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Administração Pública | Noções 1 Noções: Administração Pública Capítulo 1 Conceito: A Administração é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas usadas para administrar. O termo "administração" vem do latim administratione, que significa direção, gerência. Ou seja, é o ato de administrar ou gerenciar e pode se referir tanto a negócios, pessoas ou recursos, e tem o objetivo de alcançar metas definidas. É fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas para disciplinar os fatores de produção, tendo em vista o alcance de determinados fins como maximização de lucros, na esfera privada, ou adequada prestação de serviços públicos, no âmbito da administração pública. Conforme afirma Maximiano: “pressupõe a existência de uma instituição a ser gerida, ou seja, uma organização constituída de pessoas e recursos que se relacionem num determinado ambiente, orientadas para objetivos comuns”. O processo de administrar é constituído essencialmente na tomada de decisões, na melhor maneira de combinar os objetivos, atividades e recursos, por meio do planejamento, da organização, da direção o também do controle. Desse 2 modo, podemos afirmar que esses são os processos mais importantes da Administração: Controle • Planejamento – é o processo de definir previamente os objetivos, as atividades e os recursos; onde são respondidas as questões acerca das decisões a serem tomadas como: quais são os objetivos, o prazo para serem realizados, os resultados esperados, entre outros. • Organização – processo de dividir o trabalho a ser realizado, as responsabilidades, o poder de decisão e comando; trata-se da distribuição dos recursos de acordo com um determinado critério; o processo de organização dá origem a uma determinada estrutura organizacional. • Direção – processo de garantir a execução das atividades que foram planejadas. • Controle – É o processo em que se assegura o cumprimento dos objetivos, e caso severifique que não estão 3 sendo cumpridos, deve-se analisar a necessidade de modifica-los. São também decisões sobre como medir o desempenho da organização, das pessoas, dos demais recursos. O controle é um processo que acaba gerando subsídios para o Administrador reiniciar novo ciclo de planejamento. A p r i n c i p a l t a r e f a d a A d m i n i s t r a ç ã o é a interpretação dos objetivos propostos pela organização, transformando-os em ação organizacional por meio do planejamento, organização, direção e controle dos esforços realizados nas diversas áreas em todos os níveis da organização, a fim de alcançar os objetivos da melhor maneira. A Teoria Geral da Administração estuda o processo de administração das empresas e demais tipos de organização, levando em conta a correlação entre cinco variáveis principais: •Tarefas – são as atividades que devem ser executadas para que os objetivos da organização sejam alcançados; •Estrutura – é a f o r m a p e l a qual serão organizados os recursos e de que maneira devem ser 4 distribuídos o trabalho e o poder de comando dentro da empresa • Pessoas – diz respeito ao comportamento humano dentro da empresa e de que maneira suas motivações subjetivas devem ser levadas em conta; •Tecnologia – representa o “estado da arte”, ou seja, os padrões técnicos a serem observados para que se alcance os melhores níveis de produtividade possíveis. •Ambiente – significa os impactos das ações da organização sobre as outras organizações que convivem com a mesma no quadro econômico-institucional, bem como o impacto dessas forças externas sobre a mesma. Os principais componentes no estudo da Administração são estas variáveis. As correntes de pensamento da Administração diferenciam-se, basicamente pois cada uma delas dá maior ênfase a uma (ou mais de uma) dessas variáveis. Não podemos considerar uma teoria superior a outra, deve-se levar em conta o contexto em questão. As mudanças ocorridas no início do século XXI, em vários âmbitos, como o econômico, político, social e tecnológico, levaram ao surgimento de conceitos e técnicas inovadoras para melhor administrar as organizações, essas novas técnicas e conceitos são chamados de novos paradigmas da Administração. Muitas teorias nascem nos momentos de mudanças de paradigmas, assim a 5 Administração está constantemente se renovando para se adequar as transformações. 6 Capítulo 2- Administração Pública O termo Administração Pública possui dois sentidos: Administração Pública como sendo um conjunto de órgãos públicos, autarquias e fundações, correspondendo a toda estrutura que forma o aparelho do Estado, com suas características e prerrogativas específica. Nesse sentido a Administração Pública é o campo de estudo do Direito Administrativo. O outro sentido do termo Administração Pública corresponde o modo de gestão do aparelho do Estado, isto é, a maneiro como são aplicados os processos de planejamento, organização, direção e controle pelas entidades que formam o Estado. É nesse sentido que estudaremos a Administração Pública. Portanto, a matéria “Administração Pública” se refere aos modos de gestão das organizações governamentais. A Administração Pública, também chamada de Gestão Pública, engloba um amplo campo do processo administrativo do Estado, sendo necessária a compreensão do seu processo evolutivo para melhor entendimento acerca das mudanças ocorridas nas organizações governamentais atualmente. O conceito adotado pelo Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado em 1995 para a administração pública foi o seguinte: “ todo o aparelho do Estado pré-orientado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas”. Este conceito corresponde com a nova 7 relação que deve existir entre a sociedade e o Estado, em que o cidadão é o contribuinte de impostos e é c o n s i d e r a d o u m a espécie de “cliente” dos seus serviços. Desse modo, é preciso destacar que o estudo da Administração Pública está centrado nos problemas relativos ao modo de se conduzir as ações dentro das entidades governamentais voltadas para o atendimento das necessidades coletivas. Convergência e divergências entre gestão pública e gestão privada Convergências entre a gestão pública e a gestão privada Um ponto em comum é que tanto as organizações públicas quanto as privadas necessitam da aplicação dos processos administrativos já mencionados, quais sejam o planejamento, organização, direção e controle. Um outro ponto semelhante é que encontramos nas organizações públicas questões relativas ao estudo da Administração (voltada para as organizações privadas), como por exemplo: Finanças, orçamento, prestação de serviços, recursos humanos entre outras. Além disso, atualmente, percebe-se que as organizações públicas seguem uma tendência em incorporarem algumas técnicas em seu gerenciamento diário tradicionalmente empregadas nas organizações privadas. 8 Divergências entre a gestão pública e a gestão privada Inicialmente, cabe ressaltar que como o próprio nome indica as organizações públicas se situam no âmbito do Estado, que possui soberania e poder extroverso. A soberania é a capacidade de se autodeterminar, e o poder extroverso pode ser caracterizado por sua capacidade de gerar obrigações unilateralmente para os outros entes sociais. Na Administração Pública o modo de criação, extinção ou alteração da pessoa jurídica são realizados por meio de leis, já na gestão privada a criação, extinção ou alteração se dá através de instrumento contratual ou societário. Na gestão pública a forma de obtenção de recursos para o funcionamento da organização corresponde as receitas derivadas de tributos, que possuem caráter compulsório. Já no âmbito privado, corresponde as receitas derivadas de pagamentos dos clientes, os consumidores. A gestão públicatem como destinatário das ações empreendidas pela organização o cidadão, a gestão privada tem como destinatário o cliente. Uma outra divergência é quanto a subordinação ao ordenamento jurídico. Enquanto que para a Administração Pública tudo o que não está juridicamente ou legalmente determinado está proibido, para a Administração Privada o que não está juridicamente proibido está juridicamente facultado ou permitido. 9 Quanto ao mecanismo de controle do desempenho dos dirigentes, na administração pública há o controle político, em que o cidadão elege periodicamente os governantes, no âmbito da administração privada há o controle realizado pelo Mercado, através da concorrência com outras organizações. Já quanto a garantia de sobrevivência das organizações, a Administração Pública possui tempo indeterminado, já que o Estado não vai a falência, como uma empresa privada pode ir, por isso mesmo o tempo de sobrevivência na Administração Privada depende da eficiência organizacional. Por fim, quanto ao processo de tomada de decisão, na Administração Pública as decisões são mais lentas, e têm influência de variáveis de ordem política, as políticas públicas de acordo com programa de governo, já na administração privada as decisões são mais rápidas, buscando racionalidade, políticas empresariais voltadas para objetivos de mercado. 2.1 Evolução dos modelos de gestão na Administração Pública O foco agora é a Administração Pública no Brasil, no que diz respeito a evolução histórica do modo pelo qual a gestão das organizações governamentais vem sendo praticada aqui no Brasil. O t e m a é i m p o r t a n t e d e v i d o a o f a t o d e q u e a Administração Pública em todo o mundo vem experimentando um processo de grandes 10 transformações, que teve início na década de 70, formado por um conjunto amplo de correntes de pensamento, que formam a chamada “Nova Gestão Pública” (do inglês NPM – “New Public Management”). Esse processo também ocorre no Brasil. Por isso, para poder entender o que é a gestão pública hoje, é n e c e s s á r i o analisar sua evolução ao longo das décadas. Nos últimos anos , em todo mundo , mui to d i scu t iu - se sobre o papel que o Estado deve desempenhar na vida contemporânea e o grau de intervenção que deve ter na economia. Nos anos 50, o economista Richard Musgrave enunciou as três funções clássicas do Estado: Função alocativa: prover os bens e serviços não adequadamente fornecidos pelo mercado Função distributiva: promover ajustamentos na distribuição da renda; Função estabilizadora: evitar grandes flutuações nos níveis de inflação e desemprego. De fato, entre o período que vai de 1945 (final da segunda guerra mundial) e 1973 (ano do choque do petróleo), a economia mundial teve uma 11 grande expansão econômica, tanto que este período passou a ser denominado de “era dourada”. Desenvolveu-se a figura do Estado- Provedor de bens e serviços, também chamado de Estado de Bem-Estar Social ou Welfare State. Ass im, como houve uma grande expansão do Estado , consequentemente, houve uma grande expansão da Administração Pública, com um crescimento importante dos custos de funcionamento da máquina pública. Foi a partir dos anos 70, que o ritmo de expansão da economia mundial diminuiu, e o Estado começou a ter problemas no desempenho de suas funções, e aos poucos foi perdendo a capacidade de atender às crescentes demandas sociais. Esta situação, somada a um processo de crescente endividamento público, ocasionaria mais tarde, principalmente nos anos 80, a chamada crise fiscal do Estado, que consistiu na perda de sua capacidade de realizar os investimentos públicos necessários a um novo ciclo de expansão econômica. Da crise fiscal passamos à crise de gestão do Estado, uma vez que a percepção dos cidadãos sobre a disponibilidade de serviços públicos se deteriora gradativamente, à medida que o Estado perde a capacidade de realizar suas funções básicas, e não consegue acompanhar as pressões crescentes por mais saúde, educação, segurança pública, saneamento, e outros serviços básicos. 12 Essa crise de gestão, na verdade, c o n s i s t e na tentativa de superar as limitações do modelo de gestão vigente até então, o chamado “modelo burocrático” (que iremos estudar adiante), transformando-o em algo novo, mais parecido como o modo de gestão do setor privado, o “modelo gerencial”, como é conhecido na área pública . Assim, a redefinição do papel do Estado é um tema de abrangência universal nos anos 90. No Brasil, essa questão adquiriu importância decisiva, considerando o peso da presença do Estado na economia nacional, sendo assim, tornou-se um tema constante a questão da reforma do Estado, já que ele não conseguia mais atender com eficiência a sobrecarga de demandas a ele dirigidas, principalmente na área social. De forma resumida podemos dizer que a Crise do Estado define-se como: 1. Uma crise fiscal, marcada pela deterioração crescente das finanças públicas, sendo o déficit público um fator de redução de investimentos na área privada; 2. Uma crise da maneira de intervenção do Estado na economia, com o esgotamento 13 da estratégia do Estado ; as empresas públicas não mais teriam condições de alavancar o crescimento econômico dos países; o paradigma do Estado interventor, nos moldes da economia Keynesiana estava cada vez mais ultrapassado; 3. Uma crise da forma de administrar o Estado, isto é, a superação da administração pública burocrática, rumo à administração pública gerencial. A principal repercussão destes fatos no Brasil foi a Reforma do Estado nos anos 90, cujos os pontos principais eram: 1. O ajuste fiscal duradouro, com a busca do equilíbrio das contas públicas; 2. A inovação dos instrumentos de política social, proporcionando maior abrangência e promovendo melhor qualidade para os serviços sociais; 14 3. A reforma da previdência social, buscando dar sustentabilidade à mesma, equilibrando-se os montantes de contribuições e benefícios; 4. A realização de reformas econômicas dirigidas para o mercado, que, acompanhadas de uma política industrial e tecnológica, garantissem a concorrência interna e também criassem as condições para o enfrentamento da competição internacional; 5. A reforma do Estado, m a s p r e c i s a m e n t e o a p a r e l h o d o Es t a d o , v i s a n d o aumentar sua "governança", ou seja, sua capacidade de implementar de forma eficiente as políticas públicas. A reforma do Estado envolve vár ios f a t o res . O ajuste fiscal devolveria ao Estado a capacidade de implementar e definir políticas públicas. Por meio da liberalização comercial, o Estado abandonaria a estratégia protecionista da substituição de importações. Nesse contexto, o programa de privatizações realizado nos anos 90 foi uma das 15 formas de se perseguir tais objetivos. Por esse programa, transferiu- se para o setor privado a tarefa da produção, j á q u e a c r e d i t a v a - s e q u e este, a princípio, realizaria tal atividade de forma mais eficiente. Finalmente, através de um programa de publicização, pretendia-se transferir para o setor público não-estatal a produção dos serviços competitivos ou não-exclusivos de Estado, estabelecendo uma parceria entre Estado e sociedade para seu financiamento e controle. Portanto, segundo a ideia da reforma, o Estado reduziria seu papel de executor ou provedor direto de serviços, mantendo-se, entretanto, no papel de regulador e provedor indireto ou promotor destes, principalmente dos serviços sociais como saúde e educação . Como promotor desses serviços, o Estado continuará a subsidiá-los, buscando, ao mesmo tempo, o controle social direto e a participação da sociedade. Nessa nova situação, procura-se o fortalecimento das funções de regulação e de coordenaçãodo Estado, particularmente no nível federal, e a progressiva descentralização vertical, para os níveis estadual e municipal, das funções executivas no campo da prestação de serviços sociais e de infraestrutura. Levando em conta essa tendência, pretende-se reforçar a governança, que d iz respe i to a capacidade de governo do Estado. Esse reforço a 16 governança ocorreria por meio da transição programada de um tipo de administração pública burocrática, ineficiente e rígida, voltada para ela própria e para o controle interno, para uma administração pública gerencial, eficiente e flexível, voltada para o atendimento do cidadão, melhorando a capacidade do Estado de implementar as políticas públicas, sem os limites, a rigidez e a ineficiência da sua máquina administrativa. 2.2 As três formas de Administração Pública No plano administrativo, a administração pública burocrática surgiu no século passado como uma forma de defender a coisa pública contra o patrimonialismo , cabe destacar que a Administração publica burocrática surgiu conjuntamente com o Estado liberal. Porém, na medida que o Estado assumia a responsabilidade pela defesa dos direitos sociais e a u m e n t a v a d e t a m a n h o , os custos dessa defesa passaram a ser mais altos que os benefícios do controle. Por isso, as práticas burocráticas vêm cedendo lugar a um novo tipo de administração, a chamada administração gerencial. Assim, na perspectiva histórica, pode-se afirmar que a administração pública evoluiu através de três modelos básicos: a administração pública 17 patrimonialista, a burocrática e a gerencial. Essas três formas se sucedem no tempo, sem que, no entanto, qualquer uma delas seja inteiramente abandonada. Vejamos cada uma delas: Administração Pública Patrimonialista: Nas sociedades anteriores ao Capitalismo e da Democracia, o Estado aparecia como um ente “privatizado”, já que não havia uma distinção clara entre o patrimônio público e o patrimônio privado dos governantes. Dessa forma, o aparelho do Estado funcionava como uma espécie de extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares possuíam status de nobreza real. Os cargos eram considerados prebendas, isto é, títulos passíveis de negociação, sujeitos à discricionariedade do governante. A corrupção e o nepotismo es t avam int imamente l igadas a esse tipo de administração. O foco da administração não era o atendimento das necessidades coletivas (da população), era voltada para os interesses particulares do soberano e de seus auxiliares. Porém isso tudo muda quando, no final do século XIX, o capitalismo e a democracia se tornam dominantes. Mercado e Sociedade Civil passam a se diferenciar do Estado. Neste novo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se inviável, já 18 que não fazia mais sentido um modelo de administração pública que privilegiava uns poucos em detrimento de muitos. As novas exigências de uma sociedade em transformação somado com o desenvolvimento econômico que se seguia, trouxeram a necessidade de reformulação do modo de gestão do Estado. Administração Pública Burocrática: Surge na segunda metade do século XIX, na época do Estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. São princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional- legal. A forma de controle é sempre a priori, ou seja, controle dos procedimentos, das rotinas que devem nortear a realização das tarefas. A partir de uma desconfiança prévia nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem suas diversas demandas sociais, é devido a isso que são empregados controles rígidos dos processos, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento aos cidadãos. Como consequência disto, os próprios controles se tornam o objetivo principal do funcionário. Assim, 19 o Estado acaba voltando sua atenção para s i mesmo, perdendo o foco de sua missão básica, que é servir à sociedade. A principal v a n t a g e m da administração pública burocrática é o controle dos abusos contra o patrimônio público; o principal desvantagem é a ineficiência, a incapacidade de voltar-se para o serviço aos cidadãos vistos como meros “clientes”. Cabe destacar que essa desvantagem não se revelou determinante na época do surgimento da administração pública burocrática porque os serviços do Estado eram muito reduzidos. O Estado apenas mantinha a ordem e administrava a justiça, e garantia os contratos e a propriedade. A desvantagem apenas começou a se tornar mais evidente a partir da ampliação da participação do Estado na vida dos indivíduos. Administração Pública Gerencial: Esse modelo surgiu na segunda metade do século XX, como resposta à expansão das funções econômicas e sociais do Estado e ao desenvolvimento tecnológico e à globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados ao modelo anterior. A necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços tornou-se essencial , sendo 20 o cidadão o beneficiário, resultando numa maior eficiência da administração pública. A reforma do aparelho do Estado passou a ser norteada pelos valores da eficiência e qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. A administração pública gerencial foi um avanço, e podemos dizer que foi, de certa forma, um rompimento com a administração pública burocrática. Porém, não significa que seja oposta a todos os seus princípios. Muito pelo contrário, pois a administração pública gerencial está baseada na anterior, pois ainda conserva alguns dos seus princípios fundamentais, mesmo que flexibilizados, como: • A admissão segundo rígidos critérios de mérito (concurso público); • A existência de um sistema estruturado e universal de remuneração • O treinamento e a capacitação contínua do corpo funcional. • A avaliação constante de desempenho dos funcionár ios Podemos destacar que a diferença fundamental está na forma de controle, que deixa de basear-se nos 21 processos para concentrar-se nos resultados. Mas a rigorosa profissionalização da administração pública continua sendo um princípio fundamental. A estratégia na administração pública gerencial é voltada para: 1. A definição específica dos objetivos que o administrador público deverá atingir em sua unidade; 2. A garantia de autonomia do administrador na gestão dos recursos humanos, materiais e financeiros que lhe forem colocados à disposição para que possa atingir os objetivos contratados; 3. O controle ou cobrança a posteriori dos resultados. Também é praticada a competição administrada no interior do próprio Estado, quando há a possibilidade de estabelecer concorrência entre unidades internas. A descentralização e a redução dos níveis hierárquicos tornam-se essenciais no plano da estrutura organizacional. De forma resumida podemos dizer que a administração pública deve ser permeável 22 à maior participação dos agentes privados e/ou das organizações da sociedade civil e deslocar o ênfase dos procedimentos, os meios para os resultados, os fins. A administração pública gerencial inspira-se na administração de empresas, mas com ela não pode ser confundida, pois enquanto a administração de empresas está voltada para o lucro privado, para a maximização dos interesses dos acionistas, esperando-se que, através do mercado, o interesse coletivo seja atendido, a administração pública gerencial está explícita e diretamente voltada para o interesse público. Neste último ponto, como em muitos outros, a administração pública gerencial não se diferencia da administração pública burocrática. Na burocraciapública clássica h á uma noção muito clara e forte do interesse público. A diferença, porém, está no entendimento do significado do interesse público, que não pode ser confundido com o interesse do próprio Estado. Para a administração pública burocrática, o interesse público é frequentemente identificado com a afirmação do poder do Estado. A administração pública gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como uma espécie de “cliente” dos seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons não 23 porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, e sim porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas. O paradigma gerencial contemporâneo, fundamentado nos princípios da confiança e da descentralização da decisão, exige formas flexíveis de gestão, horizontalização de estruturas, descentralização de funções, incentivos à criatividade. Vai de encontro com a ideologia do formalismo e do rigor técnico da burocracia tradicional. À avaliação sistemática, à recompensa pelo desempenho, e à capacitação permanente, que já eram características da boa administração burocrática, acrescentam-se os princípios da orientação para o cidadão-cliente, do controle por resultados, e da competição administrada. 24 Capítulo 3- Empreendedorismo governamental Iremos estudar agora o chamado Empreendedorismo Governamental e as novas lideranças do setor público: O empreendedorismo possui várias definições, seu conceito é muito subjetivo. Seu conteúdo varia muito tanto em relação aos autores quanto em relação ao lugar, pois o que pode ser considerado empreendedorismo aqui, pode não o ser no Japão. Todo mundo já ouviu falar, mas muita gente não consegue definir o que é e criam várias definições. As razões dessa subjetividade podem ser as diferentes concepções ainda não consolidadas sobre o assunto, ou por se tratar de uma novidade, sobretudo no Brasil, onde o tema se popularizou na década de 90. O empreendedorismo também recebeu fortes contribuições da psicologia e da sociologia, o que ajudou a provocar diferentes definições para o 25 termo e, consequentemente variações em seu conteúdo. Segundo Fernando Dolabela, empreendedorismo é um neologismo derivado da livre tradução da palavra entrepreneurship e utilizado para designar os estudos relativos ao empreendedor, seu perfil, suas origens, seu sistema de atividades, seu universo de atuação. O empreendedorismo vem “entrepreneur”, palavra da língua francesa que era usada no século XII que traz o significado de intermediário, originalmente relacionada como atravessador entre a fonte fornecedora e o mercado consumidor facilitando todo o processo de troca e assumindo riscos. No serviço público, também existe o empreendedorismo com características semelhantes, mas com o objetivo de fazer as coisas diferentes na esfera pública. Trabalhando arduamente para que o governo se tornar mais eficiente e transparentes na utilização dos recursos e mais eficaz na gestão dos resultados. 26 Este empreendedorismo com o foco no serviço público teve como base o livro “reinventando o governo” de Davis Osborne e Ted Gaebler. Tendo como base as seguintes características: I. Apresenta-se como uma forma de melhorar os governos; II. Cultura organizacional voltada para o empreendedorismo; III. O governo empreendedor tem como objetivo atender as necessidades do cidadão; IV. O governo empreendedor adota uma gestão moderna e não convencional. Para os autores Osborne e Gaebler, alguns princípios orientam este governo: I. Interação entre a organização privada e pública; II. Trabalho em conjunto com a população; III. Introduz a competição na sua esfera; IV. Trabalho por missões e objetivos organizacionais; V. Não se financia a estrutura administrativa, mas a eficiente prestação de serviços. 27 VI. Atendimento às necessidades do cidadão; VII. Gera receitas ao invés de despesas, VIII. Utiliza o planejamento; IX. É descentralizado X. Orienta-se pelas necessidades do mercado. XI. Lideranças voltadas ao desafio e para as mudanças. A administração pública, no âmbito mundial, encontra-se em um momento “revolucionário”, envolvendo-se em novas contextualizações, cuja finalidade é reformular os parâmetros da administração burocrática que ainda são praticados pelos responsáveis pela gestão da coisa pública. Estas inovações aproximam-se do que Max Weber chamou de “paradoxo das consequências”, onde se busca atingir determinada meta, e obtém-se resultados inesperados. Para que se possa conseguir melhores resultados nesta interferência, deve-se 28 ter como regra a ênfase nos meios, sem maior empenho na discussão de seus aspectos políticos. Sob esta ótica, os estudos que estão sendo desenvolvidos buscando definir o tipo de estado que se pretende para este século XXI, deverão privilegiar os aspectos gerenciais, com ênfase em resultados, através da otimização da utilização dos recursos financeiros, humanos e materiais disponíveis, o que representa um desafio diante das diversas vertentes teóricas que se dispõem a discutir a forma como deve ser estruturada a administração pública, ou o modelo mais adequado para isso. A Inglaterra que é considerada laboratório das técnicas gerenciais aplicadas ao setor público, particularmente a partir do governo Thatcher, tem-se também que trazer para este foco as discussões realizadas nos Estados Unidos sobre a forma apropriada de atuação da administração pública que, entretanto não encontraram terreno fértil para prosperar, em face do setor público 29 americano ter uma cultura de evitar que a flexibilização das regras administrativas pusesse em risco as salvaguardas políticas, bem como a descentralização do poder presente no federalismo, que dificultava o estabelecimento de um só modelo. O sucesso do modelo na Grã-Bretanha se deu exatamente em função das condições políticas existentes, tendo sido adotado um formato que apresentava grande poder de transformação, incorporando boa parte das críticas à sua prática, o qual tinha três correntes: Managerialism, Consumerism e Public Service Orientation – PSO, as três principais vertentes da chamada Nova Gestão Pública, que representam tentativas de superação das limitações intrínsecas do modelo weberiano e que tinham as seguintes características: - Managerialism – traduzido como “gerencialismo puro”, tinha como eixo central o conceito de produtividade e sua utilização visava buscar a diminuição e otimização dos gastos públicos em uma era de escassez, em um contexto que tinha como ponto central à busca da eficiência, com clara definição das 30 responsabilidades dos funcionários, dos objetivos organizacionais e maior consciência acerca do valor dos recursos públicos. - Consumerism – podendo ser traduzido como “satisfação dos consumidores” introduzia a perspectiva da qualidade como uma estratégia voltada para a satisfação do consumidor, através de medidas que visavam tornar o poder público mais leve, ágil e competitivo: descentralização administrativa, criação de opções de atendimento, como incentivo à competição entre organizações públicas e adoção de um novo modelo contratual. - Public Service Orientation – PSO – tendo uma ótica de “serviço orientado para o público”, é um conceito que levanta novas questões e põe em xeque antigos valores, não estando, ainda, com seu arcabouço teórico fechado. Tem como uma de suas idéias-chave a conjugação entre a accountability e o binômio justiça/equidade. 31 Embora contenha críticas ao managerialism e ao consumerism, a PSO não descarta as idéias desenvolvidas no seu âmbito. O grande problema desta corrente é ter sido pensada segundo os parâmetros do poder local, sem oferecer uma ótica em âmbitonacional. Aliado a esta nova visão gerencial, tornou-se realidade a necessidade da redução dos gastos públicos, principalmente com pessoal, em face dos governos contarem com menos disponibilidades financeiras e, em contrapartida, a sempre crescente demanda dos cidadãos por serviços, o que implica naturalmente na necessidade de aumento da eficiência governamental na utilização de seus recursos 32 Capítulo 4 - ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS Conceitos de Estrutura Organizacional: Estrutura organizacional é a ordenação e o agrupamento de atividades e recursos, visando ao alcance de objetivos e resultados estabelecidos, uma outra definição é aquela que diz que é a “forma pela qual as atividades de uma organização são divididas, organizadas e coordenadas”, podendo também ser definida como um conjunto ordenado de responsabilidades, autoridades, comunicações e decisões das unidades organizacionais de uma empresa. É dividida em: Estrutura formal: representada pelo organograma. Foca o sistema de autoridade, responsabilidade, divisão de trabalho, comunicação e processo decisório. Estrutura informal: formada pela rede de relações sociais e pessoais e não aparece no organograma, complementa a estrutura formal. 33 Quando uma estrutura organizacional é adequada ela propicia uma organização adequada das funções e responsabilidades, identificação das tarefas necessárias, informações, recursos e feedback aos empregados, além de propiciar condições motivadoras e medidas de desempenho compatíveis com os objetivos organizacionais. Organograma: Consiste na representação gráfica de determinados aspectos da estrutura organizacional. Estabelece a estrutura formal da empresa num determinado momento. É estático. Onde os órgãos são representados por retângulos e as relações hierárquicas por linhas verticais e horizontais. Estrutura Organizacional - elementos 4.1.1. Especialização do trabalho: grau em que as tarefas são divididas e padronizadas para serem realizadas por um indivíduo. Há a especialização horizontal e a vertical: Especialização horizontal – especifica número de atividades desempenhadas; Especialização vertical – especifica a medida da concepção, execução e administração das atividades por uma pessoa. 34 4.1.2. Cadeia de Comando/Escalar ou linha de comando: a diferenciação vertical especifica a linha que vai do topo até o último nível da hierarquia, mostrando quem responde a quem. 4.1.3. Amplitude de Controle: mede o número de pessoas subordinadas a um administrador, quanto maior, menos níveis hierárquicos e menos administradores. 4.1.4. Centralização: decisões são tomadas no topo, enfatizando a cadeia de comando. Podemos destacar como sendo sua vantagem: As decisões mais consistentes com os objetivos, maior uniformidade de procedimentos, aproveitamento da capacidade dos líderes, redução dos riscos de erros, maior controle do desempenho da organização. Já as desvantagens são: Decisões e administradores distanciadas dos fatos locais, dependência dos subordinados, diminuição da motivação, criatividade, maior demora na implementação das decisões e maior custo operacional. 4.1.5. Descentralização: decisões distribuídas pelos níveis inferiores. As vantagens quanto a a descentralização consiste em: 35 Uma maior agilidade e flexibilidade nas decisões, mais adaptadas aos fatos locais; maior motivação, autonomia e disponibilidade dos líderes; maior facilidade do controle do desempenho de unidades e gerentes. Já as desvantagens são as seguintes: Perda de uniformidade das decisões, com maiores desperdícios e duplicação de recursos; canais de comunicação mais dispersos; dificuldade de encontrar responsáveis e controlar o desempenho da organização; não aproveitamento dos especialistas. 4.1.6. Formalização: grau de controle da organização sobre o indivíduo, definidas pelas normas e procedimentos, limitando a atuação e o comportamento. 4.1.7. Departamentalização: Consis te na diferenciação horizontal que permite simplificar o trabalho, aproveitando os recursos de forma mais racional. a) Departamentalização Funcional: Suas Vantagens são: -Maior especialização de pessoas e de recursos. -Ideal para atividades rotineiras e estáveis. 36 Já a desvantagem: É a dificuldade de coordenação interdepartamental. b) Departamentalização de Produtos/ Serviços: As vantagens são: -Permite uma intensificação de esforços e coordenação; -Facilita a coordenação interdepartamental Já as desvantagens: - Enfraquece a especialização. - Duplicação de custos; - Enfatiza a coordenação em detrimento da especialização c) Departamentalização Base Territorial: Sua Vantagem: É o fato de cada unidade operar como se fosse uma empresa independente, adaptando-se as condições locais. Já as Desvantagens são: -Dificuldade de coordenação entre os departamentos; -Dificuldade de visão global da empresa; 37 -Enfraquece a especialização. d) Departamentalização por Clientela: Vantagem: É o fato de ter foco nas necessidades dos clientes. Já a desvantagem: Dificulta a consecução de outros objetivos como eficiência, produtividade. e) Departamentalização por Processo: Tem a Vantagem: De ter o Arranjo físico voltado para os recursos e tecnologia. Já a desvantagem: Consiste na dificuldade de adaptação a novas tecnologias. f) Departamentalização por Projeto As Vantagens são: - Estrutura temporária por produto, para resultados. - Voltada para a complexidade. 38 A desvantagem : -Grandes investimentos, tecnologia específica, que envolve altos riscos. g) Departamentalização Mista: Como o nome indica é uma espécie de mistura. Há o agrupamento por funções, por produtos e por processo. 4.2. Estrutura Organizacional - Modelos Desenho Mecanicista: forma burocrática, autoridade centralizada, regras e procedimentos padronizados, divisão de trabalho, amplitude administrativa estreita e meios formais de coordenação. Desenho Orgânico: adhocráticos adaptativos, mais horizontais, autoridade descentralizada, poucas regras e procedimentos, pouca divisão de trabalho, amplitudes administrativas maiores e mais meios pessoais de coordenação. 39 4.3. Estrutura Organizacional – Variáveis Condicionantes - Ambiente: homogêneo, heterogêneo instável, estável (estrutura, se adapta ao ambiente) - Estratégia: estabilidade ou crescimento (estrutura segue a estratégia); - Tecnologia: massa, processo, unitária; sequencial, mediadora, intensiva (estrutura depende da tecnologia); - Ciclo de vida e tamanho: nascimento, crescimento, juventude, maturidade (estrutura se ajusta ao tamanho); - Pessoas: conhecimento x reposição. 4.4. Tipos de Estrutura Organizacional Cada estrutura vai se adequar a um modelo, em um dado momento mais mecanicista, em outro momento mais orgânica, a depender das variáveis condicionantes. Tipos tradicionais de organização: Organização linear Organização linha- staff Organização funcional 40 Vejamos cada uma delas: Organização linear Constitui a forma mais antiga e simples de organização. Tem origem nos antigos exércitos e também na igreja. Tem como características: - Linhas diretas de autoridade e responsabilidade - Conformação piramidal - Comunicação simples e rígida - Pequenas e médias empresas - Estágios iniciais de uma organização Suas Vantagens são as seguintes: - Aplicação simplificada - Há sentido claro das tarefas e cargos - Fácil manutenção da disciplina - Baixa despesa na administração - Estabilidade - Há facilidade da comunicação de ordens e informações - As decisões são aceleradas 41 Já as desvantagens são: - A Organização é bastante rigorosa - Há sobrecarga de trabalho para a direção - Não há cooperação de equipe - Há abuso dacentralização - Dificuldades na visão global - Exige ótimos coordenadores Organização Linha –Staff Tem como características: - Incremento de uma equipe para aconselhar - Especialização técnica 42 - Autoridade limitada - Pode gerar conflitos - Bastante utilizada nos dias de hoje Suas vantagens são as seguintes: - Assegura assessoria especializada e inovadora mantendo o princípio de autoridade única; - Os órgãos de staff proporcionam serviços especializados, fator importante em uma área de especialização e competição. - A estrutura linha-staff tem a vantagem de oferecer uma área de assessoria e prestação de serviços, com predomínio da estrutura linear; - Atividade conjunta e coordenada dos órgãos de linha e órgãos de staff - Os órgãos de linha se responsabilizam pela execução das atividades básicas, enquanto os órgãos de staff se responsabilizam pela execução dos serviços especializados. Já as desvantagens são: A seguir, as desvantagens da implantação desse tipo de estrutura : - Existências de conflitos entre órgãos de linha e de staff se caracterizam pelos seguintes fatores, a saber: 43 1) o assessor de staff é um técnico com preparo profissional, enquanto homem de linha é um homem de prática; 2) o assessor tem melhor formação escolar. O homem de linha subiu na hierarquia; 3) a assessoria representa custos elevados para a empresa; - Dificuldades na obtenção e manutenção do equilíbrio entre linha e staff - Os especialistas de staff tendem a forçar suas sugestões e tentar impor suas ideias. Isso pode provocar um enfraquecimento da linha ou a linha dividida de autoridade, ou seja, uma situação de equilíbrio dinâmico e perfeita sincronização entre a linha e o staff, de modo que ambos tenham um comportamento cooperativo e integrativo, é difícil de alcançar e, sobretudo, manter. Organização (Supervisão) Funcional Aplica o princípio funcional Chefias especializadas Autoridade dividida Autoridade funcional dividida 44 Perda da visão sistêmica S u a s Vantagens são: -Proporcionar especialização; -Desenvolver comunicações mais rápidas sem intermediários e sem distorções; -Permitir a separação das funções do planejamento e controle das funções de execução. Apresenta desvantagens no que se refere: - Aos subordinados, pois eles recebem diferentes tipos de informação, sendo esta, por vezes contraditória ou incompatível; -As funções, elas se sobrepõem, surgindo uma concorrência entre especialistas, podendo levar ao conflito. Estrutura/Organograma Divisional ou Unidades Estratégicas de Negócios: Essa estrutura tem como vantagens: - Foco no resultado; - Coordenação em razão do produto e serviço; - Favorece a inovação e crescimento. 45 As Desvantagens são: - Custos elevados, duplicidade de órgãos; - Dificuldade de integração entre unidades. Estrutura Matricial - Estrutura para projetos/produtos que necessitem de equipes multidisciplinares; - Estrutura dual de autoridade: Comando horizontal ou transversal: centrado no projeto, que coordena e integra os esforços com pouca autoridade formal; Comando funcional: vertical e hierárquica, presta consultoria, informações e fornece recursos. As Vantagens são: - Potencializa a especialização (função) e coordenação (projeto ou produto); - Foco no lucro e nos recursos, eficiência; - Visão orgânica (flexibilidade). 46 As desvantagens: - Dificuldade de cultura de resultados, de apurar responsáveis, de relacionamentos, e - Viola a unidade de comando. Estrutura em virtual ou em rede – organograma circular ou radial. As vantagens dessa estrutura são: - Negócios virtuais ou unidades de negócios; - Baixo custo operacional e administrativo; - Competitividade global; - Flexibilidade e adaptabilidade a ambientes complexos. - Rapidez de respostas às demandas ambientais. As desvantagens são: - Controle global difícil, riscos e incertezas; - Dificuldade de cultura corporativa e lealdades fracas; - Dificuldade de responsabilização. capa para adm .pdf (p.1) Administração Pública - noçoes.pdf (p.2-47)
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