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Esboço de gráficos Cálculo 1 — 2016/1 Roteiro para esboço de gráficos de funções 1. Determine o domínio da função. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função. 3. Identifique os interceptos y e x. 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas. 5. Determine as assíntotas verticais, horizontais e oblíquas. 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima ou para baixo. 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. 9. Identifique os pontos de inflexão. Exemplos 1. Esboce o gráfico da função y(x)= x 2−8x+12 x2 . Solução 1. Seguimos o roteiro acima. 1. Determine o domínio da função. A função está definida para todo x 6= 0. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função. O único ponto de descontinuidade da função é x = 0. 3. Identifique os interceptos y e x. Como x = 0 não pertence ao domínio da função, segue-se que não existe intercepto y . Para determinar os interceptos x, resolvemos a equação y(x)= x 2−8x+12 x2 = 0⇔ x2−8x+12= 0 e obtemos os zeros da função, a saber, x1 = 2 ou x2 = 6; os intercep- tos x são (2,0) e (6,0). 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas. A função y(x)= x 2−8x+12 x2 não é par e nem ímpar; por exemplo, y(−1)= 21 e y(1)= 5 que não se relacionam. 5. Determine as assíntotas verticais, horizontais e oblíquas. Para determinar as assíntotas horizontais avaliamos os seguintes limites no infinito positivo e negativo: • lim x→+∞ x2−8x+12 x2 = 1; logo, a reta y = 1 é assíntota horizontal (pela direita); • lim x→−∞ x2−8x+12 x2 = 1; logo, a reta y = 1 é assíntota horizontal (pela esquerda). Para determinar se existe assíntota vertical avaliamos os seguintes limites no ponto de descontinuidade x = 0: E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 2 • lim x→0+ x2−8x+12 x2 =+∞; logo, a reta x = 0 é assíntota vertical (pela direita) • lim x→0− x2−8x+12 x2 =+∞; logo, a reta x = 0 é assíntota vertical (pela esquerda) 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. A derivada primeira da função é y ′(x)= 8(x−3) x3 . O estudo do sinal da derivada primeira aparece na Tabela 1. x −∞← x 0 3 x →+∞ 8(x−3) − − − − + + x3 − − + + + + y ′(x)= 8(x−3) x3 + + − − + + Tabela 1: Tabela com o estudo do sinal da derivada primeira y ′(x)= 8(x−3)/x3. Logo, a função é crescente quando y ′(x) > 0, isto é, quando x < 0 ou quando x > 3 e é decrescente quando y ′(x) < 0, isto é, quando 0< x < 3. Conforme vimos, o único ponto crítico de y(x) é x = 3 (já que x = 0 não pertence ao domínio da função). 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima ou para baixo. A derivada segunda da função é y ′′(x) = 8(9−2x) x4 . O estudo do sinal da derivada segunda aparece na Tabela 2. x −∞← x 0 9/2 x →+∞ 8(9−2x) + + + + − − x4 + + + + + + y ′′(x)= 8(9−2x) x4 + + + + − − Tabela 2: Tabela com o estudo do sinal da derivada segunda y ′′(x)= 8(9−2x)/x4. Logo, a função tem concavidade para cima quando y ′′(x) > 0, isto é, quando x < 0 ou quando 0 < x < 9/2 e tem concavidade para baixo quando y ′′(x)< 0, isto é, x > 9/2; como a concavidade muda de sinal no ponto x = 9/2, este é um ponto de inflexão b . 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. Os sinais das derivadas primeira e segunda aparecem na Tabela 3. x −∞← x 0 3 9/2 x →+∞ y ′(x) + + − − + + + + y ′′(x) + + + + + + − − Tabela 3: Tabela com o estudo dos sinais das derivadas primeira y ′(x) = 8(x −3)/x3 e segunda y ′′(x)= 8(9−2x)/x4. Observamos que a função é decrescente próximo e à esquerda do ponto crítico x = 3 pois a derivada é negativa nessa região; além disso, a função é crescente próximo e à direita do ponto crítico x = 3 pois a derivada primeira é positiva nessa região. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluímos que x = 3 é um ponto de mínimo E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 3 local b . Podemos confirmar essa afirmativa observando que a de- rivada primeira vale zero no ponto x = 3 e que a derivada segunda é positiva nesse ponto. Pelo Teste da Derivada Segunda, concluímos novamente que x = 3 é um ponto de mínimo local. Não há pontos de máximos locais para a função y(x). 9. Identifique os pontos de inflexão. Como já observamos, a derivada segunda muda de sinal no ponto x = 9/2 que é, portanto, um ponto de inflexão do gráfico de y(x). O gráfico da função y(x)= x 2−8x+12 x2 é apresentado a seguir. x y(x)= x 2−8x+12 x2 −7 117/49 −6 8/3 −5 77/25 −4 15/4 −3 5 −2 8 −1 21 1 5 2 0 3 −1/3 4 −1/4 9/2 −5/27 5 −3/25 6 0 7 5/49 8 3/16 9 7/27 Tabela 4: Tabela com alguns valores da função y(x) = x 2−8x+12 x2 . O ponto crí- tico é x = 3; o ponto de inflexão é x = 9/2. 1 2 3 4 5 −1 −2 −3 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10−1−2−3−4−5−6−7−8−9−10 x y b b b b b b b b b b b b b b b b b y(x) = x2 − 8x+ 12 x2 b b Ponto de inflexão Ponto de mínimo Assíntota horizontal Assíntota vertical y′(x) > 0 y′′(x) > 0 y′(x) < 0 y′′(x) > 0 y′(x) > 0 y′′(x) > 0 y′(x) > 0 y′′(x) < 0 2. Esboce o gráfico da função y(x)= 2x 2−3x−5 x2−x−6 . Solução 2. Seguimos o roteiro acima. 1. Determine o domínio da função. O denominador da função racional y(x)= (2x2−3x−5)/(x2−x−6) anula-se nos pontos em que x2− x−6 = (x+2)(x−3) = 0, ou seja, nos pontos x = −2 e x = 3. Portanto, a função está definida para todo x 6= −2 e x 6= 3. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função. Os únicos pontos de descontinuidade da função y(x)= (2x2−3x− 5)/(x2−x−6) são os pontos x =−2 e x = 3. 3. Identifique os interceptos y e x. Como x = 0 pertence ao domínio da função, segue-se que y(0) = 5/6 e o intercepto y é (0,5/6). Para determinar os interceptos x resolvemos a equação y(x) = (2x2−3x −5)/(x2− x −6) = 0, isto é, 2x2 − 3x − 5 = (2x − 5)(x + 1) = 0 e obtemos os zeros da função, a saber, x1 =−1 ou x2 = 5/2; os interceptos x são (−1,0) e (5/2,0). E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 4 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas. A função y(x) = (2x2−3x −5)/(x2− x −6) não é par e nem ímpar; por exemplo, y(−1)= 0 e y(1)= 1 que não se relacionam. 5. Determine as assíntotas verticais, horizontais e oblíquas. Para determinar se existe assíntota vertical avaliamos os seguintes limites nos pontos de descontinuidade x =−2 e x = 3: • lim x→−2− 2x2−3x−5 x2−x−6 = limx→−2− (2x−5)(x+1) (x+2)(x−3) =+∞; logo, a reta x =−2 é assíntota vertical (pela esquerda). • lim x→−2+ 2x2−3x−5 x2−x−6 = limx→−2+ (2x−5)(x+1) (x+2)(x−3) =−∞; logo, a reta x =−2 é assíntota vertical (pela direita). • lim x→3− 2x2−3x−5 x2−x−6 = limx→3− (2x−5)(x+1) (x+2)(x−3) =−∞; logo, a reta x = 3 é assíntota vertical (pela esquerda). • lim x→3+ 2x2−3x−5 x2−x−6 = limx→3+ (2x−5)(x+1) (x+2)(x−3) =+∞; logo, a reta x = 3 é assíntota vertical (pela direita). Para determinar as assíntotas horizontais avaliamos os seguintes limites no infinito positivo e negativo: • lim x→+∞ 2x2−3x−5 x2−x−6 = 2; logo, a reta y = 2 é assíntota horizontal (pela direita); • lim x→−∞ 2x2−3x−5 x2−x−6 = 2; logo, a reta y = 2 é assíntota horizontal (pela esquerda). 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. A derivada primeira da função é y ′(x)= x 2−14x−13 (x2−x−6)2 = (x−1)(x−13) (x+2)2(x−3)2 . O estudo do sinal da derivada primeira aparece na Tabela 5. x −∞← x −2 1 3 13 x →+∞ (x−1) − − − − + + + + + + (x−13) − − − − − − − − + + (x2−x−6)2 + + + + + + + + + + y ′(x) + + + + − − − − + + Tabela 5: Tabela com o estudo do sinal da derivada primeira y ′(x) = (x − 1)(x − 13)/(x2−x−6)2. Logo, a função y é crescente quando y ′(x) > 0, isto é, quando x < −2, quando −2 < x < 1 ou quando x > 13 e é decrescente quando y ′(x)< 0, isto é, quando 1< x < 3 ou quando 3< x < 13. Conforme vimos, os únicos pontos críticos de y(x) são x = 1 e x = 13 (já que x =−2 e x = 3 não pertencem ao domínio da função). 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima ou para baixo. A derivada segunda da função é y ′′(x)= −2(x 3−21x2+39x−55) (x2−x−6)3 = −2(x3−21x2+39x−55) (x+2)3(x−3)3 . Existe um único ponto no qual a derivada segunda se anula; esse E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 5 ponto é x0 ≈ 19,11. O estudo do sinal da derivada segunda aparece na Tabela 6 x −∞← x −2 3 x0 x →+∞ −2(x3−21x2+39x−55) + + + + + + − − (x+2)3 − − + + + + + + (x−3)3 − − − − + + + + y ′′(x) + + − − + + − − Tabela 6: Tabela com o estudo do sinal da derivada segunda y ′′(x) = −2(x3 − 21x2 + 39x−55)/(x2−x−6)3; a derivada segunda anula-se no ponto x0 ≈ 19,11. Logo, a função tem concavidade para cima quando x <−2 ou quando 3 < x < x0 e tem concavidade para baixo quando −2 < x < 3 ou quando x > x0; como a concavidade muda de sinal no ponto x0 ≈ 19.11, este é um ponto de inflexão b ; observe que os pontos x =−2 e x = 3 não são pontos de inflexão pois não pertencem ao domínio da função. 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. Os sinais das derivadas primeira e segunda aparecem na Tabela 7. x −∞← x −2 1 3 13 ≈ 19.11 x →+∞ y ′(x) + + + + − − − − + + + + y ′′(x) + + − − − − + + + + − − Tabela 7: Tabela com o estudo dos sinais das derivadas primeira y ′(x) = (x − 1)(x − 13)/(x2− x−6) e segunda y ′′(x)=−2(x3− 21x2+39x−55)/(x2−x−6)3. Observamos que a função é crescente próximo e à esquerda do ponto crítico x = 1 pois a derivada é positiva nessa região; além disso, a função é decrescente próximo e à direita do ponto crítico x = 1 pois a derivada primeira é negativa nessa região. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluímos que x = 1 é um ponto de máximo local b . Podemos confirmar essa afirmativa observando que a de- rivada primeira vale zero no ponto x = 1 e que a derivada segunda é negativa nesse ponto, indicando que o gráfico é côncavo para baixo nesse ponto crítico. Pelo Teste da Derivada Segunda, concluímos novamente que x = 1 é um ponto de máximo local. Por outro lado, a função é decrescente próximo e à esquerda do ponto crítico x = 13 pois a derivada é negativa nessa região; além disso, a função é crescente próximo e à direita do ponto crítico x = 13 pois a derivada primeira é positiva nessa região. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluímos que x = 13 é um ponto de mí- nimo local b . Podemos confirmar essa afirmativa observando que a derivada primeira vale zero no ponto x = 13 e que a derivada segunda é positiva nesse ponto, indicando que o gráfico é côncavo para cima nesse ponto crítico. Pelo Teste da Derivada Segunda, concluímos novamente que x = 13 é um ponto de mínimo local. 9. Identifique os pontos de inflexão. Como já observamos, a derivada segunda muda de sinal no ponto x0 ≈ 19.11 que é, portanto, um ponto de inflexão do gráfico de y(x). O gráfico da função y(x)= 2x 2−3x−5 x2−x−6 é apresentado a seguir. E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 6 x y(x)= 2x 2−3x−5 x2−x−6 −7 57/25 −6 85/36 −5 5/2 −4 39/14 −3 11/3 −1 0 0 5/6 1 1 2 3/4 4 5/2 5 15/7 6 49/2 7 2 8 99/50 9 65/33 10 55/28 11 51/26 12 247/126 13 49/25 19.11 1.96439 Tabela 8: Tabela com alguns valores da função y(x)= x 2−8x+12 x2 . Os pontos crí- ticos são x = 1 e x = 13; o ponto de inflexão é x0 ≈ 19.11. 1 2 3 4 5 6 7 −1 −2 −3 −4 −5 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21−1−2−3−4−5−6−7−8 x y y(x) = 2x2 − 3x− 5 x2 − x− 6 b b b Ponto de inflexão Ponto de máximo Ponto de mínimo Assíntota horizontal Assíntotas verticais 3. Esboce o gráfico da função y(x)= x 3−2x2−x+2 x2−x−6 . Solução 3. Seguimos o roteiro acima. 1. Determine o domínio da função. O denominador da função racional y(x) = x 3−2x2−x+2 x2−x−6 anula- se nos pontos em que x2 − x − 6 = (x + 2)(x − 3) = 0, ou seja, nos pontos x = −2 e x = 3. Portanto, a função está definida para todo x 6= −2 e x 6= 3. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função. Os únicos pontos de descontinuidade da função y(x) são os pontos x =−2 e x = 3. 3. Identifique os interceptos y e x. Como x = 0 pertence ao domínio da função, segue-se que y(0) = −1/3 e o intercepto y é (0,−1/3). Para determinar os interceptos x, resolvemos a equação y(x)= (x3−2x2− x+2)/(x2− x−6)= 0, isto é, x3−2x2− x +2 = (x +1)(x −1)(x +2) = 0, e obtemos os zeros da função, a saber, x1 = −1 ou x2 = 1 ou x3 = 2; os interceptos x são (−1,0) e (1,0) e (2,0). 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas. A função y(x)= (x3−2x2−x+2)/(x2−x−6) não é par e nem ímpar. Por exemplo, y(2)= 0 e a função não está definida para x =−2. 5. Determine as assíntotas verticais, horizontais e oblíquas. Para determinar se existe assíntota vertical avaliamos os seguintes limites nos pontos de descontinuidade x =−2 e x = 3: • lim x→−2− x3−2x2−x+2 x2−x−6 = limx→−2− (x+1)(x−1)(x−2) (x+2)(x−3) =−∞; E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 7 logo, a reta x =−2 é assíntota vertical (pela esquerda). • lim x→−2+ x3−2x2−x+2 x2−x−6 = limx→−2+ (x+1)(x−1)(x−2) (x+2)(x−3) =+∞; logo, a reta x =−2 é assíntota vertical (pela direita). • lim x→3− x3−2x2−x+2 x2−x−6 = limx→3− (x+1)(x−1)(x−2) (x+2)(x−3) =−∞; logo, a reta x = 3 é assíntota vertical (pela esquerda). • lim x→3+ x3−2x2−x+2 x2−x−6 = limx→3+ (x+1)(x−1)(x−2) (x+2)(x−3) =+∞; logo, a reta x = 3 é assíntota vertical (pela direita). Para determinar as assíntotas horizontais avaliamos os seguintes limites no infinito positivo e negativo: • lim x→+∞ x3−2x2−x+2 x2−x−6 =+∞; logo, não existe assíntota horizontal pela direita; • lim x→−∞ x3−2x2−x+2 x2−x−6 =−∞; logo, não existe assíntota horizontal pela esquerda. Para determinar as assíntotas oblíquas efetuamos a divisão entre os polinômios que definem a função racional e determinamos y(x)= x 3−2x2−x+2 x2−x−6 = (x−1)+ 4x−4 x2−x−6 . Consequentemente, a reta y = x−1 é uma assíntota oblíqua do grá- fico de y(x) pois lim±∞(4x−4)/(x2−x−6)= 0. Outra forma de identificar essa assíntota é descrita a seguir. Come- çamos avaliando o limite lim x→+∞ y(x) x = lim x→+∞ x3−2x2−x+2 x2−x−6 x = lim x→+∞ x3−2x2−x+2 x(x2−x−6) = lim x→+∞ x3−2x2−x+2 x3−x2−6x = limx→+∞ 3x2−4x−1 3x2−2x−6 = lim x→+∞ 6x−4 6x−2 = limx→+∞ 6 6 = 1. Com isso, identificamos que a assíntota oblíqua tem inclinação igual a 1; logo, sua equação é da forma y = x+b. Para identificar o coefi- ciente linear b avaliamos o limite lim x→+∞ ( y(x)−x)= lim x→+∞ (x3−2x2−x+2 x2−x−6 −x ) = lim x→+∞ x3−2x2−x+2− (x3−x2−6x) x2−x−6 = lim x→+∞ −x2+5x+2 x2−x−6 = limx→+∞ −2x+5 2x2−1 = lim x→+∞ −2 2 =−1. Com isso, o coeficiente linear da assíntota inclinada vale b = −1 e a equação da assíntota oblíqua é y = x −1, conforme já havíamos obtido através da divisão entre os dois polinômios que definem a função racional. 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. A derivada primeira da função é y ′(x)= x 4−2x3−15x2+20x+8 (x2−x−6)2 . E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 8 As raízes do polinômio do numerador podem ser obtidas através de algum método numérico e são, aproximadamente, x1 ≈−3.57865, x2 ≈−0.324843, x3 ≈ 1.59858 e x4 ≈ 4.30492; logo, x4−2x3−15x2+ 20x+8= (x−x1)(x−x2)(x−x3)(x−x4). Com isso, podemos escrever a derivada na forma y ′(x)= x 4−2x3−15x2+20x+8 (x2−x−6)2 = (x−x1)(x−x2)(x−x3)(x−x4) (x+2)2(x−3)2 . O estudo do sinal da derivada primeira aparece na Tabela 9. x −∞← x x1 −2 x2 x3 3 x4 x →+∞ (x−x1) − − + + + + + + + + + + + + (x−x2) − − − − − − + + + + + + + + (x−x3) − − − − − − − − + + + + + + (x−x4) − − − − − − − − − − − − + + (x2−x−6)2 + + + + + + + + + + + + + + y ′(x) + + − − − − + + − − − − + + Tabela 9: Tabela com o estudo do sinal da derivada primeira y ′(x) = x 4−2x3−15x2+20x+8 (x2−x−6)2 . Os pontos críticos são x1 ≈ −3.57865, x2 ≈ −0.324843, x3 ≈ 1.59858 e x4 ≈ 4.30492. Logo, a função y é crescente quando y ′(x)> 0, isto é, quando x < x1 ou quando x2 < x < x3 ou quando x > x4 e é decrescente quando y ′(x) < 0, isto é, quando x1 < x < −2 ou quando −2 < x < x2 ou quando x3 < x < 3 ou quando 3 < x < x4. Conforme vimos, os únicos pontos críticos de y(x) são x1 ≈ −3.57865, x2 ≈ −0.324843, x3 ≈ 1.59858 e x4 ≈ 4.30492 (já que x = −2 e x = 3 não pertencem ao domínio da função). 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima ou para baixo. A derivada segunda da função é y ′′(x)= 8(x 3−3x2+21x−13) (x2−x−6)3 = 8(x3−3x2+21x−13) (x+2)3(x−3)3 . Existe um único ponto no qual a derivada segunda se anula; esse ponto é x5 ≈ 0.668687. Dessa forma o númerador de y ′′(x) se es- creve como um produto 8(x3−3x2+21x −13) = 8(x − x5)p(x) em que p(x) é um polinômio de grau 2 que nunca se anula e que é sempre positivo. O estudo do sinal da derivada segunda aparece na Tabela 10. x −∞← x −2 x5 3 x →+∞ 8(x3−3x2+21x−13) − − − − + + + + (x+2)3 − − + + + + + + (x−3)3 − − − − − − + + y ′′(x) − − + + − − + + Tabela 10: Tabela com o estudo do sinal da derivada segunda y ′′(x) = 8(x3 − 3x2 + 21x−13)/(x+2)3(x−3)3; o ponto de infle- xão é x5 ≈ 0.668687. Logo, a função y(x) tem concavidade para cima quando y ′′(x)> 0, isto é, quando −2 < x < x5 ou quando x > 3 e tem concavidade para baixo quando y ′′(x)< 0, isto é, quando x <−2 ou quando x5 < E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 9 x < 3; como a concavidade muda de sinal no ponto x5 ≈ 0.668687, este é um ponto de inflexão b ; observe que os pontos x = −2 e x = 3 não são pontos de inflexão pois não pertencem ao domínio da função. 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. Os sinais das derivadas primeira e segunda aparecem na Tabela 12. x −∞← x x1 −2 x2 x5 x3 3 x4 x →+∞ y ′(x) + + − − − − + + + + − − − − + + y ′′(x) − − − − + + + + + + − − + + + + Tabela 11: Tabela com o estudo dos sinais das derivadas primeira y ′(x) = x 4−2x3−15x2+20x+8 (x2−x−6)2 e segunda y ′′(x) = 8(x 3−3x2+21x−13) x+2)3(x−3)3 . Os pontos críticos são x1 ≈ −3.57865, x2 ≈ −0.324843, x3 ≈ 1.59858 e x4 ≈ 4.30492; o ponto de inflexão é x5 ≈ 0.668687. Observamos que a função é crescente próximo e à esquerda dos pontos críticos x1 e x3, pois a derivada primeira é positiva nes- sas regiões; além disso, a função é decrescente próximo e à di- reita dos pontos críticos x1 e x3 pois a derivada primeira é negativa nessas regiões. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluímos que x1 ≈ −3.57865 e x3 ≈ 1.59858 são pontos de máximos locais b . Podemos confirmar essas afirmativas observando que a derivada primeira vale zero nos pontos críticos x1 e x3 e que a derivada se- gunda é negativa nesses pontos, indicando que o gráfico é côncavo para baixo nesses pontos críticos. Pelo Teste da Derivada Segunda, concluímos novamente que x1 ≈−3.57865 e x3 ≈ 1.59858 são pon- tos de máximos locais. Observamos também que a função é decrescente próximo e à es- querda dos pontos críticos x2 e x4, pois a derivada primeira é ne- gativa nessas regiões; além disso, a função é crescente próximo e à direita dos pontos críticos x2 e x4 pois a derivada primeira é po- sitiva nessas regiões. Pelo Teste da Derivada Primeira, concluímos que x2 ≈ −0.324743 e x4 ≈ 4.30492 são pontos de mínimos locais b . Podemos confirmar essas afirmativas observando que a deri- vada primeira vale zero nos pontos críticos x2 e x4 e que a derivada segunda é positiva nesses pontos, indicando que o gráfico é côn- cavo para cima nesses pontos críticos. Pelo Teste da Derivada Se- gunda, concluímos novamente que x2 ≈ −0.324843 e x4 ≈ 4.30492 são pontos de mínimos locais. 9. Identifique os pontos de inflexão. Como já observamos, a derivada segunda muda de sinal no ponto x5 ≈ 0.668687 que é, portanto, um ponto de inflexão do gráfico de y(x). O gráfico da função y(x)= x 2−8x+12 x2 é apresentado a seguir. x y(x) x1 ≈−3.57865 −6.34215 x2 ≈−0.32484 −0.37337 x5 ≈ 0.66869 −0.11830 x3 ≈ 1.59858 0.12381 x4 ≈ 4.30492 4.9117 Tabela 12: Tabela com alguns valores da função y(x) = x 3−2x2−x+2 x2−x−6 . Os pontos críticos são x1 ≈ −3.57865, x2 ≈ −0.324843, x3 ≈ 1.59858 e x4 ≈ 4.30492; o ponto de inflexão é x5 ≈ 0.668687. E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 −1 −2 −3 −4 −5 −6 −7 −8 −9 −10 1 2 3 4 5 6 7 8−1−2−3−4−5−6−7−8 x y b b b b b y(x) = x2 − 8x+ 12 x2 x = −2 x = 3 y = x− 1 4. Esboce o gráfico da função y(x)= ln(x) x . Solução 4. Seguimos o roteiro acima. 1. Determine o domínio da função: x > 0. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função: a função é contínua para todo x > 0. 3. Identifique os interceptos y e x: a função não intercepta o eixo dos y pois x = 0 não pertence ao domínio da função; o intercepto x ocorre quando x = e. 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas: a função não é par e nem ímpar. 5. Determine as assíntotas verticais, as assíntotas horizontais e as as- síntotas oblíquas. • lim x→0+ ln(x) x =−∞; logo, a reta x = 0 é assíntota vertical (pela direita). • lim x→+∞ ln(x) x = 0; logo, a reta y = 0 é assíntota horizontal pela direita. • não existem assíntotas oblíquas. 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. A derivada primeira da função é y ′(x) = 1− ln(x) x2 . Logo, o único ponto crítico é tal que y ′(x) = 0, ou seja, x = e. Além disso, y é crescente quando y ′(x) > 0, isto é, quando 0 < x < e ≈ 2.71828 e é decrescente quando y ′(x)< 0, isto é, quando x > e≈ 2.71828. 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 11 ou para baixo. A derivada segunda da função é y ′′(x) = (2ln(x)− 3)/x3. Logo, o único ponto no qual a derivada segunda se anula é o ponto x = e3/2 ≈ 4.48169. Dessa forma, a função tem concavidade para baixo quando y ′′(x) < 0, isto é, quando 0 < x < e3/2 e tem concavidade para cima quando y ′′(x) > 0, isto é, quando x > e3/2; como a con- cavidade muda de sinal no ponto x = e3/2, este é um ponto de in- flexão b . 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. A função é crescente próximo e à esquerda do ponto crítico x = e pois a derivada primeira é positiva nessa região; além disso, a fun- ção é decrescente próximo e à direita do ponto crítico x = e pois a derivada primeira é negativa nessas regiões. Pelo Teste da Deri- vada Primeira, concluímos que x = e é ponto de máximo local b . Podemos confirmar essa afirmativa observando que a derivada pri- meira vale zero no ponto crítico x = e e que a derivada segunda é negativa nesse ponto, indicando que o gráfico é côncavo para baixo nesse ponto crítico. Pelo Teste da Derivada Segunda, concluímos novamente que x = e é ponto de máximo local. 9. Identifique os pontos de inflexão. Como já observamos, a derivada segunda muda de sinal no ponto x = e3/2 que é, portanto, um ponto de inflexão do gráfico de y(x). O gráfico da função y(x)= ln(x) x é apresentado ao lado. 1 −1 −2 −3 −4 −5 −6 −7 −8 1 2 3 4 5 6 7 8 x y b b y(x) = ln(x) x 5. Esboce o gráfico da função y(x)= x 3p x2−1 . Solução 5. Seguimos o roteiro acima. 1. Determine o domínio da função: x 6= ±1. 2. Determine os pontos de descontinuidade da função: x =±1. 3. Identifique os interceptos y e x: O(0,0). 4. Verifique se a função é par, ímpar ou nenhuma das duas: y(−x) = −x/ 3 √ (−x)2−1 = −x/ 3 p x2−1 = −y(x) para todo x 6= ±1; logo, a função é ímpar. 5. Determine as assíntotas verticais, as assíntotas horizontais e as as- síntotas oblíquas. • A reta x =−1 é assíntota vertical (pela direita e pela esquerda); a reta x = 1 é assíntota vertical (pela direita e pela esquerda). • Não existem assíntotas horizontais e nem assíntotas oblíquas; entretanto, a curva y(x)= 3px é uma assíntota curvilínea. 2 4 6 8 −2 −4 −6 −8 1 2 3 4 5−1−2−3−4−5 x y y(x) = x 3 √ x2 − 1 y(x) = 3 √ x 6. Determine os intervalos onde a função é crescente ou decrescente e localize seus pontos críticos. Temos que y ′(x) > 0 para x < −p3 ou para x > p3; y ′(x) < 0 para −p3 < x < −1 ou para −1 < x < 1 ou para 1 < x < p3. Logo, os únicos pontos críticos são x =±p3. 7. Determine os intervalos onde a função tem concavidade para cima ou para baixo. E S B O Ç O D E G R Á F I C O S 12 y ′′(x) > 0 para x < 3, para −1 < x < 0 ou para 1 < x < 3; y ′′(x) < 0 para −3 < x < −1, para 0 < x < 1 ou para x > 3;. Logo, os únicos pontos de inflexão são x = 0 e x =±3. 8. Identifique os pontos de máximos e mínimos locais. O ponto x =−p3 é ponto de máximo local; o ponto x =p3 é ponto de mínimo local. 9. Identifique os pontos de inflexão. Os únicos pontos de inflexão são x = 0 e x =±3. O gráfico da função y(x)= x 3p x2−1 é apresentado ao lado. 6. Esboce o gráfico da função y(x)= x 3 √ (x−2)2 . Solução 6. A figura mostra os gráficos da função, de sua assíntota vertical e de sua assíntota curvilínea. 2 4 6 8 10 −2 −4 1 2 3 4 5 6 7−1−2−3−4 x y y(x) = x 3 √ (x− 2)2 y(x) = 3 √ x x = 2 7. Esboce o gráfico da função y(x)= 4x x2+4 . Solução 7. A figura mostra os gráficos da função e de suas duas primeiras derivadas, indicando os pontos de máximos e mínimos locais e globais e os pontos de inflexão. 1 −1 1 2 3 4 5 6 7 8−1−2−3−4−5−6−7−8 x y b b b b b y(x) = 4x x2 + 4 8. Esboce o gráfico da função y(x)= p x2+5x+1 para x Ê 0. Solução 8. A figura mostra os gráficos da função e de sua assíntota incli- nada. 1 2 3 4 5 6 7 −1 1 2 3 4 5 6 7 8−1 x y y(x) = √ x2 + 5x + 1 y(x) = x + 5 2 9. Esboce o gráfico da função y(x)= e−x2 . Solução 9. 10. Esboce o gráfico da função y(x)= x e−x . Solução 10. 11. Esboce o gráfico da função y(x)= x 2 p x2−4 . Solução 11. A figura mostra os gráficos da função e de suas duas primei- ras derivadas, indicando os pontos de mínimos locais e globais bem como suas duas assíntotas oblíquas. 1 2 3 4 5 6 7 −1 −2 −3 1 2 3 4 5 6 7 8−1−2−3−4−5−6−7−8 x y bb y(x) = x2√ x2 − 4 y(x) = xy(x) = −x x = 2x = −2 12. Esboce o gráfico da função y(x)= x 2−3x 2x−2 . Solução 12. A figura mostra os gráficos da função e de suas duas primei- ras derivadas, indicando a assíntota vertical e a assíntota inclinada. 1 2 3 4 5 6 7 −1 −2 −3 −4 −5 −6 −7 1 2 3 4 5 6 7 8−1−2−3−4−5−6−7−8 x y y(x) = x2 − 3x 2x− 2 y(x) = x 2 − 1 Roteiro para esboço de gráficos de funções Exemplos
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