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Terapêutica 01

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	V e t e r i n a r i a n D o c s
www.veterinariandocs.com.br
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Terapêutica
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Introdução
-Conceitos:
Princípio Ativo: molécula ativa;
Excipiente: onde o fármaco se encontra diluído;
Prescrição: ato de definir o medicamento a ser consumido pelo paciente, com respectiva dosagem e duração do tratamento, por meio da elaboração de uma receita médica;
Posologia: é o esutdo da dosagem dos medicamentos (forma de uso do medicamento). Dose (dose de ataque ou dose de manutenção), frequência, duração e via de administração.
Bioequivalência: condição que se dá entre dois produtos farmacêuticos que são equivalentes farmacêuticos e que mostram uma mesma ou similar biodisponibilidade (efeito similar entre dois fármacos);
s.i.d (semel in die): uma vez ao dia;
b.i.d (bis in die): duas vezes ao dia;
t.i.d (ter in die): três vezes ao dia;
q.i.d (quarter in die): quarto vezes ao dia;
-Sistema Caseiro:
Colher de café: 2,5ml
Colher de chá: 5ml
Colher de sobremesa: 10ml
Colher de sopa: 15ml
-Tipos de Medicamentos:
Medicamento de Referência: produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no país com um nome de marca.
Medicamento Genérico: é aquele que, ao expirar a patente de um produto, é comercializado sem nome de marca (comercial, fantasia ou marca registrada). Portanto, todo medicamento genérico é o princípio ativo, mas nem todo princípio ativo é medicamento genérico. 
Medicamento Similar: medicamento com o mesmo princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência (principal). A diferença entre o medicamento genérico e o similar é que o medicamento genérico é aprovado pela ANVISA como genérico, com o objetivo de diminuição do preço.
Medicamento Tarjado: são medicamentos cujo uso requer a prescrição do profissional e que apresentam, em sua embalagem, tarja (vermelha ou preta).
Medicamento de Venda Livre: é aquele cuja dispensação não requer autorização.
-Formas Farmacêuticas:
Comprimido: geralmente adiciona-se ao princípio ativo amido, sendo esse material prensado, dando-se a forma cilíndrica;
Drágea: o medicamento é colocado no interior de um envoltório rígido, de formato variável, geralmente brilhante. Pode proteger o princípio ativo do pH estomacal, odor ou sabor desagradável;
Cápsula: forma farmacêutica na qual o medicamento (geralmente na forma sólida) é colocado dentro de um envoltório (de amido ou gelatina) constituído de duas metades justapostas;
Pérola: é constituída de uma única parte, estando o conteúdo hermeticamente selado no seu interior. Destina-se preferencialmente a adicionar líquidos;
Grânulo ou Glóbulo: tem forma esférica e consistência rígida, devendo pesar entre 0,05 e 0,15g;
Xarope: solução aquosa concentrada de sacarose ou outros açucares, freqüentemente usada como veículo em fórmulas farmacêuticas;
Elixir: preparação líquida, límpida, hidroalcoólica, apresentando teor alcoólico na faixa de 20 a 50%;
Colutório: se destina à cavidade bucal, porém tem consistência xaroposa (usa como veículo glicerina, mel, etc.). Como não pode ser deglutido, pode ser colocado, com o auxílio de uma espátula, na ponta da língua do animal, que, ao movimentá-la, distribui o medicamento pela cavidade oral;
Solução: forma medicamentosa líquida que contém uma ou mais substâncias diluídas;
Pomada: preparação tópica constituída de base monofásica na qual podem estar dispersas substâncias sólidas ou líquidas; (princípio ativo + substância gordurosa);
Creme: preparação obtida pela dispersão de duas fases líquidas não-miscíveis ou praticamente imiscíveis; (princípio ativo + óleo);
Loção: preparação líquida aquosa ou hidroalcoólica destinada ao uso externo através de aplicação sobre a pele;
Gel: preparação farmacêutica constituída por uma dispersão de fase sólida em fase líquida; (princípio ativo + substância não oleosa, normalmente gelatinosa);
Enema: consiste na introdução de líquido via retal, pode ser retenção (visando a absorção de medicamento) ou evacuante;
Supositório: é uma forma farmacêutica usada por via retal, de apresentação cônica, sendo a manteiga de cacau o principal excipiente para sua preparação;
Colírio: forma farmacêutica geralmente líquida, destinada aos olhos e pálpebras;
Pour-on: forma líquida de medicamento que é depositada na linha do dorso;
Spot-on: forma líquida de medicamento que é depositada sobre a cernelha;
Spray ou Aerossol: para uso tópico;
-Vias de Admnistração:
Oral;
Enteral (sistema gastrointestinal);
Inalatória;
Tópica;
Parenteral (injetável);
Prescrição de Receitas
	-Validade: 30 dias;
	-Necessita identificação do profissional, inscrição no conselho, endereço completo, local e data da emissão, nome e características do paciente;
	-Pode se feita manualmente (letra legível e com tinta azul ou preta), sem abreviaturas;
	-Deve conter o cálculo da dose, a quantidade a ser comprada do produto, o intervalo ideal entre as doses, via de administração e o tempo de tratamento;
	-Deve se levar em consideração a espécie a ser tratada;
-Tipos de Receita:
	-Receita Comum
	-Receita de Controle Especial (2 vias)
	-Receita A (cor amarela) – entorpecentes
	-Receita B (cor azul) – pscicotrópicos 
-Partes da Receita:
	-Cabeçalho: está impresso na porção superior da receita, contendo o nome do profissional, número da inscrição no conselho regional, endereço e telefone. Quando se trata de clínicas ou hospitais, se tem o logotipo da empresa/instituição, com endereço completo.
	-Superscrição: é o local onde se escreve o nome do paciente (animal), identificando-o (espécie, raça e idade), o nome do proprietário e o seu endereço.
	-Inscrição: local onde se indica o uso, e logo abaixo o nome do medicamento, a concentração e a quantidade a ser comprada do produto.
	-Subscrição: esclarece ao farmacêutico como as drogas devem ser preparadas (para manipulação).
	-Indicação: indica o modo de administração do medicamento, a via de administração, intervalo entre doses e tempo de tratamento.
	-Assinatura: logo abaixo da indicação, onde se coloca o local, a data e a inscrição no conselho regional junto com a assinatura.
Terapia Antimicrobiana
-Conceitos:
Quimioterápico: é toda substância química produzida por síntese laboratorial, que apresenta propriedades antimicrobianas.
Ex.: sulfonamidas ou quinolonas
Antibiótico: é o quimioterápico antimicrobiano produzido ou obtido por microorganismos.
Ex.: penicilinas
Antibiótico semi-sintético: é o quimioterápico cuja porção fundamental da molécula tenha sido obtida a partir de produtos de organismos vivos.
Ex.: ampicilina e amoxicilina
Inflamação: reação do organismo (sistema imune) à uma agressão sofrida;
Contaminação: presença de microorganismos num tecido;
Infecção: entrada/penetração de um agente no organismo;
-Tipos de Infecção:
	-Local ou Sistêmica: conforme o comprometimento orgânico;
	-Infecção Nosocomial: adquirida durante a internação hospitalar;
	-Infecção cruzada: transmissão da infecção de um indivíduo para outro;
	-Auto-Infecção: transmissão de infecção de um tecido para outro;
*Infecção hospitalar: normalmente por Staphylococcus aureus e Streptococcus hemolyticus.
-Classificação das Feridas:
	-Ferida Limpa: apenas em cirurgias e não necessita utilização de ATB
	-Ferida Limpa-Contaminada: menos de 4 horas após a lesão, apenas utilização de profilaxia ATB.
	-Ferida Contaminada: entre 4 e 12 horas após a lesão, apenas utilização de profilaxia ATB.
	-Ferida Infectada ou Suja: mais de 12 horas após a lesão ou presença de supuração, necessita terapia ATB.
-Uso de Antibióticos:
	1-Profilaxia antimicrobiana: é a administração de antibióticos a uma paciente com a finalidade de prevenir a aquisição e o estabelecimento de microorganismos. Utiliza-se doses menores em umespaço de tempo menor (2h a 24 horas). E via endovenosa.
	2-Terapia antimicrobiana: é a administração de antibióticos a uma paciente com o objetivo de combater a infecção já presente. Utilização de antibióticos entre 7 a 10 dias, podendo prolongar o tratamento caso necessário.
-Princípios Básicos:
	-Dose Inicial (Dose de Ataque): utilizado para atingir a CIM (concentração inibitória mínima).
	-Dose de Manutenção: aplicação em bolus em intervalo de tempo, tendo como base a constante de eliminação do antibiótico.
-Fatores que Interferem no Tratamento:
	-Associação errônea de antibióticos;
	-Sensibilidade antimicrobiana;
	-Manejo do antibiótico (modalidade, dosagem, intervalo, via);
	-Efeitos colaterais previsíveis;
-Antibióticos:
Sulfonamidas: agem competindo com o ácido para-aminobenzóico (PABA), um precursor do ácido fólico. O ácido fólico é precursor de substâncias que vão formar os ácidos nucléicos bacterianos.
-São eleitos para o tratamento de processos respiratórios, infecções renais (cães), infecções por gram-negativos não fermentadores e coccidioses (geralmente toxoplasmose).
-Tem efeito potencializado quando associado ao Trimetoprim.
-Exemplos: sulfadiazina, sulfametoxazol, sulfadimetoxina
Derivados do Nitrofurano: são bacteriostáticos que inibem a AcetilCoA do ciclo de Krebs (causa bloqueio do metabolismo bacteriano).
-Atuam sobre gram-positivos e negativos, Trypanossoma, Giardia, Trichomonas e Candida.
			-Podem causar neurotoxicidade periférica
			-Devem ser evitados em animais de produção
			-Exemplos: furazolidona, nitrofurantoína e nitrofurazona (Furacin®)
Quinolonas: agem inibindo a DNAgirase de bactérias.
-Ampla distribuição, incluindo SNC, ossos e próstata.
-Uso geralmente em infecções urinárias, do trato respiratório por gram-negativos, do trato gastrointestinal, otite externa, piodermatites, endocardite estafilocócica.
-Exemplos: enrofloxacina (Baytril®, Flotril®), danofloxacina (Advocin®), orbifloxacina (Orbax®) todos de uso veterinário e ciprofloxacina (Cipro®) de uso humano.
Nitromidazóis: são antibacterianos e antiprotozoários. A ação é resultante da ligação de produtos intermediários, originários de sua redução intracelular com o DNA, formando um complexo que inibe a replicação e inativa o DNA.
-Age em bactérias anaeróbicas obrigatórias (Clostridium, Fusobacterium, Bacteroides) e em protozoários (Trichomonas, Giardia e Entamoeba).
-Exemplo: metronidazol
Antibióticos β-lactâmicos: 
Penicilinas Naturais: são bactericidas. Promovem a lise osmótica celular ao se ligarem e inibirem as enzimas que sintetizam um componente na membrana celular (peptidioglican).
-Agem em gram-positivas aeróbicas e anaeróbicas, cocos gram-negativos, espiroquetas e actinomicetos.
-Exemplos: Penicilina G-benzatina, Penicinlina G-cristalina, Penicilina G-procaína e Penicilina V.
-São indicadas no tratamento de infecções por Streptococcus equi, pyogenes, agalactiae, bovis, suis, clostridioses gangrenosas, espiroquetas (Leptospira), bacilos gram-positivos (Listeria, Erysipelothrix e Bacillus).
Penicilinas Semi-Sintéticas: agem de maneira semelhante às penicilinas naturais.
-A oxacilina e seus derivados são indicados para o tratamento de estalicococcias (piodermatites, osteomielites).
-Exemplos: oxacilina e dicloxacilina.
Aminopenicilinas: semelhante às penicilinas naturais.
-São ativas frente a bactérias gram-positivas e diversas gram-negativas;
-A ampicilina e seus análogos estão indicados para infecções renais em cães (Leptospirose e Enterococcus), gastroenterites (Salmonella e E. coli), piodermatites, pneumonias, encefalites.
-Exemplos: ampicilina, amoxicilina (Bactrosina®).
-Seus efeitos são potencializados por inibidores de β-lactamase, sendo comumente empregado o ácido clavulânico.
Cefalosporinas e análogos: semelhantes à penicilinas naturais.
-Atingem a maioria das bactérias gram-positivas e negativas.
-São indicadas para infecções renais, respiratórias, genitais, de tecidos moles e osteoarticulares.
-Exemplos: cefalexina (Keflex®), cefalotina (Keflin®), cefotaxima (Cefotax®), ceftiofur (Excenel®), ceftriaxona.
Aminoglicosídeos: funcionam como chave falsa, ligando-se ao ribossomo bacteriano, causando assim, produção de proteínas defeituosas.
-Atingem bactérias gram-negativas e positivas, principalmente enterobactérias, mas falham frente a microorganismos de localização intracelular, como a Salmonella.
-São indicados nas infecções por bacilos gram-negativos entéricos. A estreptomicina é a droga de eleição para o tratamento de Leptospirose nos túbulos renais de animais portadores. A neomicina, tobramicina e gentamicina são utilizadas topicamente no tratamento de otite canina.
-Exemplos: amicacina, estreptomicina, gentamicina (Gentaflex® e Gentasil®), neomicina (Neobiotic® e Feridel pomada®) e tobramicina (Tobramina®).
Tetraciclinas: inibem a síntese protéica ligando-se ao ribossomo 30S da bactéria, impedindo o acesso do RNA.
-Atingem bactérias gram-negativas e positivas, clamídias, riquétsias (Eherlichia sp), espiroquetas, micoplasma e alguns protozoários (Anaplasma sp e Haemobartonella sp).
-São utilizadas em tratamento de doenças do trato respiratório, gastroentérico, urinário, doenças oftálmicas bacterianas, anaplasmose, actinobacilose, actinomicose, brucelose, hemobartonelose.
-Exemplos: tetraciclina (Talcin®), doxiciclina e oxitetraciclina (Biogental®).
Cloranfenicol, Tianfenicol e Florfenicol: são antibióticos bacteriostáticos. Se ligam a fração 30S do ribossomo bacteriano competindo com RNA-mensageiro, impedindo a síntese protéica.
-Atingem gram-positivos e negativos, clamídias, riquétsias e micoplasmas.
-São indicados ao combate de microorganismos gram-negativos e positivos. São potentes em infecções pulmonares por Bordetella bronchiseptica em cães, e infecções do sistema nervoso. O florfenicol é indicado em casos de pneumonia em grandes animais.
*O cloranfenicol não pode ser usado em animais de produção, pois permanece na forma residual nos subprodutos animais, sendo tóxicos aos seres humanos.
-Exemplo: cloranfenicol, florfenicol (Nuflor®).
Macrolídeos: se ligam a fração 50S do ribossomo bacteriano, impedindo a síntese protéica. São bacteriostáticos.
-Atuam sobre bacilos e cocos gram-positivos, alguns bacilos gram-negativos, actinomicetos, riquétsias, clamídias, micoplasmas.
-São utilizados em terapia das campilobacterioses entéricas, piodermatites, micoplasmoses e clamidioses.
-Exemplos: azitromicina (Azitrax®H), eritromicina (Eritrex®H), espiramicina (Espiramix®), roxitromicina.
Dor e Terapêutica Analgésica
-Conceitos:
	-Dor: é uma experiência sensorial e emocional desagradável que está associada à lesões reais ou potenciais. 
	-Anestesia: 
	-Analgesia: ausência de estímulos noccicos;
	-Alodinia: estímulo que não causaria dor, mas está causando;
	-Hiperalgesia: sensibilização exacerbada numa região já afetada;
	-Analgesia preemptiva: o termo preemptiva implica em uma forma de analgesia que, iniciada antes do estímulo doloroso ser gerado, previne ou diminui a dor subseqüente;
	-Analgesia adjuvante: poder analgésico fraco.
		Utilização: para redução de doses e para ter diminuição dos efeitos colaterais.
		Exemplos:
			1-Agonista α2: Xilazina, Romifidina, Medetomidina e Detomidina.
				Uso Clínico: medicações pré-anestésicas, sedativos, relaxantes musculares, analgésicos.
			2-Cetamina (Vetaset®): anestésico dissociativo de ação rápida. Bloqueia receptores NMDA.
				Uso Clínico: associado à opióides, com doses subanestésicas.
			3-Adjuvante não Farmacológico: acumputura, TENS (eletro-estimulação) e fisioterapia (gelo, calor e massagem).
	-Analgesia multimodal: uso concomitante de medicamentos que agem em diferentes mecanismos para obter analgesia.
		Associação: AINES, opióides e anestésicos locais
		Exemplos:
			1-MLK (Morfina, Lidocaina e Cetamina + 250ml solução fisiológica): infusãocontínua para diminuição de analgésicos e efeitos colaterais.
-Fisiologia da Dor:
	A percepção da dor começa na periferia, por meio da ativação de nociceptores (receptores da dor), estes nociceptores são divididos em 3 subtipos (receptores mecânicos de alto-limiar, receptores mecanotermais de baixo-limiar e receptores polimodais).
	Além da ativação de nociceptores, o estímulo doloroso é conduzido para a medula espinhal através das fibras Aδ (fibra fina mielinizada), Aβ (fibra grossa mielinizada) e C (não mielinizada).
	Na medula espinhal existem basicamente duas vias ascendentes para a condução da dor até o cérebro: a via neospinotalâmica, que conduz a dor somática, bem localizada e a via palioespinotalâmica, que conduz a dor visceral.
	Quando o cérebro detecta a dor, informações são conduzidas por uma via descendente, na medula espinhal, relacionada com a fibra C, que se comunica com interneurônios. Quando estimulados, liberam opióides endógenos (encefalinas, endorfinas e dinorfinas) que se combinam com receptores opióides, diminuindo a liberação de substância P.
Reconhecimento da Dor:
	-Escalas de Dor (facilitam a quantificação da dor, VAS – Escala Visual Analgésica);
	-Avaliação objetiva (pelo aferimento da FR, FC, TºC e Pressão Arterial);
	-Avaliação subjetiva (pela análise do comportamento, sensibilidade, experiência e espécie);
	-Interação com o proprietário
AINES (Antiinflamatórios não Esteroidais)
	-Fármacos mais usados no tratamento de dor leve à moderada;
	-Não produzem sedação, tolerância ou dependência física;
	-Menos efetivas no tratamento da dor visceral do que analgésicos opióides;
	-São drogas com atividade analgésica, antipirética e antiinflamatória;
	-Efeitos colaterais: gastrites, úlceras gastrintestinasi, bloqueio da agregação plaquetária, inibição da função renal e reações de hipersensibilidade;
-Mecanismos de Ação dos AINEs:
	1-Ação Antiinflamatória: ocorre pela inibição das enzimas COX-1 e COX-2, inibindo assim a liberação de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos, que são importantes mediadores da inflamação e da dor. Há a estabilização das membranas dos lisossomos, inibição do sistema complemento, da fagocitose, do acúmulo de leucócitos e da síntese de mucopolissacarídeo e de histamina. Indução do seqüestro dos radicais de O2 e do desacoplamento da fosforilação oxidativa.
2-Ação Anti-Coagulante: pelo bloqueio da síntese de tromboxanos.
3-Ação Analgésica Periférica: inibição da síntese de prostaglandinas nos sírios da dor e da inflamação.
4-Ação Analgésica Central: inibição da síntese de prostaglandinas no SNC.
	Ex.: paracetamol e dipirona (bloqueiam as COX-3)
-Principais AINEs Utilizados em Medicina Veterinária:
	1-Aspirina (ácido acetilsalicílico): é analgésico, antitérmico e antiinflamatório. Possui ação trombolítica pela inibição da agregação plaquetária. Pode causar acidose metabólica em altas doses. A metabolização ocorre pela conjugação com o ácido glicurônico e por isso os gatos demoram mais para metabolizá-lo.
		Indicação: tratamento de CID, pancreatite e hepatite crônica
	2-Fenilbutazona: é um antiinflamatório potente utilizado em distúrbios músculo-esqueléticos, osteoartrites e inflamação de tecidos moles em eqüinos e bovinos. Deve-se evitar o uso em cães por causa dos efeitos colaterais (distúrbios gastrointestinais, discrasias sanguíneas, hepatotoxicidade e nefropatias). 
	3-Flunixim Meglumine: potente antiinflamatório. Muito utilizado para eqüinos com cólicas. Tem sido utilizado no tratamento de choque séptico por via EV. Em cães e gatos, o período de tratamento não deve ultrapassar 3 dias (potencial risco de gastrite).
	4-Ácido Meclofenâmico: são indicados em cães no alívio da dor em displasia coxofemoral, em cavalos no tratamento de osteoartrites e inflamações de tecidos moles e anafilaxia. É um inibidor de COX e LOX.
	5-Carprofeno (Rymadil): é utilizado como antiinflamatório, analgésico e antipirético em cães, principalmente no tratamento de osteoartrites. É inibidor seletivo de COX-2. Possui poucos efeitos colaterais gástricos e renais e foi relatado casos de hepatotoxicidade em cães. 
	7​-Cetoprofeno (Ketofen): é aprovado para o uso em cães e gatos como antiinflamatório, analgésico e antipirético, principalmente no tratamento de osteoartrites. Inibe a COX e a LOX.
	8-Meloxican: é um dos mais seguros AINEs por ser mais seletivo COX-2, com poucos efeitos colaterais gástricos e renais. Potente inibidor de prostaglandinas e tromboxanos, além de ter ação condroprotetora. 
	9-Firocoxib: coxib veterinário.
	10-Tepoxalina (Zubrin): inibidor COX e LOX. É um fármaco com alta segurança gastrointestinal, com diminuição da síntese dos leucotrienos, em especial o leucotrieno B4, que tem conhecidamente ação ulcerogênica e pró-inflamatória. Outro fator que contribui para a segurança é o fato de que em doses superiores à terapêutica ocorre uma diminuição na biodisponibilidade do medicamento.
	11-Nimesulida: é um seletivo COX-2. Produz poucos efeitos gástricos e renais. Possui ação sobre as metaloproteínas, sendo indicado no tratamento de osteoartrites em cães. É hepatotóxico para cães e gatos.
	12-Paracetamol: é um analgésico e antipirético com fraca ação antiinflamatória. É um fraco inibidor COX-1 e COX-2 e sua ação está relacionada à inibição da COX-3 no SNC. É contra-indicado em gatos, causando intoxicação grave. Os efeitos colaterais são: vômitos, anemia hemolítica, necrose hepática, hipóxia, cianose e icterícia.
*Desintoxicação de Paracetamol: administração de Acetilcisteína (Fluimucil).
	13-Dipirona: é um analgésico, antipirético com fraca ação antiinflamatória. Isso se deve a sua baixa ligação às proteínas plasmáticas, o que conseqüentemente diminui a sua concentração no local inflamado. Tem sido utilizado em eqüinos no alivio da dor na cólica e outros quadros de hipermotilidade gastrointestinal.
*Pode ser utilizado em associações analgésicas (Ex.: juntamente com o Tramadol)
*Pode provocar hipotermia grave quando associado a clopormazina.
*Não utilizar em animais para consumo humano.
Opióides
-Ações Farmacológicas:
	Os efeitos mais importantes são sobre o SNC e o sistema gastrointestinal.
	-Efeitos sobre o SNC: analgesia (eficaz em dor aguda e crônica. Reduz o componente afetivo da dor, ação supraespinhal ao nível do sistema límbico). Euforia (causa sensação intensa de contentamento e bem-estar) Depressão respiratória (mediada pelos receptores µ e o efeito depressor está associado com uma diminuição na sensibilidade no centro respiratório bulbar a CO2). Náusea e vômito (ocorrem até 40% dos pacientes quando fazem o uso da morfina pela 1ª vez). Constrição pupilar (estimulação do núcleo oculomotor mediada pelos receptores µ e κ). 
	-Efeito sobre o TGI: aumenta o tônus e reduz a motilidade, resultando em constipação.
-Efeitos Indesejáveis:
	-Sedação, depressão respiratória, náusea e vômito, euforia, constipação, efeitos anti-colinérgicos e tontura.
-Receptores:
	-Receptores Mu (µ) ou OP3: responsáveis pela maioria dos efeitos analgésicos dos opióides. Relacionado com os efeitos colaterais: euforia, sedação, miose, depressão respiratória, dependência, inibição da motilidade gastrintestinal e liberação do ADH.
	-Receptores Kappa (κ) ou OP2: contribuem para a analgesia em nível medular, produzindo relativamente poucos efeitos indesejáveis.
	-Receptores Delta (δ) ou OP1: estão localizados no sistema límbico. 
-Principais Opióides Utilizados em Medicina Veterinária:
	1-Morfina (Dimorf®): agonista de receptores µ e κ.
		Uso clínico: em cães, no tratamento da dor aguda e profunda, na medicação pré e pós-operatória e na insuficiência cardíaca canina (pela venodilatação que provoca, reduzindo a pré-carga). Em gatos, em baixas doses, no tratamento da dor aguda e profunda. Em eqüinos, em associação com tranqüilizantes, no alívio da dor de cólica e em distúrbios musculoesqueléticos.
		-Morfina Epidural: reduçãoda dose e prolongamento do efeito.
			Dose: 0,1-0,2 mg/kg 24h
*Para se atingir os membros anteriores, diluí-se a morfina com 0,13ml/kg de água destilada.
	2-Fentanil (Fentanil®): agonista µ e κ.
		Uso clínico: em anestesiologia, como parte de um protocolo de indução anestésica, em neuroleptoanalgesia (droperidol + fentanil), em infusão contínua controlada ou em adesivos para promover a analgesia.
		-Pode ser administrado endovenoso.
	3-Meperidina (Dolosal®): agonista µ e κ.
		Uso clínico: tratamento da dor aguda e profunda, medicação pré e pós-operatória.
	4-Tramadol (Tramal®): opióide atípico, além de µ-agonista, também possui outros mecanismos de ação, provavelmente relacionados com a inibição neuronal de noradrenalina e serotonina.
		Uso clínico: pode ser utilizado no tratamento e controle da dor leve à moderada, medicação pré e pós-operatória e no trauma torácico.
	5-Butorfanol (Torbugesic®): agonista-antagonista. Antagonista µ-receptores e agonista κ-receptores.
		Uso clínico: analgésico, alívio da dor na cólica eqüina, antitussígeno em gatos para reverter os efeitos dos µ-agonistas.
	6-Metadona: é um opióide sintético, com efeito semelhante à morfina e com duração maior que a morfina. Tem efeito sedativo menor que a morfina.
		Uso clínico: controle da dor crônica, medicação pré-anestésica, especialmente quando se utiliza barbitúricos, efeito antitussígeno.
Anestésicos Locais
	1-Lidocaína (Xilocaína®): além de possuir propriedades analgésicas, reduz a quantidade de catecolaminas circulantes, diminui a inflamação, inibe a formação de radicais livres e estimula diretamente a musculatura lisa intestinal. Tem grande aplicabilidade nos pacientes com dor no pós-operatório.
	2-Bupivacaina: é um anestésico local do tipo amida de longa duração com efeitos anestésico e analgésico. A administração de altas doses produz anestesia cirúrgica, enquanto que em baixas doses, produz bloqueio sensitivo (analgesia) com bloqueio motor menor.
-Pequenos Animais:
	Dor Leve (Ex.: quedas, entorses e mordidas): utilização de AINEs ou AINEs em associação com dipirona.
	Dor Moderada (Ex.: laceração, cirurgias, tumores): utilização de AINEs em associação com tramadol, optando por adicionar dipirona ou não.
	Dor Severa (Ex.: fratura, pancreatite, tumores): utilização de AINEs em associação com morfina (epidural), tramadol e dipirona.
-Grandes Animais:
	-Utilização de agonistas α2 em associação com AINEs e/ou Dipirona.
	-Bloqueio local: cetamina (epidural), butorfanol e morfina (epidural).
-Exemplos:
	Infusão Contínua
	-P.A: cefalotina sódica
	-Apresentação: frasco-ampola (1g)
	-Dose Terapêutica: 20mg/kg
	-Via: Endovenosa
	-Constante de eliminação: 0,62
	-Requerimento basal: 50mg/kg/dia
	-Peso do Animal: 10kg
	-Equipo Macrogostas: 1ml/20 gotas
	-Cálculo:
Dose (mg/dia) = Peso x Dose (mg/kg) x C.E x 24h
Dose (mg/dia) = 10 x 20 x 0,62 x 24h
Dose (mg/dia) = 2.976
		 24
124mg/h
Terapia com Fluídos
	-Vias de Administração: via oral, via endovenosa, via intraóssea, via intraperitoneal e via subcutânea.
	-Material Necessário: equipo (micro ou macrogotas), cateter (ou scalpe), extensores ou duplicadores de via, controle de infusão e colóide ou cristalóide.
	-Tipos de Desidratação:
		-Isotônica: há perda proporcional entre eletrólitos e água
			Causas: diarréia e uso de diuréticos.
		-Hipertônica: há maior perda de água do que de íons (principalmente Na+ e K+), o fluído extracelular se torna hipertônico.
			Causas: diarréia, vômito, queimaduras, diabetes e sudorese. 
		-Hipotônica: há maior perda de íons (principalmente Na+ e K+) do que de água.
			Causas: diarréia, uso de diuréticos, doença de Addison e nefropatias perdedoras de K+.
Desidratação nos Animais
Desidratação de Pequenos Animais:
	<5%: não há manifestação de sinais clínicos, apenas o animal não ingere água.
	5-6%: leve flacidez cutânea, mucosas e pele secas, urina concentrada e animal apresenta cansaço facilmente.
	7-9%: pele sem elasticidade, perfusão capilar maior que 3s, olhos profundos, mucosa oral seca, conjuntiva congesta e seca, urina concentrada e escassa.
	10-12%: perda da elasticidade da pele severa, perfusão capilar maior que 3s, olhos profundos, mucosas pálidas, pulso fino, contração muscular involuntária.
	12-15%: choque ou morte iminente
Desidratação Bovinos:
	10%: depressão, apatia, mucosas secas, olhos profundos, em estação ou decúbito esternal.
	15%: sinais anteriores em associação a queda de temperatura, decúbito lateral, pulso fraco.
Desidratação em Eqüinos:
	<4%: sem manifestação de sinais clínicos, apenas o animal não ingere água.
	4-6%: diminuição da elasticidade da pele, mucosas secas, perfusão capilar maior que 3s e urina concentrada.
	8-10%: sinais anteriores mais severos, ressecamento de córnea, diminuição da pressão internaocular (PIO), olhos profundos, pulso fraco, hematócrito maior que 60% (hemoconcentração), depressão, colapso venoso.
	12-15%: decúbito
Fluídos Hidratantes ou Cristalóides:
	1-Cloreto de Sódio 0.9% (soro fisiológico):
		Na+: 154mEq / Cl-: 154mEq / pH: 5,4
	2-Ringer Simples: 
		Na+: 147mEq / Cl-: 147mEq / K+: 4mEq / Ca++: 5mEq / pH: 5,8
	3-Ringer Lactato:
		Na+: 130mEq / Cl-: 109 mEq / K+: 4mEq / Ca++: 3 mEq / pH: 6,5
	4-Glicose 5%: 
		Kcal/L: 200 / pH: 5,0
	-Velocidade de Administração:
		-Em choque: até 90 ml/kg/h no cão, 55 ml/kg/h no gato
		-Normalmente: entre 20-50 ml/kg/h (variando com a composição da solução).
*Fluidos contendo potássio não podem ser administrados a uma taxa maior que 0,5 mEq/kg/h
Cálculo de Reposição
			Peso x % Perda = Volume
				100
*Reposição de Potássio: 2mEq/100ml
Cálculo de Manutenção (reposição diária)
	Cão: 50ml/kg/dia
	Gato: 70ml/kg/dia
	Grandes Animais: 50ml/kg/dia
	K+: 1mEq/kg/dia
Cálculo da Reposição das Perdas
	Vômito: 40ml/kg/dia
	Diarréia: 50ml/kg/dia
	Ambos: 60ml/kg/dia
	K+: 3 mEq/100ml
Reposição de Potássio
	-Indicação: abaixo de 3,5mEq/L
	-Apresentação: ampola de 10ml (10%)
			 1g = 14mEq
	-Velocidade de Infusão:
		-Pequenos Animais: 0,5 mEq/kg/h
		-Grandes Animais: 0,3 mEq/kg/h
Transfusão Sanguínea de Pequenos e Grandes Animais
-Conceitos:
	-Transfusão: é uma prática médica que consiste na transferência de sangue ou de um componente sanguíneo de um animal (o doador) para outro animal (o receptor);
	-Autotransfusão: sangue do mesmo indivíduo é reintroduzido no corpo;
	-Transfusão homóloga: transfusão entre indivíduos da mesma espécie;
	-Transfusão heteróloga: transfusão entre indivíduos de espécies distintas;
	-Hemocomponentes: todos os componentes do sangue;
	-Hemoderivados: componentes do sangue após algum processamento (Ex.: plasma, PRP, papa de hemácias);
	-Aférese: filtração sanguínea para remoção de alguns elementos (Ex.: células tronco hemtopoiéticas);
	-Hemodiálise: filtração sanguínea para a remoção de produtos tóxicos;
Indicações para a Transfusão:
	-Casos de hemorragia, anemias não-regenerativas, alteração de coagulação, choque hemorrágico, anemia hemolítica não autoimune, trombocitopenia, enfermidades hepáticas, hipoproteínemia e VG (hematócrito) abaixo de 25%.
-Grupos Sanguíneos
	1-Caninos: 8 tipos sanguíneos. AEC (Antígeno Eritrocitário Canino)
AEC1.1, AEC1.2, AEC3, AEC4, AEC5, AEC6, AEC7 e AEC8
*Os tipos sanguíneos que têm maior potencial de causar reações transfusionais são o AEC1.1, AEC1.2 e AEC7.
	2​-Felinos: apenas 3 tipos sanguíneos
A (73%), B (26%) e AB (1%)
*Diferente dos cães, possuem anticorpos naturais, sendo estes responsáveis por reações transfusionais hemolíticas. Assim, a tipificação sanguínea e/ou a prova de reação cruzada são procedimentos indispensáveis para assegurar a compatibilidade nestes animais.
	3-Eqüinos: dotado de 7 sistemas (A, C, D, K, P, Q e U) cada um possuindo vários subgrupos, o que resulta em mais de 400.000 possibilidades de tipos sanguíneos diferentes.
*Apenasos antígenos Aa e Qa são potencialmente imunogênicos. Um doador deve, portanto, não ser apenas negativo para estes antígenos, como também não possuir anticorpos contra estes (não ter sido sensibilizado).
	4-Bovinos: 11 grupos sanguíneos.
A, B, C, F, J, L, M, S, R, T, Z
*B e J são os que apresentam maior importância clínica. O grupo B é extremamente complexo, tornando a compatibilidade entre transfusão muito difícil. O antígeno J é um lipídeo que é encontrado nos líquidos corporais e é adsorvido pelo eritrócito, ou seja, não é realmente um antígeno eritrocitário
*Porém os bovinos como outros ruminantes, não possuem ou têm poucas hemolisinas circulantes naturalmente e, portanto, uma primeira transfusão pode ser realizada com riscos menores de ocorrerem reações adversas fatais.
	5-Ovinos: 7 sistemas de grupos sangüíneos são reconhecidos.
A, B, C, D, M, R e X	
*O sistema B nestes animais é análogo ao sistema B dos bovinos, e o sistema R é similar ao sistema J dos bovinos (os antígenos são solúveis e possivelmente adsorvidos ao eritrócito).
	6-Caprinos: 5 grupos sanguíneos
A, B, C, M e J
*são muito similares aos dos ovinos. Muitos reagentes utilizados para a tipagem de ovinos têm sido utilizados para a tipagem de caprinos.
	7-Suínos: 16 sistemas de grupos sangüíneos são reconhecidos
A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, L, M, N, O e P
-Provas de Compatibilidade:
	1-Tipificação sanguínea;
	2-Prova de Jambreau (prova cruzada): necessita sangue do receptor e do doador.
*Deve ser obrigatoriamente realizada em pacientes a partir da segunda transfusão.
	-Há 2 tipos de reação cruzada, a maior e a menor. Na reação maior, cruzam-se hemácias do doador com plasma do receptor para verificar a presença de anticorpos no receptor contra as hemácias do doador. É a prova mais importante, devendo ser sempre compatível. Na prova menor, cruzam-se hemácias do receptor com o plasma do doador para verificar a existência de anticorpos no plasma do doador contra as hemácias do receptor.
-A transfusão de sangue para o qual a reação cruzada foi negativa, não previne sensibilização do receptor ou riscos de reações transfusionais neste.
-Apenas testa a presença de anticorpos contra hemácias, não detectando anticorpos contra leucócitos ou plaquetas. 
-A incompatibilidade manifesta-se por hemólise ou aglutinação, sendo que, na ausência de incompatibilidade macroscópica, esta deve ser confirmada microscopicamente com relação à aglutinação.
	Amostras
	Prova Maior
	Prova Menor
	Controle Doador
	Controle Receptor
	Soro Doador
	---
	0,1ml
	0,1ml
	---
	Soro Receptor
	0,1ml
	---
	---
	0,1ml
	Suspensão celular do doador
	0,1ml
	---
	0,1ml
	---
	Suspensão celular do receptor
	---
	0,1ml
	---
	0,1ml
	3-Prova do Volume-Teste:
		-Administrar no máximo:
			-10ml: em felinos;
			-20ml: em caninos;
			-50ml: em eqüinos;
			-250ml: em bovinos;
		-Monitorar entre 30 minutos e 1 hora, para verificar incompatibilidade.
-Doador Ideal:
	-Caninos: no mínimo 25kg de peso corporal
	-Felinos: no mínimo 4,5kg de peso corporal
	-Grandes animais: no mínimo 400-500kg de peso corporal
-Recomendações:
	-Volemia: 10% PV (para pequenos animais) e 8% PV (para grandes animais)
	-Volume Doado: 20% da volemia
	-Intervalo entre Doações: um mínimo de 30 dias
-Material Necessário:
	-Bolsas ou reservatório à vácuo, equipo de colheita, agulhas ou cateter, seringas, torneira de 3 vias, anticoagulante e tricótomo.
-Dosagem de Lactato;
	-Importante para verificar a oxigenação tecidual.
	-Alta concentração de lactato no sangue sugere baixa oxigenação tecidual.
-Volume de Sangue para Transfusão:
 Volume (em litros) = peso x fator* x (Ht pretendido – Ht receptor)
							 Ht doador
*Fator:
	-Cães: 0,09
	-Gatos: 0,07
	-Grandes animais: 0,08
	-Potros recém-nascidos: 0,15
*Deve evitar fazer a transfusão e hidratação no mesmo acesso venoso, para evitar a formação de CaCO3.
-Reações Transfusionais:
	-Hemólise;
	-Sensibilização;
	-Reações imunomediadas;
	-Eritroblastose;
	-Sinais Clínicos: taquipnéia, taquicardia, taquisfigmia, dispnéia, ptialismo, êmese, prostação, urticária, paresia transitória, choque e morte.
	-Tratamento:
		-Suspensão da transfusão;
		-Fluidoterapia;
		-Administração de corticosteróides (animais pequeno porte 4mg/kg de prednisolona)
		-Administração de vasopressoers (animais de pequeno porte: difenidramina 1 a 2mg/kg e animais de grande porte: epinefrina 0,01 a 0,02ml/kg de solução 1:1000 IM,SC).
		-Monitoração; 
		-Administração de heparina (75UI/kg SC – 6h/6h) em casos de hemólise intensa;
Referências Bibliográficas:
SPINOSA, Helenice de Souza, et al. Farmacologia Aplicada à Medicina Veterinária. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ANDRADE, Silvia Franco. Manueal de Terapêutica Veterinária. 2 ed. São Paulo: Roca, 2002.
WEBSTER, Cynthia R. L. Farmacologia Clínica em Medicina Veterinária. 1ed. São Paulo: Roca, 2005.
Acesso em 22 de Abril de 2011: http://www6.ufrgs.br/favet/lacvet/tipos_sanguineos.htm
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