Buscar

02 Microeconomia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 162 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 162 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 162 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Economia da Engenharia 
1 
Microeconomia 
Parte II 
1 
Economia da Engenharia 
2 
Demanda, oferta e 
equilíbrio de mercado 
Fundamentos de Microeconomia 
Análise da Demanda de Mercado 
Análise da Oferta de Mercado 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
3 3 
Fundamentos de Microeconomia 
Microeconomia analisa a formação de preços no mercado. 
 
Os preços formam-se com base em dois mercados: 
Mercado de 
bens e serviços 
Mercado dos 
serviços dos fatores 
de produção 
preços dos bens e 
serviços 
salários, juros, aluguéis e 
lucros 
Remuneração 
Remuneração 
Economia da Engenharia 
4 4 
coeteris Paribus 
Expressão latina traduzida como “ outras coisas 
sendo iguais ”, é usada para lembrar que todas as 
variáveis, que não aquela que está sendo estudada, 
são mantidas constantes. 
Fundamentos de Microeconomia 
Analisar um mercado 
 isoladamente 
Supor todos os demais 
 mercados constantes 
O mercado em estudo não afeta e não é afetado pelos demais. 
Economia da Engenharia 
5 5 
coeteris Paribus 
Verifica o efeito de variáveis isoladas, independentemente dos 
efeitos de outras variáveis. 
 Preço sobre a procura de determinado bem 
Outras variáveis: renda do consumidor, 
gostos, preferências, etc. 
Fundamentos de Microeconomia 
Economia da Engenharia 
6 6 
Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado 
bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, 
num dado período. 
A Demanda não representa a compra efetiva, mas a 
intenção de comprar, a dados preços. 
A escala de demanda indica quanto (quantidade) o 
consumidor pode adquirir, dadas várias alternativas 
de preços de um bem ou serviço. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
7 
TEORIA DO CONSUMIDOR: 
FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA 
Vasconcelos (2011) 
• A evolução do estudo da teoria microeconômica teve início basicamente com 
a análise da demanda de bens e serviços, cujos fundamentos estão 
alicerçados no conceito subjetivo de utilidade. 
• A utilidade representa o grau de satisfação que os consumidores atribuem 
aos bens e serviços que podem adquirir no mercado. Ou seja, a utilidade é a 
qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as necessidades 
humanas. 
• Como está baseada em aspectos psicológicos ou preferências, a utilidade 
difere de consumidor para consumidor (ex: uns preferem uísque, outros, 
cerveja). 
Economia da Engenharia 
8 
Vasconcelos (2011) 
Teoria do valor-utilidade: 
A teoria do valor-utilidade pressupõe que o valor de um bem se forma por 
sua demanda, isto é, pela satisfação que o bem representa para o consumidor. 
Foi desenvolvida na segunda metade do século XIX pelos economistas Gossen, 
Jevons, Walras, Edgeworth, Antonelli, Fischer e Pareto 
A teoria do valor-utilidade contrapõe-se à chamada teoria do 
valor-trabalho, desenvolvida pelos economistas clássicos 
(Malthus, Adam Smith, Ricardo, Marx). 
Ela é, portanto, subjetiva e considera que o valor nasce da relação do homem 
com os objetos. Representa a chamada visão utilitarista, em que prepondera a 
soberania do consumidor, pilar do capitalismo. 
TEORIA DO CONSUMIDOR: 
FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA 
Economia da Engenharia 
9 
Vasconcelos (2011) 
Teoria do valor-trabalho 
A teoria do valor-trabalho considera que o valor de um bem se forma do lado da 
oferta, por meio dos custos do trabalho incorporados ao bem. Os custos de 
produção eram representados basicamente pelo fator mão de obra, em que a 
terra era praticamente gratuita (abundante) e pouco significativa. 
Nesse sentido, a teoria do valor-trabalho é objetiva (depende de custos de 
produção). 
Pela teoria do valor-trabalho, o valor do bem surge da relação social entre 
homens, dependendo do tempo produtivo (em horas) que eles incorporam na 
produção de mercadorias. 
TEORIA DO CONSUMIDOR: 
FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA 
Economia da Engenharia 
10 
Vasconcelos (2011) 
A teoria do valor-utilidade veio complementar a teoria do valor-trabalho, pois não 
era mais possível predizer o comportamento dos preços dos bens apenas com 
base nos custos da mão de obra (ou mesmo custos em geral) sem considerar o 
lado da demanda (padrão de gostos, hábitos, renda, e outros). 
A teoria do valor-utilidade permitiu distinguir o valor de 
uso do valor de troca de um bem. 
O valor de uso é a utilidade que 
ele representa para o 
consumidor. 
O valor de troca se forma pelo 
preço no mercado, pelo 
encontro da oferta e da 
demanda do bem. 
TEORIA DO CONSUMIDOR: 
FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA 
Economia da Engenharia 
11 11 
Utilidade Total 
Aumenta quanto maior a 
quantidade consumida do 
bem 
Satisfação adicional (na margem) 
obtida pelo consumo de mais uma 
unidade do bem 
É decrescente porque o consumidor 
vai saturando-se desse bem, quanto 
mais o consome. 
Análise da Demanda de Mercado 
Utilidade Marginal 
Economia da Engenharia 
12 12 
Quantidade que o consumidor 
deseja consumir. 
Utilidade Total e Utilidade Marginal 
Utilidade
Total
Quantidade
Consumida
Utilidade
Marginal
Quantidade
Consumida
t
mag
U
U
q



Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
13 
TEORIA DO CONSUMIDOR: FUNÇÃO UTILIDADE E FUNÇÃO DEMANDA 
Motta, Costa, et al. (2009) e Vasconcelos (2011) 
A utilidade total tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida do 
bem ou serviço. Entretanto, a utilidade marginal, que é a satisfação adicional (na 
margem) obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem, é decrescente, 
porque o consumidor vai perdendo a capacidade de percepção da utilidade 
proporcionada por mais uma unidade do bem, chegando à saturação. A utilidade 
marginal pode ser expressa pelo preço de venda do produto. 
Paradoxo da água e do diamante 
Ilustra a importância do conceito de utilidade marginal. Por que a água, mais 
necessária, é tão barata, e o diamante, supérfluo, tem preço tão elevado? 
Ocorre que a água tem grande utilidade total, mas baixa utilidade marginal (é 
abundante), enquanto o diamante, por ser escasso, tem grande utilidade 
marginal. 
Economia da Engenharia 
14 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
O bem-estar econômico pode ser medido por meio da noção de 
excedente. 
Mankiw (2001) 
O excedente do consumidor mede 
o benefício econômico do 
consumidor por participar no 
mercado. 
O excedente do produtor mede o 
benefício econômico do produtor 
por participar no mercado 
Economia da Engenharia 
15 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Disposição a pagar: é a quantia máxima que um comprador está 
disposto a pagar por um produto. Mede o valor que o comprador 
atribui ao produto. 
 
Excedente do consumidor: é a diferença entre a quantia que o 
comprador está disposto a pagar por um produto e a quantia que 
realmente paga por ele (o preço do produto). 
Exemplo: Se Pedro está disposto a pagar até R$1000,00 por um 
aparelho de telefone celular da marca X, e o adquire por 
R$700,00, o seu excedente foi de R$300,00. 
Excedente do consumidor 
Economia da Engenharia 
16 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Para um dado preço, uma quantidade 
demandada positiva significa que há 
pessoas dispostas a pagar aquele 
preço. 
 
A curva de demanda representa o valor 
que os consumidores atribuem ao 
produto. 
 
A área sob a curva de demanda e 
acima da linha do preço mede o 
excedente total dos consumidores no 
mercado. 
Excedente do consumidor e a curva de demandaEconomia da Engenharia 
17 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Custo do produtor: é o custo que o produtor teve para obter o 
produto. 
 
Excedente do produtor: é a diferença entre o valor que o 
vendedor recebe por um produto (o preço do produto) e o custo 
que teve para obter o produto. 
Exemplo: Se a Empresa X tem o custo de R$800,00 para produzir 
um aparelho de telefone celular, e o vende por R$1000,00, o seu 
excedente foi de R$200,00. 
Excedente do produtor 
Economia da Engenharia 
18 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Para um dado preço, uma quantidade 
ofertada positiva indica que há 
produtores dispostos a oferecer àquele 
preço. 
 
A curva de oferta representa o custo de 
produção dos produtores. 
 
A área sobre a curva de oferta e 
abaixo da linha do preço corresponde 
ao excedente total dos produtores. 
O excedente do produtor e a curva de oferta 
Economia da Engenharia 
19 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E 
DO PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Excedente total 
Corresponde à soma do excedente 
total dos produtores e dos 
consumidores. É uma medida do 
bem-estar econômico dos 
compradores e vendedores em um 
mercado. 
Excedente do consumidor = valor do produto para os compradores – preço pago 
Excedente do produtor = preço recebido – custo dos produtores 
Excedente total = valor do produto para os compradores – custo dos produtores 
Economia da Engenharia 
20 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO 
PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Excedente total 
Corresponde à soma do 
excedente total dos produtores 
e dos consumidores. É uma 
medida do bem-estar 
econômico dos compradores e 
vendedores em um mercado. 
Excedente do consumidor = valor do produto para os compradores – preço pago 
Excedente do produtor = preço recebido – custo dos produtores 
Excedente total = valor do produto para os compradores – custo dos produtores 
Economia da Engenharia 
21 
BEM-ESTAR ECONÔMICO: EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E 
DO PRODUTOR 
Mankiw (2001) 
Mercados em equilíbrio são eficientes 
Mercados livres: 
- alocam a oferta de produtos 
aos compradores que atribuem 
maior valor aos produtos. 
- alocam a demanda por 
produtos aos vendedores que 
possuem os menores custos. 
Portanto, mercados livres produzem 
uma quantidade de produtos que 
maximiza o excedente total. 
Economia da Engenharia 
22 22 
Variáveis que afetam a Demanda: 
 
• Riqueza (e sua distribuição) 
• Renda (e sua distribuição) 
• Preço do bem 
• Preço dos outros bens 
• Fatores climáticos e sazonais 
• Propaganda 
• Hábitos, gostos, preferências dos consumidores 
• Expectativas sobre o futuro 
• Facilidades de crédito (disponibilidade, tx. juros, prazos) 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
23 23 
Variáveis que afetam a Demanda 
 
qdi = f( pi , ps , pc , R, G): Função Geral da Demanda 
 
qdi = quantidade procurada (demandada) do bem i 
pi = preço do bem i 
ps = preço dos bens substitutos ou concorrentes 
pc = preço dos bens complementares 
R = renda do consumidor 
G = gostos, hábitos e preferências do consumidor 
 
Obs.: Para estudar o efeito de cada uma das variáveis, deve-se recorrer à 
hipótese coeteris paribus. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
24 24 
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio bem 
Supondo ps , pc , R e G constantes 
Função Convencional 
Lei Geral da Demanda 
Tudo o mais constante (coeteris paribus), a 
quantidade demandada de um bem ou serviço varia 
na relação inversa de seu preço. 
0
d
i
i
q
p



 di iq f p
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
25 
Relação entre a quantidade demandada e o preço do próprio 
bem. 
Efeito substituição 
Efeito renda 
O bem fica mais barato 
relativamente aos concorrentes, 
fazendo com que a qtd. de 
demandada aumente. 
Com a queda do preço, o poder 
aquisitivo do consumidor 
aumenta, e a qtd. demandada do 
bem deve aumentar. 
Análise da Demanda de Mercado 
Efeito preço total: 
Economia da Engenharia 
26 26 
Representa o efeito do preço 
de um bem sobre a quantidade 
do bem que os consumidores 
estão dispostos a comprar e não 
a compra efetiva (coeteris 
paribus). 
 
Como o preço e a quantidade 
demandada têm relação 
negativa, a curva de demanda 
se inclina para baixo. 
Ex: Gráfico- Curva de Demanda – Função Linear 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro(R$) 
Qtd adquirida 
de livros 
Ex.Renda de 
 R$ 2 mil 
qdi = 25 – 0,25pi 
qdi = a – b.pi 
80 
60 
40 
20 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
27 27 
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros bens e 
serviços 
Bem substituto: o consumo de um bem substitui o consumo ou 
concorrente do outro. 
Dois bens para os quais, tudo o mais 
mantido constante (coeteris paribus), um 
aumento no preço de um deles aumenta a 
demanda pelo outro. Ex.: Manteiga e 
margarina. 
Supondo pi , pc , R e G constantes  di sq f p
0
d
i
s
q
p



Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
28 28 
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros 
bens e serviços 
Ex.: 1. Carne de vaca, frango e 
peixe. 
 
 2. Cerveja Antarctica e 
Brahma. 
 
 3. Coca-cola e Pepsi. 
Bem substituto 
ou concorrente 
0 5000 10000 15000 20000 
Preço da 
Coca-cola(R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Qtd. consumida de Coca-cola 
(Supondo um aumento 
no preço do guaraná) 
D0 
D1 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
29 29 
Relação entre a quantidade demandada e preços de 
outros bens e serviços 
Bens complementares = são bens consumidos em conjunto. 
qdi = f( pc ) Supondo pi , ps , R e G constantes 
qdi 
pc 
< 0 
Bens para os quais o aumento no preço de 
um dos bens leva a uma redução na demanda 
pelo outro bem. Ex.: Computador e software. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
30 30 
Relação entre a quantidade demandada e preços de outros 
bens e serviços 
1. Camisa social e 
gravata; 
2. Pneu e câmara; 
3. Pão e manteiga; 
4. Sapato e meia; 
5. Litro de gasolina e 
automóvel. 
Bens 
complementares: 
0 10000 20000 30000 40000 
Preço do litro 
de gasolina (R$) 
 
 8 
 6 
 4 
 2 
 
Qtd. de litros de gasolina 
(Supondo um aumento 
no preço dos automóveis) 
D0 
D1 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
31 31 
Relação entre a demanda de um bem e renda do 
consumidor (R) 
qdi = f( R ) Supondo pi , ps , pc e G constantes 
Em relação à renda dos consumidores, há três situações 
distintas: 
qdi 
R 
> 0 
Bem Normal: tudo o mais constante, um 
 aumento na renda provoca um aumento 
 na quantidade demandada do bem. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
32 32 
qdi 
R 
< 0 
Bem Inferior: tudo o mais constante, um 
aumento na renda provoca uma diminuição 
na quantidade demandada do bem. 
Ex.: Passagem de ônibus, carne de segunda. 
qdi 
R 
= 0 
Bem de consumo saciado: se aumentar a 
renda do consumidor, não aumentará a 
demanda do bem. 
Ex: demanda de alimentos básicos, como o 
açúcar, sal, arroz. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
33 33 
Relação entre a demanda de um bem e renda do 
consumidor (R) 
 
Essaclassificação depende da classe de renda dos 
consumidores. 
 
Para consumidores de baixa renda não existem muitos 
bens inferiores. Com a renda mais elevada, maior nº de 
produtos passa a ser classificado como bem inferior. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
34 34 
Bem normal 
Preço da carne 
 de 1ª (R$) 
Qtd. de carne de 1ª 
(Supondo um aumento 
na renda do consumidor) 
D0 
D1 
Relação entre a demanda de um bem e renda do 
consumidor (R) 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
35 35 
Bem inferior 
Preço da carne 
 de 2ª (R$) 
Qtd. de carne de 2ª 
(Supondo um aumento 
na renda do consumidor) 
D1 
D0 
Relação entre a demanda de um bem e renda do 
consumidor (R) 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
36 36 
Preço do arroz (R$) 
Qtd. de arroz 
(Supondo um aumento na 
renda do consumidor) 
Bem saciado 
Relação entre a demanda de um bem e renda do 
consumidor (R) 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
37 37 
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos 
consumidores (G). 
qdi = f(G ) Supondo pi , ps , pc e R constantes 
Hábitos, preferências ou gostos (G) podem ser alterados, 
“manipulados” por propaganda e campanhas 
promocionais, incentivando ou reduzindo o consumo de 
bens. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
38 38 
Campanha do 
tipo “beba mais 
leite” 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Bem (R$) 
Quantidade adquirida do bem 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Redução 
Aumento 
D1-Cigarro 
D0 D1-Leite 
Campanha do 
tipo “o fumo 
é prejudicial 
à saúde” 
Desloca p/ 
direita Desloca p/ 
esquerda 
Relação entre a demanda de um bem e hábitos dos 
consumidores (G). 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
39 39 
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 
A demanda de Mercado é igual ao somatório das 
demandas individuais. 
A cada preço, a demanda de mercado é a soma das demandas dos 
consumidores individuais. 
mercado consumidores individuais
1
para i 1, 2,3,...
n
i
D d
n




Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
40 40 
0 50 100 150 200 
Preço do 
Bem (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Qtd - Consumidor A 
Preço do 
Bem R$) 
0 100 200 300 400 
Qtd - Consumidor B 
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 
Análise da Demanda de Mercado 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Economia da Engenharia 
41 41 
Curva de Demanda de Mercado de um Bem ou Serviço 
0 150 300 450 600 
Preço do 
Bem R$) 
Total do Mercado 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
42 42 
Importante: 
 
variações na demanda 
 
variações na quant. demandada 
Variações na demanda: dizem respeito ao deslocamento da curva 
da demanda, em virtude de alterações em ps, pc, R, G (ou seja, 
mudança na condição coeteris paribus). 
Variações na quantidade demandada: refere-se ao movimento ao 
longo da própria curva de demanda, em virtude da variação do 
preço do próprio bem pi, mantendo as demais variáveis 
constantes (coeteris paribus). 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
43 43 
Renda 
Preços de bens relacionados 
Gostos 
Expectativas 
Número de compradores 
Desloca a curva de demanda 
Variações na Quantidade Demandada 
Preço do próprio bem 
Movimento ao longo da 
curva de demanda 
Variações na Demanda 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
44 44 
Movimento ao longo da curva Deslocamento da curva 
Variação na quantidade demandada 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Cigarro (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
No. Cigarros fumados/dia. 
Ex.: Imposto que 
aumenta o preço 
do cigarro. 
 
D 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Cigarro (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
No. Cigarros fumados/dia. 
Ex.: Política de 
combate ao fumo. 
D D’ 
Análise da Demanda de Mercado 
Variação na Demanda 
Economia da Engenharia 
45 45 
Excedente do consumidor: bem-estar gerado pela 
diferença entre a disposição máxima a pagar (preço de 
reserva) e o preço efetivamente efetivamente pago por 
um bem ou serviço. 
Preço 
Análise da Demanda de Mercado 
D 
P 
E 
quantidade q 
E. C. 
Economia da Engenharia 
46 46 
Paradoxo (Bem) de Giffen: é uma exceção à “Lei Geral da 
Demanda”, em que a curva é positivamente inclinada 
(relação direta) entre a quantidade demandada e o preço 
do bem. 
Análise da Demanda de Mercado 
Preço da batata 
(R$) 
Quantidade 
demandada de batata 
Economia da Engenharia 
47 47 
Paradoxo (Bem) de Giffen 
Comunidade Inglesa muito pobre. 
Ocorreu uma queda no preço da Batata. 
Como a população gastava a maior parte da renda 
com esse produto, o seu poder aquisitivo aumentou 
e como estavam saturados de batata, passaram a gas- 
tar com outros produtos. 
O preço da Batata caiu, bem como a quantidade 
demandada (curva positivamente inclinada). 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
48 48 
Formato da Curva de Demanda 
Calculada estatisticamente e empiricamente, através de 
modelos econométricos. 
 
Funções: Tipo linear, potência, hiperbólica, etc. 
qdi = 3 – 0,5.pi + 0,2.ps – 0,1.pc + 0,9.R 
Coeficientes 
em relação a qdi 
<0 >0 <0 >0 
Obs: a variável “Gosto” não é observável empiricamente. 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
49 49 
Exercícios sobre a demanda de mercado 
qdx = 3 – 0,5.px – 0,2.py + 5.R 
Dados: 
Pede-se: 
1. O Bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 
2. O bem x é normal ou inferior? Por que? 
3. Supondo (px = 1, py = 2, R = 100) qual a quantidade 
procurada de x ? 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
50 50 
Exercícios sobre a demanda de mercado 
qdx = 500 – 1,5.px + 0,2.py – 5.R 
Dados: 
Pede-se: 
1. O bem x é normal ou inferior? Por que? 
2. O bem y é complementar ou substituto a x ? Por que ? 
3. O bem x seria um bem de Giffen ? Por que ? 
4. Supondo ( px = 1 , py = 2 , R = 40 ) qual a quantidade demandada 
de x ? 
5. Se a renda aumentar 50%, coeteris paribus, qual a quantidade 
demandada de x ? 
Análise da Demanda de Mercado 
Economia da Engenharia 
51 51 
Análise da Oferta de Mercado 
Oferta é a quantidade de determinado bem ou 
serviço que os produtores desejam vender, em 
função dos preços, em um determinado período. 
 
Considera-se que os produtores são racionais, já que 
estão produzindo com o lucro máximo, dentro da 
restrição de custos de produção. 
Economia da Engenharia 
52 52 
Análise da Oferta de Mercado 
Variáveis que afetam a Oferta de um bem ou serviço 
 0 , , , ,i i fp nq f p p p T M
0 quantidade ofertada do bem i
preço do bem i
preço dos fatores e insumos de produção (matéria-prima, mão-de-obra, etc.) 
preço de outros n bens, substitutos na produção
tecnologia
metas e 
i
i
fp
n
q
p
p
p
T
M





 objetivos do empresário
Economia da Engenharia 
53 53 
Análise da Oferta de Mercado 
Tudo o mais constante (coeteris paribus), se 
o preço do bem aumenta, estimula as 
empresas a produzirem mais. Para produzir 
mais, os custos serão maiores, e o preço do 
bem deve ser aumentado. 
Função Geralda Oferta 
Como os empresários reagem, quando se altera o preço do 
bem ou serviço, coeteris paribus. 
Aumentando a 
quantidade ofertada 
0
0i
i
q
p



Economia da Engenharia 
54 54 
Análise da Oferta de Mercado 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro(R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade oferecida de livros 
O 
Função Geral da Oferta 
Economia da Engenharia 
55 55 
Análise da Oferta de Mercado 
Relação entre a oferta de um bem e preço do fator 
(Insumo) de produção (Pfp) 
Supondo pi , pn , T, M constantes 
Preço do Fator de produção (pfp). Se o 
preço do fator mão-de-obra aumenta, 
diminui a oferta do bem, coeteris paribus, 
(haverá um deslocamento). O mesmo 
vale para os demais fatores de produção, 
como terra, matérias-primas, etc. 
0
0i
fp
q
p



 0i fpq f p
Economia da Engenharia 
56 56 
Análise da Oferta de Mercado 
Deslocamentos da curva 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro(R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade oferecida de livros 
Redução 
Aumento da oferta. 
O O’ O” 
a) 
b) 
a) Aumento do preço do 
fator de produção, 
coeteris paribus, há 
uma redução na oferta 
do bem. 
b) Redução do preço do 
fator de produção, 
coeteris paribus, há um 
aumento na oferta do 
bem. 
Economia da Engenharia 
57 57 
Análise da Oferta de Mercado 
Relação entre a oferta de um bem e preço de outros 
bens, substitutos na produção (pn) 
Supondo pi , pfp , T, M constantes 
 
Preço de outro bem substituto na 
produção (pn). Ex.: Se o preço do bem 
substituto aumenta, e dado o preço do 
bem (coeteris paribus), os produtores 
diminuirão a produção do bem, para 
produzir mais do bem substituto. 
 0i nq f p
0
0i
n
q
p



Economia da Engenharia 
58 58 
Análise da Oferta de Mercado 
Deslocamentos da curva 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro(R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 0 
Quantidade oferecida de livros 
Redução 
Aumento da oferta. 
O O’ O” 
a) 
b) 
a) Aumento do preço do 
bem substituto, 
coeteris paribus, há 
uma redução na oferta 
do bem. 
 
b) Redução do preço do 
bem substituto, 
coeteris paribus, há um 
aumento na oferta do 
bem. 
Economia da Engenharia 
59 59 
Análise da Oferta de Mercado 
Relação entre a oferta de um bem e tecnologia (T) 
Supondo pi , pfp , pn , M constantes 
 
Tecnologia (T). Um aumento na tecnologia, 
coeteris paribus, aumenta a oferta do bem. 
0
0i
q
T



 0iq f T
Economia da Engenharia 
60 60 
Análise da Oferta de Mercado 
Deslocamentos da curva 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro(R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 0 
Quantidade oferecida de livros 
Redução 
Aumento da oferta. 
O O’ O” 
b) 
a) 
a) Aumento da tecnologia, 
coeteris paribus, há um 
aumento na oferta do 
bem. 
 
b) Redução da tecnologia, 
coeteris paribus, há 
uma redução na oferta 
do bem. 
Economia da Engenharia 
61 61 
Análise da Oferta de Mercado 
Relação entre a oferta de um bem e os objetivos e metas 
do empresário (M) 
Supondo pi , pfp , pn , T constantes 
Objetivos e Metas dos empresários. 
Poderá haver interesse do empresário de 
aumentar ou reduzir a produção. 
 0iq f M
0
0i
q
M



Economia da Engenharia 
62 62 
Análise da Oferta de Mercado 
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 
A Oferta de Mercado é igual ao somatório das ofertas das firmas 
individuais, que produzem um dado bem ou serviço. 
Obs: a cada preço, a oferta de mercado é a soma das ofertas das 
firmas individuais. 
mercado firmas individuais
1
para j 1,2,3,...
n
j
O q
n




Economia da Engenharia 
63 63 
Análise da Oferta de Mercado 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 0 
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Bem (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade oferecida pela Firma A 
O 
0 10 20 30 40 
Preço do 
Bem (R$) 
Quantidade oferecida pela Firma B 
O 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Economia da Engenharia 
64 64 
Análise da Oferta de Mercado 
0 15 30 45 60 
Preço do 
Bem (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade oferecida pelo mercado 
O 
Curva de Oferta de Mercado de um Bem ou Serviço 
Economia da Engenharia 
65 65 
Observações sobre a oferta de um Bem ou Serviço 
Variação da oferta: deslocamento da curva de oferta, em virtude de 
alterações em pfp, pn, T, M (ou seja, mudança na condição coeteris 
paribus). 
Variações na quantidade ofertada: refere-se ao movimento ao 
longo da própria curva de oferta, em virtude da variação do preço 
do próprio bem pi , mantendo-se as demais variáveis constantes 
(coeteris paribus). 
Análise da Oferta de Mercado 
Importante: 
Variações da oferta 
 
Variações da quantidade ofertada 
Economia da Engenharia 
66 66 
Análise da Oferta de Mercado 
Variações na quantidade ofertada 
Preços dos Insumos 
Preços dos Bens Substitutos 
Tecnologia 
Objetivo do empresário 
Número de Vendedores 
Desloca a curva de oferta 
Preço Movimento ao longo da 
curva de oferta 
Variações na oferta 
Economia da Engenharia 
67 67 
Excedente do produtor: ganho em bem-estar pelo fato do 
produtor receber no mercado um preço maior que aquele 
mínimo que viabilizaria sua produção. 
0 15 30 45 60 
Preço do 
Bem (R$) 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade oferecida 
O 
E. P. 
Análise da Oferta de Mercado 
Economia da Engenharia 
68 68 
O Equilíbrio de Mercado 
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço 
O preço em uma economia de 
mercado é determinado tanto 
pela oferta como pela demanda. 
 
O equilíbrio se encontra onde as 
curvas de oferta e de demanda 
se cruzam. Ao preço de 
equilíbrio, a quantidade 
oferecida é igual a quantidade 
demandada (quantidade de 
equilíbrio). 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Bem 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade do Bem. 
Oferta 
Demanda 
Equilíbrio 
Economia da Engenharia 
69 69 
O Equilíbrio de Mercado 
Lei da Oferta e da Demanda 
O preço de qualquer bem se ajusta de forma a equilibrar a oferta e a 
demanda desse bem (Mecanismo de Preço). 
Não há excesso de oferta, nem excesso de demanda: 
 
quantidade que os consumidores querem comprar 
= 
quantidade que os produtores desejam vender 
O Equilíbrio de Mercado (Oferta e Demanda) de um Bem ou Serviço 
Economia da Engenharia 
70 70 
O Excesso de Oferta 
Situação em que a quantidade 
oferecida (Ex.: 15 unidades) 
é maior que a quantidade 
demandada (Ex.: 5 unidades). 
Excesso do Bem 
Fornecedores reduzem preços 
Mercado atinge o Equilíbrio 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Bem 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade do Bem. 
O 
D 
Excesso de 
Oferta 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
71 71 
O Excesso de Demanda 
Situação em que a quantidade 
demandada (Ex.: 15 unidades) 
é maior que a quantidade 
oferecida (Ex.: 5 unidades). 
Escassez do Bem 
Fornecedores aumentam preços 
Mercado atinge o Equilíbrio 
05 10 15 20 
Preço do 
Bem 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade do Bem 
O 
D 
Excesso de 
Demanda 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
72 
O Excesso de Oferta / Demanda / O Equilíbrio 
Excesso de 
Demanda 
O Equilíbrio de Mercado 
Equilíbrio 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Bem 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade do Bem 
O 
D 
Excesso de 
Oferta 
Economia da Engenharia 
73 
Como um aumento na demanda afeta o equilíbrio. 
Ex: as pessoas passam a cultivar o hábito de leitura (coeteris paribus). 
1. O “hábito” aumenta a 
demanda. A oferta permanece 
inalterada, pois este 
determinante não afeta 
diretamente as livrarias. 
 
2. A curva de demanda se desloca 
para a direita. 
 
3. O preço e a quantidade são 
aumentados (novo ponto de 
equilíbrio). 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade de livros 
O 
D2 
D1 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
74 74 
Como um redução na oferta afeta o equilíbrio. 
Ex: Um terremoto destrói 
várias editoras. 
1. O terremoto afeta a curva de 
oferta. A curva de demanda 
permanece inalterada, pois o 
terremoto não muda diretamente 
a quantidade demandada pelos 
compradores. 
 
2. A curva de oferta se desloca para a 
esquerda (a qualquer preço a 
quantidade ofertada é menor). 
 
3. O preço aumenta e a quantidade 
diminui (novo ponto de equilíbrio). 
0 5 10 15 20 
Preço do 
Livro 
 
 80 
 60 
 40 
 20 
 
Quantidade de livros 
O’ 
D 
O 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
75 75 
Uma Mudança simultânea na Oferta e na Demanda 
Ex: As pessoas passam a cultivar o 
hábito de leitura e ao mesmo 
tempo, um terremoto destruindo 
várias editoras. 
1.Ambas as curvas se deslocam. 
2.A curva de Demanda se desloca 
para direita e a de Oferta para a 
esquerda. 
3.Há dois resultados possíveis 
dependendo da extensão dos 
deslocamentos das curvas. (a) A 
quantidade o preço aumentam. 
0 5 7 10 15 20 
Preço do 
Livro 
 
 80 
 65 
 40 
 20 
 
Quantidade de livros 
O1 
D2 
D1 
65 
O2 
1o 1o Caso 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
76 76 
Uma Mudança simultânea na oferta e na demanda 
Ex: As pessoas passam a cultivar 
o hábito de leitura e ao mesmo 
tempo, um terremoto destruindo 
várias editoras. 
1.Ambas as curvas se deslocam. 
2.A curva de Demanda se desloca 
para direita e a de Oferta para a 
esquerda. 
3.Há dois resultados possíveis 
dependendo da extensão dos 
deslocamentos das curvas. (b) A 
quantidade diminui e o preço 
aumenta. 
0 5 7 10 15 20 
Preço do 
Livro 
 
 80 
 65 
 40 
 20 
 
Quantidade de livros 
O1 
D2 D1 
65 
O2 
1o 2o Caso 
O Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
77 77 
O Equilíbrio de Mercado 
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 
1. Dados 
D = 22 – 3p (função demanda) 
S = 10 + 1p (função oferta) 
a) Determinar o preço de equilíbrio e a respectiva quantidade. 
 
b) Se o preço for R$ 4,00, existe excesso de oferta ou de 
 demanda ? Qual é a magnitude desse excesso ? 
Economia da Engenharia 
78 78 
O Equilíbrio de Mercado 
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 
2. Dados: 
qdx = 2 – 0,2.px + 0,03.R 
qox = 2 + 0,1.px 
e supondo a renda R = 100, pede-se: 
a) Preço e quantidade de equilíbrio do bem x. 
 
b) Supondo um aumento de 20% da renda, determinar o 
novo preço e a quantidade de equilíbrio do bem x. 
Economia da Engenharia 
79 
O Equilíbrio de Mercado 
3. Num dado mercado, a oferta e a procura de um 
produto são dadas, respectivamente, pelas seguintes 
equações: 
Qo = 48 + 10.p 
Qd = 300 – 8.p 
Onde Qo, Qd e P são respectivamente, quantidade 
ofertada, quantidade demandada e o preço do produto. 
 
Qual será a quantidade transacionada nesse mercado, 
quando ele estiver em equilíbrio ? 
Exercícios sobre Equilíbrio de Mercado 
Economia da Engenharia 
80 
Elasticidades 
Conceito 
Elasticidade-Preço da Demanda 
Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda 
Elasticidade-Renda da Demanda 
Elasticidade-Preço da Oferta 
80 
Economia da Engenharia 
81 81 
 Elasticidades 
Conceito 
É a alteração percentual em uma variável, dada uma variação 
percentual em outra, coeteris paribus. 
Sinônimo de sensibilidade , resposta, reação de uma 
variável, em face de mudanças em outras variáveis. 
Economia da Engenharia 
82 82 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda: variação percentual na quantidade 
demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris 
paribus. 
Elasticidade-renda da demanda: variação percentual na quantidade 
demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris 
paribus. 
Elasticidade-preço cruzada da demanda: variação percentual na 
quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de 
outro bem, coeteris paribus. 
Elasticidade-preço da oferta: variação percentual na quantidade 
ofertada, dada uma variação percentual no preço do bem, coeteris 
paribus. 
Economia da Engenharia 
83 83 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
É uma variação percentual na quantidade demandada, dada uma 
variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 
 
 
 
 
A Elasticidade-preço da demanda é sempre negativa. Seu valor é 
expresso em módulo (por exemplo, |Epd | = 1,5 que equivale a Epd = 
-1,5 ). 
1 0
1 0
0
%
%
d
i
d d d
i o i i i
pd d
ii i
i
q q q
q q q p q
E
p p pp q p
p p
 
 
   
  
Mede a sensibilidade, a resposta dos consumidores, quando 
ocorre uma variação no preço de um bem ou serviço. 
Economia da Engenharia 
84 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Exemplo: Calcule a Elasticidade-
preço da demanda em um ponto 
específico. 
P0 = preço inicial = R$ 20,00 
P1 = preço final = R$ 16,00 
Q0 = quantidade demandada, 
 ao preço p0 = 30 
Q1 = quantidade demandada, 
 ao preço p1 = 39 
0 15 30 39 50 
Preço do 
Bem (R$) 
 
 30 
 20 
 16 
 8 
 
Quantidade demandada 
D 
p1 
p0 
Economia da Engenharia 
85 85 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Solução: 
Variação 
Percentual (%) 
Interpretação: para uma queda de 20% no 
preço,a quantidade demandada aumenta em 1,5 
vezes os 20%, ou seja, 30%, coeteris paribus. 
1 0
0
1 0
0
16 20
0,2 20%
20
39 30
0,3 30%
30
0,3
1,5 1,5
0, 2
pd pd
p pp
p p
q qq
q q
E E
 
     
 
   
    

Economia da Engenharia 
86 86 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Classificação: demanda elástica, inelástica e de elasticidade 
unitária. 
Demanda elástica (|Epd|>1): significa que uma variação percentual 
no preço leva uma variação percentual na quantidade demandada 
em sentido contrário. 
Por exemplo: |Epd |=1,5 
 
Significa que, dada uma variação percentual, por exemplo, de 10% 
no preço, a quantidade demandada varia, em sentido contrário, 
em 15%, ou seja, 50% a mais, coeteris paribus. Isso revela que a 
quantidade é bastante sensível à variação de seu preço. 
Economia da Engenharia 
87 87 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Demanda Inelástica (|Epd|<1): significa que uma variação 
percentual no preço leva uma variação percentual na 
quantidadedemandada em sentido contrário, porém muito 
pequena. 
 
Por exemplo: |Epd|=0,4 
 
Neste caso, os consumidores são pouco sensíveis a variações de 
preço: uma variação de, por exemplo, 10% no preço leva a uma 
variação na demanda desse bem de apenas 4% (em sentido 
contrário) coeteris paribus. 
Economia da Engenharia 
88 88 
 Elasticidades 
Demanda de elasticidade unitária (|Epd|=1 ou Epd=-1): neste 
caso uma variação percentual no preço, implica na mesma 
varição percentual na quantidade demandada em sentido 
contrário. 
 
Por exemplo: |Epd|=0,4 
 
Se o preço aumenta em 10%, a quantidade cai também em 
10%, coeteris paribus. 
Elasticidade-preço da demanda 
Economia da Engenharia 
89 89 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Fatores que afetam: 
 
• Disponibilidade de bens substitutos: quanto mais bens substitutos, mais 
elástica é a demanda, pois dado um aumento de preços, o consumidor tem 
mais opções para “fugir” do consumo desse bem; 
 
• Essencialidade do bem: neste caso, quanto mais essencial é um bem, mais 
inelástica é a sua demanda, geralmente são bens de consumo saciado, como 
por exemplo, sal açúcar, passagem de ônibus; 
 
• Importância relativa do bem no orçamento do consumidor: quanto maior o 
peso do bem no orçamento, mais elástica é a demanda. 
 
• Horizonte de tempo: quanto maior o horizonte de tempo, mais elástica é a 
demanda, pois um intervalo de tempo maior permite que os consumidores 
de determinada mercadoria descubram mais formas de substituí-la, quando 
seu preço aumenta. 
Economia da Engenharia 
90 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Interpretação geométrica 
A elasticidade-preço da 
demanda varia, ao 
longo de uma mesma 
curva de demanda. 
Quanto maior o preço 
do bem, maior a 
elasticidade. 
Preço do 
Bem (R$) 
Quantidade demandada 
a 
b 
c 
|Epd|ponto b > 1 (elástica) 
|Epd|ponto a = 1 (unitária) 
|Epd|ponto c < 1 (inelástica) 
Economia da Engenharia 
91 91 
Preço do 
Sal (R$) 
Qtd adquirida de sal 
Preço do 
CD´s (R$) 
Qtd adquirida de CD´s 
Inclinação acentuada: as compras 
variam pouco com o aumento dos 
preços. (Insensível aos preços: inelástica) 
 
 
 
 
 
 
 
Inclinação pequena: as compras variam 
muito com o aumento dos preços. 
(Sensível aos preços: elástica) 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda 
Economia da Engenharia 
92 
Preço do 
Bem (R$) 
Qtd adquirida do Bem 
Inclinação infinita: as compras 
não variam com o aumento dos preços. 
Perfeitamente Inelástica: Epd=0 
(Ex.: Bens Essenciais) 
Inclinação zero: as compras variam 
muito com o aumento dos preços. 
Sensível aos preços. 
Perfeitamente Elástica: Epd= 
(Ex.: Mercados perfeitamente competitivos) 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da demanda: casos extremos 
Preço do 
Bem (R$) 
Qtd adquirida do Bem 
Economia da Engenharia 
93 93 
 Elasticidades 
Relação entre a Receita Total do vendedor (ou dispêndio 
total do consumidor) e Elasticidade-preço da demanda 
 
Receita Total RT = preço unitário x quantidade comprada do bem 
O que pode acontecer com a receita total (RT), quando 
varia o preço de um bem? 
 
Resposta: vai depender da elasticidade-preço da demanda 
*RT p q
Elasticidade-preço da demanda 
Economia da Engenharia 
94 94 
a) Se a Epd for elástica: % q
d > % p 
 
• se p aumentar, qd cairá, e a RT diminuirá; 
• se p cair, qd aumentará, e a RT aumentará. 
 
b) Se Epd for inelástica: % qd < % p 
 
 
• se p aumentar, qd cairá, e a RT aumentará. 
• se p cair, qd aumentará, e a RT cairá. 
 
c) Se Epd for unitária: % qd = % p 
 
• Tanto faz p aumentar ou cair, que a receita total (RT) 
permanece constante. 
 Elasticidades 
Economia da Engenharia 
95 95 
 Elasticidades 
Conclusão: 
Demanda 
inelástica 
É vantajoso aumentar o preço 
(ou diminuir a produção) 
Até onde 
 Epd = -1 
Pois, embora a quantidade caia, o aumento de preço mais que 
compensa a queda na quantidade, e a RT aumenta. 
 
Ex.: Produtos agrícolas (principalmente os essenciais). Se, o 
aumento do preço for muito elevado pode acabar caindo no 
ramo elástico da demanda e assim, gerando a queda na receita 
total (RT). 
Economia da Engenharia 
96 
 Elasticidades 
Elasticidade-renda da Demanda 
Variação percentual na quantidade 
demandada, dada uma variação percentual na 
renda do consumidor, coeteris paribus. 
ERd>1 Bem superior (ou bem de luxo): dada uma variação da 
renda, o consumo varia mais que proporcionalmente. 
Erd >0 Bem normal: o consumo aumenta quando a renda aumenta. 
ERd<0 Bem inferior: a demanda cai quando a renda aumenta. 
ERd=0 Bem de consumo saciado: variações na renda não alteram o 
consumo do bem. 
Rd
R q
E
q r

Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados é 
superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. 
Economia da Engenharia 
97 
 Elasticidades 
Obs.: Normalmente, a elasticidade-renda da demanda de produtos manufaturados 
é superior à elasticidade-renda de produtos básicos, como alimentos. 
Elasticidade-renda da Demanda 
Economia da Engenharia 
98 
 Elasticidades 
Fonte: http://www.scielo.br/pdf/ee/v37n2/04.pdf 
Economia da Engenharia 
99 99 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço da oferta 
Epo>1 Bem de oferta elástica. 
Epo<1  Bem de oferta inelástica. 
Epo=1  Elasticidade-preço de oferta unitária. 
Variação percentual na quantidade 
ofertada, dada uma variação 
percentual no preço do bem, coeteris 
paribus. 
0
0
pd
qp
E
q p

Preço 
 do 
Bem 
Quantidade do Bem. 
Epo > 1 Epo = 1 
Epo < 1 
Economia da Engenharia 
100 100 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Variação percentual na quantidade demandada, dada a variação 
percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. 
Epd
AB > 0  A e B são substitutos (o aumento do preço 
de y aumenta o consumo de x, coeteris paribus). 
 
Epd
AB < 0  A e B são complementares (o aumento do 
preço de y diminui o consumo de x, coeteris paribus). 
0ABpdE 
Economia da Engenharia 
101 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Dados os valores de preço x quantidade, calcular: 
• Elasticidade-preço da demanda (aéreo) em cada ponto, e no arco. 
• Elasticidade-preço demanda cruzada em cada ponto, e no arco (dados a 
quantidade de transporte aéreo e preço do modal rodoviário) 
Tire conclusões sobre um possível aumento da Oferta (Quantidade x preços) 
de transporte aéreo 
Resolução em 
Excel 
Q
Ano
Passageiros Transportados 
(x 1000)
Aéreo Rodoviário
1995 18.860 221 110
1996 19.084 219 120
1997 20.970 207 160
1998 23.499 192 175
1999 21.773 202 180
2000 22.054 201 200
2001 28.065 163 220
2002 25.850 177 240
Preço médio [R$/u]
Resolução no 
Arquivo de Texto 
Suplementar 
Adaptado de 
Motta, Costa, et 
al. 
(2009, CAP 1) 
 
Economia da Engenharia 
102 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Economia da Engenharia 
103 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Preço Qde 
$ 7,00 0 
$ 6,00 2 
$ 5,00 4 
$ 4,00 6 
$ 3,00 8 
$ 2,00 10 
$ 1,00 12 
≈ $ 0,0 ≈14 
Exercício: calcule a Receita Total considerando os preços e as quantidades do 
quadro. Em seguida, construa a curva de demanda em função do preço e o 
gráfico da Receita Total. 
Receita Total 
RT=(PxQ) 
0 
12 
20 
24 
24 
20 
12 
0 
Adaptado de Mankiw (2001, p. 100) 
RT = Preço x Quantidade 
Economia da Engenharia104 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Exercício: calcule a Receita Total considerando os preços e as quantidades do 
quadro. Em seguida, construa a curva de demanda em função do preço e o 
gráfico da Receita Total. 
Adaptado de Mankiw (2001, p. 100) 
RT = Preço x Quantidade 
Preço Qde 
$ 7,00 0 
$ 6,00 2 
$ 5,00 4 
$ 4,00 6 
$ 3,00 8 
$ 2,00 10 
$ 1,00 12 
≈ $ 0,0 ≈14 
Receita Total 
RT=(PxQ) 
0 
12 
20 
24 
24 
20 
12 
0 
Economia da Engenharia 
105 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Preço Qde 
Receita 
Total 
RT=(PxQ) 
Receita 
Marginal 
(RT2 – RT1) 
Variação 
percentual do 
preço 
(P2 – P1)/P1 
Variação 
percentual da 
quantidade 
(Q2 – Q1)/Q1 
Elasticidade 
(Q2 – Q1)/Q1 
(P2 – P1)/P1 
Descrição 
$ 7,00 0 0 
$ 6,00 2 12 12 
$ 5,00 4 20 8 
$ 4,00 6 24 4 
$ 3,00 8 24 0 
$ 2,00 10 20 -4 
$ 1,00 12 12 -8 
≈ $ 0,0 ≈14 0 -12 
Exercício: calcule a Elasticidade-Preço da Demanda e a relacione com a 
Receita Marginal. Represente graficamente. 
Economia da Engenharia 
106 
 Elasticidades 
Elasticidade-preço cruzada da Demanda 
Preço Qde 
Receita 
Total 
RT=(PxQ) 
Receita 
Marginal 
(RT2 – RT1) 
Variação 
percentual do 
preço 
(P2 – P1)/P1 
Variação 
percentual da 
quantidade 
(Q2 – Q1)/Q1 
Elasticidade 
(Q2 – Q1)/Q1 
(P2 – P1)/P1 
Descrição 
$ 7,00 0 0 
$ 6,00 2 12 12 15% 200% 13 Elástica 
$ 5,00 4 20 8 18% 67% 3,7 Elástica 
$ 4,00 6 24 4 22% 40% 1,8 Elástica 
$ 3,00 8 24 0 29% 29% 1 Unitária 
$ 2,00 10 20 -4 40% 22% 0,6 Inelástica 
$ 1,00 12 12 -8 67% 18% 0,3 Inelástica 
≈ $ 0,0 ≈14 0 -12 200% 15% 0,1 Inelástica 
Exercício: calcule a Elasticidade-Preço da Demanda e a relacione com a 
Receita Marginal. Represente graficamente. 
Economia da Engenharia 
107 107 
Introdução 
Incidência de um Imposto sobre Vendas 
Fixação de Preços Mínimos 
Externalidades 
Aplicação da Análise Econômica 
em Políticas Públicas 
Economia da Engenharia 
108 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
Vamos considerar dois tipos de intervenção: 
 
Controle de preços 
• Preços máximos 
• Preços mínimos 
 
Cobrança de impostos Mankiw (2001) 
Economia da Engenharia 
109 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
Preço máximo: causa escassez de 
produtos no mercado 
Controle de preços 
Preço mínimo: causa excesso de 
oferta no mercado 
Mankiw (2001) 
Economia da Engenharia 
110 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
O controle de preços impedem a maximização do excedente total! 
Mankiw (2001) 
Economia da Engenharia 
111 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
Salário Mínimo x Desemprego 
Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) 
Economia da Engenharia 
112 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
Imposto sobre o mercado 
Economia da Engenharia 
113 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS 
Impacto dos impostos 
O ônus dos impostos é dividido 
entre compradores e vendedores. 
 
O comprador paga mais caro, e o 
vendedor recebe um valor menor. 
 
A quantidade total comprada e 
vendida é menor. Portanto, o 
excedente total é menor 
Mankiw (2001) 
Economia da Engenharia 
114 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS 
IMPOSTOS Impacto dos impostos 
Exemplo: João está disposto a comprar um 
kg de feijão por no máximo R$3,20. 
Maria vende feijão e as adquire pelo custo 
de R$2,80 por kg. 
Caso o preço estipulado para o kg do feijão 
seja R$3,00, Maria venderá para João, pois 
ambos terão excedente positivo. 
Se o governo estabelecer um imposto de 
R$0,50 sobre a produto, o menor preço 
que Maria pode cobrar é R$3,30, o que é 
maior que o valor que João está disposto 
a pagar. 
Logo, nem João terá o feijão, nem Maria 
venderá, nem o governo arrecadará 
impostos. 
Mankiw (2001) 
Economia da Engenharia 
115 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS 
O peso morto pode ser medido pela perda no excedente total dos 
consumidores e produtores em decorrência dos impostos 
Mankiw (2001) 
Impostos causam um peso morto pois desincentivam 
compradores e vendedores a realizarem transações comerciais. 
Economia da Engenharia 
116 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS 
Economia da Engenharia 
117 
INTERVENÇÃO DO GOVERNO E PESO MORTO DOS IMPOSTOS 
Variação da receita tributária (Curva de Laffer) 
Mankiw (2001) 
O peso morto sempre aumenta 
com o aumento da carga 
tributária. 
 
A Curva de Laffer mostra que um 
aumento da carga tributária 
(maior incidência de impostos) 
não implica necessariamente em 
aumento da receita tributária, 
pois há uma inibição da atividade 
econômica. 
Economia da Engenharia 
118 
EXTERNALIDADES 
Mankiw (2001) 
Conceito: impacto da ação de um agente econômico sobre o 
bem-estar de outros agentes que não participam da ação. 
Externalidade negativa 
Quando o impacto é adverso, ou seja, reduz o bem-estar de terceiros 
(sociedade). 
Externalidade positiva 
Quando o impacto é benéfico, ou seja, aumenta o bem-estar de terceiros 
(sociedade). 
Externalidades ocorrem quando os tomadores de decisão preocupam-
se somente com seus interesses pessoais, e não levam em conta os 
“efeitos externos” de suas ações sobre outras pessoas. 
Economia da Engenharia 
119 
Externalidade negativa 
Quando o impacto é adverso, ou seja, reduz o bem-estar de terceiros 
(sociedade). 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
120 
Mankiw (2001) 
Externalidade positiva 
Quando o impacto é benéfico, ou seja, aumenta o bem-estar de terceiros 
(sociedade). 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
121 
Mankiw (2001) 
Internalização de externalidades 
Chama-se de “internalização de externalidades” à criação de incentivos 
de forma que os agentes privados levem em conta os impactos externos 
de suas ações. Servem para externalidades negativas ou positivas. 
O governo pode “incentivar” a internalização por meio de: 
• Regulamentação 
• Impostos corretivos (impostos de Pigou) 
• Licenças ambientais 
• Subsídios 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
122 
Mankiw (2001) 
Regulamentação 
Exemplos: 
• Determinação de quantidades máximas de emissão de 
poluentes. 
• Leis proibindo fumar em ambientes públicos. 
• Rodízio de placas de veículos. 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
123 
Mankiw (2001) 
Impostos corretivos (Impostos de Pigou) 
Governo pode aplicar os impostos para mitigar os efeitos das 
externalidades: 
- Aplicar os impostos sobre carros na expansão (ou subsídio) do 
transporte público. 
- Aplicar os impostos sobre a poluição e cigarros em 
saneamento básico e no sistema de saúde. 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
124 
Licenças ambientais 
Usados para a internalização de externalidades negativas 
relacionadas à preservação do meio ambiente. 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
125 
Mankiw (2001) 
Subsídios 
Usados para a internalização de externalidades positivas. 
• Bolsas de estudos 
• Deduções de impostos 
• Doações privadas 
• Incentivos governamentais à inovação e ao desenvolvimento 
tecnológico 
• Sistema de patentes 
EXTERNALIDADES 
Economia da Engenharia 
126 
Economia de empresas 
Introdução 
Conceitos Básicos 
Produção com um Fator Variável e um Fixo 
Produção a Longo Prazo 
Custo de oportunidade X Custos Contábeis 
Maximização do Lucro Total 
Economia da Engenharia 
127 127 
Introdução 
Teoria da FirmaCurva de Oferta 
Teoria da Produção 
(relações entre a quantidade 
produzida e as quantidades de 
insumos utilizados) 
Teoria dos Custos de 
produção 
(inclui os preços dos insumos) 
Economia da Engenharia 
128 128 
Produção – Conceitos Básicos 
Produção: o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de 
produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. 
Insumos 
• Mão-de-obra 
• Capital Físico 
• Área, Terra 
• Matérias-primas 
Processo de Produção 
Produtos 
• Bens & Serviços 
Finais 
•Eficiência técnica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que 
produzirá uma mesma quantidade de produto porém, com menor quantidade de 
insumo; 
•Eficiência econômica: dados os diferentes processos de produção, é aquele que 
permite produzir uma mesma quantidade de produto porém, com o menor custo de 
produção. 
Economia da Engenharia 
129 129 
Função de produção: é a relação técnica entre a quantidade física 
de fatores de produção (N, K, M, T) e a quantidade física do 
produto (q) em determinado período de tempo. 
Produção – Conceitos Básicos 
 , ,q f N K M
onde: 
 
N = mão-de-obra utilizada / tempo 
K = capital físico (máquinas e equipamentos) / tempo 
M = matéria-prima utilizada / tempo 
Observação: função de produção  função de oferta 
•Função de oferta: relaciona a produção com os preços dos fatores de produção. 
•Função de produção: relaciona a produção com as quantidades físicas dos 
fatores de produção. 
Economia da Engenharia 
130 130 
Fatores de produção fixos: permanecem inalterados quando a 
produção varia. 
Ex: o capital físico e as instalações da empresa 
 
Fatores de produção variáveis: se alteram conforme a quantidade 
produzida varia. 
Ex: mão de obra e matérias-primas utilizadas 
 
Curto prazo (CP): período no qual existe pelo menos um fator de 
produção fixo; 
 
Longo prazo (LP): todos os fatores de produção são variáveis. 
Produção – Conceitos Básicos 
Economia da Engenharia 
131 131 
Produto total (PT): é a quantidade total produzida, em determinado 
período de tempo. 
Produção: Produto Total, Produtividade 
Média e Produtividade Marginal 
PT q
Produtividade média (PMe): é a relação entre o nível do produto e 
a quantidade do fator de produção, em determinado período de 
tempo. 
(produtividade média da mdo)
(produtividade média do capital)
N
K
PTPMe
N
PTPMe
K


Economia da Engenharia 
132 132 
Produção: Produto Total, Produtividade 
Média e Produtividade Marginal 
Produtividade marginal (PMg): é a variação do produto, dada uma 
variação de uma unidade na quantidade de fator de produção, em 
determinado período de tempo. 
= ou (produtividade marginal da mdo)
= ou (produtividade marginal do capital)
N
K
PT q dq
PMg
N N dN
PT q dq
PMe
K K dK
 

 
 

 
Economia da Engenharia 
133 133 
Produção: Produto Total, Produtividade Média e 
Produtividade Marginal 
PT
PT
N
NPMe
NPMg
N
N
PMe
PMg
N
6
0
6
K N PT Pme N PMg N
10 0 0
10 1 3 3.0 3
10 2 8 4.0 5
10 3 12 4.0 4
10 4 15 3.8 3
10 5 17 3.4 2
10 6 17 2.8 0
10 7 16 2.3 -1
10 8 13 1.6 -3
OBS: 
O formato das curvas PMgN e 
PMeN dá-se em virtude da Lei 
dos Rendimentos 
Decrescentes. 
Economia da Engenharia 
134 134 
Lei dos rendimentos decrescentes: ao aumentar o fator 
variável (N), sendo dada a quantidade de um fator fixo, a 
PMg do fator variável cresce até certo ponto e, a partir daí, 
decresce, até tornar-se negativa.” 
Ex.: Atividade agrícola (Fator fixo: área cultivada). 
 
Obs: essa lei só é válida se for mantido um fator fixo 
(portanto, só vale a curto prazo). 
Produção: Lei dos Rendimentos Decrescentes 
Economia da Engenharia 
135 135 
Isoquanta: significa de igual 
quantidade. Pode ser definida como 
sendo uma linha na qual todos os 
pontos representam infinitas 
combinações de fatores, que indicam a 
mesma quantidade produzida. Uma 
firma pode apresentar várias 
isoquantas de produção (mapa de 
produção). 
 
A escolha de uma isoquanta, 
corresponde à escolha que o 
fornecedor deseja produzir, 
dependendo dos custos de produção 
e da demanda pelo produto. 
Produção: Isoquanta de produção 
K
N
1 1.000q 
50 80 150
2
4
6
2 2.000q 
3 3.000q 
Economia da Engenharia 
136 136 
Definição: análise das vantagens e desvantagens que a empresa 
tem, a longo prazo, em aumentar sua dimensão, seu tamanho, 
demandando mais fatores de produção. 
 
• Rendimentos crescentes de escala: neste caso uma aumento de 10% na 
quantidade de mão-de-obra ou 10% na quantidade de capital, implica em 
um aumento de mais de 10% na produção; 
 
• Rendimentos decrescentes de escala: Ocorre quando todos os fatores de 
produção crescem numa mesma proporção, e a produção cresce numa 
proporção menor; 
 
• Rendimentos constantes de escala: se todos os fatores de produção 
crescerem numa mesma proporção, a produção cresce na mesma 
proporção, neste caso, a produtividade média dos fatores de produção são 
constantes. 
Produção: Rendimentos de escala ou economia de escala 
Economia da Engenharia 
137 137 
Avaliação privada: avaliação financeira, específica da empresa. Por 
exemplo, o aumento da produção de um determinado bem 
(automóvel); 
 
Avaliação social: custos (ou benefícios) para toda a sociedade, 
derivados da produção da empresa. Por exemplo, a poluição 
advinda do aumento de automóveis (externalidade negativa). 
 
Externalidades: alterações de custos e benefícios para a 
sociedade, derivadas da produção da empresa, ou então as 
alterações de custos e receitas da empresa, devidas a fatores 
externos à empresa. 
•Externalidades positivas 
•Externalidades negativas 
Custos de Produção: 
Avaliação privada e avaliação social 
Economia da Engenharia 
138 138 
Custo Fixo Total (CFT): mantém-se fixa, quando a produção varia. 
Ex.: Aluguéis, depreciação, etc. 
 
Custo Variável Total (CVT): varia com a produção, ou seja, depende 
da quantidade produzida. 
Ex.: gastos c/ folha de pagamento, despesas com matérias-primas, etc. 
 
 
 
Custo Total (CT): soma do custo variável total com o custo fixo total. 
Custos de Produção: 
Custos a Curto Prazo 
CT CVT CFT 
 CVT f q
Economia da Engenharia 
139 139 
Custos de Produção: 
Custos a Curto Prazo 
Custos Totais ($)
q
CFT
CVT
CT CVT CFT 
OBS: 
Lei dos Rendimentos Decrescentes = Lei dos Custos 
Crescentes 
Economia da Engenharia 
140 140 
Custo Fixo Médio (CFMe): 
Custo Variável Médio (CVMe): 
Custo Médio (CMe ou CTMe): 
CTMe = CVMe + CFMe 
Custos de Produção: 
Custos a Curto Prazo 
CFT
CFMe
q

CVT
CVMe
q

CT
CTMe
q

Economia da Engenharia 
141 
Custos de Produção: 
Custos a Curto Prazo 
O formato de U das curvas 
CTMe e CVMe “a curto 
prazo” também se deve à 
lei dos rendimentos 
decrescentes, ou lei dos 
custos crescentes. 
Custos Médios ($)
q
CFMe
CVMe
CTMe
Custos médios 
declinantes: 
Pouca mão-de-obra 
p/ grande capital. 
Vantajoso absorver 
mão-de-obra e 
aumentar a produção, 
 pois o custo médio 
cai. 
Em certo ponto, satura-se a 
utilização do capital (que é fixo) 
e a admissão de mais mão-de-
obra não trará aumentos 
proporcionais de produção 
(custos médios ou unitários 
começam a elevar-se). 
Economia da Engenharia 
142 
Custo Marginal: diferentemente dos custos médios, os custos 
marginais referem-se às variações de custo, quando se altera a 
produção, ou seja, é o custo de se produzir uma unidade extra deproduto. 
Custos de Produção: 
Custos a Curto Prazo 
 ou 
CT dCT
CMg CMg
q dq

 

Custos Mg ($)
q
CMg
OBS: 
Os custos marginais 
não são influenciados 
pelos custos fixos 
(invariáveis a curto 
prazo). 
Economia da Engenharia 
143 143 
Custos de Produção: Relação entre Custo Marginal e os 
Custos Médios Total e Variável (Custos a Curto Prazo) 
Custos Médios e
Marginais ($)
q
CMg
CTMe
CVMe
Conclusão: quando o custo marginal for igual ao custo médio (total 
ou variável), o marginal estará cortando o médio no ponto de mínimo 
do custo médio. 
Quando o custo marginal 
supera o custo médio (total ou 
variável), significa que o custo 
médio estará crescendo. Ao 
mesmo tempo, se o custo 
marginal for inferior ao médio, 
o médio só poderá cair. 
Economia da Engenharia 
144 144 
Custos de Produção: 
Na perspectiva da microeconomia 
Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) 
Se a produção total de um produto em uma fábrica em um dado período foi de 
500 unidades, e o custo total de R$ 1000,00. Então, o custo médio das unidades é 
CTMe = 1000/500 = R$2,00. 
Curva de custo 
total médio 
Economia da Engenharia 
145 
Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) 
Exemplo 
Curva de custo 
marginal 
(simplificada) 
Custos de Produção: 
Na perspectiva da microeconomia 
Economia da Engenharia 
146 Mankiw (2001) e Vasconcelos (2011) 
Relação entre o custo marginal e o custo total médio 
•Sempre que o custo marginal for menor que o custo total médio, este está 
decrescendo. 
•Sempre que o custo marginal for maior que o custo total médio, este está 
crescendo. 
•Quando os dois são iguais, o custo total médio é o menor possível 
(escala eficiente de produção) 
Conclusão: quando o custo 
marginal for igual ao custo 
médio, o marginal estará 
cortando o médio no ponto de 
mínimo do custo médio. 
Custos de Produção: 
Na perspectiva da microeconomia 
Economia da Engenharia 
147 
Custos de Produção: 
Na perspectiva da microeconomia 
Exemplo: Represente graficamente CT, CF, CV, CFM, CVM, CTM e CMg 
Identifique o ponto de mínimo Custo Total Médio 
Economia da Engenharia 
148 
Custos de Produção: 
Na perspectiva da microeconomia 
Exemplo: Represente graficamente CT, CF, CV, CFM, CVM, CTM e CMg 
Identifique o ponto de mínimo Custo Total Médio 
CTM mínimo  CTM = CMg 
Economia da Engenharia 
149 
Estruturas de mercado 
Introdução 
Mercado em Concorrência Perfeita 
Monopólio 
Oligopólio 
Concorrência Monopolística 
Estruturas do Mercado de Fatores 
149 
Economia da Engenharia 
150 150 
Estruturas de Mercado 
Introdução 
Um sistema de economia de mercado tem como principais metas: 
• a eficiente alocação dos recursos escassos, 
• distribuição justa da renda, 
• estabilidade de preços e 
• crescimento econômico. 
Mas, apresenta várias contradições e falhas em seu funcionamento 
como, por exemplo, as imperfeições da concorrência, quase sempre 
configurando um cenário de concorrência imperfeita, seja pela 
centralização da produção e controle de recursos nas mãos de poucos, 
seja pela disparidade de preços, pelo desequilíbrio entre oferta e 
demanda, lucros extraordinários, distribuição de renda deficiente, 
barreiras que impedem o desenvolvimento de novos concorrentes, etc. 
Economia da Engenharia 
151 151 
As várias formas ou estruturas de mercado dependem 
fundamentalmente de 3 características: 
 
a) número de empresas que compõem esse mercado; 
 
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos 
idênticos ou diferenciados); 
 
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas 
empresas nesse mercado. 
Estruturas de Mercado 
Introdução 
Economia da Engenharia 
152 152 
As principais características são: 
 
Mercado atomizado: mercado com infinitos vendedores e 
compradores (como átomos”), de forma que um agente isolado não 
tem condições de afetar o preço de mercado. Assim, o preço de 
mercado é um dado fixado para empresas e consumidores (são 
price-takers, isto é, tomadores de preços pelo mercado); 
 
Produtos homogêneos: todas as firmas oferecem um produto 
semelhante, homogêneo. Não há diferenças de embalagem, 
qualidade nesse mercado; 
 
Mobilidade de firmas: não há barreiras para o ingresso de empresas 
no mercado. 
 
Estruturas de Mercado 
Concorrência Pura ou Perfeita 
Economia da Engenharia 
153 153 
Estruturas de Mercado 
Concorrência Pura ou Perfeita 
A longo prazo, não existem lucros extras ou extraordinários (onde 
as receitas supram os custos), mas apenas os chamados lucros 
normais, que representam a remuneração implícita do empresário. 
Racionalidade: os empresários sempre maximizam lucro e os 
consumidores maximizam satisfação ou utilidade derivada do 
consumo de um bem, ou seja, os agentes agem racionalmente. 
 
Transparência do mercado: consumidores e vendedores têm acesso a 
toda informação relevante, sem custos, isto é, conhecem os preços, 
qualidade, os custos, as receitas e os lucros dos concorrentes. 
Economia da Engenharia 
154 
Estruturas de Mercado 
Categorias 
Stackelberg (1952) 
Economia da Engenharia 
155 155 
Características básicas: 
 
• uma única empresa produtora do bem ou serviço; 
• não há produtos substitutos próximos; 
• existem barreiras à entrada de firmas concorrentes. 
 
As barreiras de acesso podem ocorrer de várias formas: 
• Monopólio puro ou natural: devido à alta escala de produção 
requerida, exigindo um elevado montante de investimento, grandes 
dimensões e operação de baixo custo. 
• Patentes: direito único de produzir o bem; 
• Controle de matérias-primas chaves: como por exemplo, o controle das 
minas de bauxita pelas empresas produtoras de alumínio; 
• Monopólio estatal ou institucional: protegido pela legislação, 
normalmente em setores estratégicos ou de infra-estrutura; 
Estruturas de Mercado: Monopólio 
Economia da Engenharia 
156 156 
Características básicas: 
• muitas empresas, produzindo um dado bem ou serviço; 
• cada empresa produz um produto diferenciado, mas com 
substitutos próximos; 
• cada empresa tem um certo poder sobre os preços, dado 
que os produtos são diferenciados, e o consumidor tem 
opções de escolha, de acordo com sua preferência. 
 
Estruturas de Mercado: Concorrência Monopolística 
Como não existem barreiras para a entrada de firmas, a longo prazo há 
tendência apenas para lucros normais (RT=CT), como em concorrência 
perfeita, ou seja, os lucros extraordinários a curto prazo atraem novas 
firmas para o mercado, aumentando a oferta do produto, até chegar-se a 
um ponto em que persistirão lucros normais, quando então cessa a 
entrada de concorrentes. 
Economia da Engenharia 
157 157 
Definido de duas formas: 
• oligopólio concentrado: pequeno nº de empresas no setor. Ex. 
Indústria automobilística ou; 
• oligopólio competitivo: um pequeno nº de empresas domina um 
setor com muitas empresas. Ex.: Brahma e Antártica. 
 
 
Características básicas: 
• devido à existência de empresas dominantes, elas têm o poder de 
fixar os preços de venda em seus termos, defrontando-se 
normalmente com demandas relativamente inelásticas 
(consumidores têm baixo poder de reação a alterações de preços; 
• no oligopólio, assim como no monopólio, há barreiras para a 
entrada de novas empresas no setor. 
Estruturas de Mercado: Oligopólio 
Economia da Engenharia 
158 158 
Tipos de oligopólio: 
• com produto homogêneo (por exemplo, alumínio e cimento); 
• com produto diferenciado (por exemplo, automóveis). 
 
OBS: A longo prazo os lucros extraordinários permanecem, pois as barreiras à 
entrada denovas firmas persistirão. 
 
Formas de atuação das empresas: 
• concorrem entre si: via guerra de preços ou de promoções 
(forma de atuação pouco freqüente); 
• formam cartéis (conluios, trustes): cartel é uma organização 
(formal ou informal) de produtores dentro de um setor, que 
determina a política para todas as empresas do cartel. O cartel 
fixa preços e a repartição (cota) do mercado entre as empresas. 
Estruturas de Mercado: Oligopólio 
Economia da Engenharia 
159 159 
É uma situação de mercado na qual existem muitas firmas vendendo 
produtos diferenciados que sejam substitutos entre si. Há algum grau 
de similaridade entre os produtos concorrentes e de monopólio. Ex: 
pasta de dente, lâmina de barbear e refrigerantes - várias marcas, 
mas, ao adquirir o produto, escolhemos quase sempre uma delas 
(respectivamente: Colgate, Gillete e Coca-Cola). 
Concorrência Monopolística 
Estruturas de Mercado 
Adaptado de Mcguigan, Moyer e Harris (2004) e Stackelberg (1952) 
Economia da Engenharia 
160 
É uma situação de mercado em que uma única firma compra um 
produto e que não tenha substitutos próximos. Ex: prefeitura no 
caso da merenda escolar municipal 
Monopsônio 
É uma situação de mercado em que um pequeno número de 
firmas domina o mercado, controlando a demanda/compra de 
um produto que pode ser homogêneo ou diferenciado. Ex: 
grandes varejistas (Carrefour, Walmart, Pão de Açucar) na 
compra do leite de fazendas. 
Oligopsônio 
Estruturas de Mercado 
Adaptado de Mcguigan, Moyer e Harris (2004) e Stackelberg (1952) 
Economia da Engenharia 
161 161 
Estruturas de Mercado 
Quadro Resumo 
ESTRUTURAS
DE MERCADO 
BARREIRAS DE 
ENTRADA A 
VENDEDORES 
NÚMERO DE 
VENDEDORES 
INFLUÊNCIA 
SOBRE O 
PREÇO 
TIPO DE 
PRODUTO 
BARREIRAS DE 
ENTRADA A 
COMPRADORES 
NÚMERO DE 
COMPRADORES 
Concorrência 
perfeita 
Não Muitos Nenhuma 
Produto 
homogênio 
Não Muitos 
Concorrência 
monopolística 
Não Muitos Leve 
Produto 
diferenciado 
Não Muitos 
Oligopólio Sim Poucos Considerável 
Homogênio 
ou 
diferenciado 
Não Muitos 
Oligopsônio Não Muitos Considerável 
Homogênio 
ou 
diferenciado 
Sim Poucos 
Monopólio Sim Um Forte 
Sem 
substituto 
próximo 
Não Muitos 
Monopsônio Não Muitos Forte 
Sem 
substituto 
próximo 
Sim Um 
Economia da Engenharia 
162 162 
Concorrência perfeita: existe uma oferta abundante do fator de 
produção (ex.: mão-de-obra não especializada), o que torna o 
preço desse fator constante. 
 
Monopsônio: há somente um comprador para muitos vendedores 
dos serviços dos insumos. 
 
Oligopsônio: existem poucos compradores que dominam o 
mercado para muitos vendedores. Ex.: Indústria de laticínios. 
 
Monopólio bilateral: ocorre quando um monopsonista, na compra 
do fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda 
desse fator. 
 
Estruturas de Mercado: fatores de produção

Outros materiais