 
� Proporcionar segurança e conforto: explicando ao doente onde se encontra; 
posicioná-lo de uma conforma confortável e segura prevenindo acidentes; 
controlar a dor, evitar que retire drenos s sistemas de drenagem, entre outros. 
� Função ventilatória: Permeabilidade das vias aéreas; Presença de secreções; 
Características da respiração; Valores de gasimetria; Manifestações de 
insuficiência respiratória 
� Função cardiovascular: Traçado cardíaco; Características do pulso; 
Características da tensão arterial; Coloração da pele e mucosas 
� Função renal: Débito urinário; Características da urina 
� Função metabólica: Glicémia capilar 
� Balanço hidroelectrolítico 
� Penso operatório 
� Drenos: Fixação dos drenos; Características dos produtos drenados 
� Efectuar registo 
 Enfermagem: Breves Noções 
44 
Renal: 
 
Valores: 
Urina: 750 – 2500 ml/dia; Anuria <100; Oliguria <400; Poliuria >3000 
Glicose: <180 mg/dl 
Proteínas: a excreção normal na urina é até 150 mg/dia. Ligeira <500; moderada 
<3000; elevada >3000 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA – IRA 
Diminuição da função renal; caracterizado pelo aumento da concentração de 
ureia e creatinina (azotémia); e alteraçao do volume da diurese: Anuria <100; 
Oliguria <400; Poliuria >3000 
 
INSUFICIÊNCIA RENAL CRÓNICA 
Deterioração da TFG > 3 meses com progressiva diminuição da Clearance de 
Creatinina, aumento da Creatininémia e Síndrome urémico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
45 
Oncologia: 
 
Sete Sinais de Alerta de Cancro: 
� Alteração na função normal intestinal ou vesical; 
� Ulcera que não cicatriza 
� Hemorragia ou nódulo invulgar 
� Espessamentos ou nódulo da mama ou noutro local 
� Alteração na digestão ou Disfagia 
� Alteração óbvia numa verruga ou sinal 
� Tosse ou rouquidão persistenteEnfermagem: Breves Noções 
46 
Pediatria: 
RN prematuro: RN nascido antes das 37s 
RN Termo: RN nascido entre o inicio das 37s e final das 47s 
RN pós-maturo: RN nascido após completar a 42s. 
Aborto é só considerado quando tem 22 semanas incompletas. 
 
DIARREIA: + comum: Vírus: Rotavirus; conduz à desidratação; Dor abdominal, vómitos e febre. 
Dieta anti-diarreica: Água chalada, água de arroz, água de cenoura; Não dar leite; Papa 
(Nestum, cerelac, Milupa) de arroz; 1 iogurte simples c/ açúcar por dia; Coca-Cola, 7up, sem gás; 
Arroz cozido, peito de frango ou peru cozidos; Carne e peixe grelhados; Biberons: menor qtd de 
leite adaptado que o habitual em água de cenoura ou de arroz; Fruta cozida ou banana. 
DOENÇA CELÍACA: A doença caracteriza-se pela intolerância ao glúten, umas das proteínas 
encontradas no trigo, cevada, centeio e aveia. O glúten é constituído em 2 fracções, glutenina e 
gliadina. Os indivíduos susceptíveis são incapazes de digerir a fracção gliadina, resultando um 
acúmulo de substância tóxica que lesa as células da mucosa. Com o tempo surge atrofia das 
vilosidades reduzindo a superfície de absorção do intestino delgado. 
Manifestações Clínicas: Atraso do crescimento, nos 2 1ºanos de vida após a introdução de glúten 
nos cereais; Irritabilidade; Fezes anormais (volumosas, pálidas, oleosas, fétidas); Distensão 
abdominal e Anemia (def. F) 
APENDICITE AGUDA: dor abdominal; vómitos; febre; anorexia; distensão abdominal; 
diminuição ou ausência dos sons intestinais; diarreia e irritabilidade. 
 
SINAIS DE ALARME: 
� 2 Meses: ausência de sorriso social 
� 6 Meses: persistência dos reflexos arcaicos 
� 18 Meses: exploração oral dos objectos não diz palavras com significado, lança 
sempre os objectos ao chão. 
� 2/2,5 Anos: não junta 2 palavras de jogo simbólico 
� > 2,5 A: persistência de ecolália 
 
Reflexo de marcha: normal nas primeiras 4 a 8s. a sua persistência é anormal. 
Reflexo de Gatinhar: desaparece por volta da 6ª semana 
Reflexo de Babinski: estimulação da face plantar do pé a partir do calcanhar. 
Reflexo de Moro: deixa-se cair a cabeça. Presente ate aos 3M. A sua persistência 
além dos 4M sugere lesão cerebral. 
 
Laringite estridulosa: Aerosol 1,2,3. (adrenalina, dexamentasona e SF), a 6L/min. 
 Enfermagem: Breves Noções 
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Obstetrícia: 
Desconfortos: 
1º T: Náuseas e Vómitos; Urgência Urinária; picadas nas mamas; Sialorreia; 
Congestão Nasal; Fadiga; Corrimento; 
2º T e 3º T: Pirose, edemas, varizes, Obstipação, Hemorróidas; Dores Lombares, 
Cãibras, Lipotimias. 
 
Complicações: 
Hipertensão, Pré-Eclampsia (HTA + edema + proteinúria, dps das 20s); 
Eclampsia (convulsões ou coma dps dos sinais de pre-eclampsia); Diabetes 
Gestacional; Infecções; Hemorragias; F. Rh-; Hiperemese (vómitos excessivos). 
 
Auto exame da mama: 
� Durante o banho, com as mamas ensaboadas, deslize as mãos sobre as mamas. 
Com os dedos unidos, use a mão direita para apalpar a mama esquerda e a 
mão esquerda para a direita. Procure caroços, alterações de consistência, 
secreções, ou saliências. 
� Deitada, coloque uma toalha dobrada sob o ombro direito para examinar a 
mama direita. Inverta o procedimento para examinar o outro lado. 
� Apalpe toda a mama através de suave pressão sobre a pele com movimentos 
circulares. Apalpe a metade externa da mama q, em geral, é mais consistente. 
� Apalpe, agora, as axilas. 
� Aperte o mamilo entre os dedos polegar e indicador e observe a presença de 
sangue, leite ou pus. 
Menopausa: 
A menopausa ocorre em media por vola dos 50 anos (45-55) e manifesta-se pelo 
cessar da mestruaçao. Ocorre uma reduçao da produçao de hormonas 
(estrogeneos e progesterona) e tem como sintomatologia: 
� Afrontamentos 
� Suores nocturnos 
� Insonias 
� Dores de cabeça 
� Palpitaçoes 
� Mal-estar 
� Secura vaginal 
� Irritabilidade 
� Alteraçoes de humor 
� Ansiedade 
� Nervosismo 
� Reduçao da concetraçao 
� Fadiga 
� Depressão 
 Enfermagem: Breves Noções 
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Terapêutica: 
 
Equivalências Gotas: 1 Ml = 1 cc = 1 cm3 = 15 gts; 
 
� Peros – branco 
� IV - vermelho 
� IM - verde 
� Sub-cutaneo - amarelo 
� Rectal – Azul 
� Vaginal – rosa 
 
Equivalências 
� 1 colher de sopa – 15cm3 
� 1 colher de chá – 10cm3 
� 1 colher de café – 5cm3 
 
Subcutânea 
Zona do deltóide – prega de 45º – aspiração 
� Zona abdominal – prega de 90º; não injectar na zona umbilical 
� Coxa – prega de 90º 
� Temos que verificar se picarmos um vaso, para tal puxamos o êmbolo da 
seringa e se vier sangue é porque apanhamos um vaso. Se vier, puxamos 
ligeiramente a seringa e mudamos de local e espetamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
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Antibioticoterapia: 
 
AB de espectro reduzido actua num nº. Pequeno de bactérias. É mais restrito, 
menos efeitos adversos na flora. 
 
TSA – Teste Sensibilidade Anti-bacteriana. 
 
� 8 Dias - Amigdalite 
� 15 Dias – Infecções mais graves 
� Anos – Tuberculose 
 
Mecanismos de Acção: 
 
Bactericidas: 
� Modificação da Permeabilidade da Membrana – deixa de ser selectiva: 
Polimixinas 
� Inibição da síntese de ADN – não se forma; Acido Nalidixico 
� Inibidores da Biosintese do Peptidoglicano (Parede celular proteica): GRAM+; 
Vancomicina/B Lactamicos 
� Inibição da Síntese de ARN – a célula não cresce; Rifampicina 
 
Bacteriostatico: 
� Inibição da síntese Proteica – Impede as ligações de AAC nos ribossomas; 
Aminoglicosidos, tetraciclinas, Clorafenicol, Macrolitos; cladimicina; Acido 
fusidico, espectinomicina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfermagem: Breves Noções 
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Farmacologia: 
� PARACETAMOL: Doses elevadas (10-15g) superiores às doses terapêuticas 
produzem necrose hepática. 
� AINES: Analgésico (leve a moderado); Anti-inflamatórios, antipirético; 
reduzem a agregação plaquetar. 
 A célula lesada produz ácido araquidonico que produz acicloxigenase e a 
Lipoxigenase responsável pela formação da histamina (Broncoconstrição). Os 
AINE inibem a ciclooxigenase, enzima responsável pela produção das 
prostaglandinas (Processo inflamatório; contracção uterina e vasodilatação); 
Tromboxano (Agregação plaquetar e vasoconstrição) e Prostaciclinas (Inibição da 
agregação plaquetar e vasodilatação). A COX é uma substancia que intervém 
através da enzima na produção destas. A COX1 é de estímulo fisiológico, 
responsáveis pelas boas prostaglandinas que resulta na citoprotecção GI, 
agregação plaquetar e boa função renal. Se for inibida dá origem a dor 
abdominal, diarreia, úlceras e hemorragia, IR e inibição da agregação plaquetar 
(efeitos indesejáveis dos AINE). A COX2 induzida por estímulo inflamatório, 
produz PG responsáveis pela inflamação, dor e febre. Se for inibida diminui a 
inflamação e dor e mantém a protecção gástrica. 
 
� ANTIANÉMICOS: Vitamina B12 (afecta a síntese de mielina, podendo 
provocar alt neurológicas); Ácido Fólico (a sua ausência precipita neuropatias 
mas sem alt neurológicas) e Ferro (melhor absorvido em sais ferrosos em meio 
acido). São precisos estes três para estimular a eritropoiese. 
� ANTI-COAGULANTES: Heparina: impede a conversão da protombina em 
trombina. Se for sódica é IV, com acção imediata e duração 3 a 4h. Cálcica: SC, 
ao fim de 1h e ± 8h de duração. Fraxiparina: Heparina de BPM. Têm como 
antídoto o Sulfato de Protamina. Varfarina: antagonista da Vit. K, não pode 
ser utilizada em colheitas de sangue e tem como antídoto a Vit. K1. 
� ANTI-HISTAMINICOS: Bloqueia os receptores H1, não interfere com a 
libertação da histamina porque estas só têm efeito quando ligam aos 
receptores. H1: vasodilatação (� permeabilidade capilar); Broncoconstrição,

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