AULA 03 PLANEJAMENTO AVALIAÇÃO EDUCACIONAL 13 03 2010

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Pós-Graduação 
EAD Uninter
Núcleo de Materiais Didáticos 1
Planejamento e Avaliação 
Educacional 
Aula 3
Profa Margarete T. A. Costa
margaretecosta@grupouninter.com.br
Gestão do Trabalho Pedagógico
Ementa
• A avaliação a serviço do 
planejamento educacional: 
− sentido, complexidade e 
paradigmas, objetividade, 
funcionalidade
− a escola ou a escola como 
organização que aprende a 
planejar e se autoavaliar 
− planejamento e autonomia da 
escola
Construindo a Escola ou a 
Escola como Organização que 
Aprende a Planejar e Avaliar
(Capítulo 8)
Avaliação Educacional e 
Organização Escolar
•Equívocos 
•Polêmica
Sierra
•Método
•Rastreamento das teorizações 
relacionadas às organizações 
escolares, na virada deste século 
•Concluiu expressando suas 
dúvidas e seu inconformismo 
teórico a respeito de todo o 
arsenal revistado
(Sierra, F. S. Organizaciones escolares. 
Zaragoza: Mira, 1999.)
Planejamento e Avaliação 
Educacional
•Existência de múltiplas 
possibilidades metodológicas e 
sua estrita dependência 
contextual 
•Desperdiça-se a oportunidade de 
ensaiar nexos de pertinência e 
também não se experimenta, não 
se exploram ideias, não se 
exercita a criação
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Subtemas
•As ideias têm derivado de uma 
cultura empresarial
•Os paradigmas da utilidade
•A natureza de qualquer gestão 
•A possibilidade de redimir tal 
atitude 
•Até que ponto o nosso quadro de 
valores, paixões e propósitos 
maiores poderia servir-se de 
táticas ágeis de gestão sem se 
destituir, ou mesmo, poderia 
aderir a conceitos de utilidade 
sem renunciar, sem resistir, sem 
execrar a sua essência
Jogo Social X Contexto 
Escolar 
•Modelo operativo 
•Envolvimento dos professores 
•Exigências das organizações 
escolares futuras
•Processos de aprendizagem 
organizacional
•Memória organizacional 
•Linhas de investigação 
•Autonomia de uma escola que se 
pretende construir, aprendendo 
a planejar e avaliar
Variáveis para Avaliação do 
Sistema Educativo sob o 
Ângulo do Modelo Operativo
•Variáveis de: 
 contexto 
 recursos
 processos
 resultados
Aspectos Importantes 
Capazes de Revelar o 
Estado e o Funcionamento 
do Sistema Educativo na 
Ótica da Gestão:
a) permite estabelecer a eficácia 
do sistema
b) a relação entre processos e 
recursos permite estabelecer a 
eficiência do sistema
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c) a relação entre resultados e 
recursos permite estabelecer o 
rendimento do sistema
d) as variáveis do contexto atuam 
modulando as relações 
anteriores e permitem a 
interpretação 
contextualizada da 
pertinência do sistema em 
ação
Fullan e Hargreaves
“[...] não há oportunidades nem 
encorajamento suficientes para os 
professores atuarem em conjunto, 
para aprenderem uns com os 
outros e para melhorarem sua 
qualificação como uma 
comunidade.”
(Fullan, M.; Hargreaves, A. A escola como 
organização aprendente: buscando uma 
educação de qualidade. Porto Alegre: 
Artmed, 2000.)
Situações Problemáticas 
Básicas
• Sobrecarga de trabalho docente 
• Isolamento e individualismo 
profissional 
• ‘Pensamento de grupo’ 
•Competência não utilizada e 
incompetência negligenciada
• Limitação do papel do 
professor 
•Reformas fracassadas
Problemas Educacionais
•Complexos 
•Os prazos sempre estão fora da 
realidade
•As tendências a modismos e 
soluções rápidas são frequentes 
•As soluções adotadas são 
parciais
•Os sistemas de apoio não são 
acionados
•A não participação nas mudanças 
desmotiva e aliena os 
professores
Dispositivo da Autonomia
Professores bem preparados e 
motivados, e com oportunidade 
de decidir concretamente, podem 
minimizar os problemas acima 
arrolados e outros que 
caracterizam nossas realidades 
em cada caso.
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Exigências das Organizações 
Escolares Futuras
•Duvidar do modelo de escola que 
serve ao gabarito das avaliações 
que vêm sendo praticadas: é a 
escola que não reprova, não 
permite repetência e 
que inculca atitudes e 
conteúdos determinados
Que exigências se apresentam às 
escolas para o futuro?
Bolívar
I. Planejamento criativo 
II. Conhecimento válido e 
utilizável 
III.Ações de negociações e 
cooperativas com compromisso 
internalizado a longo prazo
IV. Aumentar a compreensão da 
complexidade das mudanças
•Serve-nos aqui, ainda, a tese de 
Bolívar, que traz o argumento da 
distribuição social da 
informação e sua 
interpretação coletiva como 
fator que provê a cultura da 
organização que aprende
(Bolívar, A. Los centros educativos como 
organizaciones que aprenden: promesas y 
realidades. Madrid: La Muralla, 2000. 252 p.)
Na Aprendizagem Coletiva
•Discussões frequentes e informais 
•Experiências com novas práticas 
• Planejamento conjunto de novos 
enfoques didáticos
• Partilha de informações e de 
ideias
•Observação de práticas dos outros 
• Intercâmbio de feedback
•Disseminação de novas 
estratégias
•Reuniões docentes com exercício 
de práticas pedagógicas
•Reflexão com os colegas sobre 
objetivos individuais e 
institucionais e sobre planos de 
desenvolvimento
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•Reflexões coletivas sobre as 
práticas habituais com apoio de 
leituras profissionais, 
investigação partilhada sobre 
informações e estratégias, além 
de participação conjunta em 
oficinas de aprendizagem
Memória Organizacional
• Tudo começa do zero, ou quase 
zero, a cada ano
•Não ocorre a apropriação da 
experiência por socialização
•Conhecimentos dominados e 
práticas vivenciadas não se 
consolidam e não entram em ação 
• Acontece a migração de 
professores pela rede 
• Inexistência do registro consagra 
a desmemoriação do trabalho 
pedagógico e da vida escolar
•Aparentemente, as vivências e os 
conhecimentos adquiridos 
‘evaporam’
•A preservação da memória 
organizacional é fundamental 
para a instituição 
que quer planejar
Para Weick e Robert, citados 
por Bolívar
“[...] a memória organizacional 
seria o conjunto coletivo de 
pautas de inter-relação de fatos e 
ações, que podem ser 
internalizados e recapitulados 
pelos indivíduos em formas mais 
ou menos adequadas. (...)
(...) Se estas pautas comuns de 
inter-relações são visíveis, 
modeladas, vividas em histórias 
compartidas, há, então, um estilo 
de responder que pode ser 
aprendido e recordado.”
Planejar e avaliar no âmbito da 
escola, sem o respaldo da 
memória organizacional, com 
certeza impede o alcance de todas 
as possibilidades de progresso 
institucional.
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Década de 1990
•A escola é uma organização 
que aprende
•Quando os membros de uma 
organização adquirem 
informação do ambiente e têm 
capacidade para gerar respostas 
adequadas
Estratégias de Mudança
1. A escola é a unidade da 
mudança
• Cada escola é única, e não 
deve ser tratada de modo 
uniforme: é o ponto da união 
crítica da política educacional, 
das demandas de seu contexto 
e da aprendizagem de alunos e 
professores
• As prioridades devem ser 
determinadas pela própria 
escola
• Deixa de ser um objeto a sofrer 
mudança para se constituir no 
centro da mudança
2. Mais do que implementar 
propostas externas, deve 
representar uma oportunidade 
de aprendizagem para todosos seus integrantes, não 
apenas para os alunos
3. O foco da mudança são as 
condições internas da escola
4. O desenvolvimento da escola 
depende da mobilização da 
energia interna, de modo a 
gerar competências e 
capacidades próprias
5. Enfoque sistêmico da mudança. 
As estratégias de inovação são 
diversas e devem integrar-se
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6. Sua institucionalização. Não 
basta planejar e colocar em 
prática uma mudança; é 
preciso que esse processo 
passe a formar parte dos 
modos habituais
7. O desenvolvimento profissional 
do professorado insere-se em 
seu contexto de trabalho. Daí 
prever espaços de formação, 
conectando-os com as questões 
e a prática que levam ao 
desenvolvimento da escola
8. Cumprimento das metas 
educacionais mais 
eficientemente. Tudo o que 
precisar ser realizado, 
transformado, deve convergir 
para a missão última da escola, 
que é a melhoria da 
aprendizagem dos alunos
•A máxima importância à 
capacitação para a autogestão 
da mudança e para o sentido de 
mudança como um processo de 
aprendizagem compartilhada
Síntese
•O conjunto de variáveis 
(contexto, recursos, processos, 
resultados) e suas relações 
(eficácia, eficiência, rendimento 
e pertinência)
•A oportunidade e efetividade do 
envolvimento docente
•Os desafios para a escola em 
uma visão de futuro
•A necessidade de desenvolver a 
aprendizagem organizacional e a 
organização e preservação da 
memória organizacional, com o 
sentido de consolidar um estilo 
de responder à realidade que 
pode ser aprendido e recordado