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Projeto de pesquisa PIBIC 2015 Fabiano Soares

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UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
FABIANO DE OLIVEIRA SOARES
PROJETO DE PESQUISA
AS IMPLICAÇÕES JURÍDICO-CONSTITUCIONAIS DA 
PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS SOB OS ASPECTOS: DA 
BIOÉTICA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
São Paulo
2015
UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES
FABIANO DE OLIVEIRA SOARES 
PROJETO DE PESQUISA
AS IMPLICAÇÕES JURÍDICO-CONSTITUCIONAIS DA 
PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS SOB OS ASPECTOS: DA 
BIOÉTICA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
Projeto de pesquisa apresentado como 
requisito para participação no Programa 
de Iniciação Científica (PIBIC) da 
Universidade de Mogi das Cruzes 
(UMC), campus Villa Lobos/Lapa.
Profa. Orientadora. M.ª Marina de Neiva Borba
São Paulo
2015
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................ 3
1 HIPOTESES..................................................................................................... 5
2 OBJETIVOS.................................................................................................... 5
2.1 OBJETIVOS GERAIS................................................................................. 5
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS...................................................................... 6
3 JUSTIFICATIVA............................................................................................ 6
4 METODOLOGIA............................................................................................ 6
5 ESQUEMA....................................................................................................... 7
6 CRONOGRAMA............................................................................................. 8
REFERÊNCIAS.................................................................................................. 8
3
INTRODUÇÂO
O presente estudo tem por objetivo a análise da publicidade de medicamentos no 
Brasil, considerando as possíveis implicações legais, bem como, aspectos relacionados a 
bioética e a dignidade da pessoa humana. Nesse sentido, se faz necessário percorrer 
determinados institutos, a saber, constituição federal de 1988, código de defesa do 
consumidor, resoluções de diretorias colegiadas (RDC'S) da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária ANVISA, portarias e demais instrumentos normativos.
A partir de uma breve digressão histórica, infere-se que, as pessoas que residiam no 
campo na Europa do sec. XVIII, migraram em direção dos grandes centros, em busca de 
oportunidades e melhores condições de vida, provenientes do advento da Revolução 
Industrial.
Em um primeiro momento, esse deslocamento em massa resultou em uma escassez de 
produtos e serviços, consequentemente no seculo XX após a Segunda Guerra Mundial a 
sociedade de consumo passou por mundanças significativas, momento em que as 
necessidades básicas de consumo foram supridas e a indústria passou a “criar novas 
necessidades”, para dar vasão ao excedente de sua produção, viabilizado a partir do 
descoberta de novas tecnologias e o trabalho realizado por máquinas capazes de substituir 
milhares de trabalhadores. (NUNES, p. 218).
Nesse contexto é possível inferir que, a publicidade como meio de divulgação de 
produtos ou serviços, constitui um fator preponderante no sentido de determinar o sucesso de 
um empreendimento, é certo que, a publicidade tem o condão de aproximar consumidores às 
inovações do mercado, toda via, o dever da publicidade estrapola a simples exposição e 
divulgação, pois implicitamente, temos que a publicidade compromete-se a prestar ao 
consumidor todas as informações necessárias para o uso adequado de determinado produto, 
bem como, para alertar sobre possíveis riscos. 
A partir de uma análise inicial podemos afirmar que a publicidade exerce uma 
influência considerável nos padrões de consumo e de que certo modo conduz o “mercado” a 
se comportar de uma maneira específica. Resta saber se a publicidade como meio a serviço da 
informação do consumidor, é capaz de fornecer a este todos elementos informativos 
necessários atingindo assim sua finalidade precípua no que se refere ao consumo seguro de 
um tipo específico de produto, qual seja, os medicamentos em geral ( DINIZ; FAGUNDES; 
PIRES; SOARES, p. 221).
4
Sob essa perspectiva o mínimo que se espera-se que a publicidade tenha os elementos 
necessários para formar a convicção do médico para que esse opte por um medicamento mais 
adequado ao estado clínico do paciente.
A proteção estatal se justifica se considerarmos a vunerabilidade do povo, em especial 
o povo Latino Americano, e nesse ponto que a bioética de intervenção se mostra necessária, 
caso contrário, os interesses das grandes corporações seriam sobrestados em detrimento dos 
diretos do cidadão comum ( DINIZ; FAGUNDES; PIRES; SOARES, p. 222).
Sob uma pespectiva legal, de forma preliminar, propõe-se uma análise da proteção dos 
direitos do consumidor na Contituição Federal de 1988. Nesse sentido convém mencionar que 
o direito a dignidade da pessoa humana que constitui fundamento do Estado brasileiro 
conforme estabelece o artigo 1º inciso III, com base nessa premissa podemos inferir que a 
dignidade de um ser humano está acima de qualquer relação jurídica.
Devido a abstração peculiar a todos os princípios, em se tratando de dignidade da 
pessoa humana não é diferente sua conceituação não se demosntra tarefa muito fácil, nas 
palavras de Ingo Wolfgang em uma visão da filosofia e política do período Clássico o 
conceito de dignidade estava atrelado ao status social do indivíduo, pela maneira que este é 
reconhecido junto a determinada comunidade, sob essa visão existe diferenciação entre a 
dignidade de cada indivíduo, entretanto, no sentido diverso, com base no pensamento Estóico, 
para quem a dignidade era atributo inerente a todos os cidadãos, sem qualquer distinção, 
posteriormente com o advento do Cristianismo esse pensamento foi consolidado com o 
entendimento que a dignidade constitui carcterística própria dos seres humanos (SARLET, 
p.301). 
 Nas palavras de Andre Ramos o direito a vida é o mais sagrado de todos, pois 
constitui o verdadeiro pré-requisto para a fruição de todos os demais direitos, considera ainda 
que o direito a vida divide-se em duas vertentes, sendo que a primeira que garante ao 
indivíduo o direito de existir em qualquer lugar, já na segunda vertente estabelece que a vida 
digna é aquela que fornece ao indivíduo elementos suficientes para um nível adequado de 
vida (TAVARES, p.569). 
Em contraponto com a proteção constitucional dos direitos à vida, à saúde e a 
dignidade da pessoa humana, se faz necessário analisar a proteção da atividade econômica 
sobre o preceito de garantir o desenvolvimento econômico nacional propciando meios para 
que os indivíduos desfrutem de seu direito a uma vida digna, com saúde e segurança. 
Sobre os princípios dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa segundo a 
doutrina de Luis Roberto e Ana Paula, consubstanciam-se em valores da liberdade 
5
profissional e econômica consubstanciando-se na concretização do princípio da dignidade da 
pessoa humana, fornecendo os subsídios necessários para a fruição desta(BARROSO; 
BARCELLOS, p.38).
Considerando que a Constituição Federal em seu artigo 220 §§ 3 e 4 estabelece que 
compete a Lei Federal disciplinar a publicidade de medicamentos, convém analisar, as normas 
e resoluções administrativas que regulam o tema, entretanto, cabe ressaltar a necessidadede 
que tais regramentos devam estar em sintonia com o princípio maior instituído em nossa 
constituição artigo 1º, inciso III a Dignidade da Pessoa Humana que em ordem de prioridade 
precede ao princípio da livre iniciativa.
No que concerne a uma perspectiva jurídico- constitucional quais são os bens jurídicos 
afetados pela publicidade de medicamentos, suplementos e afins?
A publicidade de medicamentos no Brasil por si só contribui para que o consumidor se 
comporte de forma prejudicial a sua saúde ou segurança?
1 HIPÓTESES
Diante dos elementos a serem verificados na pesquisa, em particular, a análise de 
nossa legislação pátria, é possível avaliar a efetividade desta, no sentido de garantir limites 
mínimos quanto aos riscos do consumo motivado pela publicidade?
Com base na atuação dos órgãos de defesa do consumidor, Ministério Público estadual 
e Poder Judiciário, no que tange a publicidade de medicamentos, suplementos e afins. É 
possível afirmar que a atuação das referidas instituições tem influência em instituir um 
equilíbrio satisfatório entre os princípios da livre iniciativa, liberdade de expressão e 
dignidade da pessoa humana? 
 
2 OBJETIVOS
 
2.1 OBJETIVOS GERAIS
Trata-se da verificação dos aspectos relacionados à publicidade de medicamentos e 
suplementos e afins, de acordo com a nossa Lei maior a Constituição Federal de 1988, Lei 
8.078/90 Código de Defesa do Consumidor e atos normativos da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária entre outras normas espararsas. Nesse sentido analisar a regramento da 
6
publicidade no Brasil bem como a jurisprudência acerca do tema, confrontando-a com os 
princípios da bioética e dignidade da pessoa humana.
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
– Analisar um breve histórico da publicidade de medicamentos e suplementos a partir da 
promulgação da constituição de 1988;
– Elencar as possíveis situações nas quais a publicidade de medicamentos corrobora para 
automedicação induzindo o consumidor a se comportar de modo temerário, colocando em 
risco sua saúde e integridade física;
– Verificar a atuação do estado no sentido de controlar e fiscalizar a publicidade de 
medicamentos e afins
– Realizar um estudo comparado com países que possuem regramento diverso para a questão 
da publicidade de medicamentos.
3 JUSTIFICATIVA
A escolha do tema, objeto do presente estudo, se deve à preferências pessoias do 
pesquisador, como também, na sua relevância para comunidade acadêmica, visto que, 
proporciona o debate acerca de um tema pouco explorado.
De um modo geral, propõe-se verificar a existência de consequências negativas (do 
ponto de vista da automedicação) no consumo motivado a partir da publicidade ostensiva, 
bem como, predende-se analisar a qualidade da informação disponibilizada ao consumidor.
Do ponto de vista teórico-científico, considerando os 26 anos de promulgação da 
Constituição Federal de 1988 e os 25 anos da lei consumerista, importante analisar a 
efetividade de tais institutos, bem como, descrever seus aspectos mais relevantes e os que de 
alguma forma eventualmente poderiam ser reformados.
4 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo com finalidade descritiva, que pretende utilizar os resultados de 
forma pura. Por ter natureza qualitativa, pretende utilizar duas técnicas de pesquisa: 
bibliográfica e documental.
7
A pesquisa bibliográfica, importante para dar o suporte teórico necessário à 
explicitação dos questionamentos suscitados, será iniciada com o levantamento de livros e 
artigos em banco de dados especializados: Portal de Periódicos da CAPES, Social Science 
Research Network e Bioethics Research Library at Georgetown University.
Além disso, recorrer-se-á a pesquisa documental para fornecimento de informações 
relativas ao assunto estudado. Para isso, será feita uma pesquisa na jurisprudência disponível 
no site do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativa ao 
tema para a posterior análise.
Finalmente, proceder-se-á uma busca dos regulamentos nacionais e documentos 
internacionais relacionadas com o tema pesquisado.
5 ESQUEMA/ANÁLISE DE DADOS/PLANO DE TRABALHO
A análise dos dados será realizada a partir de estudos do pesquisador, sob a forma de 
fichamentos e resumos submetidos a avaliação da orientadora de forma semanal, a depender 
da demanda do projeto. 
A bibliografia a ser consultada é a que consta neste projeto, além de outras que 
poderão surgir no decorrer da pesquisa. Com a pesquisa em mãos, o pesquisador irá formular 
e defender as ideias propostas, bem como fará análise crítica, além de refletir acerca do 
material investigado, estabelecendo uma fundamentação teórica ao tema proposto, permitindo 
também uma interpretação conforme a constituição federal e demais instrumentos normativos 
com vistas a observar, a concretização do ideário protetivo da defesa dos direitos do 
consumidor.
As atividades da pesquisa serão realizadas de três a quatro vezes por semana com 
dedicação de quatro ou três horas respectivamente, para que a carga horária seja de doze 
horas semanais. Os encontros com a orientadora ocorrerão de forma quinzenal e mensal a 
depender da necessidade do projeto.
As bases de dados a serem utilizadas serão: Banco de teses da USP; Biblioteca Digital 
do Senado; Biblioteca nacional de teses e dissertações; Busca Legis – UFSC; Portal de acesso 
livre da Capes; Scielo.
Pretende-se após a feitura deste trabalho, apresentar seus resultados em forma de 
artigo científico, bem como, apresentá-lo no IX CONGRESSO DE INICIAÇÃO 
CIENTÍFICA DA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES campus Mogi, bem como, na 
“II JORNADA DE PESQUISA JURÍDICA DA UNIVERSIDADE DE MOGI DAS CRUZES 
campus VILLA LOBOS”.
8
6 CRONOGRAMA
ATIVIDADES MESES
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12
Definição da área e Escolha do
Tema
Levantamento Bibliográfico
Organização e estrutura do
Projeto
Entrega do Projeto de pesquisa
Revisão bibliográfica
Redação da monografia
Revisão textual da monografia
Entrega da monografia
Apresentação para a Banca
Examinadora
 
REFERÊNCIAS 
CANOTILHO, Joaquim José Gomes; MENDES, Gilmar Ferreira.; SARLET, Ingo Wolfgang; 
STRECK, Lenio Luiz (Coordenadores.). Comentários à Constituição do Brasil . São Paulo: 
Saraiva/Almedina, 2013.
9
COELHO, Fabio Ulhoa. Curso de direito comercial: Direito da empresa.vol. 1., 18ª ed., São 
Paulo: Saraiva, 2014.
FAGUNDES, Maria José Delgado et al . Análise bioética da propaganda e publicidade de 
medicamentos. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 12, n. 1, p. 221-229, Mar. 2007 . 
Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
81232007000100025&lng=en&nrm=iso>. access on 21 february 2015. 
http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232007000100025.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 5ª ed., São Paulo: Atlas, 2010.
NUNES, Rizzatto. Comentários ao código de defesa do consumidor. 7ª ed. rev. ampl. e atual., 
São Paulo: Saraiva, 2013.
TAVARES, André Ramos. Curso de direito constitucional. 11ª. ed. rev. e atual., São Paulo : 
Saraiva, 2013.
TAVARES, Regina Beatriz (Coordenadora) Responsabilidade civil: responsabilidade civil na 
área da saúde. 2ª ed. coleção GVLAW., São Paulo: Saraiva, 2009.
__________; SANTOS, Manoel J. Pereira. Responsabilidade civil: responsabilidade civil na 
internet e demais meios de comunicação. 2ª ed. coleção GVLAW., São Paulo: Saraiva, 2012.

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