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DIR ECONÔMICO

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Prévia do material em texto

Direito Econômico
Professora Beatriz Gontijo
beabrito@terra.com.br
.Provas
Toda prova tem 2 textos e uma jurisprudência.
-1ª – 12/03.
 ADI 319 – DF (leitura obrigatória)
ADI 3512 – ES 		
ADI 1950 – SP
Texto Gilberto Bercovicci – Política Econômica – Discussão no dia 26/02
CF comentada pelo STF.
-2ª – 23/04 (não acumulativa!), a princípio. 20 pontos.
Prova mais objetiva, mais prática.
5 pontos – documentário. Discussão em 09/04.
ADPF 46 – caso Correio – 26/03 
Base para essa prova é Constitucional e Administrativo.
 
-3ª – 28/05 – matéria toda
.Bibliografia: melhor a do Leonardo.
07/02/14
Aulas 3 e 4: Evolução histórica do Direito Econômico
1. Relação entre Direito e Economia
Toda organização pressupõe uma forma de Estado, que, por sua vez, pressupõe uma Constituição, que é a norma principal de organização da economia estatal.
A atuação do Estado na economia é sempre pendular. A tendência do pêndulo é ir aos extremos – mais regulação, menos regulação, mais intervenção, menos intervenção.
Dentro dessa concepção histórica, o estado regulador é sempre constante. A regulação pode mudar. Hoje, o papel fundamental do Estado é a regulação. 
Estamos trabalhando o surgimento do Direito Econômico, com a preocupação em organizar a economia. Sempre existiu relação entre direito e economia. Se o Estado não intervir na economia, ele não atua.
.Directum – dar direção.
É uma ciência social, pois cuida de relação entre pessoas, sob uma óptica específica. Aqui, sob a óptica da normatividade. Regula comportamento humano, dizendo como deve ser.
Miguel Reale falava da teoria tridimensional: Fato -> Valor -> Norma.
Em uma relação há interesses, que podem ser conflitantes ou não. O direito é o interesse juridicamente protegido. Há sempre um dever-ser, por isso está no campo da ciência prescritiva. Essa norma sempre vai trazer uma opção política, com conteúdo decisório. Pode regular ou não – esse interesse, nesse momento, é juridicamente pertinente. Há caráter de decisão. Toda norma envolve cunho decisório.
Pertinência valorativa – conteúdo ideológico de norma jurídica – justiça.
Como garantir que se cumpra a norma? Sanção. Executoriedade coercitiva. A sanção mais próxima que conhecemos é a punitiva, que não funciona na área econômica. 
Caso Kollynos e Colgate – fusão aprovada com condições, sendo que uma seria a suspensão temporária da marca Kollynos, de modo a não identificar o substituto, sob pena de multa. Fizeram os cálculos e viram que valia a pena. 
A sanção mais eficiente é a positiva. Norma tem que ser eficiente e trazer raciocínio da economia. Art. 174 da CF – Estado tem função de fiscalização e incentivo. Incentivo é essencial! É a sanção positiva. Prêmios. Onde lermos incentivo, leremos “sanção positiva”. 
Ademais, há a sanção moral. Há demais no CDC. Tem muita eficácia no mercado. É dizer que o nome do empresário vale no mercado. Sanciona dizendo que irá puni-lo moralmente. É muito usado na área econômica.
.Oikos + nomos – administrar a casa.
Também é uma ciência social, de relação entre pessoas, também sob uma óptica.
A 1ª concepção de atividade econômica era a administração das fazendas. Aquele movimento de produção e circulação ao lado das grandes fazendas. O capitalismo começa e isso evolui.
Pressupõe sempre uma administração de escolhas eficientes. Eficiência. Isso é econômico. Eficiência é menos custo para produzir. É da essência da regulação da economia.
Aqui, temos fato, valor e norma, mas temos uma ciência cuja organização se dá de forma empírica, ou seja, fática, explicativa. Não vou passar do fato. Vou trabalhar, explicar e ver o que está acontecendo. Sei descrever o sistema como funciona, por si só. 
Surge o próprio conceito de bem econômico, ou seja, aquele útil, escasso. Petróleo – tem utilidade e, consequentemente, é escasso.
Um fato econômico é rápido – não tem como segurar. O fato é de hoje, é conjuntural, é concreto, instável. É o direito que irá regular atuação do Estado na economia. 
O direito que vai trazer um estudo claro entre direito e economia, em que se utiliza de instrumentos o conceito econômico para a elaboração, interpretação e aplicação da norma.
2. Evolução histórica do Direito Econômico
a) Sistema Corporativista – Séc. XII-XV.
Um sistema não termina instantaneamente, a organização vai perdendo prestígio com o tempo. Qualquer atividade econômica pressupõe uma necessidade ou busca de proteção. Proteção contra o risco da responsabilidade, ou seja, uma empresa busca diminuir os risco e aumentar os ganhos. A associação tem como alicerce pessoas com interesses comuns e o menor custo de transação.
12/02/14
Aulas 5 e 6
.Proteção – lucro. Busca do lucro é prevista na CF – art. 170. Fundamento da livre iniciativa. 
.Redução – custo de transação. Toda transação tem custo.
.Titularidade – privada. Do indivíduo, não do Estado.
O sistema corporativista se deu através de uma relação espontânea e fraterna. As corporações de ofício vieram para as pessoas se associarem, com interesses em comum. Era espontâneo porque só exerceria quem quisesse.
Monopólio das corporações. Concorrência – não podia ter lucro. Poder de jurisdição.
Foi uma organização muito eficiente. 
b) Sistema Mercantilista – séc. XVI – XVIII
Concepção do Estado moderno. Gênese atrelado ao estado absolutista, monarca. Há um Estado extremamente forte na economia. Esse Estado é eminentemente nacionalista econômico. O fim precípuo é o acúmulo de riqueza, econômico. 
 O indivíduo nesse período está tão abafado, tão reduzido, que passa a ser um mero instrumento estatal.
Vedação de monopólios reais – estatuto em 1628.
c) Sistema Liberal – séc. XVIII e XIX
.Ruptura com a sociedade estamental. Indivíduo em face ao Estado.
A grande conquista são os direitos e garantias fundamentais do indivíduo de 1ª dimensão.
A 1ª dimensão reflete os direitos e garantias fundamentais negativos do indivíduo em face do Estado. A relação entre direito e individuo era vertical. O individuo gritando com o Estado para que reconheça seus direitos. São direitos negativos pro Estado não intervir. 
Ex: celebrei contrato com a Ju. O Estado não poderia entrar contra uma cláusula abusiva – pacta sunt servanda. Indivíduo afasta o Estado completamente. Primeiras conquistas importantes que vem com as constituições liberais.
Art. 5º, aqui, é nessa concepção de negativo – não interferir, liberdade, igualdade... Estado pode atuar, desde que de maneira mínima.
A nossa base constitucional vem de dois princípios políticos que trazem limites à atuação do Estado: princípio da separação dos Poderes e o princípio da legalidade.
Surge, então, a 2ª dimensão. Sou um indivíduo livre. Faticamente, na atividade econômica, vai ter um maior que o outro. São direitos que vão refletir o indivíduo contra o outro. Pode o Estado ser liberal, sem intervir? Não, são direitos positivos, contraprestacionais. Função social da propriedade: você é proprietário, mas tem que cuidar. Direitos econômicos, sociais e culturais.
3ª dimensão (as 3 estão no art. 5), pós II Guerra – dignidade da pessoa humana. Com a II Guerra, o dano foi para todos. A tutela tinha que ser coletiva. Tiveram que conquistar direitos cuja titularidade não é só para o indivíduo. Direitos da solidariedade. Ex: ECA, meio ambiente, etc.
4ª dimensão (não está positivada na CF, cada doutrina fala uma coisa) – direito humanos. O STF, hoje, fala que se vier um tratado de direitos humanos, é um direito fundamental em âmbito internacional. Se esse tratado respeitar o processo legislativo de emenda, é parte integrante do texto. Pacto de San José. É Supralegal.
As CFs liberais vão se preocupar, eminentemente, com os direitos civis e políticos.
.Mudança do processo produtivo – produção em escala. Toyotismo, Fordismo... 
Produzo 100 canetinhas a 1 real. Produzo 1000 a 0,80. Indivíduo quer produzir cada vez mais.
.Liberalismo econômico
Liberais na Inglaterra falavam que existia umaordem natural. Estado não intervém no mercado. Livre iniciativa do particular. Estado atua, mas de forma negativa, não intervencionista. Era um dirigismo econômico negativo. Atuava para proteger, não para intervir.
Adam Smith falava que melhor que o Estado, a “mão invisível” recicla o mercado. Como o mercado funciona sem o Estado? Lei da oferta e da procura. Para esta funcionar, é preciso preço justo e boa qualidade. O modelo de mercado é de concorrência perfeita. Para que eu possa ter essa mobilidade dos fatores de produção (se preciso, produzo, se não preciso, não produzo), tem que ter concorrência perfeita. Não pode ter falha. Isso sustentou a norma por séculos.
Pressupõe que se um produtor aumentar o preço e diminuir a qualidade do produto, este será excluído. Para que isso funcione, ninguém pode ser maior que ninguém. Preço é dado pelo mercado – mercado dos tomadores de preço, em que não há nenhum participante com detenção de poder. Para serem iguais, todos têm que ser pequenos e em número elevado.
Outra característica desse mercado é a livre entrada e livre saída – fluidez. Todo mundo podia livremente entrar e sair, sem barreiras, sem custo. 
Ademais, mercado transparente – todos têm a mesma informação. 
Os produtos eram, também, homogêneos – podia comprar de qualquer um. Não havia nicho de mercado, nem marketing.
.Estado? Filosofia?
Estado mínimo – funções na economia reduzidas, apenas protege. Dirigismo econômico negativo. 
A norma estatal é de cunho negativo, protetivo, traz preocupações com questões políticas e direitos da 1ª dimensão – típica norma negativa, de segurança.
Questão de prova: conta um caso, falando de uma CF X. Se está preocupada com o Estado, é a liberal. Como conseguir o bem estar do individuo. 
Filosofia – temos doutrina iluminista, que diz que o individuo é capaz de se conduzir e buscar sua felicidade, inclusive na área econômica. 
Outra estudada é o utilitarismo, filosofia inglesa, que fala de felicidade – indivíduo é capaz de buscar sua felicidade. 
14/02/14
Aulas 7 e 8
d) Crise do Sistema Liberal
.Concentração de empresa – exatamente por causa do modelo de concorrência perfeita.
Uma empresa concentrada domina o mercado. A empresa tem poder e uma das formas é o monopólio. 
Para ela deter poder, tem os grandes e os pequenos. A empresa concentrada cresce – concentração pressupõe crescimento. Pode crescer de várias formas: interno e externo. 
O crescimento interno (ou natural) é aquele baseado na sua própria eficiência – vou, simplesmente, investir numa tecnologia. 
No crescimento externo, o indivíduo, para ser grande, funde com outras empresas. Quando isso acontece, há uma redução de partícipes. 
Se uma norma que fala que se é livre para exercer a atividade econômica, o indivíduo vai usar e abusar do consumidor, com contratos de adesão. 
Surgem os agentes com poder de mercado, mercado cujo preço é imposto por um maior. Preço de monopólio (preço máximo).
Não é transparente! Não há informação de como o produto é feito. Produtos são heterogêneos. Grande concentração, de liberdade sem limites.
Isso começou em 1888. Eleição americana era de combate aos trusts. 1904 foi a maior onda de concentração no mundo ocidental, nos EUA.
Quando ela concentra, ela detém poder de mercado. Usando esse poder, fático, ela o projeta nas suas relações jurídicas. Há uma relação jurídica com o consumidor, que não tinha norma para protegê-lo. O concorrente sairá do mercado. Relação com o meio ambiente fraca. O próprio Estado entra em cheque, tamanho foi o poder privado. Isso gera a crise, que fará com que nasçam normas de tutela de cunho econômico.
.Grandes guerras
Pós I Guerra Mundial, todo o sistema estava arrasado, Estado tinha que chamar para si o dever de organizar. Com isso, veio o chamado constitucionalismo social.
No Brasil, a CF de 1934 reflete muito a Weimar (1919). A CF do México, de 1917, foi precursora, especialmente no que tange à conquista do Direito do Trabalho.
Estado da Engenharia Social – expressão de Bercovici.
Outra coisa importante é a constitucionalização da dignidade da pessoa humana. Esse princípio/conceito vai ser trabalhado e conquistado pós II Guerra.
.Crise 1929
Checa a mobilidade dos fatores de produção. Isso é colocado em cheque, mostrando que era falho. Precisa de Estado! Teria que acionar essa economia, nem que “colocasse pessoas abrindo buraco e fechando esse mesmo buraco”. É a expressão “pleno emprego”, do art. 170, IX da CF.
Essa crise também faz com que o Estado seja intervencionista. 
Estado do Bem Estar Social – chama para si a solução da economia, questões sociais e econômicas, implementando políticas. Reflete nova forma de regulação. A não intervenção não vai mais funcionar. O indivíduo abusa do outro indivíduo. Tem que ter um Estado que assegure a liberdade de concorrência. Visa o todo, o social. Implementa política/direção. Política de defesa do consumidor, de educação, de saúde. O objetivo é o bem estar social.
Isso está fundamentado na doutrina social da Igreja, que era preocupada com a sorte do trabalhador, do consumidor.
É um Estado intervencionista e distributivista. Está dentro do mercado, junto com o particular.
Reflete num Estado cuja norma é positiva, contraprestacional. Preocupa-se com normas de 2ª e 3ª dimensões. Entra com norma de direção. Reflete nas constituições sociais.
e) Intervenção do Estado e Direito Econômico
O que esse Estado tem a ver com o econômico? De que forma o Estado intervém na economia?
1. Função reguladora – art. 174. 
2. Função de prestador de serviço público – art. 175 da CF. 
3. Estado empresário – art. 173. 
São 3 formas essenciais do Estado atuar na economia .Falou de atuação do Estado, temos que nos ater a esses 3 artigos!
Para ele intervir, precisa de norma. Quando começa a intervir, não tinha norma de planejamento econômico estatal, pois nunca interviu. Isso veio na CF de 1946. O reflexo jurídico da atuação de Estado no domínio econômico pós década de 1920 são as primeiras normas do direito econômico.
Essa norma que viabilizou, fez intervir, é a nossa norma de direito econômico – conceito restrito de Direito econômico. 
Competência 
Art. 24, I – compete à União, Estados e DF legislar, concorrentemente, sobre direito econômico. O município não está aqui! A competência legislativa municipal é possível? É constitucional? Se é, quais os limites.
São ou não constitucionais?
1. Raia X Lei Decreto Municipal 28.058/89 – SP 
Assunto: estabelecimento de escalas/plantão obrigatório entre farmácias.
2. Municípios têm competência para regular o horário do comércio local?
3. Lei 7617/98 – dispõe sobre tempo máximo de atendimento do cliente em instituições bancárias.
4. Lei 8.654/03 – obrigatoriedade do estabelecimento comercial de comida a quilo de afixar cartaz informativo sobre o peso do prato.
5. Lei Municipal 2078/85 de Joinville que proíbe a instalação de estabelecimento comercial concorrente a uma distância menor que 500m em relação àqueles que estão funcionando.
A autonomia do direito econômico está na Constituição Federal: 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico; 
DF – art. 32, § 1º - Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. 
Apesar de não estar na lei, o município também pode legislar sobre direito econômico, mas tão somente de maneira COMPLEMENTAR. 
Prevalência dos interesses: 
.União - interesses nacionais (enumerado) - art. 21 e 22, 23 e 24.
.Estados - interesse regional (enumerado) - art. 23, art. 22 e 24.
.Município - interesse local (enumerado e de forma indicativa) - art. 23 e 30, I. 
Para evitar um conflito de competência entre os entes, existe a possibilidade de elaboração um termo de cooperação, por meio de uma Lei Complementar. 
União Federal 
- CompetênciaAdministrativa 
•Exclusiva (art. 21)
•Comum (art. 23) 
- Competência Legislativa 
•Privativa 
•Concorrente 
.União Federal - normas gerais (art. 24, § 1).
.Estados - normas suplementares (art. 24, § 2).
 * Supletiva (art. 24, § 3 e 4) 
 * Complementar 
.Municípios - é necessário que haja interesse local e que a competência legislativa seja complementar. 
Lei complementar pressupõe a existência de uma lei Federal ou Estadual, conforme for o caso. Não 
pode legislar supletivamente. 
Competênc ia Privativa (Legislativa) ≠ Exclusiva (administrativa) – uma não é suscetível de delegação 
(privativa), outra é. Uma diz respeito à elaboração de normas, e a outra não. 
Lembrar que competência Administrativa (vogal) é Exclusiva, e Legislativa, Privativa. 
Lei Complementar poderá autorizar aos estados a legislar sobre determinadas matérias. 
 Art. 24 - § 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas 
gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para 
atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for 
contrário. 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; 
Suplementar aqui é no sentido de complementar, e não de supletiva.
19/02/14
Ler ADI 319, Texto Preços (Luiz Roberto Barroso) e ADI 1950 .
Matéria da prova: até a aula 19/20.
Texto do Bercovici
Discussões em sala – provável a ADI 1950.
Aulas 9/10
 N : 
“É o ramo do direito que tem por objeto o tratamento jurídico da política econômica e por sujeito o agente partícipe da política e como tal, é o conjunto de regras de conteúdo econômico que assegura a defesa e a harmonia dos interesses individuais e coletivos, de acordo com a ideologia adotada na ordem jurídica”.
.Ramo do direito – ligado à organização da economia.
Pergunta clássica: qual a principal função de uma constituição econômica? Organizar a economia. 1ª ideia é da organização, pois esse ramo surge com a modificação clara da organização.
Tínhamos uma ordem natural da economia, como já vimos, em que o Estado estava de fora, descrevendo-a. O ramo da ordem econômica surge e reflete na constituição, passando a ser prescrita, dirigida, conduzida. 
Bercovici fala no texto que há uma passagem clara da economia política para a chamada política econômica. Era uma economia descrita pelo Estado. Na, outra, a política está na frente, conduzindo a economia – é o estado entrando oficialmente na ordem econômica com um fim determinado. Política econômica é quando o Estado interfere em qualquer ponto econômico. Ex: juros. Quando o direito econômico nasceu, nasceu para controlar isso.
Outro exemplo: duas empresas vão se fundir, pois querem domínio de mercado. Aumentam o preço, o que reflete no mercado, na sociedade. Política econômica de defesa da concorrência – é controlada.
Para que serve a CF? É a organização constitucional fundamental da economia.
.Conceito de José Patrício Simões: questiona por que nasceu o direito econômico. 
Nasce para regular a organização, conduzindo oficialmente a economia do Estado. Tais normas regulam centros decisórios não governamentais.
Voltando ao 1º conceito...
.Objeto – política econômica.
Ação oficial (Estado) sobre uma variável econômica, com fim determinado.
Ex: como se produz um bem da economia? Terra, com o trabalho, torna-se útil e o capital faz a junção dos dois. Feito o produto, ele vai circular por contratos. Repartição e consumo. Repartição é a coisa mais difícil do Brasil – repartir o bolo do processo. Aluguel da terra, salário do trabalho e lucro do capital. Podemos pegar qualquer variante deste fato econômico e dar uma condução oficial. Ex: trabalho – política econômica do salário mínimo. 
Repartição é o mais difícil! Ex: política econômica que dá o seguro desemprego. Não há retorno.
Política econômica – conjunto de decisões, relativo aos objetivos que o país ou um conjunto de países, que pretende alcançar no domínio econômico, bem como os meios necessários à sua execução.
.Sujeitos
O principal é o Estado. Fiscaliza. O que faz para isso? Ele é regulador (art. 174 da CF). Ademais, atua como agente econômico, como empresário (ex: Petrobras) – art. 173 da CF. Ademais, é prestador de serviços públicos (art. 175/CF). 
A titularidade de regulador é pública – regra. 
Agente econômico/empresário – privado, exceção. 
Prestador de serviço – público.
Ademais, o particular, que também atua como agente econômico. Isso se dá pela livre iniciativa – art. 170/CF.
.Direito da economia x Direito econômico (não cai na prova, cai em concursos)
Direito da economia, pensou-se num direito que se preocupa em regulá-la. Hoje, direito da economia não é ramo jurídico, muito menos autônomo. É uma forma de estudo de todos os ramos jurídicos com conteúdo econômico em suas normas. Se formos pensar, quem não regula a economia? Todos os ramos do direito regulam. A expressão “direito da economia” seria uma relação de amplitude em que direito econômico se insere.
Já o direito econômico regula a economia – isso está certo, mas tem que acrescentar: sob a perspectiva da política econômica. 
.Harmonia de interesses privados e públicos, de acordo com a ideologia adotada na ordem jurídica.
Qual é a ideologia da organização constitucional brasileira? O que é ideologia? O que vou pretender com essa organização, num ideal de justiça maior. Ideologia constitucionalmente assegurada. Utilizando sempre o art. 170, que é como se fosse a espinha dorsal da organização. Se soubermos os fundamentos, o fim e os princípios, já saberemos fazer bem a prova. 
Ao falar de harmonização, fala-se dos fundamentos da CF, do art. 170. É a razão de existir. É diferente de princípios. 
Os fundamentos são a livre iniciativa (que era princípio, na CF anterior), que reflete o capital, o interesse privado e o valor social do trabalho, demonstrando que o constituinte valorou o trabalho, que é o limite do privado. Capital e trabalho tem conflito inerente, mas está em harmonia. Resolve-se no caso concreto, usando a proporcionalidade. Ex: essa intervenção é necessária? Se é, é razoável para o que quer alcançar? 
O STF usa o fim. Qual o fim da ordem econômica constitucional? Dignidade da pessoa humana. 
STF é tão claro nisso que diz o fim de uma norma é a dignidade, como exemplo uma política de defesa da educação. Consequentemente, é a ordem econômica social.
Se Estado edita uma norma preventiva, intervindo no preço da livre iniciativa, se essa norma é constitucional, não pode deixar de aplicar – exemplo da meia entrada. O que acontece com o preço final? Aumenta para todos os consumidores finais.
21/02/14
Aulas 11 e 12 – Fontes 
1. Fontes: material e formal
Temos que saber como aplicar essas fontes. Ex: por que usa mais MP que lei ordinária? Não precisamos saber detalhes das fontes. No entanto, para analisarmos MP, temos que saber do processo legislativo.
Fonte é origem. De onde parte a concepção de normatização. 
Fonte material – é a matéria, o fato. No nosso caso, é fato apto a produzir consequências jurídicas. Fonte de natureza econômica. 
2. Fonte formal
Introduz no nosso ordenamento a norma. Fato, valor e norma. A norma vem para gente através das fontes formais. Ex: lei.
Pode ser:
.Primária – cria direitos e deveres, inova. Deriva do texto constitucional. Ex: art. 59, II a VI – LO, LC, MP, resoluções e lei delegada.
.Secundária – é secundária em face da primária, são infralegais. Ex: portaria. Não podem inovar, criar direitos e deveres.
Lei inova, criando direitos e deveres. Portaria não pode inovar o ordenamento jurídico dessa forma.
Dentro do direito econômico,usa-se mais a secundária – regular o sistema financeiro tem que ser rápido. Muda-se com mais facilidade. Usa-se, eminentemente, fontes secundárias.
3. Relação de hierarquia das normas 
No ápice da pirâmide de Kelsen estão os atos normativos constitucionais. Abaixo as fontes formais primárias e na base as fontes formais secundárias. O que significa hierarquia entre fontes? Dentro do nosso ordenamento jurídico existe o princípio da supremacia (supremacia formal) da CF, pois está no ápice. Isso significa fundamento de validade – ao dizer que a CF está superior, significa que essa lei retira texto da CF. 
a) normas constitucionais
CF, EC e ADCT. Não existe relação hierárquica entre elas.
Existe EC inconstitucional? Sim, pois é derivada. As PECs não vão inserir ao texto constitucional. A EC, uma vez aprovada, é texto constitucional. 
b) fontes formais primárias
Tampouco existe hierarquia. 
Se difere por um princípio de especificidade – matéria e processo legislativo.
4. Emendas à Constituição
Ato normativo constitucional previsto no art. 59, I da CF e disciplinado no art. 60 da CF.
Fundamento está na rigidez da CF. Para que se possa emendar, tem que respeitar limites. Não se emenda sem que limites sejam respeitados.
4.1 Processo legislativo (art. 60)
Existem limitações de várias ordens para emendar uma CF: 
-Limitações circunstanciais – CF só será emendada em algumas circunstâncias (como estado de sítio). Art. 60, p. 1º. 
-Limitações materiais – cláusulas pétreas, que podem ser expressas (art. 60, p. 4) ou implícitas. 
-Limitação procedimental – extremamente específico – único quorum de 3/5 da CF.
4.2 Emendas que alteram a atuação do Estado na Economia
Até +- a década de 1990, o Estado altera muito sua posição, pois começa a crescer desordenadamente. O estado brasileiro, na década de 1980, chegou com 500 sociedades de econômica mista na área econômica – foi dono até de açougue! Cresce para todos os setores, seja empresário ou prestador de serviço público ou regulador. Em 1990, a CF reflete no Estado empresário, minimizando o estado prestador de serviços públicos – privatização, mas não minimizando o regulador – quanto mais aumento o mercado, mais fiscalizo.
Alguns chamam de neoliberalismo – redução desse intervencionismo, mas muito diferente do liberalismo. A questão aqui é eminentemente econômica.
.3 vertentes principais no texto constitucional:
-Flexibilização dos monopólios estatais
-Privatização
-Abertura para o capital estrangeiro
.1ªs emendas – a EC n. 09 e 46 – alteram o art. 177/CF.
Trata do monopólio da União sobre petróleo e seus derivados, minérios e minerais nucleares.
Titularidade, no monopólio, é de um. Existem vários tipos de monopólio. A palavra monopólio no texto constitucional diz que é atividade econômica, ou seja, individuo pega os insumos, os junta e põe no mercado para lucro.
Existe monopólio legal que apenas a lei cria – a CF. Rol taxativo. O Estado não pode abusar dele.
Por que a CF chega ao campo privado, tira dele e transfere para a União? Áreas econômicas estratégicas, por questão de segurança nacional, interesse coletivo (exemplo dos minerais nucleares).
Monopólio também pode ser natural e convencional. 
-O natural é conceito da economia – visualizo atividade econômica cujo acesso a uma matéria prima é tão difícil, que passa a ser, naturalmente, um monopólio – uma só empresa vai produzir. Tem que regular para criar concorrência. Não são inconstitucionais, estão previstos na CF. Regula-se por agências regulamentadoras. Outro ex: telefonia, energia elétrica e petróleo.
-O monopólio convencional nasce da vontade, da concorrência. Empresas se fundem e viram uma. 
-Flexibilização de monopólio – com a EC n. 09, houve isso. É a “quebra do monopólio”. 
Art. 177, I a IV. CF, no p. 1º, com esta EC, dispôs que a União poderá contratar (concessão e permissão) com empresas estatais ou privadas a realização dessas atividades. 
A 1ª abertura foi que a União pode, por permissão ou concessão, permitir a execução desta atividade de todos os derivados do petróleo. 
Questão de prova: toda atividade estatal concedida ou permitida é serviço público? Não, a atividade econômica em regime de monopólio pode ser concedida ao particular. 
Abriu, mas não tinha aberto a parte de minérios e minerais nucleares – art. 177, V. Essa questão vai ser aberta com a EC n. 46. 
Até a EC, a CF falava que: 
Art. 177, V – a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal
Essa exceção veio com a EC 49. Abriu significativamente esse monopólio, como outros. Passa a titularidades ao particular.
CF comentada do STF – discute a diferença entre propriedade e monopólio.
 -Monopólio x Propriedade – ADI 3273 e ADI 3366
Até então, quem explorava o petróleo tinha remuneração fixa. Ninguém queria correr o risco, pois a remuneração não correspondia ao produto. FHC disse que parte da lavra era de quem explorava. Não necessariamente a propriedade da lavra é da união. O monopólio é, mas os exploradores podem ser remunerados com a própria propriedade. Hoje posso, a principio por uma lógica econômica, partilhar a propriedade com aquele que explora, sem deixar de ser monopólio da União.
.EC n. 06 – revogação art. 171 
.EC n. 36 – art. 122
.EC n. 07 – art. 178
5. Medidas provisórias
5.1 PR – CN (60d + 60d) – comissão mista (Senado e Câmara) - Parecer favorável e parecer desfavorável
Início votação CD – 2 casas CN – pressupostos constitucionais e mérito
Conversão em lei – PR – SF promulga
Rejeição
Introdução de modificação – art. 62. P. 12
Trancamento de pauta – art. 62, p. 6º 
Reedição – art. 62, p. 10
5.2 MP e Direito Econômico
26/02/14
Barroso fala de uma constitucionalidade, mas com ressalvas.
Ideia da professora – pegar caso concreto para entendermos o raciocínio e tirar o essencial.
Em qualquer caso concreto – identificar o tipo de intervenção do Estado, tendo como base a CF.
Cheguei ao artigo que quero – 173, 174 ou 175.
No art. 174, pode ser planejamento, incentivo ou fiscalização. Temos normas que podemos usar.
Fiscalização é norma cogente – obrigatória. Incentivo é facultativo.
Momento – Barroso fala temporário.
A ADIN 319 é a melhor. Fala da intervenção sobre preço prévia e a posteriori.
1950 – intervenção na privada.
Posteriori – fizemos cartel e a lei pune. Coibir abuso.
Prévia na formação do preço é mais complicada. 
Reajuste de escolas – prévia. É complicado. 
Posição do Barroso não é majoritária.
É muito sério interferir no preço, pois a essência é a livre iniciativa.
Concorrência, por si só, é saudável.
Centro da questão do problema – formação de preço prévio. Identificamos.
2ª parte – tirar parte teórica do caso. 
O que é a base da organização constitucional? Falam de sistema capitalista. Cairemos na discussão da livre iniciativa – 170, p. único. LI tem limites. Discutem os limites sociais dessa liberdade. Aí entram com art. 1º, 3º, etc. Temos que brigar com a CF. 
Afirmam coisas importantes: mercado é uma instituição jurídica. Ou a constituição é dirigente – programática. Por que isso? 
Intervenção é principio e precisamos saber.
Feito isso, entramos no caso.
Ex: discussão de competência legislativa. Discussão de princípio da igualdade. Por que beneficiar o adolescente e passar o preço para todos? Por que o Estado não dá incentivo fiscal?
Custo da norma. Se tem custo, é eficiente? Vai chegar ao fim?
Princípio da proporcionalidade.
Não há problema em falar se é constitucional ou não, o problema é não saber explicar.
28/02/14
No direito econômico, vamos sempre atrelar a necessidade de atuação do Estado na economia, que visa sua organização.Duas ideias centrais: direção do Estado e organização econômica. 
Atrelamos à uma concepção de estado intervencionista. Vimos a parte histórica. 
Veremos hoje os princípios e regras do direito econômico. 
Vimos a atuação do Estado na econômica pela CF. Estado liberal. 
Organização natural... mercado é uma instituição jurídica. Na falha, chama-se o Estado para dentro dele – por isso é uma instituição jurídica. Constituição orgânica, estatutária, liberal, de garantia. Teremos normas de cunho negativo, protetivo, que vão refletir preocupações com direitos civis e políticos.
Estado social em que essa organização, agora, é com intervenção. Nesse momento da história, destacaremos o primeiro principio – segurança jurídica. O mercado não é uma instituição econômica tão somente – é instituição jurídica. Precisa de uma norma para que esse reequilíbrio vá sempre ser buscado. Reflete constituição dirigente, programática, refletindo preocupações com os direitos econômico, sociais, culturais. Bercovicci fala muito nisso.
Estado vem crescendo no que tange à intervenção – chegamos a um estado pós-social/neo-liberal. Esse “neo” não tem a ver com o estado liberal, pois aqui tudo se volta para o direito econômico. Reflete na CF de 1988. 3 formas do estado atuar: intervenção como prestador de serviço público (art. 175), como empresário (art. 173) e regulador (art. 174).
Começando pelo empresário – quando chega em 1980, chegou a mais de 500 sociedades de econômica mista. Redução de intervenção e vira exceção. 
No prestação de serviço público, também diminui. Como, se é área pública? Administração pública gerencial. Na executoriedade, passa para o privado. Veio o principio da eficiência para o caput do art. 37. Modelo mais flexibilizando, passando ao privado. Com isso, cresce a função reguladora.
Para definir o sistema capitalista (livre iniciativa e propriedade privada), vemos o art. 170. Há limites, eminentemente de cunho social. Qual o limite do lucro? Dignidade da pessoa humana. O fim do da organização, no art. 170, é esse. Questão de prova! Este é o fim da ordem econômica.
O fundamento da ordem econômica também envolve (além da livre iniciativa) o valor social do trabalho. Também do art. 170.
Princípios e regras
Norma (princípios + regras) – norma como gênero (doutrina majoritária) e espécies (princípios e regras, segundo João Bosco). Norma tem por fim alcançar a dignidade da pessoa humana.
1. Princípio da dignidade
O conteúdo da dignidade humana, que é bastante abstrato, tentaremos desmembrá-lo em 4 subprincípios: liberdade, igualdade, solidariedade e integridade de psíquico-física. Isso é uma das bases da CF – direitos e garantias fundamentais. No neo-liberalismo, o Estado está preocupado com isso! 
Art. 1, III, art. 4, II, art. 5, p. 3o e 170 – prova! 
O fim do capitalismo é ser humanitário.
Ligaremos esse princípio com os limites da livre iniciativa.
“As coisas tem preço, a pessoa tem valor” – Kant.
2. Princípio da subsidiaridade
É um princípio preocupado em delimitar competência dos agentes econômicos. Vai dizer quem deve atuar e aonde. 
Em regra, ao Estado não compete atuar como empresário. Se o fizer, hipertrofia o setor público (custoso, burocrático, corrupto) e atrofia o privado.
O que é Estado subsidiário? A ele não compete diretamente a atividade empresária, mas sim subsidiar a área privada, estar em torno, ser facilitador, ajudando, trazendo condições para o exercício da atividade empresária. Jogamos isso na intervenção do art. 173 – estado é empresário excepcionalmente! É um princípio implícito do art. 173.
Aspecto positivo – Estado vai ser um facilitador.
Aspecto negativo – não deve intervir diretamente.
3. Princípio da Eficiência
É um princípio eminentemente econômico. A ideia é de custo-benefício. Ganhar mais do que perder.
Eficiência na econômica pode se dar de várias formas. Ex: eficiência produtiva. Produz mais com menor custo. Pode-se ter alocativa – dispor eficientemente dos bens ou serviços no mercado. Cria-se, assim, uma sobra – excedente econômico. Ex: consumidor tem 5 reais para pagar na caneta, que custa 3 reais. Sobra 2 – esse é o excedente econômico. A alocação foi ótima. 
Essa concepção, seja produtiva, alocativa, vai refletir no princípio da eficiência. Ao aplicar no privado, fica fácil de ver – sou empresário, tenho que produzir com o menor custo. Como aplicar no Estado? 
Princípio da eficiência no serviço público – aplica-se, obviamente, abordando o art. 37, caput. Essa administração publica não pode ser burocrática, custosa. O fim tem que justifica o meio. A atividade é para a sociedade. O gerenciamento tem que ser eficiente. Administração pública gerencial.
Princípio da eficiência no Estado empresário – a empresa tem que estar no mercado para ganhar, pois está atuando na área privada. 
Princípio da eficiência no Estado regulador – norma tem custo no caso da meia entrada? Quanto menos cumprida, mais ineficiente está. A norma, quando se destina a alguém do mercado, será recepcionada com a racionalidade econômica. Faço análise racional e econômica sobre o cumprimento ou não da norma. ADIN é clara – sou dono do cinema. Se a norma me obriga a recepcionar 75% do meu publico com 50% de desconto, tenho que calcular. Minha inteira vai custar 20, ao invés de 10. Isso tem um custo. A norma do cinema tem custo para quem vai cumprir. Quando o custo for maior e inviabilizar a manutenção e abertura do sistema, é ineficiente. Quando não vou cumprir a norma por conta de seu custo. É norma ineficiente!
Outro ex: sinal vermelho no transito. Sanção – se eu avanço, pago multa. Se amanhã eu edito uma norma e diz que passa a valer 10 reais, vai aumentar os acidentes de transito, que gera custos para o SUS. É norma ineficiente.
4. Princípio da proporcionalidade
Teoria geral do direito – aplica sempre no caso concreto quando tiver uma antinomia imprópria, ou seja, conflito entre princípios. Quando isso ocorre, usa-se muito a proporcionalidade.
Se desmembra em três:
-Adequação de meio e fim: tem-se que verificar se a atuação do Estado foi proporcional à necessidade. O instrumento utilizado deve ser adequado ao fim que se busca. 
O meio interventivo é adequado ao fim? Uma intervenção reguladora prévia é adequada ao fim? Norma vai traduzir benefício para os estudantes em face da implementação de uma cidadania na cultura? EX: MP que virou lei – não pode vender bebida alcoólica em rodovia federal. Há vários estabelecimentos livres para dispor. Como intervir numa questão que é competência de cada estado?
- Necessidade: a intervenção do Estado deve ser necessária. 
A intervenção estatal é necessária? Preciso intervir na doação de sangue? Se tiver uma medida menos intervencionista, tenho que ir nessa. Se eu posso mensurar uma regulação num preço de uma matéria prima vital para o país e posso, por outro lado, fazer um tabelamento, vou para a menos interventiva – a primeira.
- Proporcionalidade em sentido estrito: significa que da intervenção deve-se ter um ganho maior 
que o custo.
Quando se ganha? Ganha-se mais do que perde? Se ganhar mais do que perder, não vai intervir. 
5. Princípio da Igualdade
Assegura a igualdade a todos na participação no exercício da atividade econômica. Ex: art. 179 – apoio a microempresa. Ex 2: art. 173, p. 2º – ao Estado não compete exercer atividade empresária, mas se o fizer, está em pé de igualdade com as empresas privadas. 
07/03/14
Artigos para ler para a prova: 1, 3, 5 (p. 3º), 21 a 24, 170, 173, 174, 175 e 179.
Obs: não cairão fontes (emenda, MP, etc).
ADI 1950 e ADI 310.
Texto Princípio da Lucratividade + 3 folhas do Xerox.
Preços (Barroso) e Bercovici.
Sugestão: ler 1º a matéria, depois texto Princípio da Lucratividade + 3 folhas do Xerox, depois ADINs e por ultimo Bercovici.
Estado (área de titularidade pública):
.Prestador de serviços públicos – art. 175.
.Empresário – art. 173.
.Regulador – art. 174.
Particular (área de titularidade privada):.Livre iniciativa – art. 170, p. único.
6. Princípio da Economicidade
Custo-benefício – nesse caso, é social. Seja atuação do Estado ou do particular, ao atuar no mercado, a economicidade diz que o resultado final tem que envolver o menor custo social possível! 
Quantidade x qualidade de vida.
O custo social da atuação tem que envolver o menos custo para a sociedade. Norma preventiva é importantíssima aqui. O dano é muito mais prejudicial que a prevenção.
Ex da CF: art. 170, VI, que foi alterado com a reforma tributária.
Aplica-se, também, ao Estado, tanto o empresário quanto o prestador de serviço público. O custo daquele serviço público tem que atender o maior interesse social possível, afinal, o destinatário é a sociedade.
7. Princípio da democracia econômica 
Ligada à ideia de justiça social. Repartição justa do resultado da atividade econômica. 
Ciclo no mercado – uma pessoa foi demitida. Compete a quem voltar com o desempregado para o mercado? Ao Estado. Ele tem que intervir com instrumentos sociais para dentro da lógica do mercado e trazer a integração das pessoas para dentro, repartindo ou trazendo repartição de renda. São instrumentos de distribuição de renda. Usa de meios interventivos de cunho social.
Estou fora da lógica? Sim, logo o Estado dá o seguro-desemprego. 
Politização da economia – trazer o Estado para dentro da Economia. Ele intervém, com viés social, tentando minorar as desigualdades sociais dentro dessa lógica, que é perversa (o sistema capitalista).
2 críticas:
.Positivo – cria uma política econômica que vai minorar desigualdades sociais. Ex: bolsa-família.
.Negativo – muitas vezes, esses objetivos maiores de Estado são menosprezados em face dos objetivos políticos governamentais. Ex: usar os Correios para milhares de fins que não aqueles para qual foi criado. 
.Política de Estado – esta que estamos vendo, direcionada para a sociedade. Independe do governo. Destinatário é a sociedade. Ultrapassa interesse governamental, daquele governo. Ex: política de defesa do meio ambiente.
.Política de governo – é plano de governo. Apresenta, o Congresso aprova, etc.
Essas duas não podem se misturar, como nas agências reguladoras (em que pessoas de confiança são colocadas no poder destas para comandar).
Política Econômica e Direito Econômico – Texto Bercovici.
1. As origens da noção de política econômica
A norma do direito econômico tem materialidade, ou seja, trata da Economia e tem como finalidade dar direção ao fenômeno econômico. 
a) Estado Moderno – Mercantilismo
Cameralismo – doutrina mercantilista (Europa, séc. XVIII) que dizia que o poder do Estado aumenta com o acúmulo de metais preciosos. Concepção do Estado absolutista, voltado para a riqueza própria. 
b) Estado Liberal (economia clássica)
De Adam Smith. É o 1º pensamento econômico – Riqueza das Nações.
Fala da Economia neoclássica, que também está dentro da concepção liberal, mas agora são vários pensadores. Ideia central era a concorrência perfeita – mercado funciona por si mesmo. Estado não intervencionista.
c) Pós-Guerra (Economia Keynesiana)
Keynes entra para trazer preocupações macroeconômicas para dentro da política econômica. Estado tinha visão individual. Com a crise, chama questões macro para reflexões – emprego, questões da nação inteira. É política eminentemente intervencionista. Preocupação com a macroeconomia, visão macrojurídica. Micro é preocupação com aquele individuo. Macro é com toda.
Política econômica anticíclica – o mercado tem um ciclo. Quando acontece alguma crise, gera um efeito cíclico. O Estado intervém para superar esse efeito cíclico do mercado, fazendo com que ele volte a funcionar no seu ciclo natural, é política econômica anticíclica. Ex: numa crise, aumenta crédito para uma empresa quebrada. Isso é política econômica anticíclica. “Cava o buraco e tampa o buraco”. Estado interfere para superar o efeito cíclico do mercado advindo com uma crise ou algo que o desequilibrou. Anticíclica, pois faz com que o mercado volte ao que era.
d) Nicholar Kaldor – quadrado mágico: crescimento econômico, emprego, estabilidade da moeda e equilíbrio externo. São 4 vértices em que não se consegue chegar ao mesmo tempo nos 4. Se ganha em um, perde no outro. 
É importante para sabermos o que é política econômica conjuntural e política econômica estrutural.
Se aumenta juros, tem recessão, menor moeda no mercado e diminuição de emprego. Se a moeda não está estável, pode ter balança comercial negativa.
Política econômica conjuntural – de agora. Curto prazo. Tento garantir as finalidades do quadrado em curto prazo.
Política econômica estrutural – da infraestrutura do país. Tento garantir as finalidades do quadrado em longo prazo.
2. Política econômica e direito econômico
a) Reflexões sobre direito econômico vão datar a partir da 1ª guerra. É um período de declínio do liberalismo. Destaca o momento e dentro deste, faz um contexto histórico das constituições. Fala das constituições liberais e das sociais.
Das sociais, ele destaca a de 1917 do México e a de 1919 de Weimar. 
Fala muito da constituição dirigente.
Entra nos conceitos do direito econômico.
3. A política econômica na CF de 1988
a) CF traz um projeto para o desenvolvimento nacional e por isso é uma CF dirigente. Diretrizes constitucionais, que configuram o caminhar do legislador. 
Fala muito da chamada cláusula transformadora da sociedade brasileira – art. 3 – objetivos da República Federativa do Brasil. É compromisso estatal. Este é o artigo que concretiza o princípio da solidariedade no texto constitucional. Não é mera programaticidade (“quero ser assim”) – é o compromisso do Estado.
Funções da CF (importante para a prova!):
1 - Organizar a economia – ordenação.
2 - Direção do processo econômico geral – direção da política econômica estatal. 
Quais são os passos? Essa é uma grande função da CF, que vai dizer o que pode, o que não pode, o limite, etc.
3 - Satisfação dos interesses sociais – preocupação com os direitos sociais.
4 - Função transformadora – tem que transformar para melhor.
4. A crise da política econômica
Estado neoliberal – tudo de Keynes (intervencionista) entra em crise. Começa aqui a perspectiva de um Estado neoliberal.
Cita como marcos a crise do petróleo de 1970 e a ruptura dos Acordos de Bretton Woods. 
Vem a chamada política econômica ortodoxa. Sai da econômica keynesiana e entra nesse parâmetro de política ortodoxa, que é mais neoliberal (nem precisamos saber).
Estamos nessa Economia mainstream econômico – essa é a política do neoliberal.
Por fim, diz que a ideia central está no projeto do desenvolvimento nacional, em que traz todas as perspectivas de transformação, buscando desenvolvimento econômico social do país.
14/03/14
-2ª – 23/04 (não acumulativa!) – 20 pontos.
Prova mais objetiva, prática. Base é Constitucional e Administrativo.
Características das normas do Direito Econômico
Materialidade econômica
Fim: meta.
Um fato econômico – juros. É rápido. Para regulá-lo, tem que ter norma rápida. É fato concreto. É conjuntural. É móvel, rápido. Para que eu possa regular essa matéria, tem que ter uma norma diferenciada. Se houvesse um código, ficaria obsoleto em 3 dias! Nossa norma (preceitos econômicos) é dispersa.
Vantagens da norma não codificada: 
.Rápida 
.Efetiva
Desvantagens:
.Interpretação
.Conflitos de competência
.Atribuições
Por ser dispersa, há a crise de imperatividade – quando se tem, num estado liberal (antigamente), estado protetor, assistencial, a garantia do cumprimento da norma se dá com uma sanção – pena. Não fez, coercitivamente vai ter que fazer! Isso garante o cumprimento, pois protege, assiste. Quando passamos para um estado promocional (o nosso), que promove uma série de atos, além dessa sanção-pena, há a sanção positiva ou premial. Essa sanção se relaciona com o art. 174, que fala das funções do estado regulador! Função de incentivo, que se dá com sanção positiva/premial.Outra sanção é a moral, em que envolve o nome. Há muitos exemplos no CDC. 
Crise de imperatividade quer dizer que entra em crise a sanção punitiva – fazer cumprir, ainda que não espontaneamente. 
Norma é rápida! Não existe nenhuma medida de política econômica de satisfação generalizada. Ex: Dilma edita uma portaria sobre sistema financeiro. Essa medida não vai agradar a todos.
O que uso para que uma norma seja rápida? MP. Vimos que existem fontes formais primárias (art. 59 da CF), exceto EC. A fonte mais usada, que mais nos importa, é a MP (art. 62), que surgiu substituindo os Decretos-lei. Isso veio com a CF e pensaram nesse instrumento normativo, de competência do Poder Executivo, que fosse mais democrático. O DL era considerado autoritário. 
As MPs foram alteradas pela EC n. 32. MP é competência do presidente da republica. É rápida – 60 dias + 60 dias, ou seja, o máximo são 120 dias. Se não for apreciada pela Câmara em 45 dias, tem o pleito de urgência – trava a pauta. Se não for julgada, está travada. Em 120 dias tem a conversão em lei ou não! MP tem, portanto, força de lei.
Por que isso não resolveu nada? É abuso constitucional. Os únicos requisitos constitucionais são: urgência e relevância. O que é urgente e relevante? Mérito do ato administrativo normativo. É subjetivo. PJ não pode entrar, salvo arbitrariedade e ilegalidade. Ex: lei que proibiu as pessoas que vendem bebida alcoólica nas rodovias federais. É relevante? Sim, mas é urgente? Não. Mesmo assim, foi transformada em lei. 
Isso amarra a edição de MP o tempo inteiro na área econômica. O plano real foi reeditado mais de 200 vezes! Há uma vedação importante: art. 62, p. 1º, “d” – plano econômico. 
.Fontes formais secundárias – atos administrativos.
São simples, tem vida biológica curta (portaria), são de fácil alteração. Lei permite emitir várias portarias. São infralegais. Tem uma lei, que permite a edição de portarias. Essa portaria vai regular aquele fato quase diariamente.
Perspectiva macrojurídica 
-Microeconomia – voltada para um consumidor.
Ex: eu e professora fizemos um contrato. Relação entre nós dois. Consequências jurídicas está entre nós dois. Norma dispositiva – não é obrigatória, é facultativa. Fazemos o contrato se quisermos. 
-Macroeconomia – quando vem Keynes, com o Estado intervencionista, mostrou que o Estado teve que se preocupar com questões macro, da sociedade inteira. Não adiantava regular uma situação de individual. Lidou com a econômica como um todo. Ex: emprego. A norma para isso é a norma do direito econômico! Regula política econômica. 
Se vem o Estado e intervém na minha relação com a professora, já não é interpessoal – é transpessoal. Consequência jurídica está na sociedade e a norma é cogente. 
Exemplo: art. 1 da Lei 12.521 – lei da defesa da concorrência. Titular é a coletividade. Por mais que o sujeito esperneie por ter sido prejudicado, problema dele – não me interessa o interesse individual.
Art. 1º do CDC – idem. Contrato de consumo tem que ser regido pelo CDC. Norma de direito público. É direito econômico – está no macro, não no micro!
.Concretude – é um princípio presente, inclusive, no CC. 
O que queremos do direito? A resposta do caso concreto. Não quero uma norma justa que demore 20 anos. Tem que ter uma revisão, renovação, de toda norma, buscando dar resposta rápida ao jurisdicionado, de forma efetiva, adequada, satisfatória. Não se confunde com eficácia! Eficácia seria norma apta a produzir seus efeitos. É eficaz, mas não tem aplicabilidade na sociedade! 
Na concretude, vamos correlacionar com a ideia de efetividade.
.Desmoronamento do direito público e direito privado
A relação econômica entre A e B, no Estado liberal, era regido pelo direito privado. Não cabia ao Estado intervir. Houve muito abuso. Estado intervém e traz para dentro dessa relação, cujo interesse era privado, os limites e estes (sociais) trazem o interesse público. Por isso, não tem como dizer se é direito privado ou público. É misto. Traz interesse público para o interesse privado.
Correlaciona com a dupla instrumentalidade. DE é um duplo instrumento – um vetor que resguarda o mercado (entra para resguardar a livre iniciativa) e um vetor que traz limites sociais (art. 170).
19/03/14
ADPF 46 – Voto Marco Aurélio – para 26/03!
Correção da prova
1. Estado está liberal. Foi para o canto extremo – invervencionista. Pêndulo volta, com retração da economia. Reflexos nas funções estatais (reguladora, empresário e prestador de serviço público). Não estou no intervencionista – já saí daqui. 
Ligar a resposta com o princípio da subsidiariedade – bastava falar que estava no empresário.
2. a) CF liberal e direitos econômicos
Direitos econômicos traduzem a ideologia liberal, ou seja, são aqueles direitos que, implicitamente, regulam a economia. EX: direito de propriedade. Não tenho uma preocupação de sistematizar direitos econômicos, pois funcionam naturalmente. Basta resguardar e proteger princípios básicos. Não há preocupação.
b) Cláusula transformadora e CF
É uma função da CF econômica – um artigo com cláusula que tem por fim a transformação da sociedade brasileira para melhor. Art. 3º. 
3. As principais funções de uma CF econômica
.Organização
.Transformadora
.Interesses sociais
.Direção do processo econômico
4. ADIN – Voto do Ministro Marco Aurélio
Concluiu pela procedência das ações. Ele rebate essa concepção face à livre iniciativa, análise econômica da norma, etc.
Constituição Econômica de 1988
Conseguimos ver a organização econômica dentro do texto constitucional. Não só premissas.
Ex: estado, na forma federativa, de forma de governo republicana, tenho um sistema capitalista. Como sabemos disso? Da leitura do texto constitucional. Quais os principais? Livre iniciativa e propriedade privada. Deduzimos de uma leitura rápida. É um regime econômico – traz característica da sociedade e põe no sistema. 
Falou em conceito de constituição econômica, temos que saber que estamos falando da organização da econômica constitucional da qual retiramos as premissas fundamentais. 
Sei que estou dentro do capitalismo, que é um marco importante (tipo de sistema), pelo caput do art. 170, pelo inciso II (propriedade privada), pelo p. único (definição de LI).
Sabemos também que o regime econômico não é uma constituição liberal – não podemos afirmar isso dentro da CF brasileira. O regime seria a aplicação econômica desse sistema – sei que o fim da ordem econômica é justiça social e dignidade da pessoa humana. 
É, também, intervencionista – regra é a função reguladora. 
Além disso (questão de prova), temos a estrutura e as linhas do desenvolvimento da organização. Como quero que essa organização caminhe? Quais normas dentro da CF existem que permite isso? Normas programáticas. Nunca é fechado. Nunca estou satisfeito com o que quero. Sempre quero transformar (função transformadora).
.1ª função: organização
Ordem da CF não se limita ao título “da ordem econômica e financeira”. Faz parte, também, o art. 3º (cláusula transformadora). Temos uma função clara da ordem.
.2ª função: transformadora (art. 3º)
CF – pego uma moldura de um quadro e coloco um parâmetro valorativo e principiológico dentro dela. Principio da LI – parâmetro. Traça a organização, que pressupõe uma mudança para melhor. 
.3ª função: fim social
Se o fim é social, a implementação é de direitos sociais. Viés social enorme! 
.4ª função: direção ao processo econômico.
.5ª – implementar políticas públicas. 
É função da CE? Questão de concurso.
1. Ordem jurídica econômica 
Relação de amplitude – CF é o centro.
.Ordem econômica 
-Empírica
-Expressão de todas as normas ligadas ao comportamento dos sujeitos econômicos
Há várias formas de organizar a economia. Uma delas é a empírica – examina os fatos econômicos, vê como acontece a relação entre agentes econômicos e explica, de modo que faça projeções para o futuro. Quem organiza a economia assim? Administrandoos recursos? É o direito? Não, é da ciência econômica ou economia.
Outra forma importante de organizar é a baseada em normas, que não tem que ser jurídica. Pode ter norma de cunho religioso. Exemplo do mundo árabe.
.Ordem Jurídica Econômica
A nossa é uma ordem jurídico-econômico – ao pegarmos todo o ordenamento jurídico e retirarmos uma parcela dele (conjunto de normas), o que vai trazer a regulação da organização da economia.
2. Constituição econômica
.Vital Moreira: conjunto de preceitos e instituições jurídicas, garantindo os elementos definidores de um determinado sistema jurídico, identifica uma determinada forma de organização e funcionamento da econômica e constitui, por isso mesmo, uma determinada ordem econômica.
O que de fundamental a CE vai ter? Norma programática. As normas programáticas estão presentes no texto constitucional – ninguém organiza uma economia sem elas.
2º elemento básico – definição de sistema e regime econômico, ainda que implícito. Essa organização passa por um sistema de economia de mercado, que é de capital (LI e PP). Definição de sistema e regime tem que ser deduzida da leitura do texto. Ex: sabemos que estamos numa economia de mercado baseada na lei da oferta e da procura, baseada no capital. E a base jurídica? Voltada para dois principais direitos – propriedade privada dos fatores de produção e LI.
Ademais, preocupação com o regime econômico. Alguns definem como CE social, mas podemos falar neoliberal.
O centro é a CF, pois existem elementos estruturais que definem o fundamento econômico.
Outro elemento é o tipo da organização da economia na CF. Temos a descentralizada, pois é tirada do centro. Vários centros que decidem e o principal deles, no que tange ao exercício da atividade econômica, é o privado. Por isso, é regra a intervenção indireta.
Intervenção principal é a função reguladora.
.Modelos de CE:
-Orgânica/de garantia - estatutária
Existiu CE no estado liberal? Sim! Não existe norma que organiza a economia, mas essa organização pressupõe modelo de CE. Por isso fala-se de dois modelos de CE – um que se coaduna com o sistema liberal (orgânica/de garantia) ou CE estatutária, que é implícita, de normas esparsas, mas que reconhece a organização natural de mercado (basta reconhecer e proteger).
.CE programática – quer mudar para melhor. Não reconhece somente a organização, mas questiona e muda. É o marco da moldura, que tem parâmetros valorativos e principiológicos. Não há no Estado liberal. É expressa: é dever do Estado, tem um título. O marco inicial é a CF de Weimar, da Alemanha, de 1919.
Se cair em V ou F que não existe CE no estado liberal – F.
.CE formal/material
-Formal – normas constitucionais que dizem respeito a organização da economia presentes na CF.
Ex: art. 1º, 3º, 4º, 5º, 170... 
-Material – conteúdo. Pode alcançar dentro de uma CE material as normas infraconstitucionais. Ex: CDC.
Se houver conflito, quem ganha é a formal.
21/03/2014 – ausente 
.Elementos básicos: elementos constitucionais fixos nas Constituições Econômicas.
-Fim ou Elemento Teleológico: toda CE tem um fim. O fim pode ser diferente para cada Constituição, mas sempre existirá. O fim da nossa constituição está no art. 170, caput sendo ele a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, art. 4º, II e art. 5, §3º). 
No artigo 1º temos a dignidade como um princípio estruturante da República Federativa do Brasil.
No art. 4º tem a característica de princípio de direito internacional, sob a forma de prevalência dos direitos humanos. 
No art. 5º tem hierarquia de texto Constitucional. 
A expressão “justiça social” (na economia é a repartição justa dos lucros), encontrada no art. 170, terá como fundamento o artigo 3º, que trará a consagração do princípio da solidariedade constitucional e a cláusula transformadora.
-Sistema e regime econômicos: do texto Constitucional poderemos deduzir o regime e sistema econômico. O sistema econômico é um conceito mais puro, não existe na realidade.
Um sistema é algo abstrato e deverá ser trazido para a realidade. O regime econômico será um sistema econômico trazido para a realidade ou aplicado na atualidade. O sistema é um conjunto orgânico de todas as instituições da sociedade que visem equacionar e solucionar os problemas econômicos. O problema econômico, no caso, é a administração dos bens escassos. A partir do art. 170, p. 1º temos que nosso sistema é capitalista, visto que tem como fundamento a livre iniciativa e propriedade privada. O regime será atrelado à ideologia Constitucional e à intensidade de intervenções estatais. A nossa Constituição é social ou liberal/social, a justificativa, geralmente, está nas espécies de intervenção estatal. 
-Tipo de organização da economia: da leitura do texto, devemos deduzir qual o tipo de organização. Sempre teremos dois: centralizada ou descentralizada. No caso da CF/88, a organização é descentralizada. Descentralizada (sinônimos: economia multipolar; economia da empresa; economia de mercado; economia de cálculos de moeda) significa: “vários centros decisórios ou vários agentes, sendo que o particular é o exercente preferencial e a intervenção indireta (regulação) do Estado é regra”.
-Limites da atuação dos detentores de poderes econômicos: seja Estado ou particular, o poder econômico é necessário para o exercício da atividade econômica. Quem detém o poder tende a abusar. Uma das principais funções são os limites para o exercício do poder. 
Se a CF/88 fala da livre iniciativa, o limite é o valor social do trabalho. Se fala em propriedade privada, o limite é a função social da propriedade. Se fala em livre concorrência, o limite é a repressão ao abuso do poder econômico e assim sucessivamente (Lei 12.529 – Lei da Defesa da Concorrência). 
Devemos aplicar o art. 5º como limite da atuação de poder econômico. Eficácia vertical dos direitos fundamentais, a relação entre sujeito de direito e o Estado é vertical, o Estado só pode atuar nos limites da lei, buscando, principalmente resguardar o indivíduo do Estado. Porém, numa relação entre iguais, assim, teremos a eficácia horizontal dos direitos fundamentais, ou seja, busca resguardar os indivíduos em relações entre si. Aqui, pode-se fazer qualquer coisa não defesa em lei. Os direitos fundamentais terão aplicação imediata.
.Constituição Econômica e normas programáticas
Existem vários tipos de normas constitucionais: normas de organização (norma que estipula a repartição de poderes, por exemplo), normas de garantia (art. 5º, por exemplo) e, por fim, normas programáticas. 
As normas programáticas vieram do Constitucionalismo social e elas visam a aplicação da economia. São normas-valores, principiológicas e não normas-regra. São normas que se destinam ao legislador. Não tem aplicabilidade imediata. É um ideal a ser alcançado.
Temos dois instrumentos para isso: 
-Mandado de injunção – instrumento de controle concreto, ou seja, entra-se com o mandado quando há uma limitação de exercício de direitos por falta de regulação estatal. Aqui, temos normas de eficácia limitada, ou seja, dependem de regulação Estatal (o direito subjetivo, para nascer, necessita da regulação). O resultado do mandado pode ser de efeito erga omnes ou inter partes. 
Obs: normas de eficácia plena (aplicabilidade imediata), de eficácia contida (eficácia imediata, porém o direito é restringível por lei infraconstitucional), eficácia limitada (aplicabilidade é mediata, ou seja, não faz nascer o direito subjetivo, é necessária uma lei regulamentadora). 
-Eficácia negativa da norma programática. Limites do princípio da reserva do possível. A norma programática é parâmetro de interpretação, recepciona ou não a norma que não lhe for contrária e consequentemente, gera obrigação-dever de cumprir o programa e não descumprir. Ex: pode-se criar um direito subjetivo para os indivíduos pelo não cumprimento do dever estatal.
Texto CE2.
1. Antecedentes da CR/88:
O contexto do surgimento da Constituição Econômicade 88 está no recuo do Estado liberal. 
Primeiramente, há um questionamento do Estado Social. No contexto internacional, existiu a crise do petróleo em 1970 (temos que aqui uma modificação da relação capital x trabalho, causando desemprego; temos uma valoração do sistema financeiros, surgimento do just in time e um questionamento da atuação do Estado, surgindo a globalização econômica).
Com esta crise, temos o surgimento do Estado Liberal/Social ou do Estado Democrático de Direito ou do Estado pós positivista. 
Houve com a crise, uma mudança nas funções do Estado. O Estado empresário virou exceção (art. 172); o Estado prestador de serviço público foi privatizado no tocante à execução deste serviço; o Estado regulador aumentou. O Estado, aqui, não é mínimo, apenas se concentrou na regulação. 
26/03/14
ADPF 46
Marco Aurélio – meu grupo (procedente).
Eros Grau (improcedente)
Serviço postal seria prestação de serviços. 
Não seria monopólio, mas sim privilégio, pois monopólio é da atividade econômica em sentido estrita.
Na CF, saúde e educação, privado pode entrar, mas no serviço postal não.
Não é monopólio, é privilégio exclusivo, de competência da União.
Ele diz que existem dois serviços. Fala que permanece exclusividade, pois sendo serviço público, particular só pode entrar naqueles previstos na CF.
Exceção de serviço público em que há livre concorrência: saúde e educação.
Carlos Ayres Brito (procedência parcial)
Fala quase a mesma coisa, mas diz que no serviço postal, a correspondência é privada e a CF protege com o art. 5º. Nesse âmbito, ele fala que é a União que tem que exercer, pois tem que guardar a inviolabilidade das correspondências. Por outro lado, tira as correspondências comercias.
Cezar Peluso (improcedente)
CF atribuir à União é suficiente para configurar serviço público.
Gilmar Mendes (procedente em parte)
É o principal voto – estudar por ele!
.Critério legislativo: CF define como serviço público.
Reconhece que a prestação é exclusiva da União, mas limitada.
“Manter” – flexibilidade dada ao Poder Legislativo quanto à escolha adequada do modo pelo qual a adm. Assegurará o serviço postal.
.”Monopólio”não abrange encomenda, impressão e boleto bancário.
Carmen Lúcia (improcedente)
Ellen Gracie (improcedente)
Definição de carta. Fala que entrar nessa discussão é desnecessária, pois perde a essência da ADPF. Comunga com o entendimento que é serviço publico, de competência exclusiva da União.
Faz ressalva quanto à educação e saúde – serviço público é aberto nesses casos, mas não é o caso do serviço postal. Atua como regime de privilégio. 
Celso de Melo (procedência parcial)
O meio termo é solução. Serviço postal pode ser dividido. Uma parcela é atividade econômica e tem que ter concorrência, mas parte relativa à integração nacional, tem que ser do serviço público. 
Joaquim Barbosa (improcedente)
Serviço público do Estado, que atua como regulador.
Dá conceito de carta – amplo. Qualquer coisa é carta.
Defende que o Correios leva onde o particular não quer levar, o que é de interesse público. 
Não cabe ao STF fazer essa quebra de entendimento, mas sim ao PL.
Lewandowski (procedente em parte)
Separa o comercial do postal.
28/03/14
.Antecedentes históricos
O que altera na CF? Papel do Estado no domínio econômico. 
1º - Título da ordem econômica e financeira. Essa modificação é importante, pois a CF de 67/69 tinha o título “Da Ordem Econômica e Social”. O sistema financeiro foi valorado pelo constituinte, no seu art. 192. Isso teve peso no texto CF de 88, tanto que foi alterado.
Há uma tendência voltada para perspectiva liberal, de atividade econômica de capital.
O valor de L.I. sofreu alteração também, pois passou a ser fundamento da ordem econômica. Na CF anterior (67/69), L.I. era princípio geral da atividade econômica, ou seja, saiu da categoria de principio e foi para fundamento – valoração da L.I! Fundamento é razão de ser e princípio é instrumento, através do qual se alcança os fundamentos. Fundamento está acima no que tange à organização. 
A 3ª alteração é das funções do Estado. Intervenção direta (estado empresário), do art. 173, passa a ser exceção. Na CF de 67/69, ainda era regra.
Outra mudança significativa é a prestação de serviço público – flexibilização no que tange à executoriedade. Passa para o particular. Surgem as agencias reguladoras – ANATEL e ANP (constitucionalmente previstas).
.Constituição Dirigente – Ordem liberal e social? Concepção moderna.
Isso reflete uma ideologia constitucional. Não tem certo e errado, salvo algumas características próprias do texto constitucional. Ex: sabemos que essa CF é dirigente, eminentemente programática, pois nasce com viés social. É constituição cidadã. Por isso, há quem diga, na doutrina, que a ideologia maior presente nela é social. O STF fala isso. A professora não gosta de falar isso. O que não dá para falar é que ela é liberal, mas podemos falar que é social, que tem regime mais intervencionista...
A professora usa que, como concepção moderna, está atrelada a direitos e garantias fundamentais – Estado democrático de direito e ponto! É palavra “democrático” veio para democratizar esse direito. 
->CF política
Art. 1º, I – correlacionaremos com o art. 170, I na CF – ordem econômica.
->CF – ordem econômica
.Art. 1º - Princípios fundamentais da República Federativa do Brasil. É a estrutura. 
I – Soberania
Ideia se soberania está ligada a duas perspectivas – uma soberania interna e externa.
Ao falar de soberania, pensamos como o Estado é soberano. Assim o é quando tem competência para definir seu próprio direito. É a competência das competências. É competente fora para definir seu próprio direito. Internamente, é chamada de autonomia ou supremacia. Externamente, identificaremos com a palavra independência, ou seja, Estado é independente para integrar no seu ordenamento as normas supraestatais. Isso permite ser soberano externamente. É uma visão política. 
Vamos refletir essa mesma concepção no princípio da Soberania Nacional (art. 170, I). É princípio geral da atividade econômica. Já estamos especificando. Nacional não é interno. Soberania tem que ser interna e externa. No âmbito economico, é autônomo para autodeterminar/conduzir sua política econômica. Sou suficientemente capaz de sustentar a própria condução da organização da economia (interno). Externo – cai no direito intl. Princípios de direito intl, como não intervenção, não agressão bélica (de um país para outro) – é independência em face às normas supranacionais. 
Existe, no nosso campo, especificamente, uma relativização da soberania nacional, principalmente intl, pois temos concorrência intl, em que o Estado precisa inserir. Abre mão de questões claras de soberania, às vezes. A concorrência intl insere o Estado na lógica global de organização da economia, em que Estado precisa se abrir. Portanto, vemos uma relativização na soberania.
O limite maior são os direitos humanos – existe tutela intl que é para todos. 
A soberania política reflete na econômica, no aspecto interno e externo. A palavra “nacional”no art. 170, I está ali porque ela veio para dar prevalência ao desenvolvimento nacional. Não é xenofobia. Tem que trazer esse Estado soberano, dando prevalência ao desenvolvimento nacional, sustentabilidade de recursos humanos, naturais, tecnológicos, etc. É auto-crescimento.
II – Cidadania
Quem tem direitos políticos e está integrado na sociedade, detentor de direitos civis. Para prova, temos que pensar em direitos políticos e ponto.
III – Dignidade
Ligado com o art. 170, caput (CF econômica).
A fim da ordem econômica é a dignidade da pessoa humana.
IV – Livre iniciativa e valor social do trabalho
Ligado com o art. 170, caput e p. único (CF econômica).
Fundamentos da ordem econômica são esses! 
O art. 170, p. único define L.I.
V – Pluralismo político
Nossa sociedade é plural, pensa diferente. Conciliação de vários interesses.
.Art. 3º 
Falados objetivos da república. Assegurar desenvolvimento nacional para todos, igualdade, etc. 
Cláusula transformadora.
Princípio da solidariedade – visão de justiça social.
Art. 170, I a IX tem os princípios gerais da atividade econômica, que podem ser subdivididos em dois: princípios de funcionamento do mercado (destinatário é o participante) e princípios fins (integração/equalização). Os últimos tem como destinatário o próprio Estado, ou seja, visão de política publica. Estão presentes no art. 170, VII a IX.
Art. 3, III – reduzir marginalidade... e desigualdade social... Texto muito parecido! Art. 170, VII a IX.
4. Título da Ordem Econômica e Financeira
Alterou o título – veio para dentro da CF a organização constitucional do sistema financeiro. Precisamos disso para o documentário – art. 192. Valoração do setor econômico. A partir desse titulo, trabalhamos com o art. 170.
Art. 170 – estrutura dorsal:
.Fim
.Fundamentos da ordem
.Princípios gerais da atividade econômica 
4.1 Fundamentos
a) Livre iniciativa
.Fundamento – L.I. passa a ser fundamento, o que é criticável.
Fundamento teria que ser propriedade privada, para alguns autores. Para a professora, L.I. é fundamento sim, junto com a valoração do trabalho. É razão de existir.
.Origem e limites – art. 170, p. único.
A L.I. é liberdade ampla, concedida ao indivíduo, que permite ao indivíduo o exercício da atividade econômica e a escolha da sua profissão. Sou livre para escolher o que vou exercer, para entrar no mercado e exercer o que eu quiser, bem como os meios pelos quais vou exercê-los. É liberdade precípua. Liberdade de poder sair quando eu quiser também.
.Alcance da liberdade
Alcança liberdade de empresa (montar seu próprio negócio), da indústria e do comércio e liberdade do trabalho (escolho minha profissão).
Atenção: não entra aqui a liberdade de concorrência e liberdade contratual.
.Conceito 
.Art. 170, p. único
.LI e sistema de mercados
02/04/14
Título da Ordem Econômica e Financeira
1ª observação sobre esse título é que a novidade é a organização financeira, que não tinha.
Art. 192 é novidade, o que demonstra uma valoração da perspectiva de L.I., que é um dos maiores setores privados do exercício da atividade econômica.
Ordem financeira começa aqui. Antes, era ordem econômica.
Temos, então, perspectiva ideológica de valoração do capital – L.I.
Tratando especificamente da ordem econômica – art. 170 a 191, que veremos nas próximas duas aulas.
Começamos com o art. 170, que reflete a estrutura da organização econômica. 70% de qualquer resposta parte daqui. É um artigo estrutural, pois nele achamos a base.
Estão dentro do art. 170: 
.Fim – dignidade
.Fundamentos – foco da aula.
-L.I e valor social do trabalho.
Livre iniciativa também é novidade.
.Princípios gerais da atividade econômica
-Extrínsecos – nos incisos.
Livre iniciativa
Surgiu com a CF/88.
.Origem – nunca nasceu absoluta, sempre foi um valor relativo, mesmo na CF liberal de 1824. É uma liberdade relativa. Nasce com a liberdade do individuo, mas limitada à patente, aos bens costumes.
Titularidade privada, do indivíduo. Se ela der um caso, temos que pensar se podemos entrar ou sair. Se não posso, é serviço público! O Estado, aqui, só entra, pela CF, em caráter de exceção (173).
É liberdade que nasce atrelada à liberdade da escolha de profissão, arte ou ofício – Decreto D`Allardes (francês, de 1791). Isso está no art. 5º, XIII da CF. O exercício da atividade econômica era do empresário individual. Eu sabia quem vendia. Com a ampliação do exercício da atividade econômica, vem o fenômeno empresarial. Com esse alargamento, essa liberdade também surge, e vai alcançar uma liberdade da indústria e do comércio.
Acompanha a própria evolução do que ela retrata, que é o exercício da atividade econômica. A partir disso, podemos conceituar e tirar o alcance. 
.Conceito
Quando o indivíduo resolve entrar no mercado, tem uma liberdade de escolha, de montar empresa, de profissão, etc. Entrou e tem a liberdade de permanecer ou de sair. Essa liberdade de entrada, permanência e saída reflete a livre iniciativa. São 3 momentos. É ampla. Sou livre para exercer uma atividade econômica. 
Em regra, é uma projeção da liberdade do indivíduo. Projeta na produção, circulação e repartição de bens e serviços, seja através da escolha de profissão, do exercício da atividade econômica, dos meios necessários para o exercício (montarei uma empresa).
Essa liberdade é diferente da livre concorrência e da liberdade de contrato!
O art. 170, p. único define L.I. – assegurado a todos o livre exercício de atividade econômica. Independentemente de autorização estatal. Se for preciso, não estamos na L.I., salvo nos casos previstos em lei.
Existe uma ressalva! Essa ressalva não tem a ver com a liberdade de escolher o empreendimento. Quero ser comerciário no ramo de pão de queijo – meu problema, liberdade minha. Quero ser dono de escola – liberdade precipuamente minha. Essa ressalva nada tem a ver com a natureza econômica, com a essência da escolha do empreendimento. Essa ressalva diz respeito a algumas exigências públicas que o indivíduo tem que preencher. Por que determinadas atividades o individuo tem que preencher exigências públicas? 
O constituinte, ao trabalhar esse teme, sempre escreve “atividade econômica”. Vamos perceber que essa expressão é gênero, ou seja, alcança várias atividades. Há espécies:
-Atividade econômica em sentido estrito – a que estamos vendo – livre iniciativa, campo empresário.
Titularidade privada. Nesse campo, existe uma atividade econômica em sentido estrito, que está no art. 170, p. único, que envolve interesse público, como abaixo – por isso a ressalva. Apesar de sabermos que é espécie, vai estar sempre escrita apenas “atividade econômica”. 
Ex: vou ser dono de seguradora. Preciso de exigências públicas, pois o risco prudencial é grande.
-Serviço público – titularidade pública.
Nesse caso, veremos que quando uma atividade é extremamente essencial por comodidade social, tiro do particular e, por lei, a defino como de titularidade do Estado, pois envolve um interesse social.
.Alcance 
Essa liberdade envolve outras liberdades:
-Liberdade da escolha de profissão/liberdade do trabalho – direito individual.
-Liberdade da indústria e do comércio
-Liberdade de empresa
Essas acima fazem parte do conceito. 
Não se identifica com:
-Liberdade de concorrência
-Liberdade de contrato
São complementares. Precisamos distingui-las. 
.Diferença entre L.I. e L.C.
A L.C. está no art. 174 e 173, p. 4º. 
Concorrência é estar junto. Essa liberdade está no momento de permanência no mercado, o que é diferente da L.I. É mais restrita. Entrou, ficou e saiu. Concorrência é dentro do mercado. Vai assegurar a chamada contestabilidade do mercado – aquele mercado que vai ser contestado – quero e tenho a liberdade de dizer qual produto vou adquirir, a que preço, qual a qualidade, o que vou ofertar. Pressupoe decisoes uniformes no qua tange a preço e qualidade. Eu produzo canetinha, mas minha capacitação é de 5% e da prof é 95%. Não interessa. Eu tenho o direito de permanecer no mercado, ainda que ela tenha mais. Quanto mais concorrência, mais contestável fica o mercado. Tenho opção de escolha na minha decisão, seja na escolha do fornecedor ou do consumidor.
Art. 170, IV – a defesa da concorrência veio como principio geral da atividade econômica. Repressao ao abuso do poder econômico. A repressão foi para o art. 173, p. 4º. Parece bobagem, mas não é. Pelo histórico constitucional, quando puseram a tutela para a L.C. em si e jogaram a repressão para outro art. Por que isso? Quando tira o principio da repressão e coloca a L.C., a repressão passa a ser um meio para ter a L.C. Passa a ser um mero instrumentário – um meio para alcançar a concorrência! A simples manifestação de poder não pode ser reprimida.
A repressão ao abuso do poder econômico é um meio para tutelar a concorrência. O bem jurídico

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