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Regulamentacao da EF no Brasil

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25/10/2015 CONFEF ­ Conselho Federal de Educação Física
http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=16 1/6
Domingo, 25 de outubro de 2015 Fale conosco
História
Regulamentação da Educação Física no Brasil
Elaboração de medidas legais e a criação de um conselho
O processo da regulamentação e criação de um Conselho para a Profissão de Educação Física, teve início nos anos quarenta. A
iniciativa partiu das Associações dos Professores de Educação Física – APEF´s – localizadas no Rio de Janeiro, Rio Grande do
Sul e São Paulo. Juntas fundaram a Federação Brasileira das Associações de Professores de Educação Física – FBAPEF, em
1946.
A  História  da  regulamentação  da  profissão  de  Educação  Física  no  Brasil,  pode  ser  dividida  em  três  fases:  a  primeira
relacionada aos profissionais que manifestavam e/ou escreviam a respeito desta necessidade, sem contudo desenvolver ação
nesse sentido; a segunda na década de 80 quando tramitou o projeto de lei relativo à regulamentação sendo vetado pelo
Presidente da República. E a terceira vinculada ao processo de regulamentação aprovado pelo Congresso e promulgado pelo
Presidente da República em 01/09/98, publicado no Diário Oficial de 02/09/98.
A intenção de se criar uma Ordem ou um Conselho ocorreu nos idos da década de 50. Os saudosos professores Inezil Penna
Marinho, Jacinto Targa e Manoel Monteiro apresentaram esta idéia e defendiam sua importância, fazendo paralelo sempre
com as demais profissões regulamentadas, a Ordem dos Advogados ou o Conselho dos Médicos, sem, no entanto tomarem
qualquer ação efetiva no sentido de consolidar a proposta.
Hoje entende­se ter sido em virtude de na época os profissionais atuarem prioritariamente em unidades escolares, os cursos
serem exclusivamente de licenciatura e os currículos voltados essencialmente à formação de profissionais para atuarem no
ensino formal. Historicamente, a área era responsável por oferecer profissionais a um mercado pré­determinado: a escola. O
fato da profissão de Professor não ser regulamentada, torna incoerente desmembrar a Educação Física.
Como  exemplo  dessa  preocupação  podemos  citar  o  III  Encontro  de  Professores  de  Educação  Física,  organizado  pela
Associação dos Professores de Educação Física da Guanabara, na cidade do Rio de Janeiro, em 1972. Apresentam então, em
uma de suas recomendações aprovadas, a proposta de criação dos Conselhos Regionais e Federal de Educação Física, em que
se destaca o seguinte registro deliberativo:
4º. Tema: Conselhos Regionais e Federal dos Titulados em Educação Física e Desportos:
1) É de interesse dos titulados em Educação Física e Desportos a criação dos Conselhos Regionais e Federal, reguladores da
profissão.
2)  O  código  de  Ética  profissional  é  fundamental  para  as  relações  de  trabalho  entre  os  titulados  em  Educação  Física  e
Desportos, tanto na área particular, como na oficial.
3) Os participantes do III Encontro dos Professores de Educação Física, ratificam o trabalho que foi executado no encontro
anterior, sobre o problema da criação dos Conselhos Regionais e Federal dos titulados em Educação Física e Desportos,  e
solicitam providências junto às autoridades do executivo e legislativo federal.
Contudo,  somente  em meados  dos  anos  80  são  efetivamente  identificadas  as  ações  para  a  apresentação  do  projeto  de
regulamentação da profissão ao legislativo.
Assim, fica clara a questão da regulamentação ser uma velha aspiração da categoria profissional. Algo debatido e discutido
desde  os  anos  50  em  diversos  eventos,  pelos  formadores  de  opinião,  pelos  notáveis  da  área  e  pelas  IES,  tendo  se
transformado em ação efetiva apenas a partir da década de 80, quando então encontramos a questão da regulamentação
profissional sendo efetivamente debatida e ações concretas dinamizadas. 
No início dos anos oitenta resgata­se a Federação Brasileira das Associações dos Professores de Educação Física ­ FBAPEF. 
Mediante uma atuação dinâmica e democrática motiva o surgimento de Associações de Professores de Educação Física –
APEFs, em praticamente todos os Estados da União. 
Nos Estados: Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo dentre outros, ao longo da década
de  oitenta,  as APEFs  promoveram diversos Congressos. O  objetivo  era  discutir  os  rumos  da  disciplina  e  da  profissão.  A
necessidade de consolidar e conquistar a regulamentação recebeu aprovação em todos os estados.  
Podemos  deduzir  que  a  segunda  fase  teve  início  na  reunião  entre  os  diretores,  professores  e  estudantes  de  Escolas  de
Educação Física, realizada no dia 22 de novembro de 1983, na FUNCEP, em Brasília­DF, cujo propósito foi discutir sobre a
problemática  da  atuação  profissional  em  Educação  Física”,  visando  a  criação  de  um  órgão  orientador,  disciplinador  e
fiscalizador do exercício profissional”.
Nesta  reunião,  coordenada  pelo  Prof.  Benno  Becker,  à  época, membro  da  Comissão  de  Pesquisa  em  Educação  Física  e
Desportos do MEC­COPED, diretor das escolas de Educação Física da FEEVALE, Novo Hamburgo, RS, e secretariada pelo Prof.
Laércio Pereira, o Prof. Benno apresentou um projeto elaborado, tendo como base os projetos de conselho regionais e federais
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25/10/2015 CONFEF ­ Conselho Federal de Educação Física
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da psicologia e medicina. Após discussão e debate, o projeto de lei foi aperfeiçoado (Leia a íntegra da ata da reunião).
Chegaram ao acordo, que a proposta seria de criação de Conselho dos Profissionais de Educação Física. Nesta oportunidade
todos os presentes foram alertados a respeito da tramitação que o projeto teria na Câmara dos Deputados e da necessidade
de cada um mobilizar os representantes políticos de cada estado, para a defesa e o acompanhamento do projeto. Designaram
os Professores Benno Becker e Antônio Amorim para encaminhamento do projeto de lei ao poder legislativo.
O Projeto, já aperfeiçoado, foi apresentado pelo Prof. Benno Becker no encontro de diretores e/ou representantes de Escolas
de Educação Física do Brasil, encontro este comemorativo dos cinqüenta anos das Escolas de Educação Física da Universidade
de São Paulo, cuja comissão executiva dos festejos era presidida pelo Prof. Walter Giro Jordano, quando na realização do
debate sobre os temas “Criação de Conselhos Federal e Regionais de Educação Física” e “Regulamentação da Profissão”,
realizado no dia 16 de março de 1984, às 15 horas, na sede da Escola de Educação Física na Universidade de São Paulo.
Do ano de 1984 em diante, iniciou de fato, ações concretas para a regulamentação da profissão.
A FBAPEF, que estava desativada, é resgatada quando durante o II Congresso de Esporte Para todos – EPT, na cidade de Belo
Horizonte,  em  julho  de  1984,  é  realizada  a  Assembléia Geral  da  FBAPEF  e  eleita  a  diretoria  para  reiniciar  a  gestão  da
entidade. Nesta ocasião dentre alguns pontos, é discutida a questão da  regulamentação da profissão e deliberado que a
entidade deve envidar todos os esforços nesse sentido. O Prof. Dr. Inezil Penna Marinho informa sobre a impossibilidade de se
criar Ordem ouConselhos de professor de Educação Física, em razão de ser esta, substantiva da função de Professor. 
Então,  o  eminente  professor  propõe  que  seja  modificado  o  nome  designatório  de  nossa  atividade  profissional  para
“Cineantropólogo”;  “Antropocinesiólogo”;  Kinesiólogo”  ou  “Antropocineólogo”.  A  categoria  foi  consultada,  e  eles  não
concordaram com a mudança do termo. Culturalmente e tradicionalmente, a designação do profissional nas intervenções na
área  dos  exercícios  físicos  e  desportivos,  é  Professor  de  Educação  Física.  Identificado  o  impasse,  surgiu  a  proposta  de
designarmos o  interventor como “Profissional de Educação Física”. Designação aceita para vencer o  impasse  legal. Desta
forma, passou­se a defender a regulamentação do Profissional de Educação Física.
Paralelamente,  em  1984  foi  apresentado  o  Projeto  de  Lei  4559/84,  pelo  Deputado  Federal  Darcy  Pozza  à  Câmara  dos
Deputados. Dispunha sobre o Conselho Federal e os Regionais dos Profissionais de Educação Física, Desporto e Recreação.
Foi, oficialmente, o primeiro projeto de regulamentação da profissão.
Em praticamente todas as  instâncias deliberativas, até então, das APEFs e nos Congressos da FBAPEF, as decisões eram
sempre no sentido da  luta pela regulamentação. De acordo com o trâmite do projeto de apresentação de propostas para
apresentação de substitutivos. 
O PL 4559/84 foi aprovado pelo Congresso Nacional, em dezembro de 1989, sendo vetado pelo Presidente da República, José
Sarney. Isso ocorreu no início do ano de 1990, baseando­se em parecer exarado pelo Ministério do Trabalho.
Em razão dessa decepção, as APEFs entram em colapso. O processo de desativação ocorreu inclusive no congresso da FBAPEF
de 1990. 
No início de 1994, grupos de estudantes de Educação Física preocupados com o crescente aumento de pessoas sem formação
atuando no mercado emergente (academias, clubes, condomínios, etc.), procuraram a APEF­RJ. A APEF então, reafirmou a
posição de que para impedir tal abuso, fazia­se necessário um instrumento jurídico que determinasse serem os egressos das
escolas de educação física, os profissionais responsáveis pela dinamização das atividades físicas.
Portanto, era requerido para regulamentar a profissão: um novo movimento e mobilização da categoria; a adesão de algum
político para apresentar o projeto de lei e todo o desgaste que representaria tal questão, ao longo do trâmite do projeto na
Câmara e no Senado.
No Rio de Janeiro, o problema se agrava. De maneira bastante informal, percebeu­se que era latente entre os estudantes, a
questão do egresso dos cursos de Educação Física. Crescia o interesse em tomar providências para reverter a situação.
Com o crescimento do interesse, a questão é debatida pela diretoria da Associação dos Professores de Educação Física do Rio
de  Janeiro.  Trava­se  o  debate  a  respeito  da  propriedade  e  surge  a  oportunidade  de  iniciar  uma  nova  luta  pela
regulamentação. 
Em princípio, buscou­se a FBAPEF para desenvolver o processo via  instituição representativa da categoria profissional. As
diversas deliberações da entidade e das APEFs dependiam de aprovação. Porém, percebia­se um certo marasmo nas ações
em prol da regulamentação. Por esse motivo, os Professores: Jorge Steinhilber, Sergio Kudsi Sartori, Walfrido Jose Amaral e
Ernani Contursi, decidem lançar o Movimento em Prol da Regulamentação. O Movimento não tinha a participação de um
órgão  formalmente  constituído.  Havia  uma  rede  de  comunicação,  informação,  mobilização  e  adesão.  Era  aberta  a
participação  de  órgãos,  instituições, meios  de  comunicação,  profissionais  e  estudantes.  Seu  caráter  era  pluripartidário  e
democrático.
Em Janeiro de 1995, durante a realização do congresso da FIEP em Foz do Iguaçu, o “Movimento pela regulamentação do
Profissional de Educação Física” foi lançado na abertura do evento, após contar com a aprovação e adesão do delegado geral
da FIEP no Brasil, Prof. Almir Gruhn e do Vice­Presidente, Prof. Manoel José Gomes Tubino. Vale ressaltar que a posse solene
dos membros conselheiros do 1º Conselho de Educação Física, ocorreu neste mesmo congresso.
O Prof. Jorge Steinhilber proferiu conferência de abertura do Congresso, anunciando que a assembléia da Federação Brasileira
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das Associações de Profissionais de Educação Física aprovara a proposta de regulamentação da profissão, e que lançava o
“Movimento”  como mola  propulsora  da  regulamentação  e  como  centro  da  rede  de  divulgação  e mobilização,  que  seria
necessária para esclarecimento e adesão nacional a respeito da questão.
O  lançamento  da  proposta  foi  alvo  de  longos  aplausos,  por  parte  dos mais  de mil  e  quinhentos  presentes  à  abertura,
demonstrando que a questão recebia apoio e aprovação dos Profissionais de Educação Física. Após a conferência, o presidente
da FIEP pronunciou­se, em apoio ao Movimento pela regulamentação da profissão.
A primeira ação e difusão nacional do “Movimento” deu­se na reunião em que o Prof. Jorge Steinhilber participou com os
delegados da FIEP ( a FIEP possui delegados em praticamente todos os estados da União). Na oportunidade consolidou­se a
primeira  aprovação  nacional.  Os  delegados  assumiram  o  compromisso  de  divulgar  a  proposta,  esclarecer  no  que  fosse
possível, em seus respectivos estados, e divulgar, de todas as formas possíveis.
A segunda ação foi o envio de correspondência às direções das Instituições de Ensino Superior de Educação Física, informando
a  respeito  da  importância  e  necessidade  de  regulamentarmos  a  profissão,  apresentação  do  “Movimento”  e  abertura  de
possibilidade da adesão ao mesmo, solicitando que a questão fosse divulgada e que estes promovessem discussões, debates
e esclarecimento a respeito, junto ao corpo docente e discente.
 Assim foi lançado o “Movimento nacional pela regulamentação do Profissional de Educação Física”, no início do ano de 1995.
Seguem algumas ilustrações do movimento:
Figura 1: Teia de colaboradores do “Movimento nacional pela regulamentação do Profissional de Educação Física”.
Figura 2: Arte "Regulamentação Já".
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Para  deflagrar  o  processo  formalmente,  o  Deputado  Federal  Eduardo  Mascarenhas  apresenta  o  projeto  de  lei  relativo  à
regulamentação da profissão. Projeto de número 330/95, na Câmara dos Deputados.
Durante  o  período  de  discussão  do  texto  do  projeto  de  lei,  surgiu  a  dúvida  se  contemplaria  amplamente  a  categoria
profissional. O argumento era de que o texto apresentado seria embrionário. Precisava ser analisado por três Comissões na
Câmara, onde poderia receber substitutivos e ser totalmente modificado. Vale ressaltar o fato de que o texto apresentado,
suscitaria maiores discussões no âmbito da categoria profissional. Assim, oportunizaria a construção. Ao final do trâmite na
Câmara,  com  o  projeto  devidamente  analisado,  debatido,  refletido,  estudado,  consultado  e  pesquisado,  optou­se  pela
apresentação por parte do Deputado Federal. O projeto deveria ser apresentado imediatamente.
Durante o ano de 1995 o projeto foi analisado pela Comissão de Educação, Cultura e Desporto. As instituições de ensino,
órgãos públicos relacionados com a área e notórios profissionais de Educação Física foram consultados. Todos favoráveis à
regulamentação, sendo que algumas pessoas contestam o processo e o texto do projeto.
Em novembro de 1995, substitutivo ao projeto de lei, é aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
No  início do ano de 1996, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público, o Deputado Federal Paulo Paim, é
designado relatordo projeto. 
O  Deputado  informou  que  a  Comissão  de  Trabalho,  Administração  e  Serviço  Público,  em  princípio,  era  contrária  às
regulamentações de profissões tendo traçado algumas recomendações que deveriam ser comprovadas para a apreciação do
nosso projeto:
 Recomendações para a elaboração de projetos de lei destinados a regulamentar exercícios de profissões:
1.  Em razão da liberdade para o exercício de ofícios ou profissões estabelecidas pela Constituição Federal em seu art. 5º,
inciso  XIII,  a  elaboração  de  projetos  de  lei  destinados  a  regulamentar  o  exercício  profissional  deverá  atender,
cumulativamente, os seguintes requisitos:
1.1­      Imprescindibilidade  de  que  a  atividade  profissional  a  ser  regulamentada  ­  se  exercida  por  pessoa  desprovida  da
formação  e  das  qualificações  adequadas  ­  possa  oferecer  risco  à  saúde,  ao  bem­estar,  à  segurança  ou  aos  interesses
patrimoniais da população;
1.2­   A  real necessidade de conhecimentos  técnico­científicos para o desenvolvimento da atividade profissional,  os quais
tornem indispensáveis à  regulamentação;
1.3­  Exigência de ser a atividade exercida exclusivamente por profissionais de nível superior, formados em curso reconhecido
pelo Ministério da Educação e do Desporto;
2­  Indispensável se torna, ainda, com vistas a resguardar o interesse público, que o projeto de regulamentação não proponha
a  criação  de  reserva  de mercado  para  um  segmento  de  determinada  profissão  em  detrimento  de  outras  com  formação
idêntica ou equivalente”.
Em  audiência  com  o  relator,  o  Coordenador  Nacional  do  Movimento,  Jorge  Steinhilber,  defendeu  que  as  proposições
regulamentadoras atendem a esse mínimo de requisitos  tendo condições de resultar em  lei eficaz. Foi definido que seria
realizada audiência pública para tratar da questão.
Até  o  dia  17  de  outubro  de  1996  (audiência  pública),  o  Deputado  Paulo  Paim  consultou  as  Instituições  formadoras  de
profissionais de Educação Física, entidades, órgãos públicos, profissionais e estudantes de Educação Física. 
Em  praticamente  todos  os  eventos  relativos  à  área  (congressos,  seminários,  convenções  e  outros)  foram  promovidas
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conferências, debates e mesas redondas relativas à regulamentação. Nas Escolas de Educação Física, estudantes promoviam
encontros de discussão a respeito da regulamentação. Nos Estados reuniam­se os diretores das Instituições para debaterem,
efetuarem consultas e apresentarem resultados. Todos foram favoráveis quanto à regulamentação com modificação no texto.
O Movimento Nacional pela Regulamentação do Profissional de Educação Física cresceu e se fortaleceu. Convocou a categoria
para enviar correspondências,  relativas a abaixo assinados  favoráveis à  regulamentação ao Deputado Paulo Paim, sendo
atendido. 
É importante ressaltar a reunião de diretores e representantes das Escolas de Educação Física, na Universidade Católica de
Campinas convocadas pelo Instituto Nacional do Desenvolvimento do Desporto ­ INDESP. O objetivo era que conhecessem as
propostas do Instituto, uma vez que, por  iniciativa dos presentes,  levantava­se a questão da regulamentação.   O abaixo
assinado favorável à regulamentação, foi assinado por 97% dos presentes.
Em 17 de outubro de 1996, às 10 horas, no plenário da Comissão de Trabalho, Administração e Serviços Públicos, o Deputado
Paulo Paim abre a audiência pública. Pelo estabelecido, o Professor Jorge Steinhilber proferiu explanação histórica sobre a
regulamentação e sua importância. Em seguida, o representante do INDESP confirmou o teor de correspondência favorável à
regulamentação, outrora encaminhada à Comissão de Educação, Cultura e Desporto.
Depois,  o  Professor  Roberto  Lial,  Presidente  da  FBAPEF  informou  que  no  Congresso  de  1994,  os  presentes  deliberaram
favoravelmente à regulamentação. Seguindo, o Deputado Paulo Paim ouviu um por um os presentes sendo marcante o fato
de  que  todas  as  entidades  apresentaram­se  favoráveis  à  regulamentação.  Um  grupo  de  profissionais  e  estudantes
manifestaram­se contrários em relação ao  texto do projeto. A diretoria do CBCE e a diretoria da Executiva Nacional dos
Estudantes apresentaram­se contra a proposta.
Após ouvir todos os presentes e assinalar os respectivos votos, pronunciou­se o Deputado Eduardo Mascarenhas. Ao final, o
Deputado  Paulo  Paim  apresentou  uma  caixa  com  milhares  de  correspondências  que  recebera  informando  serem  99%
favoráveis à regulamentação. Devido relatos dos presentes e votos favoráveis, estava claramente definido ser a categoria
profissional favorável à regulamentação. Havia somente reticências em relação ao texto. Assim, sua decisão era favorável à
questão. Instituiu grupo de trabalho para que no prazo de 20 dias, fosse apresentado o texto com as propostas apresentadas. 
Exigiu que os presentes enviassem suas sugestões. O Grupo de Trabalho apresentou novo texto.   O relator o apresentou
como substitutivo.
Todavia, não houve tempo hábil do substitutivo do Deputado Paulo Paim ser apreciado na Comissão em 1996. O motivo, foi o
recesso de final de ano.
Em 1997, o Deputado Paulo Paim é galgado à mesa Diretora da Câmara, retirando­se da Comissão. Assim, teve início o
processo de negociação para que o novo relator absorvesse todo o processo democrático levado a efeito pelo Deputado Paulo
Paim. Acordou­se com o Deputado Federal Paulo Rocha (PT/PA), que por ser do mesmo partido e das mesmas convicções de
Paulo Paim, concordou em apresentar o substitutivo construído das propostas oriundas da categoria profissional.
Mesmo assim foi moroso o trâmite. Primeiramente a devolução do projeto à Comissão, levada a efeito em 30 de maio de
1997, em seguida sua inclusão em pauta. O Deputado Sandro Mabel (PSDB/GO), líder do governo na Comissão, informava
ser favorável ao projeto, mas, não o liberava para a pauta. Informava que o entrave partia do Ministério do Trabalho.
Foi  levada a efeito a gestão,  junto ao Secretário Executivo do Ministério do Trabalho. Na oportunidade  foram  tiradas as
dúvidas do Ministério. Sinal verde para o projeto ser incluído na pauta da Comissão.
Em 22 de outubro de 1997 o Projeto, com substitutivo, é aprovado por unanimidade em reunião ordinária e remetido para a
Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.
O projeto é analisado nesta Comissão até o dia 09 de junho de 1998, quando é considerado constitucional e aprovado por
unanimidade pronto para a ordem do dia.
Na  sessão plenária  de 30 de  junho de 1998 da Câmara dos Deputados,  o  projeto de  lei  330/95 é debatido,  apreciado e
aprovado  com  parecer  favorável  de  todos  os  oradores.  Inclusive,  foi  feita  uma  homenagem  ao  Deputado  Eduardo
Mascarenhas, que havia falecido. 
Nas palavras da Deputada Telma de Souza (PT­SP):
“Sr.  Presidente,  prestando  homenagem  ao  nosso  companheiro  já  falecido,  Eduardo  Mascarenhas,  ressalto  o  esforço  da
votação  do  Substitutivo  do  Deputado  Paulo  Rocha  e  o  incansável  vigor  da  Deputada  Laura  Carneiro  para  que  todas  as
Lideranças  desta Casa  encontrassem um denominador  comum que aprovasse  essa  iniciativa  Parlamentar  que muito  nos
honra”.
A partir de primeiro de julho de 1998 o projeto de lei passa a ser analisado e apreciado pelo Senado.
No dia seguinte, 13 de agosto de 1998, o projeto foi incluído na ordem do dia do Senado. Após alguns momentos de tensão,
em razão de possíveis emendas ao Projeto de Lei, o Professor Jorge Steinhilber, reunido com a Deputada Laura Carneiro e
Senadores,  firma  acordo  para  possibilitar  a  aprovação  do  Projeto  de  Lei  nesta  sessão.  Após  algumas manifestações  de
parlamentares, e um longo e brilhante discurso do Senador Francelino Pereira,o projeto foi aprovado por unanimidade e
25/10/2015 CONFEF ­ Conselho Federal de Educação Física
http://www.confef.org.br/extra/conteudo/default.asp?id=16 6/6
encaminhado à sanção presidencial.
Em 1º de Setembro de 1998, o Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, sanciona a lei 9696/98, publicada no
Diário Oficial da União em 02/09/98.
Figura 3: Diário Oficial da União (Clique na imagem para ampliar).
No dia 08 de novembro do mesmo ano na cidade do Rio de Janeiro, a Federação Brasileira das Associações de Profissionais de
Educação Física  (FBAPEF) elegeu os primeiros membros do Conselho Federal de Educação Física  (CONFEF), estes eleitos
pelas  Associações  de  Professores  de  Educação  Fisica  ­  APEFs  e  Instituições  de  Ensino  Superior  em  Educação  Física.  Na
ocasião, o Prof. Jorge Steinhilber, então presidente do Movimento Nacional pela Regulamentação do Profissional de Educação
Física, apresentou a chapa dos Conselheiros, sendo aprovada por todos os presentes. 
Foram eleitos os seguines 18 primeiros Conselheiros Federais de Educação Física: Alberto dos santos Puga Barbosa, Almir A.
Gruhn, Antonio Ricardo C. de Oliveira, Carlos Alberto O. Garcia, Edson Luiz Santos Cardoso, Flávio Delmanto, Gilberto José
Bertevello, João Batista A. Gomes Tojal, Jorge Steinhilber, Juarez Muller, Laércio Elias Pereira, Manoel José Gomes Tubino,
Marcelo F. Miranda Marino Tessari, Paulo Robertto Bassoli, Renato M. de Moraes, Sérgio K. Sartori, Walmir Vinhas.
A posse solene dos primeiros membros do CONFEF foi realizada no dia 10 de janeiro de 1999, na abertura do 14º Congresso
Internacional de Educação Física da FIEP, em Foz do Iguaçu­PR, como agradecimento ao apoio da Federação ao Movimento
da Regulamentação, cerca de 1.500 congressistas presenciaram este acontecimento histórico.
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